Dermatologista do HNSG explica o que
fazer quando as espinhas aparecem.
Você é daquelas pessoas que ao ver
uma espinha não se controla e vai logo espremendo? Todo mundo sabe que isso faz
mal mas é sempre importante lembrar. "Espremer ou
cutucá-las pode causar infecção e até cicatrizes no local", orienta a dermatologista
do Hospital Nossa Senhora das Graças, Dra Letícia Dalla Costa
Kusano. A médica esclarece sobre o assunto.
Como a espinha surge
A acne é uma condição da pele que ocorre quando os folículos capilares são
obstruídos por óleo e células mortas da pele. "As espinhas são desencadeadas pelo aumento da oleosidade da
pele, associado ao aumento da proliferação de determinados tipos de bactérias
na pele ou a uma inflamação no local", diz a dra. "No entanto,
existem outras causas para espinhas, como fatores hormonais que são mais
frequentes em mulheres, como o uso de determinados medicamentos, exposição
exagerada ao sol e até o contato com produtos gordurosos ", acrescenta.
Onde as espinhas surgem mais
As lesões aparecem com mais
frequência na face, pescoço e tórax, porque contêm maior número de glândulas
sebáceas, chegando a 900 glândulas/cm2, enquanto no restante do corpo -a
quantidade é bem menor, em torno de 100 glândulas/cm2 de pele. Apesar
do incômodo, o hábito de mexer nas lesões (“espremer cravos e espinhas”) pioram
o quadro. "O pus branco dentro da espinha
contém bactérias, secreção sebácea, células da pele mortas e células de
defesa", diz a médica.
Prevenção
A prevenção pode
ser feita com uso de produtos adequados para higiene, como sabonetes ou outros
produtos específicos para pele oleosa e acneica. "Também é importante
evitar o uso de cosméticos que aumentem a oleosidade da pele", destaca a
especialista.
Tratamento
O ideal é que a acne ser tratada o
mais precocemente possível. Seu controle é recomendável não só por razões
estéticas, como também para preservar a saúde da pele e prevenir cicatrizes
(marcas da acne) tão difíceis de corrigir na idade adulta.
O tratamento indicado vai depender
das regiões acometidas, da gravidade e de condições individuais de cada
paciente. "De uma forma geral, existem tratamentos tópicos, para aplicar
nas regiões com espinhas, geralmente indicados para casos mais leves, sendo os
principais o ácido salicílico, o peróxido de benzoíla, retinoides e antibióticos
tópicos", explica a médica.
Outra opção são os tratamentos via oral,
indicados quando não houver melhora com os tratamentos tópicos ou para casos
mais graves. "As principais medicações usadas nos tratamentos via oral são
os antibióticos orais, os anticoncepcionais no caso das mulheres e a
isotretinoína oral", diz a dra. É importante ressaltar que todos as
medicações pode ter efeitos colaterais e contraindicações, sendo essencial uma
avaliação por médico dermatologista antes do início de qualquer forma de tratamento.
Tipos de acne
Acne Grau I: apenas cravos, sem lesões inflamatórias (espinhas).
Acne Grau II: cravos e espinhas pequenas, com pequenas lesões inflamadas e pontos amarelos de pus (pústulas).
Acne Grau III: cravos, espinhas pequenas e lesões maiores, mais profundas, dolorosas, avermelhadas e bem inflamadas (cistos).
Acne Grau IV: cravos, espinhas pequenas e grandes lesões císticas, múltiplos abscessos interconectados e cicatrizes irregulares resultando em deformidade da área afetada (acne conglobata).
Nenhum comentário:
Postar um comentário