Criado pela
Organização Internacional do Trabalho (OIT), a data procura evidenciar a
importância de jovens no mercado de trabalho em todo o mundo
Atualmente, apesar de ter registrado um aumento no início de 2018,
devido à sazonalidade do período, a taxa de desocupação que era de 28,8% caiu para
25,3% na comparação ao longo dos anos. Dentre os segmentos contemplados por
este recuo do percentual de pessoas sem ocupação, estão os jovens trabalhadores
com idades entre 18 e 24 anos, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea) na seção Mercado de Trabalho da Carta de Conjuntura.
Este dado, parcialmente animador, vem à tona justamente no mês em que
se comemora o Dia Internacional do Jovem Trabalhador, que é celebrado no dia 24
de abril. Criado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), a data
procura evidenciar a importância de novos profissionais no mercado de trabalho
em todo o mundo. Com o intuito de estimular a contratação de profissionais sem
grande experiência, a data foi instituída para dar destaque às influências
benéficas dos jovens trabalhadores, de um modo geral, para o desenvolvimento do
mercado de trabalho, e de modo específico, para a evolução de empresas e o
enriquecimento de suas equipes.
De acordo com a consultora e diretora da empresa Leaders HR –
Consultants, Astrid Vieira, os últimos dez anos de crise financeira no Brasil
não têm sido favoráveis para a reinserção de jovens trabalhadores de pouca ou
sem experiência. “A desaceleração econômica mundial influenciou de forma
agressiva no aumento do desemprego entre jovens. Com este contexto, procuramos
instrumentalizar os profissionais com as ferramentas necessárias para que
consigam conquistar a vaga desejada e invistam na construção de uma carreira
consistente e coerente”, explica.
Ainda segundo a consultora, para que profissionais sem experiência
conquistem o primeiro emprego, é preciso que os mesmos assumam e coloquem em
prática, atitudes que demonstrem maturidade e responsabilidade, pois já existe
um grande preconceito relacionado a ausência destas qualidades em jovens
trabalhadores. “É recorrente, que o jovem trabalhador que está iniciando a sua
carreira profissional, fique temeroso em assumir que tem pouca experiência no
mercado de trabalho, e a partir desse receio acaba incluindo informações e
aptidões desnecessárias no currículo e que não se encaixam no perfil de uma
possível vaga em processo de seleção”, esclarece.
De um modo geral, para conseguir a primeira vaga de emprego, a
consultora aconselha que o jovem profissional invista na criação de currículos
atentos às especificações das vagas de emprego para as quais anseiam concorrer;
não minta sobre suas qualificações; e prepare um esquema prático para agir
antes, durante e após a entrevista de emprego. Antes da entrevista, é
imprescindível que o candidato enumere seus principais defeitos e qualidades e
separe um tempo para colher informações sobre a história e características da
empresa pretendida. A pontualidade e controle emocional se tornam peças-chaves
para um bom desempenho.
Astrid Vieira também recomenda que ao conseguir a colocação, o jovem
agora empregado, deve sempre manter o hábito de fazer anotações, de forma a
auxiliar a memorização de orientações da chefia e explicações de processos
ligados a empresa da qual faz parte. “Um bom profissional precisa ter
espontaneidade, honestidade, autonomia, pró-atividade, flexibilidade de visões
e atuações, equilíbrio emocional, desenvoltura para desempenhar atividades em
grupo, e a habilidade para resolver problemas de forma prática”, finaliza.
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