De acordo com pesquisa, o modelo de negócio gerou mais de 56
mil estações de trabalho espalhados pelo país
O
conceito criado nos Estados Unidos, coworking, em tradução livre significa
co-trabalho, que nada mais é do que escritórios compartilhados. No Brasil, os
espaços colaborativos começaram a surgir entre 2007 e 2008. Hoje, é uma
tendência. De acordo com dados do Censo Coworking Brasil de 2017, já são cerca
de 810 espaços registrados, mais 114% em relação à 2016. Ainda segundo a
pesquisa, esse modelo de negócio gerou 56 mil estações de trabalho e
aproximadamente 3 mil postos de empregos diretos e indiretos no país.
Em
Brasília, esse novo conceito de trabalho está em ascensão e já conta com mais
20 escritórios dessa modalidade espalhados pela cidade e com expectativa de
crescer ainda mais em 2018. Entre as vantagens desses espaços, que atrai
principalmente profissionais autônomos e novos empreendedores, é a economia em
relação aos custos de aluguel e o networking, já que são várias empresas em um
mesmo local, possibilitando a troca de experiências.
Além
disso, segundo especialistas, a nova geração tem essa tendência de
compartilhamento, o que fez com que os coworkings alcançasse o terceiro lugar
entre as indústrias que mais cresceram no país em 2017. Não é à toa que grandes
empresas como: google e uber tem investido nesse modelo de negócio.
Perfil
dos coworkers
O
Censo Coworking Brasil de 2017 destaca, ainda, que mais de 210 mil pessoas
passam mensalmente por esses espaços, seja para trabalhar ou para participar de
eventos. E uma pesquisa da Global Coworking
Survey aponta que as idades dos coworkers, pessoas que trabalham em espaço
colaborativos, ficam em torno dos 26 e 35 anos.
Rede colaborativa
Recém-inaugurado em Brasília, o Copa Network, dos
empresários Flávio Freitas e Rodrigo Amorim, trouxe a oportunidade de unir o pólo da política
brasileira ao pólo industrial do país, em São Paulo. Além dos serviços
comuns entre os coworkings como: internet, limpeza, recepção, endereço postal,
o Copa tem como diferencial o acesso livre dos clientes de Brasília à unidade
paulista e vice-versa.
Educação
e comunidade empreendedora
Com
a proposta de unir empresas, o Copa também é um ponto de encontro para
empreendedores. A ideia do escritório colaborativo é oferecer diariamente
cursos, palestras, eventos e workshop. “É preciso não só colocar pessoas
e empresas no mesmo espaço, mas sim aproximá-las, unir startups das
aceleradoras, possíveis clientes e fornecedores, atrelar parcerias, com um
ambiente facilitador da comunicação e de oportunidades de negócios”, afirma
Flávio Freitas.
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