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terça-feira, 10 de abril de 2018

Consulta pública para inclusão de medicamento para câncer de fígado


A disponibilidade no SUS de novas terapias para o tratamento de câncer no Brasil é aguardada por milhares de pessoas todos os dias. Desta vez, os pacientes câncer de pulmão poderão ter mais um aliado na luta contra a doença nos próximos meses: até o dia 16 de abril, o Ministério da Saúde promove a consulta pública para a inclusão de medicamento no SUS para o tratamento de casos de câncer de fígado em que não é possível a cirurgia – o Sorafenibe.

Esta substância é um inibidor de quinases (um tipo de proteína) que diminui a multiplicação das células cancerígenas e interrompe o suprimento de sangue que mantém o crescimento delas. O destaque da incorporação desta substância no rol de medicamentos do SUS é por conta da alta incidência do CHC – é o terceiro que mais mata no mundo com mais de 700 mil óbitos no ano e, no Brasil, já foram registradas 44 mil mortes entre 2011 a 2015, segundo dados do Datasus.

Além disso, em pesquisa realizada pelo Instituto Oncoguia, em parceria com a Bayer, divulgada em março, mostra que este tipo de câncer é conhecido 53% dos entrevistados, porém 61% não sabem quais são os sintomas e outros 59% não conhecem os principais fatores do aparecimento da doença .

Para falar sobre o assunto, temos hepatologista disponível que poderá elucidar dúvidas sobre a doença e, caso precise, podemos sugerir um personagem.

Abaixo, seguem mais informações sobre o câncer de fígado:

·        Este tipo de câncer é extremamente agressivo, porém silencioso, sendo frequentemente diagnosticado em estágios mais avançados, quando os sintomas começam a surgir, decorrentes da perda da função do fígado e também das lesões hepáticas pré-existentes. Nesta fase, são poucos os tratamentos disponíveis e as taxas de mortalidade são elevadas1;

·        O principal fator de risco para o desenvolvimento de CHC é a agressão crônica às células hepáticas, acontecendo na maioria dos casos associados à cirrose, que pode ser causada por infeções pelos vírus das hepatites B e C, álcool e NAFLD (doença hepática gordurosa não alcoólica, em tradução livre);

·        Além desses fatores, há a exposição a aflatoxinas, que são toxinas produzidas por fungos presentes em grãos e cereais mal armazenados, além de condições genéticas como hepatites autoimunes e hemocromatose hereditária1,2.





Referências:

1- Gomes MA, Priolli DG, Tralhão JG, Botelho MF. Carcinoma hepatocelular: epidemiologia, biologia, diagnóstico e terapias. Rev Assoc Med Bras. 2013;59(5):514-524. doi:10.1016/j.ramb.2013.03.005.
2- Llovet JM, Fuster J, Bruix J. The Barcelona approach: Diagnosis, staging, and treatment of hepatocellular carcinoma. Liver Transplant. 2004;10(S2):S115-S120. doi:10.1002/lt.20034.


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