Especialista em emagrecimento ensina quais
alimentos devem ir para o banco de reservas e quais devem se tornar titulares
na sua alimentação
Na
tentativa de emagrecer, é comum que as pessoas apostem na troca de qualquer
alimento da dieta por versões “light”. No entanto, o criador do programa online
de emagrecimento Código Emagrecer de Vez, Rodrigo Polesso, alerta que este é o
caminho errado. Defensor de uma alimentação com alimentos reais que o corpo
humano sempre foi geneticamente programado para consumir, Polesso ensina que o
segredo não está na quantidade de alimentos a ser consumida, mas na qualidade.
“As proteínas e gorduras boas podem ser consumidas na quantidade que for
necessária para se sentir satisfeito, enquanto os carboidratos refinados e
processados (como massas, bolos, pães) e as gorduras de má qualidade (como
óleos vegetais e margarinas) devem ser reduzidos”, explica o especialista, que
é certificado em Nutrição Otimizada para Saúde e Bem-Estar pela Universidade
Estadual de San Diego, Califórnia.
Polesso
explica que existem alimentos aceleradores, que devem ser mais consumidos, os
moderadores, cujo consumo deve ser feito com parcimônia, e os alimentos
retardadores, que devem ser evitados por quem deseja emagrecer. Baseado nas
pesquisas científicas mais recentes das principais universidades do mundo, o
especialista ensina que o que define estes alimentos é a capacidade de
regularem a produção de hormônios como a insulina, que são os verdadeiros
responsáveis pelo acúmulo de gordura corporal.
O
especialista lista alguns alimentos categorizados como Retardadores e sugere
quais as opções que podem funcionar no lugar como Aceleradores.
Sai
o presunto, entra o frango, atum e bacon
Segundo
Polesso, o consumo de proteínas e gorduras de origem animal são bem-vindos porque
garantem estes macronutrientes ao organismo e não possuem carboidratos
refinados. “Como o presunto e outros tipos de embutidos típicos do café da
manhã são processados e cheios de condimentos, é importante retirá-los da
dieta e fazer esta troca”, explica, destacando que frango, bacon e atum podem
ser facilmente incluídos no desjejum. “Não existe nenhuma lei que te obrigue a
comer pão, margarina e leite pela manhã, isso é mais uma questão cultural”,
brinca.
Segunda
troca: o leite pelo ovo
O
especialista explica que, com exceção da manteiga, o leite e seus derivados
estimulam consideravelmente a insulina no sangue, o que impede o emagrecimento
eficiente. A troca pode ser feita pelos ovos, que são fonte de gordura de ótima
qualidade. “Se houver a necessidade de trocar o leite, você pode utilizar o
leite de coco, que não é laticínio e faz uma ótima substituição, especialmente
em receitas”, explica.
Sem
feijão, mas com espinafre
Rico
em carboidratos e compostos conhecidos como anti-nutrientes, o feijão faz parte
dos alimentos retardadores para quem está priorizando o emagrecimento, assim
como a lentilha. Segundo Polesso, ele pode ser facilmente trocado pelo
espinafre, que é um acelerador, igualmente rico em ferro. “Assim, se a sua
desculpa para consumir o feijão está nisso, o legume vai substituir muito bem”.
Outros vegetais que fazem parte dos alimentos aceleradores são a ervilha,
vagem, couve e brócolis.
Cartão
vermelho para as frutas industrializadas
Polesso
conta que as principais frutas que funcionam como alimentos retardadores
são as tâmaras e as versões industrializadas, como enlatadas, frutas secas e
geleias. No entanto, o especialista alerta para as frutas moderadoras. “A
maioria das frutas entra na categoria de moderadores, que não precisam ser
expulsas, mas merecem um cartão amarelo, como laranja, banana, manga, abacaxi”,
explica. Abacate, coco, limão, mirtilo e morango fazem parte do grupo de frutos
que podem ir para o time principal.
Adoçantes
artificiais banidos, chás bem-vindos
Por
fim, o especialista destaca que todos os elementos doces, como açúcar, mel e
adoçantes industrializados devem ser banidos da dieta. “A ciência demonstra que
todos eles, até mesmo sem conter calorias, estimulam a secreção de insulina no
sangue ou impactam negativamente na habilidade do corpo de metabolizar glicose,
pisando no freio do emagrecimento”, conta. Assumindo de vez o papel de “técnico
da boa alimentação”, ele afirma que a melhor substituição para a vontade de
comer doces pode ser encontrada nos chás, frutas de baixa carga glicêmica e no
uso de adoçantes naturais como stévia, xilitol e eritritol. “Qualquer tipo de
chá pode ser um ótimo substituto, desde que não seja adoçado com açúcar ou
adoçantes artificiais”.
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