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sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Trombose: mitos e verdades sobre uma doença silenciosa


Outubro é marcado pelo Dia Mundial da Trombose, data que busca destacar uma condição de saúde que, embora seja a causa de cerca de 165 internações todos os dias [1], ainda recebe pouca atenção. Entre 2012 e 2023, mais de 489 mil brasileiros foram hospitalizados para o tratamento da condição [2]. A data visa não apenas a conscientização sobre a gravidade da doença, mas também a importância de medidas preventivas, como a identificação precoce dos fatores de risco, promoção de hábitos saudáveis e o incentivo ao diagnóstico e tratamento adequado. 

“A trombose venosa profunda (TVP) é uma condição médica grave que ocorre quando há a formação de coágulos de sangue dentro de uma veia profunda, geralmente nas pernas, impedindo o fluxo natural do sistema cardiovascular [3]. A TVP pode ser assintomática ou causar dor, inchaço, vermelhidão, calor e rigidez na região afetada devido ao entupimento da veia que prejudica a circulação do sangue [3]”, comenta o Dr. Tomaz Crochemore, Diretor Médico para a América Latina da Werfen. 

O médico complementa ao explicar que os principais sintomas clínicos costumam ser inchaço[3] e dor na palpação, que pode acontecer devido ao entupimento da veia que prejudica a circulação do sangue [3]. Embora a gravidade seja conhecida no meio médico e a condição tenha alta ocorrência no Brasil, ainda existe pouca informação divulgada sobre esta coagulopatia para a população.
 

A trombose não acontece apenas em pessoas mais idosas

“Este é um dos equívocos mais comuns. A verdade é que a trombose pode ocorrer em qualquer idade [4]”, comenta o especialista. Ele explica que, embora as chances de apresentar a condição aumentem à medida que envelhecemos [5], jovens também podem ser afetados, especialmente quando há fatores de risco adicionais, como obesidade, gravidez, sedentarismo, uso de anticoncepcionais e até mesmo histórico familiar da doença.


A condição acomete apenas as pernas

“Existem dois tipos de trombose, podendo ser arterial ou venosa [4], variando entre os graus superficial ou profundo [4]. No caso da trombose venosa profunda, de fato, observamos uma frequência maior nas pernas4, mas nenhuma é exclusiva dessa região”, complementa o Dr. Tomaz. Coágulos podem ser formados em outras partes do corpo, como braços, veias abdominais e até mesmo no cérebro.


A trombose causa dor

Muitas pessoas acreditam que a dor é um sintoma obrigatório, mas a realidade é que a condição é silenciosa e pode se manifestar com inchaço, mudança na cor da pele ou sensação de peso nas partes do corpo afetadas. “Existem ainda os casos em que os sintomas podem ser quase imperceptíveis, o que a torna ainda mais perigosa se não for diagnosticada precocemente”, adiciona.


A trombose atinge apenas pessoas que não praticam exercícios físicos

“A falta de movimento, como em situações de voos longos ou após cirurgias, aumenta o risco de trombose. No entanto, mesmo pessoas ativas podem desenvolvê-la se houver outros fatores presentes, como doenças pré-existentes [5], gravidez [5] e pós-parto [5] ou o uso de certos medicamentos, como anticoncepcionais”, comenta o médico.


A trombose sempre deixa sequelas

Embora a trombose possa levar a complicações graves, como a síndrome pós-trombótica, muitas pessoas conseguem se recuperar totalmente com diagnóstico precoce e tratamento adequado. No entanto, a falta de tratamento pode resultar em sequelas permanentes, como dor crônica e inchaço nas pernas, o que reforça a importância de buscar ajuda médica rapidamente ao notar qualquer sintoma.

 

Sobre a Werfen

Fundada em 1966, a Werfen é uma das líderes mundiais no desenvolvimento, fabricação e distribuição de instrumentos diagnósticos especializados, reagentes, soluções para automação de processos e gerenciamento de dados que empoderam o cuidado ao paciente em centros hospitalares e laboratórios de todo o mundo.

Suas soluções em Hemostasia, Acute Care Diagnostics, Autoimunidade, Transplante e Transfusão estão presentes em mais de 100 países e territórios através de operação direta e por meio de distribuidores. Para mais informações, visite o site da companhia em werfen.com/br.

 



Referências:

[1] Jornal da USP. Números de internações diárias por trombose no Brasil merecem atenção e acompanhamento constante. Acesso em: https://jornal.usp.br/radio-usp/numeros-de-internacoes-diarias-por-trombose-no-brasil-merecem-atencao-e-acompanhamento-constante/

[2] Agência Brasil. Trombose causa 165 internações diárias no Brasil, revelam médicos. Acesso em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2023-11/trombose-causa-165-internacoes-diarias-no-brasil-dizem-medicos#:~:text=Os%20dados%20indicam%2C%20ainda%2C%20que,%C3%9Anico%20de%20Sa%C3%BAde%20(SUS).

[3] Hospital Albert Einstein. Vida Saudável. Sinais de trombose: saiba tudo sobre! Acesso em: https://vidasaudavel.einstein.br/sinais-de-trombose/#:~:text=Quando%20h%C3%A1%20uma%20trombose%2C%20um,e%20formigamento%20na%20regi%C3%A3o%20afetada.

[4] Ministério da Saúde. Biblioteca Virtual em Saúde. 16/9 – Dia Nacional de Combate e Prevenção à Trombose. Acesso em: https://bvsms.saude.gov.br/16-9-dia-nacional-de-combate-e-prevencao-a-trombose-3/#:~:text=V%C3%A1rios%20fatores%20podem%20estar%20envolvidos,Venosa%20Profunda%3B%20presen%C3%A7a%20de%20varizes


Laser íntimo ajuda pacientes com câncer na retomada da vida sexual

 

 

 

A recuperação da autoestima e da libido é importante para as mulheres em tratamento e fundamental para o equilíbrio emocional

 

O diagnóstico do câncer é desafiador e exige uma adaptação aos efeitos dessa condição. As mudanças no corpo são visíveis, incomodam e provocam desequilíbrio emocional e derrubam autoestima. No caso específico das mulheres, os tumores de mama e ginecológicos preveem tratamentos que exigem bastante da saúde física e emocional das pacientes. Além da cirurgia para a retirada do tumor e até de órgãos importantes, como mama, ovário, útero, há o acompanhamento com quimio ou radioterapia. O tratamento costuma ser longo assim como os efeitos dele, que atingem todas as áreas da vida da mulher, inclusive a sexual.

Relatos de ressecamento vaginal e perda da libido são frequentes entre as pacientes em tratamento de câncer. A ginecologista e obstetra Ana Carolina Massarotto explica que o efeito acontece em função da queda do estrogênio durante o tratamento. O hormônio sexual feminino é responsável por manter a saúde genital das mulheres. “Quando o organismo identifica a queda do estrogênio, a paciente sente os efeitos e o principal deles é a atrofia genital ou ressecamento da mucosa. Isso impacta diretamente a vida sexual da paciente”, explica a médica.

A fragilidade emocional diante de um diagnóstico de câncer pode ser ainda mais intensa diante de situações como essa, em que a paciente perde a libido e já não sente o prazer natural em se relacionar. Segundo a ginecologista e obstetra, esses sintomas das pacientes em tratamento de câncer podem ser atenuados com práticas seguras, nada invasivas e indolores, como o laser íntimo. “Esse procedimento estimula a produção de colágeno, recuperando a elasticidade do canal vaginal e, consequentemente, melhorando a lubrificação da mulher”, explica Ana Carolina Massarotto.

A aplicação do laser íntimo exige cuidado e bastante domínio da técnica. Embora seja um procedimento simples, rápido e indolor, requer um protocolo de tratamento e uma indicação médica. Isabela Simionatto, ginecologista e obstetra, explica que o Fotona, como é conhecido o laser íntimo, tem contribuído muito para o bem-estar das pacientes que estão vivendo fases diferentes da vida. “Estamos falando dos benefícios durante o tratamento de câncer, mas o Fotona também funciona como terapia adjuvante para o climatério, como opção para as mulheres que não podem fazer a reposição hormonal a até para aliviar os efeitos do puerpério”, pontua a médica.

A saúde feminina é pauta no mês de outubro, em que todas as atenções estão voltadas para a conscientização sobre o câncer de mama, reforçando a importância do autocuidado e da necessidade de manter a rotina ginecológica e de exames. A campanha Outubro Rosa é muito eficiente na missão de levar informação sobre o tumor que, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer, INCA, representa 30% dos tumores que afetam as mulheres brasileiras. Ainda segundo o INCA, estão previstos 74 mil novos casos de câncer de mama por ano até 2025. Os tumores ginecológicos, como câncer de ovário, colo e corpo do útero representam cerca de 13%. Por isso, o reforço para autocuidado feminino é constante e não apenas no mês de outubro. “É fundamental que a mulher mantenha uma vida saudável baseada em alimentação equilibrada, rotina de exercícios físicos e sono de qualidade, além da rotina de exames”, alerta Isabela.

 



Ana Carolina Massarotto -Ginecologista e Obstetra - CRM 140.915 - RQE 85.445
@ana.massarotto_go


Isabela Simionatto - Ginecologista e Obstetra - CRM 162.975 - RQE 76.990
@dra.isabelasimionatto


Dia Mundial da Menopausa: conscientização e cuidados para a saúde feminina

O Dia Mundial da Menopausa, celebrado em 18 de outubro, foi instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para promover a conscientização sobre a saúde das mulheres e incentivar o acompanhamento médico adequado durante essa fase da vida. A data visa informar sobre a importância de compreender e tratar os sintomas da menopausa, além de desfazer mitos que envolvem o tema.

A menopausa, que ocorre geralmente entre os 45 e 55 anos, é marcada pela interrupção da menstruação e pela redução dos hormônios femininos, como estrogênio e progesterona. Esse período pode trazer mudanças físicas e emocionais, sendo comum sintomas como ondas de calor, insônia e alterações de humor. A menopausa precoce, que pode acontecer por volta dos 40 anos, também é uma realidade para algumas mulheres.

Segundo o ginecologista Dr. André Vinícius, especialista em saúde feminina, a terapia hormonal é uma importante aliada no alívio dos sintomas da menopausa e na prevenção de condições como a osteoporose, além de contribuir para a qualidade de vida e até para a preservação de relacionamentos. No entanto, diversos mitos em torno do tratamento ainda geram incertezas. Perguntas como "A terapia hormonal causa câncer?" e "A menopausa sempre leva ao ganho de peso?" são dúvidas comuns entre as mulheres, destacando a importância da conscientização sobre o tema.

“Quero destacar que o climatério e a menopausa é um momento marcante na vida da mulher, trazendo diversas mudanças — algumas positivas, outras desafiadoras. É fundamental que a mulher se sinta segura, valorize-se e aprenda a gostar de si mesma em todas as etapas da vida. Cuidar do corpo e da mente por meio das escolhas diárias é essencial para atravessar essa fase com saúde e bem-estar” explica Dr. André Vinícius.

Ao celebrar o Dia Mundial da Menopausa, reforça-se a importância de quebrar tabus e promover uma abordagem aberta e informada sobre essa fase natural da vida. A conscientização e o acompanhamento médico são essenciais para garantir que as mulheres vivenciem essa etapa com saúde, autoconfiança e bem-estar. Informar-se sobre os tratamentos disponíveis e buscar orientação profissional pode transformar a menopausa em um momento de autodescoberta e cuidado pessoal.


Mulheres relatam dificuldade em se manter no trabalho após diagnóstico de câncer de mama

Pesquisa AstraZeneca/Datafolha revela que 41% das mulheres que trabalhavam no momento do diagnóstico não conseguiram manter seu emprego

 

A falta de apoio profissional é uma realidade enfrentada por muitas mulheres brasileiras em tratamento contra o câncer de mama. É o que aponta uma pesquisa inédita realizada pelo Datafolha a pedido da AstraZeneca. O levantamento ouviu 240 mulheres e teve como intuito analisar a rede de apoio dessas pacientes. Entre as que trabalhavam no momento do diagnóstico, 41% não conseguiram manter seu emprego ao não receber apoio para se ausentar durante o tratamento, seja para a realização de exames ou cirurgias. 

A pesquisa também revelou que cerca de metade das mulheres com câncer de mama deixam de trabalhar, independentemente se foram demitidas ou se não puderam manter sua atividade autônoma. Entre o momento do diagnóstico e a realização das entrevistas, em setembro de 2024, o percentual de economicamente ativas passou de 62% para 33%, uma redução de 29 pontos percentuais. Na análise, tais mudanças podem ter ocorrido tanto logo após a descoberta do câncer como ao longo ou mesmo após encerrado o tratamento. 

O estudo buscou ainda entender como estão estruturadas essas redes de apoio. Chama atenção o protagonismo assumido pelos filhos no cuidado com as mães. Para mais da metade das mulheres (56%), os filhos estão entre suas principais fontes de apoio. Os amigos e os(as) companheiros(as) também aparecem em uma posição de destaque na composição dessa rede, sendo mencionados por 38% das entrevistadas cada. Demais familiares, médicos, enfermeiros, membros da igreja e Deus foram alguns dos outros suportes mencionados – cada respondente pôde escolher até 3 opções.

Em relação à rotina e às necessidades do dia a dia ao longo da jornada, uma entre cada quatro mulheres (27%) sentiu falta de apoio financeiro. A ausência de suporte emocional (13%) e cuidados com os filhos e casa (13%) foram os outros dois tipos de apoio mais citados.

“Desde que a suspeita do câncer surge, chegam também uma série de despesas não previstas que passam por pagamentos de consultas e exames ou ainda com transporte e ajuda com rotina da casa. Precisamos falar mais de toxicidade financeira no cuidado do câncer, isso é real”, explica Luciana Holtz, presidente e fundadora do Instituto Oncoguia. 

A maior parte das mulheres ouvidas têm entre 40 e 59 anos (54%), sendo 93% acima dos 40 anos de idade. Foram entrevistadas pacientes de cinco capitais do país, representantes de todas as classes econômicas. No que diz respeito ao estado civil, 40% são casadas ou têm companheiro(a), 27% são solteiras, 14% viúvas e 19% separadas ou divorciadas – 86% das mulheres ouvidas têm ao menos um filho.

Sobre a pesquisa

Encomendada pela AstraZeneca, a pesquisa foi realizada pelo Datafolha entre os dias 5 e 13 de setembro, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador e Goiânia. O instituto de pesquisa ouviu um total de 240 mulheres, com idade a partir de 18 anos. A margem de erro é de 6 pontos percentuais, o que traz um nível de confiança de 95%.
 

Sobre a campanha “Com Apoio, a vida segue”

Em 2024, a AstraZeneca lança a campanha "Com Apoio, a vida segue", que reforça a importância de uma rede de suporte para pacientes com câncer de mama e que tem como objetivo mobilizar a sociedade a oferecer apoio, em suas mais variadas formas. Compreendendo a informação como uma das possíveis formas de apoiar, a iniciativa também busca promover o conhecimento sobre os diferentes estágios e subtipos de câncer de mama, fundamental para um tratamento mais personalizado. Para saber mais, acesse avidasegue.com.br.
 

AstraZeneca


Estações meteorológicas reforçam segurança nas rodovias concedidas do Estado

Divulgação: ViaPaulista

Tecnologia auxilia na tomada de decisões para operações especiais em caso de mudanças climáticas



As rodovias concedidas paulistas, sob supervisão da ARTESP – Agência de Transporte do Estado de São Paulo, contam com 32 estações meteorológicas para a gestão de risco e segurança viária. Os equipamentos operam de forma ininterrupta, monitorando variáveis como pressão atmosférica, temperatura, volume de chuvas, visibilidade e outras condições climáticas. Os dados, transmitidos em tempo real para os Centros de Controle Operacional (CCOs) das concessionárias e integrados ao Centro de Controle de Informações (CCI) da Agência, permitem a tomada de decisões rápidas e preventivas, garantindo melhores condições de trafegabilidade aos usuários.

 

Na Rodovia dos Tamoios (SP-099), que liga Caraguatatuba a São José dos Campos, o Sistema de Monitoramento e Alerta foi instalado pela concessionária Tamoios no trecho de serra, uma área crítica devido às chuvas intensas e riscos de deslizamento de terra. Com cinco estações meteorológicas estrategicamente localizadas, o sistema monitora o volume de chuvas e, ao ultrapassar a marca de 100 milímetros, o CCO pode determinar o fechamento da rodovia, prevenindo acidentes.

 

Com a interdição da rodovia para a segurança dos usuários, é realizada a Operação Comboio com o sistema Pare & Siga na Serra Nova, que auxilia os motoristas e permite o fluxo de veículos entre o Litoral Norte e o Vale do Paraíba. Toda ação é aprovada pela ARTESP, sendo executada pela concessionária e coordenada pela Polícia Militar Rodoviária. No início do ano, a rodovia foi interditada após o registro de deslizamento de terra ocasionado pelas fortes chuvas, sendo realizados mais de 51 comboios que garantiram o translado dos motoristas em segurança.

 

“O Programa de Concessões Rodoviárias do Estado investe ininterruptamente em soluções tecnológicas para que nossas rodovias sejam as mais seguras do país, comprometendo-se com a fluidez do tráfego de forma segura, mesmo em condições climáticas extremas", afirma Múcio Cunha, especialista em Regulação de Transportes da ARTESP.


 

Detecção de neblina


Os equipamentos também são essenciais para o monitoramento da neblina, detectando de forma antecipada as condições favoráveis à formação do fenômeno, o que permite a emissão de alertas preventivos e ajustes na sinalização da rodovia, especialmente em áreas com visibilidade limitada.

 

No Sistema Anchieta-Imigrantes, a Ecovias emprega uma rede de estações meteorológicas para monitorar em tempo real a ocorrência de neblina, frequente nos trechos de serra. Quando a visibilidade cai abaixo do limite estabelecido (100 metros), o Centro de Controle Operacional (CCO) aciona a operação comboio, sob a coordenação da Polícia Militar Rodoviária e apoio da Agência.



BOLETIM DAS RODOVIAS

Tráfego intenso e trechos congestionados nas principais rodovias concedidas de São Paulo

 

A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo informa as condições de tráfego nas principais rodovias que dão acesso ao litoral paulista e ao interior do Estado de São Paulo no início da tarde desta sexta-feira (18). 

 

Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI)

Operação 5x5 - Na rodovia Anchieta (SP-150), há lentidão no sentido capital entre os km 12 e km 10, por excesso de veículos. Já no sentido litoral, o tráfego é normal. A rodovia Imigrantes (SP-160) apresenta tráfego normal nos dois sentidos.

 

Sistema Anhanguera-Bandeirantes

Na Anhanguera (SP-330) apresenta tráfego normal nos dois sentidos. Na Bandeirantes (SP-348), sentido capital, o tráfego está lento entre os km 15 e km 13+360. No sentido interior, o trânsito flui normalmente.

 

Sistema Castello Branco-Raposo Tavares

A rodovia Raposo Tavares (SP-270) não apresenta congestionamentos. Já na Castello Branco (SP-280), sentido interior, há lentidão nas pistas expressa e marginal entre os km 21 e km 24. No sentido interior, tráfego normal, sem congestionamento.

 

Rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto

O corredor, sentido capital, apresenta congestionamento do km 21 ao km 18. Para quem segue sentido interior, o tráfego é normal. 

 

Rodovia dos Tamoios

Tráfego normal, sem congestionamento.

 

FecomercioSP: confiança do consumidor recua 7,1% na capital paulista

Levantamento registra queda do otimismo em comparação ao ano passado; famílias estão mais cautelosas com compras futuras e não essenciais 

 

A expectativa dos paulistanos com o futuro da economia piorou, segundo o Índice de Confiança dos Consumidores (ICC) de setembro, produzido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), que aponta uma queda de 7,1% no indicador quando comparado ao mesmo período do ano passado — de 132,6 para 123,2 pontos. De acordo com a Entidade, um conjunto de fatores ajudam a explicar esse resultado, mas o principal é a incerteza quanto ao ambiente econômico do País, que afeta diretamente as expectativas das famílias sobre as condições econômicas futuras.

 

[GRÁFICO 1]

ÍNDICE DE CONFIANÇA DOS CONSUMIDORES (ICC)

Série histórica (13 meses)

Fonte: FecomercioSP




 O ICC também apresentou uma retração mensal de 3,2%. O indicador — que varia entre 0 e 200 pontos, apontando pessimismo ou otimismo total dos consumidores em relação às condições econômicas atuais e futuras —, é composto por duas variáveis: Índice de Expectativa do Consumidor (IEC) e Índice das Condições Econômicas atuais (ICEA). No mês, o quesito “expectativas” foi o que mais recuou. 

 

O subíndice caiu 12,6%, no comparativo anual, e 4,4%, em relação ao mês anterior, atingindo 127,6 pontos. Isso reflete frustração com as perspectivas econômicas, apesar do crescimento no emprego. Segundo a FecomercioSP, mesmo com o mercado de trabalho aquecido, muitos consumidores não percebem melhorias no dia a dia, especialmente com o aumento dos preços.

Além disso, os juros altos, necessários para conter a inflação, tornam o crédito mais caro, dificultando o consumo, inclusive de bens duráveis. A Federação também destaca as incertezas em relação às políticas econômicas, incluindo preocupações com o equilíbrio fiscal e reformas, que criaram um ambiente de insegurança. Os impactos da Reforma Tributária sobre o custo de vida e mercado de trabalho, por exemplo, afetou diretamente as expectativas dos paulistanos.   

Por fim, os dados mais positivos sobre a confiança do consumidor vêm de um período passado. O índice atual sugere uma desaceleração econômica que ainda não se concretizou totalmente.

 

Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF)


Esse cenário incerto traz implicações diretas para os empresários, que podem ter dificuldades para manter as vendas e gerenciar estoques, ainda mais em segmentos que dependam do crédito e de bens de consumo duráveis. O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), outro indicador produzido pela FecomercioSP, revela exatamente esse movimento: queda de 4,2%, no comparativo anual, revelando consumidores mais cautelosos, sobretudo entre os lares de menor renda.  

 

[GRÁFICO 2]

ÍNDICE DE INTENÇÃO DE CONSUMO DAS FAMÍLIAS (ICF)

Série histórica (13 meses)

Fonte: FecomercioSP




 As variáveis “perspectiva de consumo” e “perspectiva profissional” caíram 17,9% e 12%, respectivamente, em relação a setembro de 2023. Na comparação mensal, as maiores quedas foram vistas em “perspectiva de consumo” (-5%) e “nível de consumo atual” (-4%). As famílias estão menos confiantes em fazer compras futuras — especialmente de bens não essenciais — e reduziram o consumo geral, em decorrência do aumento dos custos e da inflação ainda presente. 

Outras quedas foram observadas no “acesso ao crédito” (-2,8%) e “momento para duráveis” (-1,2%). Quatro dos sete componentes do ICF estão abaixo de 100 pontos, indicando pessimismo: “momento para duráveis” (80 pontos), “nível de consumo atual” (81,7 pontos), “perspectiva de consumo” (93,8 pontos) e “acesso ao crédito” (96 pontos).

 

Por faixa de renda, lares com menos de dez salários mínimos são os mais pessimistas, com quedas de 7,7%, no comparativo anual, e 1,2%, em relação a agosto. As famílias com maior renda, por sua vez, menos dependentes de crédito e mais resistentes aos impactos econômicos, registraram altas de 5,6%, no ano, e 0,2%, no mês.

 

O ICF apontou alta em “renda” (6,2%) e “emprego” (2,3%). No entanto, esses resultados não foram suficientes para elevar a confiança futura dos paulistanos. Embora o Índice de Confiança do Consumidor tenha crescido 3,5% no item Condições Econômicas Atuais (ICEA), houve retração de 1% em comparação ao mês anterior.

 

Notas metodológicas


ICF


O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde janeiro de 2010, com dados de 2,2 mil consumidores no município de São Paulo. O ICF é composto por sete itens: Emprego Atual; Perspectiva Profissional; Renda Atual; Acesso ao Crédito; Nível de Consumo; Perspectiva de Consumo e Momento para Duráveis. O índice vai de zero a 200 pontos, no qual abaixo de cem pontos é considerado insatisfatório, e acima de cem pontos, satisfatório. O objetivo da pesquisa é ser um indicador antecedente de vendas do comércio, tornando possível, a partir do ponto de vista dos consumidores e não por uso de modelos econométricos, ser uma ferramenta poderosa para o varejo, para os fabricantes, para as consultorias, assim como para as instituições financeiras.

 

ICC


O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde 1994. Os dados são coletados com aproximadamente 2,1 mil consumidores no município de São Paulo. O objetivo é identificar o sentimento dos consumidores levando em conta suas condições econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação econômica futura. Esses dados são segmentados por nível de renda, sexo e idade. O ICC varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Sua composição, além do índice geral, se apresenta como: Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e Índice das Expectativas do Consumidor (IEC). Os dados da pesquisa servem como um balizador para decisões de investimento e para formação de estoques por parte dos varejistas, bem como para outros tipos de investimento das empresas. 



FecomercioSP
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Ameaças ambientais disparam nas preocupações dos brasileiros em setembro, enquanto crime e violência mantêm liderança global, segundo Ipsos

Pesquisa What Worries The World, referente ao mês de setembro da Ipsos e a análise do CEO da Ipsos, Marcos Calliari

 

Em setembro, a tríade de preocupações dos brasileiros permanece ocupando as mesmas posições. “Crime e Violência”, com 40% das menções, seguem na liderança, com uma leve queda de – 2 pontos percentuais em relação a agosto; seguido por “Pobreza e Desigualdade Social” que se matem estável em 38% e “Saúde” em terceiro lugar com 36% (-2 pontos percentuais em relação ao mês anterior). No entanto, um dos destaques desse mês foi o grande crescimento da preocupação com “Ameaças ao Meio Ambiente”, atingindo 17% das menções (+6% em comparação com agosto). O número é um novo recorde desta apreensão. Entre todos os 29 países pesquisados, o Brasil lidera nesta preocupação à frente de Holand e Suécia. Os inúmeros casos de queimadas que assolam o país revisitam uma pauta importantíssima, mas que antes ficava restrita a discussões muito nichadas. Agora, com o problema já impactando diretamente o dia a dia das pessoas, o apelo midiático coloca essa preocupação em evidência para a população. A apreensão com “Mudanças Climáticas” (15%) também cresceu + 4 pontos percentuais este mês, já que são temas diretamente conectados. E com a previsão de ondas de calor e estiagem durante os próximos meses, ambas as pautas tendem a entrar de vez na agenda de grandes preocupações dos brasileiros. 

Olhando para o cenário global, vale a pena destacar uma mudança importante: a “Inflação” que liderava por quase três anos o ranking da média global, perde a liderança pela primeira desde o fim da pandemia para “Crime e Violência”, que assume o top do ranking (muito impulsionado pelo seu crescimento na região Latam – dos 6 países mais preocupados com o tema, 4 são latino-americanos, incluindo o Brasil). Nos Estados Unidos, no entanto, a “Inflação” segue liderando como principal preocupação de maneira isolada, com quase o dobro de menções frente ao segundo lugar que é a pauta da criminalidade. Esse indicador é um claro sinal aos candidatos do pleito presidencial que a economia é, disparadamente, a principal apreensão dos estadunidenses hoje.


Pix representa principal fonte de faturamento para quase 50% dos MEI

Modalidade é a mais usada pelos microempreendedores individuais e 97% dos pequenos negócios a aceitam como forma de pagamento


O Pix é a principal forma de pagamento e responde pela maior parte do faturamento de metade dos microempreendedores individuais (MEI) do país. Segundo pesquisa realizada pelo Sebrae, para 48% dos MEI, essa modalidade já recebe 51% ou mais de todo o recurso movimentado na venda de produtos ou serviços.

De acordo com o levantamento, o Pix, lançado em 2020, alcançou em menos de quatro anos um estágio de quase universalização, sendo aceito atualmente por 97% dos MEI. Os poucos empreendedores que ainda não aderiram apresentam argumentos como: receio de pagar impostos e taxas, medo de golpes, ausência de conta em banco ou o não uso de aplicativos de bancos, entre outras justificativas.

Além de revolucionar a forma como os pequenos negócios efetuam transações comerciais, o Pix está estimulando a “bancarização” dos MEI no país, defende o gerente de Serviços Financeiros do Sebrae Nacional, Valdir Oliveira. “A nossa pesquisa mostra que mais da metade dos microempreendedores individuais (54%) já usam a conta bancária da pessoa jurídica da empresa na hora de receber os pagamentos via Pix.”

Para ele, esse é um aspecto importante para a evolução dos microempreendedores individuais. “O Pix se mostra um grande instrumento de bancarização dos MEI”, justifica. “A facilidade de transação aproxima esse segmento das movimentações bancárias e das instituições financeiras, o que facilita o acesso a crédito, pois a falta de informações precisas sobre a realidade financeira dos microempreendedores individuais é a maior barreira para que os bancos avaliem melhor o limite de crédito e o risco desses clientes.”

Principais dados da pesquisa:

  • 97% do MEI aceitam Pix como forma de pagamento;
  • Para 48% dos MEI que aceitam Pix, essa modalidade de pagamento já é responsável por 51% ou mais do faturamento;
  • 54% dos MEI recebem os pagamentos via Pix diretamente na conta da empresa.

Cultura organizacional: pilar essencial na gestão de crises empresariais

Como a cultura organizacional pode definir o sucesso em momentos de adversidade


A cultura organizacional é um dos pilares fundamentais que moldam o comportamento, as decisões e o desempenho de uma empresa, especialmente em tempos de crise. Ela abrange os valores, crenças e práticas compartilhadas dentro da organização, funcionando como um guia invisível que orienta a forma como os colaboradores se comunicam, tomam decisões e enfrentam desafios. 

Segundo Ivaneide Villaça, especialista em gestão empresarial, “toda cultura é forte, resta saber se ela trabalha a favor da sua empresa, de acordo com as estratégias, ou não”. Isso significa que, tanto uma cultura positiva quanto uma negativa, podem ser poderosas influências sobre a organização. Práticas prejudiciais, como fofocas ou a falta de comprometimento com metas, também fazem parte de uma cultura que pode impactar a empresa durante crises. 

Uma cultura organizacional forte, alinhada aos objetivos estratégicos da empresa, promove um ambiente onde os colaboradores se sentem seguros para compartilhar ideias, identificar problemas e sugerir soluções. Essa solidez cultural cria uma base robusta para enfrentar qualquer adversidade. Em contrapartida, uma cultura desalinhada, marcada por comportamentos como fofocas ou descompromisso, pode dificultar a gestão de crises, comprometendo a capacidade da organização de se adaptar e reagir rapidamente. 

A relevância dessa estrutura cultural fica ainda mais clara ao analisar casos de empresas que não apenas sobreviveram, mas cresceram durante períodos desafiadores. Ivaneide Villaça, por exemplo, vivenciou o impacto de uma cultura organizacional bem alinhada com as estratégias da empresa durante a pandemia, um período de crise global. Sua empresa registrou um crescimento de 76%, e para ela, o diferencial foi uma cultura baseada em valores de transparência, confiança e inovação. “A cultura organizacional é sempre forte”, ressalta Ivaneide, “mas cabe à liderança garantir que ela esteja trabalhando a favor dos objetivos da empresa, especialmente em tempos difíceis.” 

Empresas que incentivam a aprendizagem contínua e a inovação tendem a encontrar soluções criativas para os desafios que surgem. Ao encarar crises como oportunidades de aprendizado e melhoria, essas empresas se destacam, revisando processos e implementando mudanças que fortalecem a operação. “Enxergar a crise como uma chance de crescimento é o que separa as empresas que prosperam daquelas que ficam pelo caminho”, explica Ivaneide. 

Por outro lado, culturas organizacionais fracas, caracterizadas por comunicação deficiente, hierarquias rígidas e resistência à mudança, podem agravar situações de crise. Nesses cenários, a falta de confiança e transparência dificulta a colaboração, levando a decisões mal-informadas que prejudicam ainda mais a gestão da crise. Ivaneide alerta que, sem um ambiente de apoio e abertura, a empresa perde a capacidade de responder com agilidade e eficácia. 

Portanto, investir no fortalecimento da cultura organizacional, alinhando-a com as estratégias, missão, visão e valores da empresa, não é apenas uma medida preventiva, mas uma estratégia essencial para garantir a resiliência empresarial. Empresas que cultivam um ambiente positivo, engajam seus colaboradores e promovem valores sólidos estão mais preparadas para enfrentar crises e emergir mais fortes. Como destaca Ivaneide, “a cultura organizacional é a bússola que orienta as empresas em tempos de adversidade, definindo o sucesso na gestão de crises e na recuperação”. 



Ivaneide Villaça - Mentora de Líderes e Empresários
Instagram: @ivavillaca
E-mail: ivaneide@automacaocuritiba.com.br
Site: www.culturasistemica.com.br
Endereço: Rua Guilherme Ihlenfeldt, 788 - Tingui, Curitiba - PR

 

Detran: a chave para destravar a recuperação extrajudicial de garantias

O Marco Legal das Garantias, introduzido no final do ano passado pela Lei 14.711/23, trouxe uma promessa de modernização e agilidade para o mercado de crédito no Brasil, especialmente na recuperação de veículos dados em garantia. Ao permitir que essa recuperação fosse feita extrajudicialmente, o legislador abriu caminho para um processo mais rápido, menos oneroso e mais eficiente. No entanto, para que essa mudança alcance pleno potencial, é preciso um passo importante: a regulamentação pelos Detrans. Felizmente, esse é um desafio que, embora pareça complexo, pode ser superado com relativa facilidade e rapidez.

A lei busca simplificar um processo que, no modelo judicial atual, é notoriamente lento e ineficiente. Hoje, o credor que deseja recuperar um veículo enfrenta um caminho cheio de obstáculos: longos prazos processuais, altos custos e uma burocracia que, em última análise, prejudica tanto as instituições financeiras quanto os consumidores. O Marco Legal das Garantias oferece uma alternativa mais rápida e direta, ao permitir que a recuperação seja feita de forma extrajudicial, um método que já mostrou sucesso no setor imobiliário e agora se expande para veículos e outros bens móveis. Para os Detrans, que já possuem boa parte da estrutura necessária, a adaptação a essa nova realidade não é uma tarefa complexa, mas sim uma questão de ajustes.

O papel das registradoras nesse contexto é fundamental. Elas funcionam como um elo entre os Detrans e as instituições financeiras, sendo responsáveis por centralizar as informações e garantir a fluidez do processo. Ao conectarem dados e etapas envolvidas na recuperação extrajudicial, as registradoras já oferecem a infraestrutura tecnológica e a segurança necessárias para o novo modelo. O que falta, então, é a regulamentação específica por parte dos Detrans, que precisam detalhar como essas transações acontecerão, adaptar seus sistemas e credenciar as empresas já atuantes no registro de contratos para também executar a recuperação extrajudicial.

A maioria dos Detrans já conta com empresas de tecnologia credenciadas para o registro de contratos de financiamento, e a extensão dessas operações para a recuperação extrajudicial é um ajuste que poderia ser feito em poucos meses. Trata-se de adaptar alguns campos nos sistemas já existentes e produzir a regulamentação necessária, algo perfeitamente viável com um esforço coordenado e direcionado.

O que parece um grande desafio é, na verdade, uma oportunidade para os Detrans demonstrarem eficiência e alinhamento com as necessidades da economia. Com a regulamentação adequada, o custo e o tempo para recuperação das garantias cairiam significativamente, o que impactaria diretamente nas taxas de juros e no valor das parcelas, tornando o crédito mais acessível para a população. Esse efeito cascata beneficia não apenas os consumidores e as instituições financeiras, mas também o mercado de veículos como um todo e, inclusive, o meio ambiente, incentivando a renovação da frota e a retirada de circulação de veículos em mau estado.

É compreensível que a internalização da lei e o entendimento do papel dos Detrans no novo modelo levem algum tempo, mas o momento é propício para uma tomada de decisão. O Marco Legal das Garantias vai fomentar o crescimento econômico e os Detrans possuem a chave para destravar esse processo. Assim, é possível alcançar a eficácia da lei e promover um ciclo virtuoso de crescimento e inovação no mercado de crédito. Vale ressaltar que nos países onde esse modelo de execução já está implementado, as taxas de juros praticadas são menores.

Os Detrans devem, portanto, liderar uma transformação que já está, tecnicamente, a meio caminho de se concretizar. A tarefa é perfeitamente possível e, com foco e priorização, pode ser realizada em um curto prazo. Desta maneira, os Detrans mostrarão que estão alinhados ao futuro e preparados para implementar uma mudança que produzirá efeitos benéficos para toda a economia. 



Renata Herani - cientista política e diretora de Relações Institucionais, Comunicação e Marketing da Tecnobank.


No Dia do Médico, Anadem chama a atenção para disparidade na distribuição dos profissionais no Brasil

Para Sociedade, desigualdade, estrutura e remuneração contribuem para que 57,8% dos médicos escolham atuar em cidades com mais de 500 mil habitantes

 

Neste Dia do Médico (18 de outubro), a Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem) destaca um desafio que envolve a área médica e afeta o acesso e a qualidade do atendimento destinado à população. Desigualdade social, problemas estruturais e remuneração inferior em determinadas regiões refletem na escolha de seu local de atuação e acabam por contribuir para uma disparidade na distribuição desses profissionais no País. 

Dados da Demografia Médica, divulgados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em janeiro de 2024, mostram que há 575.930 médicos no Brasil. O número equivale a 2,81 profissionais para cada mil habitantes, tendo em vista uma população de 205 milhões de pessoas – um cenário bem diferente do visto na década de 90, quando a proporção era de 0,91 (aumento de 209%). Os números, no entanto, apontam para uma oferta desigual nas regiões. 

“Mesmo com esse crescimento expressivo, ainda temos localidades com poucos profissionais e muitas dificuldades. É preciso trabalhar em políticas com foco na retenção de médicos em regiões carentes, valorizar seu trabalho e, principalmente, dar as ferramentas para que exerçam sua profissão em qualquer lugar, seja no interior ou nos grandes centros. Só assim avançaremos em termos de saúde pública”, avalia o presidente da Anadem, Raul Canal.

 

De Norte a Sul

Na região Norte, por exemplo, há 30.549 médicos, o que equivale a 4,8% do total de profissionais do País. Com uma população de 17.616.030, há uma média de 1,73 médicos para cada mil habitantes. Já o Nordeste conta com 121.786 médicos (19,3%). Com 54.911.045 habitantes, há 2,22 médicos para cada mil habitantes.

A região Sudeste é a mais populosa em relação à quantidade de médicos (321.905) e em moradores (85.624.442), com 3,76 profissionais para cada mil habitantes. É onde atuam mais da metade dos médicos do Brasil (51,1%). A população do Sul (30.394.22), por sua vez, tem 99.266 médicos, o que corresponde a 3,27 profissionais para cada mil habitantes. 

O Centro-Oeste, com população de 16.694.215, possui 56.561 médicos, uma média de 3,39 profissionais para cada mil habitantes. “Destaque para o Distrito Federal, que está acima da média brasileira e de alguns países membros da OCDE, composto por 38 nações. São 6,31 médicos para cada mil habitantes. Uma discrepância quando comparamos com os números do Norte e Nordeste”, pontua o especialista em Direito Médico Raul Canal. 

Para ele, a maior concentração de médicos em regiões economicamente mais avançadas no comparativo com regiões de menor densidade populacional e maior desigualdade social é, muitas vezes, marcada por grandes dificuldades na logística e na infraestrutura da saúde, o que representa um enorme desafio para o País. 

“Somada à baixa remuneração, a estrutura deficitária, que impossibilita oferecer os melhores tratamentos aos pacientes, faz com que os médicos busquem pelos grandes centros. Por isso, é importante a criação de medidas que visem a padronizar tratamentos e faixa salarial”, afirma. Prova disso é que 57,8% dos médicos estão em municípios com mais de 500 mil habitantes.

 

Ranking e perfil

Em 2021, quando o índice do Brasil era de 2,2 médicos para cada mil habitantes, o País estava à frente apenas de Peru, Índia, África do Sul e Indonésia. Três anos depois, com a média atual (2,81), já ultrapassou Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul, China e México. O País avançou da 43ª posição (2021) para a 35ª, considerada a média de 2024. 

Enquanto 35.398 médicos ingressaram no mercado de trabalho em 2023, 533 deixaram a profissão. Já na divisão entre homens e mulheres, o sexo masculino leva uma pequena vantagem, com 50,08%. São 288.473 médicos, com idade média de 47,4 anos. O número de médicas é de 287.457, o que corresponde a 49,92%, com idade média de 42 anos. 



Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética - Anadem
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