A recuperação da autoestima e da libido é importante para as mulheres em tratamento e fundamental para o equilíbrio emocional
O diagnóstico do câncer é desafiador e exige uma
adaptação aos efeitos dessa condição. As mudanças no corpo são visíveis,
incomodam e provocam desequilíbrio emocional e derrubam autoestima. No caso
específico das mulheres, os tumores de mama e ginecológicos preveem tratamentos
que exigem bastante da saúde física e emocional das pacientes. Além da cirurgia
para a retirada do tumor e até de órgãos importantes, como mama, ovário, útero,
há o acompanhamento com quimio ou radioterapia. O tratamento costuma ser longo
assim como os efeitos dele, que atingem todas as áreas da vida da mulher,
inclusive a sexual.
Relatos de ressecamento vaginal e perda da libido
são frequentes entre as pacientes em tratamento de câncer. A ginecologista e
obstetra Ana Carolina Massarotto explica que o efeito acontece em função da
queda do estrogênio durante o tratamento. O hormônio sexual feminino é responsável
por manter a saúde genital das mulheres. “Quando o organismo identifica a queda
do estrogênio, a paciente sente os efeitos e o principal deles é a atrofia
genital ou ressecamento da mucosa. Isso impacta diretamente a vida sexual da
paciente”, explica a médica.
A fragilidade emocional diante de um diagnóstico de
câncer pode ser ainda mais intensa diante de situações como essa, em que a
paciente perde a libido e já não sente o prazer natural em se relacionar.
Segundo a ginecologista e obstetra, esses sintomas das pacientes em tratamento
de câncer podem ser atenuados com práticas seguras, nada invasivas e indolores,
como o laser íntimo. “Esse procedimento estimula a produção de colágeno,
recuperando a elasticidade do canal vaginal e, consequentemente, melhorando a
lubrificação da mulher”, explica Ana Carolina Massarotto.
A aplicação do laser íntimo exige cuidado e
bastante domínio da técnica. Embora seja um procedimento simples, rápido e
indolor, requer um protocolo de tratamento e uma indicação médica. Isabela
Simionatto, ginecologista e obstetra, explica que o Fotona, como é conhecido o
laser íntimo, tem contribuído muito para o bem-estar das pacientes que estão
vivendo fases diferentes da vida. “Estamos falando dos benefícios durante o
tratamento de câncer, mas o Fotona também funciona como terapia adjuvante para
o climatério, como opção para as mulheres que não podem fazer a reposição
hormonal a até para aliviar os efeitos do puerpério”, pontua a médica.
A saúde feminina é pauta no mês de outubro, em que
todas as atenções estão voltadas para a conscientização sobre o câncer de mama,
reforçando a importância do autocuidado e da necessidade de manter a rotina
ginecológica e de exames. A campanha Outubro Rosa é muito eficiente na missão
de levar informação sobre o tumor que, de acordo com o Instituto Nacional do
Câncer, INCA, representa 30% dos tumores que afetam as mulheres brasileiras.
Ainda segundo o INCA, estão previstos 74 mil novos casos de câncer de mama por
ano até 2025. Os tumores ginecológicos, como câncer de ovário, colo e corpo do
útero representam cerca de 13%. Por isso, o reforço para autocuidado feminino é
constante e não apenas no mês de outubro. “É fundamental que a mulher mantenha
uma vida saudável baseada em alimentação equilibrada, rotina de exercícios
físicos e sono de qualidade, além da rotina de exames”, alerta Isabela.
Ana Carolina Massarotto -Ginecologista e Obstetra - CRM 140.915 - RQE 85.445
@ana.massarotto_go
Isabela Simionatto - Ginecologista e Obstetra - CRM 162.975 - RQE 76.990
@dra.isabelasimionatto
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