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quarta-feira, 19 de julho de 2023

A importância de se realizar terapias hormonais de forma segura e responsável

Hormônios são substâncias químicas, produzidas por nossas glândulas, e responsáveis por todas as atividades metabólicas, imunológicas e reprodutivas no nosso organismo.

O universo hormonal feminino é bastante complexo e deve ser muito bem entendido por quem faz terapias hormonais em mulheres. Estas são diferentes em várias fases do mês, como na menstruação, na ovulação e no período pré-menstrual. Como são diferentes na sua evolução cronológica, ou seja, infância, puberdade, vida reprodutiva, gestação, lactação, climatério, menopausa e pós menopausa.

Compreender todas as mudanças hormonais femininas, nas suas diversas etapas é de crucial importância para que possamos fazer terapias hormonais, quando necessárias.

As terapias com hormônios sofreram muitas mudanças com a evolução da medicina e com o próprio conhecimento mais apurado de determinadas patologias.

Mas é muito importante salientarmos que a mudança de comportamentos e hábitos femininos aconteceu de maneira acentuada nos últimos anos, e isto impacta muito na conduta médica em terapias hormonais.

As mulheres hoje têm menor número de filhos e tempo de lactação, além de um número crescente de mulheres que não desejam reproduzir, muito diferente dos hábitos reprodutivos das mulheres de outras épocas.

Outro detalhe importante é o fato das mulheres acima de 40 anos, quando os ovários já estão em processo de falência, estarem no ápice das suas vidas profissionais, sexuais, além da liderança familiar. Sem contar ainda, as mulheres acima de 50 anos, com seus ovários na maioria das vezes falidos, e estas em plena forma física, mental e sexual. Vale ainda lembrar que a sobrevida das mulheres brasileiras é de aproximadamente 80 anos, na maioria das regiões do país, ficando assim, estas mulheres por mais de 30 anos em completa falência ovariana, privadas dos seus principais hormônios esteróides.

Pensando em todos estes fatos, chegamos à conclusão que, nós médicos, temos o dever e a responsabilidade de atendermos às necessidades físicas, metabólicas, sexuais, psicoemocionais e reprodutivas destas mulheres nas mais diversas fases de suas vidas.

Terapias hormonais sérias, individualizadas, responsáveis e que mantenham as mulheres em equilíbrio, seja na adolescência com TPM, na mulher madura com endometriose, na paciente com menopausa - com todo o seu sofrimento ou na jovem que deseja um método para não engravidar, não provocam prejuízos e, sim, bem-estar.

Hormônios sempre serão ferramentas valiosas e extremamente úteis quando bem utilizados, criteriosamente.

Infelizmente, temos hoje, o uso indiscriminado, abusivo, sem critérios, sem conhecimento por parte de quem usa, em doses supra fisiológicas, levando a desequilíbrios e seqüelas para a saúde de diversas mulheres.

O uso de esteróides com fins exclusivamente estéticos pode levar mulheres a muitos problemas metabólicos, físicos e emocionais, muitas vezes graves e irreparáveis.

Este excesso de apelo estético também abrange outras áreas da medicina como a cirurgia plástica e estética facial, onde observamos um abusivo número de procedimentos sem indicação e realizado por profissionais inabilitados.

Enfim, terapias hormonais existem há muito tempo, estão em evolução, são extremamente úteis quando bem utilizados por profissionais sérios e hábeis na sua prática e podem ser muito prejudiciais a saúde feminina quando tentam atingir outros objetivos que não sejam o de tratar patologias e promover o bem -estar, equilíbrio e longevidade saudável para as mulheres.

 

Dr. Ricardo Barone Gasparini - Ginecologista. Formado pela Universidade Estadual de Londrina – PR.  Pós-Graduação em Medicina Integrativa e Longevidade Saudável. Especialista em Terapias com Implantes Hormonais há mais de 10 anos.


Julho Verde: a luta de pacientes e profissionais contra o câncer de cabeça e pescoço

O câncer de boca estatisticamente está entre as dez neoplasias malignas mais prevalentes e apresenta a maior taxa de mortalidade dentre os cânceres do segmento cabeça e pescoço. No mês que marca a luta contra a doença, o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) ressalta a importância de promover a prevenção e o diagnóstico precoce, além de enfatizar o papel do Cirurgião-Dentista na luta contra o câncer.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa é de que, para cada ano do presente triênio (2023-2025), surjam 41 mil novos casos de câncer de cabeça e pescoço.

O câncer de cabeça e pescoço abrange diferentes tumores malignos que podem acometer a cavidade oral, lábios, língua, gengiva, assoalho da boca e palato; seios da face (maxilares, frontais, etmoidais e esfenoidais); faringe, nasofaringe (atrás da cavidade nasal), orofaringe (onde estão a amígdala e a base da língua), hipofaringe (porção final da faringe, junto ao início do esôfago), laringe (supraglote, glote e subglote), glândulas salivares e glândula tireoide. No Brasil, os tipos mais comuns são os da cavidade oral, nos homens, e os de laringe e de tireoide, nas mulheres. 

O Cirurgião-Dentista exerce um papel fundamental na prevenção, diagnóstico e tratamento da doença, como explica o membro da Câmara Técnica de Estomatologia do CROSP, Dr. José Narciso Rosa Assunção Júnior. “Assim como em qualquer tipo ou localização de câncer, as neoplasias de cabeça e pescoço apresentam sinais que podem e devem ser observados durante o exame do paciente. Mesmo antes de avaliar dentro da boca ou garganta, já se observa se existe algum aumento de volume no pescoço, alguma alteração de cor ou dificuldade de movimentação, por exemplo”.

De acordo com o Dr. José, ao examinar as mucosas da boca ou garganta é possível verificar se estão com coloração normal, hidratadas e se apresentam “feridas” ou “caroços”. Além disso, segundo ele, alterações de fala e mudança de voz também merecem atenção. 


Prevenção e diagnóstico

Quando se fala em lesões cancerígenas, vale destacar que os índices de cura se aproximam de 100% quando elas são diagnosticadas na fase inicial. Dr. José considera que o diagnóstico precoce resulta no melhor desfecho para qualquer tipo de doença e que, no caso do câncer, essa atenção precisa ser redobrada. “Tendo em vista o fácil acesso à boca e a simplicidade do exame, a detecção e diagnóstico das neoplasias malignas da boca não deveriam ser uma dificuldade. Quando se pensa em cura e melhor qualidade de vida, deve-se sempre pensar em diagnosticar as lesões o quanto mais cedo possível”.

Assim como o Dr. José, o secretário da Câmara Técnica de Estomatologia e da Comissão de Políticas Públicas do CROSP, Dr. Vinicius Pioli Zanetin, compartilha da mesma opinião e fortalece a atuação do Cirurgião-Dentista neste contexto. “O câncer de boca é considerado um problema de saúde pública no mundo e a maior parte dos casos da doença são detectados já em fase avançada”. 

O especialista lembra que o Cirurgião-Dentista, além de auxiliar na prevenção, pode contribuir na elaboração de ações e políticas para a prevenção e diagnóstico precoce, pois o profissional ocupa um importante papel estratégico nesse enfrentamento, inclusive quando se coloca como membro da equipe multiprofissional, liderada pelo médico oncologista. 

Dr. Vinicius considera ainda que, independentemente de sua inserção, seja na rede pública ou particular, o Cirurgião-Dentista deve ter conhecimentos sobre os fatores de risco e a busca pelo diagnóstico precoce, assim como articular esses conhecimentos em sua prática rotineira, pois, segundo ele, é sabido que os pacientes, na grande maioria das vezes, somente procuram atendimento quando já sofrem alguma restrição alimentar, de fala ou de convívio social. “Isto leva a uma demora no diagnóstico, acarretando em pior prognóstico e diminuição da taxa de sobrevida. Mesmo quando não há mais indicação para o tratamento curativo, restando apenas o seguimento paliativo, porém, quando o inverso ocorre, ou seja, o câncer é diagnosticado precocemente, há melhor aproveitamento da qualidade de vida, pois os tratamentos são menos agressivos”, conclui o Dr. Vinicius.

 

Bons hábitos e consultas periódicas

Os especialistas recomendam, portanto, que sejam feitas consultas frequentes ao Cirurgião-Dentista, inclusive quando for observada qualquer alteração. “É fundamental que as pessoas procurem o auxílio do especialista. As visitas periódicas também são importantes, pois serão nelas que até mesmo as lesões não percebidas pelos pacientes serão observadas e diagnosticadas”, orienta Dr. José. 

Além das consultas frequentes, devem ser adotados hábitos saudáveis com foco na eliminação de fatores de risco, entre os quais o consumo de bebidas alcoólicas e o hábito de fumar.

A utilização de preservativos durante o sexo oral também é recomendada, uma vez que a infecção pelo HPV também é um fator de risco para o câncer de orofaringe. Bons hábitos alimentares também são recomendados.

 


Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP)
www.crosp.org.br


O silicone pode interferir na amamentação?

O Dr. Fernando Amato, cirurgião plástico especialista em reconstrução mamária e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) respondem às principais dúvidas sobre prótese de silicone.


A prótese de silicone tem prazo de validade?

Não existe prazo definido para a troca do implante mamário, ainda mais porque, com o passar dos anos, o material foi sendo aperfeiçoado e hoje o segmento conta com material de ótima qualidade.

A prótese de silicone pode romper no momento da mamografia ou esconder possíveis nódulos?

O implante não impede a mamografia, exame que deve ser realizado anualmente após os 40 anos de idade. No momento da colocação do silicone, é colocada uma posição extra chamada de Eklund para mobilizar o implante, o que possibilita uma melhor visualização do tecido mamário



A prótese de silicone pode ser indicada na reconstrução mamária?

Sim, pode ser indicada, mas não é obrigatória a sua utilização. Essa decisão depende do formato das mamas da paciente, do seu desejo e do seu estado clínico, além da relação de confiança entre ela e o seu médico.



Existem várias técnicas que podem ser feitas na reconstrução mamária?

Sim, algumas delas são:

- Reconstrução com implante de prótese de silicone;

- Reconstrução com o músculo grande dorsal (localizado nas costas) e implante de silicone;

- Reconstrução com expansor mamário, com o objetivo de preparar e estender os tecidos para o recebimento da prótese de silicone;

- Reconstrução com enxerto de gordura retirada do abdômen ou coxas através de uma lipoaspiração;

- Reconstrução do mamilo e da aréola para que a mama reconstruída se pareça o mais possível com a mama original.



O silicone não pode ser colocado no momento da mastectomia?

DEPENDE - Antes de tudo, é preciso analisar o tratamento oncológico proposto, já que nem sempre a reconstrução da mama com prótese de silicone pode ser realizada de imediato, principalmente, nos em casos em que se retira muita pele ou mesmo precedem um tratamento complementar com radioterapia.

Se durante a mastectomia for necessária a retirada de uma quantidade maior de pele, é preciso que a paciente use um expansor mamário, espécie de uma bexiga de silicone que é colocada durante a cirurgia de mastectomia debaixo do músculo peitoral para que, depois de cicatrizada a cirurgia, seja realizado o enchimento com soro fisiológico, durante os retornos ambulatoriais, até se atingir o volume desejado. Esse processo permite que a pele ganhe uma elasticidade para – então - ser possível realizar uma cirurgia para trocar o expansor por uma prótese de silicone.


As próteses impedem que as mamas caiam com o tempo?

Muitos fatores interferem para que as mamas caiam com o tempo como a elasticidade da pele, o peso da glândula mamária e, quando se tem prótese de silicone, o peso do implante também pode interferir.


A mulher com silicone pode ter problemas no momento de amamentar?

NORMALMENTE não interfere. Isso porque o implante fica abaixo da glândula ou até embaixo da musculatura peitoral. Durante a colocação, quase não ocorre trauma na glândula mamária.


A prótese de silicone tira a sensibilidade das mamas ao toque?

Não interfere na sensibilidade, mas dependerá da cirurgia realizada nas mamas. Se a prótese for muito grande, pode acontecer, mas a sensibilidade costuma voltar em algumas semanas.



Dr. Fernando C. M. Amato – Graduação, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica e Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro Titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).
https://www.instagram.com/meu.plastico.pro/


Entenda por que a fome aumenta no frio

Freepik

Nutricionista da rede Emagrecentro traz dicas sobre o que acontece com o metabolismo no inverno e os alimentos que devem ser consumidos

 

Durante os períodos de clima frio, o organismo gasta mais energia para produzir calor e manter o corpo aquecido. Isso ocorre porque ele precisa sustentar o funcionamento regular em uma  temperatura abaixo do normal para a sobrevivência, uma vez que é necessário intensificar o trabalho para manter a temperatura na faixa da normalidade, entre 35 e 37 graus, o que aumenta a sensação de fome, principalmente pelos alimentos que promovem energia de rápida absorção, como os carboidratos. 

A nutricionista do Emagrecentro, Fernanda Lopes, esclarece alguns aspectos importantes para a fome aumentar nessa época do ano e como driblá-la. Confira a seguir:


O que acontece, de fato, com o metabolismo nesse período?

“Devido ao aumento de energia, o metabolismo acelera para suprir as necessidades do organismo em se manter aquecido. A fim de gerar esse calor adicional, o corpo eleva a taxa metabólica basal, que representa a quantidade de calorias que o organismo queima em estado de repouso para manter as suas funções vitais”, afirma Fernanda.



Mas, como equilibrar a alimentação com a mudança de temperatura?

“A aceleração do metabolismo no frio não é capaz de compensar uma alimentação desequilibrada ou excessiva. Por isso, é essencial manter as refeições principais com uma dieta equilibrada para garantir um peso saudável. Se sentir fome entre elas, o ideal é inserir os lanches intermediários em horários regulares ao invés de ficar beliscando. Para auxiliar nesse objetivo, deve-se consumir alimentos mais quentes com boa qualidade nutricional, pois vão auxiliar na sensação de saciedade e ajudar o metabolismo”, explica a nutricionista do Emagrecentro.


Quais os alimentos mais indicados para saciar o apetite?

“Na época de frio, o ideal é incluir na alimentação fibras, cereais e grãos integrais, proteínas e gorduras saudáveis, como sopa de legumes e proteína com grãos e cereais integrais, caldos de vegetais folhosos, mingau de aveia e tortas integrais de frutas, são algumas opções de alimentos que combinadas em receitas quentes para saciar a fome. Além disso, têm também os alimentos termogênicos que ajudam a acelerar o metabolismo, proporcionam saciedade prolongada e até geram uma leve sensação de aquecimento no corpo após o consumo. Alguns exemplos incluem canela, gengibre e pimenta”, esclarece Lopes.


O que evitar?

“Durante o inverno, já sabemos que o corpo precisa de mais calorias para se manter aquecido, além dos carboidratos, as gorduras também podem fornecer uma fonte de energia de longa duração. No entanto, é importante analisar as opções de fonte de gorduras e calorias disponíveis, levando em consideração a tendência fisiológica das pessoas em buscar praticidade. Muitas vezes, as opções mais acessíveis são os fast-foods (como frituras, pizzas e hambúrgueres) e alimentos processados e ultraprocessados (como lasanhas e tortas congeladas, salgadinhos e biscoitos recheados). É importante ter em mente que o consumo frequente desses alimentos pode ser prejudicial à saúde, especialmente devido ao seu teor elevado de gorduras saturadas, sódio e aditivos artificiais. Portanto, é recomendado evitar o consumo regular de fast-food e optar por alternativas mais saudáveis”, finaliza a nutricionista.

 

Emagrecentro


Sepse mata mais que infarto, mas é desconhecida por 80% da população

O ator Stenio Garcia e as cantoras Madonna e Preta Gil têm algo em comum: passaram por episódios recentes de sepse, levantando mais uma vez a questão da importância de conhecer os sinais e sintomas dessa condição que, embora seja considerada prioridade de saúde mundial, é desconhecida por mais de 80% dos brasileiros, segundo pesquisa Datafolha realizada em 2017, a pedido do ILAS (Instituto Latino-americano de Sepse).

A incidência no Brasil é alta, segundo dados compilados pelo ILAS. Em 2017, foram registrados 430 mil casos em UTIs, com uma letalidade de 55%, ou seja, 230 mil mortes. Não à toa, a sepse é hoje uma prioridade mundial de saúde, pois são registrados entre 47 milhões e 50 milhões de casos todos os anos, com uma letalidade elevada: 11 milhões de mortos, ou uma morte a cada 2,8 segundos.

Conhecida antigamente como infecção generalizada ou ainda como septicemia, a sepse é uma resposta inadequada do próprio organismo contra uma infecção que pode estar localizada em qualquer órgão. Essa resposta inadequada pode levar ao mau funcionamento de um ou mais órgãos, com risco de morte quando não descoberta e tratada rapidamente. A infecção pode ser bacteriana, fúngica, viral, parasitária ou por protozoários.

“Mudar esse quadro depende de aumentar a percepção de leigos, profissionais de saúde, políticos e formadores de opinião sobre o que é, como identificar e tratar a doença”, afirma a Dra. Flavia Machado, do ILAS. Também são prioridades do ILAS, instituição sem fins lucrativos, fundada em 2005, aprofundar e difundir os conhecimentos sobre sepse e infecções graves, coordenar estudos clínicos e epidemiológicos e apoiar instituições de saúde a melhorar a qualidade assistencial dos pacientes com sepse e sobreviventes.

“Ao longo dos últimos 18 anos, o ILAS treinou mais de 500 instituições brasileiras. Se o público em geral souber um pouco mais sobre os sintomas, e os profissionais sobre os protocolos, que ajudam a diagnosticar rápido a sepse e tomar a melhor decisão clínica, conseguiremos ao menos mudar o desfecho dos casos cujas mortes seriam evitáveis”, afirma a especialista.

O diagnóstico da sepse é feito com base na identificação do foco infeccioso e na presença de sinais de mau funcionamento de órgãos. Não há exames específicos, mas sim aqueles voltados para a identificação da presença de infecção, como um hemograma, e para a identificação do foco, como radiografia de tórax, e exames de urina.

É também importante a identificação do agente infeccioso, com coleta de culturas de todos os sítios sob suspeita de infecção, mas principalmente do sangue. Outros exames ajudam a identificar a presença de mau funcionamento dos órgãos, principalmente o chamado lactato, que mostra se a oferta de oxigênio aos tecidos está adequada.

“Qualquer tipo de infecção, leve ou grave, pode evoluir para sepse. As mais comuns são a pneumonia, infecções na barriga e infecções urinárias. Por isso, quanto menor o tempo com infecção, menor a chance de surgimento da sepse. Para tal, o reconhecimento precoce, o tratamento e adequado rápido da infecção são estratégias que devem ser adotadas”, diz a médica.

O risco de sepse pode ser diminuído, principalmente em crianças, respeitando-se o calendário de vacinação. Uma higiene adequada das mãos e cuidados com os equipamentos médicos podem ajudar a prevenir infecções hospitalares que levam à sepse. A especialista esclarece ainda que a sepse não acontece só por causa de infecções hospitalares. “Bons hábitos de saúde podem ajudar, além de se evitar a automedicação e o uso desnecessário de antibióticos”, conclui.

Nos sites do ILAS é possível encontrar informações, materiais e orientações para as instituições de saúde utilizarem no processo de implementação do protocolo gerenciado de sepse (www.ilas.org.br; www.diamundialdasepse.com.br; e Youtube) e também para o público em geral conhecer mais sobre a doença e os sintomas e a reabilitação pós-sepse (https://reabilitasepse.com.br/ e Youtube).

 

Universo intestinal: desvende os mistérios da saúde através da digestão

Tal qual o universo, no emaranhado de cada um de nós, vivem galáxias feitas de órgãos, células e hormônios ao redor das quais a saúde orbita. Do complexo e refinado conjunto de sistemas que formam o corpo humano, o digestório reluz num organismo saudável. 

O intestino funciona como passagem obrigatória para absorção de nutrientes, mas também como filtro para vírus, bactérias e fungos – o que confere a ele a função de barreira da imunidade.   

Mas, não apenas. A produção de um dos principais hormônios do bem-estar ocorre logo ali, onde, supostamente, terminaria a vida útil dos alimentos ingeridos.   

Grande estrela da constelação hormonal ligada à alegria, 95% da serotonina se encontra no intestino. Fato que ilustra a conexão entre o trato gastrointestinal e o sistema nervoso e exemplifica porque o intestino é chamado de segundo cérebro.  

 

Astros, planetas, estrelas

O sistema digestório engloba muito mais que estômago e intestino. Como no cosmo, o trato gastrointestinal inclui outros elementos envolvidos no caminho percorrido pelo alimento desde que chega até a hora em que sai do corpo humano.

Minúcias à parte, esse sistema é composto pela boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e órgãos associados, como fígado e pâncreas, além de glândulas acessórias, a exemplo das salivares.

Embora a passagem pela boca pareça a mais rápida, quando avaliado todo o percurso, é na primeira etapa que ocorre a liberação de enzimas essenciais para o sucesso da digestão. 

“É a partir da mastigação na cavidade oral e da liberação das enzimas pelas glândulas parótidas, submandibular e sublingual, que nós vamos transformar o alimento em bolo alimentar”, explica o professor do Puravida Prime e nutricionista especialista em modulação intestinal, Murilo Pereira.

A seguir, o bolo alimentar passa pelo esôfago em direção ao estômago, onde o alimento é reconhecido, aumentando a produção de ácido clorídrico. Segundo Murilo, o pH durante o processo de digestão, para que haja a homeostase ácida, deve ficar em torno de 1 a 2, até 2,5.

Depois de atingir a homogeneidade da acidez, o alimento parte em direção ao intestino delgado, onde há o maior número de processos de quebra, chamados de hidrólise – o hidro vem da palavra água, já que, nessa etapa, o elemento é fundamental para o aproveitamento dos nutrientes.

“O intestino delgado tem áreas como o início, o meio e o final. E cada uma dessas áreas tem responsabilidade pela absorção de compostos distintos”, detalha o professor do Puravida Prime. 

Após serem devidamente absorvidos, no intestino grosso o foco é a absorção da água e dos sais minerais. E é justamente a quantidade de água nas fezes que ajuda a avaliar como está a saúde intestinal.

 

Escala de Bristol

Dividida em sete classificações, a escala médica inglesa foi pensada para identificar, por meio da aparência e textura das fezes, qual a velocidade do trânsito intestinal. 

Quando sólidas e fragmentadas, indicam prisão de ventre; quando líquidas acusam disenteria. E, além da leitura mais óbvia para leigos, as informações visuais indicam ainda intolerâncias alimentares, doenças intestinais e até o uso de medicamentos.

 

Microbiota das estrelas

O produto final do que é digerido pelo organismo reflete o estado da microbiota intestinal – que é o conjunto de microorganismos (leia: bactérias, vírus e fungos!) que povoam o trato gastrointestinal.

Idealmente, há de se ter a prevalência das boas bactérias e o controle das bactérias patogênicas, que causam as doenças. 

Para isso, a solução indicada é investir na alimentação de qualidade, voltada aos alimentos in natura. Quanto menos industrializados e ultraprocessados, melhor. 

“Nós temos que dar prioridade a comer comida ‘que estraga’. Essa comida que tem vida, tem compostos fenólicos, tem nutrientes, tem microrganismos. Quanto menos alimento processado, mais estímulo da nossa camada de mucina e do nosso galt (tecido imunitário) e por isso mais barreira protetora”, conta o especialista.

 

Bom lembrar

O intestino é considerado o segundo cérebro do corpo humano graças às funções que desempenha – de conexão com o sistema nervoso e produção de diversos hormônios, inclusive, ligados ao bem-estar.

Para manter o processo de digestão equilibrado, é preciso investir na alimentação de qualidade, a fim de criar um ambiente favorável à manutenção das boas bactérias. São elas que garantem a eficiência da barreira imunológica presente no intestino.

Com uma microbiota intestinal equilibrada, todo o organismo funciona melhor e o resultado é o conjunto de corpo e mente saudáveis.

 

Puravida


Baixo nível de testosterona pode apresentar impactos significativos à saúde

De acordo com o médico endocrinologista Dr. Igor Barcelos, a falta do hormônio pode causar queda na libido, cansaço excessivo, diminuição da força física e outros problemas


A baixa testosterona, também conhecida como hipogonadismo, é uma condição na qual indivíduos apresentam níveis reduzidos do hormônio. Esse desequilíbrio hormonal pode ser causado por uma variedade de fatores, como idade avançada, problemas genéticos, tratamentos médicos ou algumas doenças. 

A baixa testosterona pode ter um impacto significativo na saúde e bem-estar, afetando diversos aspectos do dia a dia. Esse fato torna a busca por orientação médica importante para entender as possíveis causas e opções de tratamento disponíveis, visando restaurar a saúde e os níveis hormonais adequados.

De acordo com o Dr. Igor Barcelos, médico endocrinologista e metabologista especializado pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, com pós-graduação em Medicina do Esporte pela UNIFESP, a baixa de testosterona pode ser causada por diversos fatores, sendo o envelhecimento um dos principais. “À medida que os homens envelhecem, há uma tendência natural de diminuição na produção de testosterona. Além disso, doenças crônicas, como diabetes, insuficiência renal ou hepática também pode afetar negativamente os níveis hormonais”, pontua.

Existem outras razões que podem impactar a produção de testosterona. “O sedentarismo e a obesidade, por exemplo, são fatores de risco adicionais, uma vez que o excesso de peso corporal e a falta de atividade física estão associados a um declínio na produção do hormônio. Além disso, o uso de determinados medicamentos também pode contribuir para a diminuição dos níveis de testosterona”, revela.

A falta do hormônio, por sua vez, pode causar diversos problemas. “A testosterona desempenha um papel fundamental na regulação do impulso sexual, e níveis mais baixos podem levar à diminuição da libido, resultando em uma redução do interesse e do prazer sexual. Além disso, a falta de testosterona pode afetar a qualidade das ereções”, declara.

Ainda de acordo com o especialista, o hormônio desempenha um papel fundamental na regulação dos níveis de energia e no funcionamento cognitivo. “Quando os níveis de testosterona estão baixos, muitos relatam uma fadiga persistente, mesmo após períodos adequados de descanso. Além disso, pode afetar também a memória, concentração e o foco para processar pensamentos de forma clara”, relata.

Dr. Barcelos aponta que a falta de testosterona pode levar a uma diminuição da força muscular e ao aumento da gordura na região abdominal. “É um hormônio que desempenha um papel crucial no desenvolvimento e na manutenção da massa muscular. Quando os níveis estão baixos, os músculos podem se tornar mais fracos e perdem a capacidade de se fortalecerem. A testosterona também ajuda a regular o metabolismo e a distribuição de gordura no corpo, com sua falta causando uma maior deposição de gordura na região abdominal, aumentando o risco de problemas de saúde”, pontua.

Baixos níveis de testosterona podem ter um impacto significativo no humor e na estabilidade emocional. “A falta do hormônio pode causar irritabilidade, impaciência e até mesmo raiva sem motivo aparente, levando a casos como a depressão, ansiedade e falta de motivação”, revela. 

O endocrinologista aponta, ainda, que a baixa testosterona não afeta apenas os homens, mas também as mulheres. “Embora apresentem uma menor quantidade se comparadas aos homens, a testosterona desempenha um papel importante na saúde feminina, sendo responsável pela regulação da libido, função muscular e humor. Quando os níveis estão baixos, podem ocorrer sintomas como diminuição do desejo sexual, fadiga, perda de massa muscular, diminuição da força, alterações de humor e problemas de memória”, declara.

Para garantir que esses problemas não sejam recorrentes, o melhor caminho é procurar a ajuda de um especialista. “A baixa de testosterona pode ser tratada. Dosar o hormônio proporcionará uma vida mais saudável e agradável. Mas, para isso, é importante identificar o tratamento mais adequado e eficiente para cada caso”, finaliza.  



Dr. Igor Barcelos - Médico Endocrinologista e Metabologista, com título de especialista pela SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia). Somando mais de 30 mil pacientes no Brasil, dentre as suas formações estão a residência em Clínica Médica e Pós-graduação em Medicina do Esporte pela UNIFESP. O Dr. Igor já atuou como professor universitário e hoje realiza palestras e treinamentos em sua área, sendo uma referência para colegas e pacientes em grandes eventos. Também possui formações em desenvolvimento pessoal e negócios, sendo membro de grandes grupos com intenso networking, que possibilita crescimento e atualizações constantes em seus negócios.
@drigorbarcelos
https://meuendocrino.com.br/


Prefeitura abre inscrições para o 15º Contrata SP – Pessoa com Deficiência

Edição ocorre em comemoração aos 32 anos da Lei de Cotas 

 

A Prefeitura de São Paulo, por meio das secretarias municipais da Pessoa com Deficiência e do Desenvolvimento Econômico e Trabalho, abre nesta terça-feira, 18 de julho, as inscrições para a 15ª edição do Contrata SP – Pessoa com Deficiência em celebração aos 32 anos do Dia Nacional da Lei de Cotas. O mutirão de empregabilidade acontece na segunda-feira, 24, e será realizado na Praça das Artes,  Vale do Anhangabaú, centro da capital.  

A equipe técnica do Cate - Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo é responsável por fazer a pré-seleção voltada para profissionais com deficiência e reabilitados do INSS. Os interessados têm até o dia 20 de julho para realizar o cadastro no Portal Cate neste link www.cate.prefeitura.sp.gov.br. São mais de 300 vagas de emprego disponibilizadas no mutirão de emprego nas áreas de comércio, serviços e saúde em empresas como Ultrafarma, Hospital Beneficência Portuguesa, Assaí Atacadista e Italac. Entre os cargos destaque para oportunidades como operador de loja, cobrador de transporte coletivo, técnico de enfermagem, auxiliar administrativo, entre outros. Há vagas para todos os níveis de escolaridade e os salários variam entre R$ 660 (aprendiz) e R$ 3.900. 

No dia do evento, os candidatos precisam levar RG, CPF, carteira de trabalho, que pode ser a versão digital, cópias de currículo para contato com as empresas no local e o laudo médico com data válida. Durante o evento, os participantes poderão contar com equipe técnica da Fundação Paulistana da Prefeitura de São Paulo, que irá oferecer oficinas sobre o mercado de trabalho, comportamento em entrevistas e como produzir um currículo adequado para conquistar uma vaga de emprego. 

A ação conta com a parceria da Câmara Paulista de Inclusão, movimento de articulação social coordenado pelo Projeto de Inclusão da Pessoa com Deficiência da SRTE/SP (Superintendência Regional do Trabalho do Estado de São Paulo), com a participação de instituições governamentais e não-governamentais, públicas e privadas, destinado a estimular os estudos, a promover o debate e a mobilização para a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, por meio do cumprimento da Lei de Cotas. 

Este ano, com o tema “Novos tempos, compromisso com avanços pela inclusão da pessoa com deficiência’’, a programação conta com uma cerimônia em celebração ao 32º Aniversário da Lei de Cotas, que será transmitida no Youtube pelo canal @camarapaulistadeinclusao9215 

O evento contará com uma apresentação da cantora Leilah Moreno, que foi diagnosticada com o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). A artista integra o time da banda do programa Altas Horas, da TV Globo.  


Sobre a Lei de Cotas 

Sancionada em 24 de agosto de 1991, a Lei de Cotas estabelece, obrigatoriamente, que empresas com mais de 100 colaboradores contratem profissionais com deficiência, obedecendo ao percentual que varia de 2 a 5% de acordo com número de empregados. De 201 a 500 funcionários a cota é de 3%, de 501 a 1000 funcionários, cota de 4% e, de 1001 em diante, a cota é de 5% dos colaboradores.

A criação da lei está associada ao fortalecimento da equiparação de oportunidades e se transformou em um marco legal importante para a inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho. 

A cidade de São Paulo vem contribuindo para a valorização da inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. A ação também faz parte do Programa de Metas: Iniciativa g) da Meta 57. Ações como o Contrata - SP - Pessoa com Deficiência e o Programa de Estágio para Pessoas com Deficiência são fundamentais para ampliar esse acesso. 


Serviço


 15º Contrata SP – Pessoa com Deficiência

 Inscrições: www.cate.prefeitura.sp.gov.br
 O candidato tem até as 23h59 do dia 20/07 para realizar a sua inscrição 


Processo Seletivo
 Data: 24/07
 Hora: 08h às 17h
 Local: Praça das Artes
 Endereço: Av. São João, 281 - Centro Histórico de São Paulo
 Documentos: RG, CPF, carteira de trabalho (que pode ser a versão digital), cópias de currículo e laudo médico 


Confira, abaixo, a programação:
 9h30 - Recepção e Café
 10h - Abertura Oficial – Celebração do 32º Aniversário da Lei de Cotas
 10h30 - Painel Institucional
 11h45 às 11h50 - Leitura da Carta
 11h50 às 12h - Encerramento
 12h às 12h50 - Apresentação cultural com Leilah Moreno 

Transmissão pelo Youtube: @camarapaulistadeinclusao9215

 

Planos de saúde cobrem 1,8 bilhão de procedimentos em 2022, 11% a mais que no ano anterior

 Na análise da federação dos planos de saúde (FenaSaúde), volume revela continuidade do aumento da frequência observada em 2021

 

Os planos de saúde cobriram, em 2022, 1,8 bilhão de procedimentos, englobando consultas, exames, terapias e internações, um aumento significativo de 10,6% na comparação com o total de 2021, quando foram contabilizados 1,6 bilhão de procedimentos. Os números foram divulgados na última semana pela Agência Nacional de Saúde Suplementa (ANS). Na análise da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), representante de operadoras de planos de saúde no país, os números revelam um novo padrão de uso do sistema, com crescimento importante de terapias ambulatoriais e o retorno das consultas de pronto-socorro. Confirmam, também, a relevância dos planos ao auxiliar o sistema público de saúde no cuidado à população.

“Em 2022, os planos de saúde atenderam com qualidade a 50,4 milhões de beneficiários de planos médicos e 30,3 milhões nos planos odontológicos. Adicionalmente, a Saúde Suplementar é fundamental para a economia do país, ajudando a gerar empregos e financiar grande parte dos hospitais e laboratórios brasileiros”, afirma Vera Valente, diretora-executiva da FenaSaúde.

Este é o primeiro momento, desde o início da pandemia de Covid-19, em que o setor superou os registros anteriores ao período pandêmico, em 2019. Dentre as 264,7 milhões de consultas registradas em 2022, 60 milhões foram em pronto-socorro, um aumento de 34,7% em relação a 2021 e de 3,8% em relação a 2019, ano pré-pandemia. Outros atendimentos ambulatoriais, exames e internações também superaram o volume registrado em 2019. Em relação a 2021, houve crescimento de realização de todos os tipos de procedimentos. Foram 1,1 bilhão de exames (aumento de 10,2%); 8,8 milhões de internações (13,5% de aumento); 66,8 milhões de terapias (7,3% de aumento); 177,7 milhões de outros atendimentos ambulatoriais (15,6% de aumento); e 184,5 milhões de procedimentos odontológicos (crescimento de 6,9%).

Os dados estão disponíveis de forma detalhada no Mapa Assistencial da Saúde Suplementar, no portal da ANS. De acordo com o documento, as despesas assistenciais de 2022 totalizaram R$ 227,3 bilhões, um aumento de 11,8% em relação a 2021. As três maiores despesas ocorreram nas internações, com um total de R$ 95,14 bilhões (aumento de 3,5%); exames, com uma despesa de R$ 43,95 bilhões (aumento de 8,3%); e consultas médicas, com uma despesa de R$ 29,84 bilhões (crescimento de 23,3%). Juntos, esses três itens representam 74,3% das despesas assistenciais.

A FenaSaúde ressalta que esse avanço no número de procedimentos, aliado ao aumento dos custos em saúde e a mudanças no campo regulatório, jurídico e legislativo, podem ter contribuído para os resultados recentes do setor. Em 2022, as operadoras médico-hospitalares fecharam o ano com R$ 10,7 bilhões de prejuízo operacional. “Isso demonstra a necessidade de buscarmos soluções a fim de potencializar a ampliação do acesso de mais pessoas aos produtos e serviços de saúde suplementar, em busca da sustentabilidade nos negócios”, afirma Vera Valente.


Mercado imobiliário dos Estados Unidos segue atrativo para investidores

De acordo com Daniel Toledo, advogado e especialista Direito Internacional, é preciso entender as principais diferenças em relação ao Brasil para realizar movimentos mais assertivos

 

Investir no mercado imobiliário dos Estados Unidos tem se mostrado uma opção atraente e lucrativa para aqueles que buscam diversificação e retorno financeiro sólido. Com um cenário econômico relativamente estável, taxas de juros favoráveis e uma demanda crescente por propriedades, o mercado norte-americano oferece diversas possibilidades e oportunidades.

No entanto, como qualquer investimento, é preciso entender as particularidades do mercado, a dinâmica regional e as estratégias adequadas para mitigar riscos e garantir o sucesso nessa empreitada imobiliária nos Estados Unidos.

De acordo com Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional, fundador da Toledo e Associados e sócio do LeeToledo PLLC, escritório de advocacia internacional com unidades no Brasil e nos Estados Unidos, entender os diferenciais de cada região do país é fundamental. “Enquanto determinada propriedade no estado do Texas vale 500 mil dólares, um imóvel com as exatas mesmas proporções, porém na Flórida, pode passar da marca de um milhão”, revela. 

No Brasil, é comum que uma propriedade seja disponibilizada para aluguel, em média, por 0,5 a 1% do valor de mercado do imóvel. Toledo aponta que no país norte-americano o cenário é relativamente semelhante. “Essa mesma casa de 500 mil dólares no estado do Texas, geralmente, é disponibilizada com uma taxa de locação de aproximadamente 3,5 mil dólares. Para uma renda fixa são valores relativamente interessantes”, declara.

O advogado ainda destaca alguns pontos que se diferenciam da cultura brasileira. “Enquanto no Brasil o inquilino arca com despesas como IPTU e condomínio, nos Estados Unidos essas taxas ficam a cargo do proprietário do imóvel e tudo é calculado em conjunto com o valor total do aluguel, sendo um dos principais diferenciais em relação aos procedimentos brasileiros”, pontua.

Outro ponto de atenção é que, quando uma casa é alugada já mobiliada, todas as manutenções ficam a cargo do locador, bem como a responsabilização por outros eventuais problemas com o imóvel. “Se uma máquina de lavar roupas ou um ar condicionado parar de funcionar, por exemplo, o proprietário deve providenciar assistência ou substituição. Além disso, em caso de desastres naturais, como danos causados por um tornado, também será de responsabilidade do locador que os eventuais reparos sejam realizados”, relata.

Esse ponto pode ser visto como uma desvantagem, mas os EUA mantêm algumas práticas que facilitam todos esses processos. “O seguro residencial é comum nos Estados Unidos e, em qualquer eventualidade desse tipo, eles devem estar preparados para realizar as devidas manutenções e manter a propriedade segura e própria para ser habitada. Acredito que investir no mercado imobiliário norte-americano pode oferecer inúmeras oportunidades para diversificação de finanças, apresentando retornos financeiros interessantes”, finaliza.  



Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no YouTube com mais 180 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB Santos, professor honorário da Universidade Oxford - Reino Unido, consultor em protocolos diplomáticos do Instituto Americano de Diplomacia e Direitos Humanos USIDHR e professor da PUC Minas Gerais do primeiro curso de pós graduação em Direito Internacional, com foco em Imigração para os Estados Unidos

Toledo e Advogados Associados
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Férias escolares: dicas para evitar acidentes domésticos com as crianças

Nesse período os pequenos costumam ficar em casa por tempo integral, por isso, é importante que os pais fiquem atentos aos riscos

 

Dados da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) apontam que os acidentes domésticos são a principal causa de morte de crianças e adolescentes, de um a 14 anos, no Brasil.

 

No período de férias, em que as crianças passam mais tempo em casa, aumenta o número de ocorrências. "São traumas, quedas, intoxicações, queimaduras e afogamentos, principalmente em crianças menores, que não tem consciência dos riscos e perigos”, alerta Cid Pinheiro, coordenador da Pediatria do Hospital São Luiz Morumbi.

 

Localizado na zona Sul da capital paulista, o hospital da Rede D’Or São Luiz, maior operadora independente de hospitais do Brasil, é um dos mais modernos da América Latina, e conta com pronto-socorro pediátrico 24 horas.

 

Os acidentes mais comuns variam de acordo com a faixa etária, sendo as asfixias, queimaduras e aspiração de corpos estranhos mais comuns no primeiro ano de vida. Já em maiores de cinco anos, são as quedas e traumas com fraturas ósseas.

 

De acordo com o especialista, cerca de 90% desses eventos poderiam ser evitados com medidas simples de prevenção. “Muitos acontecem dentro de casa, na presença de um adulto. É importante ficar sempre atento a vários detalhes", complementa.


 

Confira algumas dicas para evitar acidentes com crianças em casa:

 

- Atenção a objetos menores que possam ser colocados na boca pelas crianças pequenas;

 

- Guardar remédios e produtos de limpeza, como álcool e água sanitária, longe do alcance das crianças;

 

- Evitar brincadeiras com saltos ou pulos, em especial próximos a locais pontiagudos;

 

- Evitar posicionar cadeiras e camas próximas à janela, que deve ser protegida com telas ou grades;

 

- Isolar a área da lavanderia, da cozinha e de acesso às escadas com portões ou grades;

 

- Não deixar cabos de panelas voltadas para fora do fogão;

 

- Não cozinhar ou tomar bebidas quentes (café, chá) com crianças no colo;

 

- Dificultar o acesso das crianças à gaveta de facas e ferramentas;

 

- Evitar utilizar o ferro de passar roupas com crianças por perto;

 

- Não deixar baldes ou recipientes cheios de água em áreas onde a criança possa acessar;

 

- Colocar proteção nas tomadas da casa para evitar choque elétrico e, de preferência, posicionar móveis em frente às tomadas de áreas que a criança costuma ficar muito presente, pois algumas removem a proteção da tomada com facilidade;

 

- Proteger piscinas com telas ou portões;

 

- Evitar deixar o piso escorregadio. É importante manter o chão livre de gorduras para evitar quedas.

 

No caso de traumas e quedas, Dr. Cid orienta que os pais observem a gravidade da lesão. Se a criança apresentar sinais de fratura, como dor intensa e desalinhamento da extremidade, sangramento intenso e alterações de consciência ou comportamento, desmaio, vômitos nos casos de trauma em cabeça, deve ser encaminhada para a emergência.

Em intoxicações, com a ingestão de algum produto químico, o ideal é levar imediatamente ao médico, junto com a embalagem do produto.

 

Já em queimaduras, resfriar a pele com água corrente por 15 minutos e buscar atendimento médico. Não utilizar produtos caseiros como pasta de dente ou manteiga, pois podem trazer complicações, além de não haver motivo técnico para isso. 

"Quando falamos em acidentes duas palavras se destacam: prevenção e atenção! É possível evitar acidentes, basta ficar de olho na criança e nunca a deixar sozinha", conclui o pediatra.


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