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quarta-feira, 21 de junho de 2023

Vendas do comércio paulista aumentam 6,2% no primeiro trimestre

  No período, setor faturou R$ 16,5 bilhões a mais do que no mesmo momento do ano passado, aponta levantamento da FecomercioSP

 
No primeiro trimestre de 2023, as vendas do comércio varejista no Estado de São Paulo acumularam alta de 6,2%, representando um faturamento de R$ 16,5 bilhões a mais do que o obtido entre janeiro e março do ano passado. Nos três primeiros meses deste ano, o setor registrou R$ 281 bilhões em receita. Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
 
Em março de 2023, as vendas reais calculadas pelo levantamento apontaram crescimento de 6,8% em comparação ao mesmo período de 2022. É o maior resultado do varejo paulista para o mês desde o início da série histórica, há 15 anos. As farmácias e perfumarias apresentaram a maior alta do período, com variação positiva de 23,1% e faturamento de R$ 9,6 bilhões no mês, o maior da série histórica. No trimestre, o segmento acumula aumento de 16,2%.
 
De acordo com a FecomercioSP, a tendência é que essa alta continue, graças à ampliação do consumo das famílias e ao aumento nos preços, ocasionado pelo tradicional reajuste anual, em abril. Outra variação importante foi observada nas concessionárias de veículos, com alta de 22,1% em março e elevação de 13,6% nos três meses. No terceiro mês do ano, as vendas atingiram R$ 11 bilhões — melhor desempenho para o mês desde 2012. Já o segmento supermercadista registrou faturamento de R$ 34,2 bilhões, representando crescimento de 12,7% na comparação anual. Nos três primeiros meses do ano, acumula elevação de 13,2%, desempenho esse também apontado como o mais elevado da série histórica para o mês. Segundo a FecomercioSP, a melhora no poder de compra causou efeito imediato no segmento, uma vez que as pessoas voltaram a comprar marcas de melhor qualidade, cujo consumo foi limitado pela pandemia.
 
Pelo campo negativo, o grupo de outras atividades foi o que mais influenciou o resultado, com queda de 12,3% no mês, acumulando retração de 9,7% no trimestre, apesar de ser o responsável pelo segundo maior faturamento do comércio paulista (quase R$ 20 bilhões no mês de março). Como o preço da gasolina está mais baixo do que há um ano (início da guerra na Ucrânia), é natural pensar na redução de faturamento em termos de valores, mas não pelo esfriamento da demanda.

 


 
Março


De acordo com a Federação, o comportamento em março seguiu a tendência dos meses anteriores: alta anual das vendas na maioria dos segmentos. Frente a um bom desempenho em todos os setores no Estado — como agronegócio, indústria, serviços e comércio —, há um incremento importante na renda disponível, impulsionada pelo aquecimento do mercado de trabalho e, ao mesmo tempo, pela inflação mais amena. Sendo assim, o maior poder de compra das famílias é o que tem permitido o varejo chegar a esse faturamento recorde no mês (e no primeiro trimestre).
 
Contudo, isso não quer dizer que os empresários estejam vivendo o seu melhor momento. Os custos elevados de insumos, matérias-primas, logísticas, equipamentos, entre outros, têm pressionado as margens nas vendas. Assim, faturamento não significa, necessariamente, lucro. De qualquer forma, o empresário que conseguir administrar bem o custo médio poderá obter ganho relevante no fim do mês. Para os próximos meses, a tendência para o comércio é favorável. Mesmo diante de uma base de comparação cada vez mais forte, não podemos desmerecer o fato de que as famílias estão podendo consumir mais.
 


Nota metodológica


A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e nove setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades). Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.
 

FecomercioSP

Supremo consolida regras para dispensa sem justa causa no Brasil

Em decisão recente, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou válido o Decreto presidencial 2.100/1996 que comunicou a retirada do Brasil do cumprimento da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que proíbe a dispensa sem justa causa. A Corte Superior também entendeu que a denúncia de tratados internacionais pelo Presidente da República exige a anuência do Congresso Nacional. Esse entendimento vigorará a partir de agora, preservando os atos anteriores. 

Importante destacar que, além de vedar a dispensa imotivada, a Convenção 158 da OIT prevê uma série de procedimentos para o encerramento do vínculo de emprego. 

Tal instrumento internacional entrou em vigor no Brasil em 1996, após passar pelo Congresso Nacional, com aprovação do Legislativo e do Executivo, contudo, poucos meses depois foi denunciado via decreto pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. Em simples palavras, o ato do presidente de denunciar possui o significado de inaplicabilidade do instrumento internacional (convenção 158) no Brasil. Ou seja, restou afastada a aderência e aplicabilidade no Brasil através de ato do Presidente da República do instrumento internacional, portanto, após a denúncia ocorrida, os empregadores continuaram a poder dispensar seus empregados sem justa causa independente de necessidade de justificativa.

A questão levada ao STF, ao contrário do que alardearam alguns especialistas, não era de retorno da aplicabilidade do instrumento coletivo internacional no sentido de tornar obrigatória a justificativa para a dispensa sem justa causa, mas sim sob o viés específico se o ato do presidente, através da denúncia realizada, estaria revestido de constitucionalidade. 

Após 25 anos de tramitação no Supremo, a decisão revelou que daqui em diante não poderá o Presidente da República retirar por decreto o Brasil de eventuais tratados internacionais que se submeteram ao caminho de aprovação das casas legislativas, e ainda que com diferentes fundamentações, a impossibilidade do Supremo Tribunal Federal anular ato assinado pelo Presidente da República. 

A consequência prática revela que: 1) permanece no mundo jurídico o decreto do presidente Fernando Henrique Cardoso ; 2) declarado através de efeito modulador que de agora em diante nenhum decreto unilateral do presidente da república poderá retirar por decreto o Brasil de tratados internacionais. Assim, nesse contexto, o instrumento 158 da OIT que seria capaz de exigir justificativa para a dispensa sem justa causa é inaplicável no Brasil.

 

Ricardo Pereira de Freitas Guimarães - advogado especialista, mestre e doutor pela PUC-SP, titular da cadeira 81 da Academia Brasileira de Direito do Trabalho, autor de inúmeros artigos e livros jurídicos e professor dos programas de mestrado e doutorado da FADISD-SP

 

Por que as festas juninas são um patrimônio cultural brasileiro?

Com origem em antigas festas pagãs da Europa, festividades foram absorvidas pela Igreja Católica e se tornaram símbolo de tradições brasileiras de norte a sul B


Bolo de milho, paçoca, pamonha, amendoim, pinhão, quentão. Todos os anos, em junho e julho, o Brasil é tomado por essas e outras guloseimas típicas das festas juninas. Com origem nas antigas festas pagãs que celebravam a chegada do verão à Europa, essas celebrações são, atualmente, uma lembrança das inúmeras tradições culturais e gastronômicas que se misturam e tornam única cada uma das regiões brasileiras.

A ideia original era comemorar o Solstício de Verão e afastar os maus espíritos e qualquer praga que pudesse atingir a colheita, como explica o coordenador pedagógico da Conquista Solução Educacional, Robson Ghedini. “Muitos historiadores atribuem a essas festas, realizadas na Europa dos séculos XV e XVI, a origem das nossas tão populares festas juninas. Elas existiam em muitos países europeus e eram celebradas de diferentes formas pelos povos”, detalha. Com o tempo, as comemorações pagãs foram sendo lentamente incorporadas pela Igreja Católica e passaram a ser feitas em honra a três santos católicos: São João, Santo Antônio e São Pedro.

Foi o processo de colonização portuguesa que trouxe essa tradição ao Brasil, ainda no século XVI. “Quando foi introduzida aqui, ela era conhecida como Festa Joanina, em referência a São João. Depois, acabou se tornando Festa Junina, em referência ao mês em que é realizada. E há quem estique a corda e faça a Festa Julina, já no mês de julho”, explica.


Tradição com relevância cultural

Comemorada de Norte a Sul do país, a Festa Junina ganha contornos distintos dependendo da localidade em que é realizada. Em geral, os eventos começam no dia 12 de junho, véspera do dia de Santo Antônio, e seguem até o dia 29 de junho, dia de São Pedro. No entanto, atualmente esse calendário começa mais cedo e termina mais tarde que isso. Principalmente no Nordeste brasileiro, há uma profunda identificação dessas festas com a cultura e as tradições locais, sejam elas religiosas, gastronômicas ou até mesmo de vestuário.

“Algumas características peculiares das festas juninas têm a ver com o que é produzido e colhido em cada região, mas alguns alimentos são muito típicos. É o caso do milho, do quentão e do amendoim”, ressalta Ghedini. Além das comidas típicas, há ainda as danças, fogueiras, roupas e brincadeiras. Ele lembra que todos esses elementos fazem parte da manutenção de costumes e heranças intangíveis, transmitidos de geração em geração ao longo dos últimos cinco séculos. “As festas juninas têm o papel fundamental de resgatar as origens e fortalecer os usos e costumes de cada região do país. Elas são extremamente importantes para a essência brasileira porque refletem as várias peculiaridades de cada parte do nosso país”, destaca. 

 

Conquista Solução Educacional

 

Fraudes bancárias por telefone: conheça as principais e como reduzí-las utilizando a biometria de voz

331,2 mil brasileiros foram vítimas de algum tipo de fraude em 2021, investir em tecnologia pode ser a saída para as instituições financeiras

 

Um levantamento feito pela Serasa Experian mostrou que, em maio de 2021, um total de 331,2 mil brasileiros foram vítimas de algum tipo de fraude, sendo que mais de 176 mil ocorrências (53,3%) foram realizadas a partir de contas bancárias ou cartões de crédito.

 

Ainda existem muitos usuários dos serviços bancários que preferem ligar para as centrais de atendimento, quando precisam resolver algum problema. Nas fraudes por chamada de telefone, o fraudador simula ser um cliente para solicitar alterações cadastrais ou liberações de crédito que vão ser usados por ele. Nesse sentido, Marcelo Peixoto, CEO da Minds Digital, Voice IDTech pioneira em biometria de voz no Brasil, que já evitou mais de R$ 40 milhões em fraudes bancárias, preparou alguns dos principais tipos de fraudes bancárias por telefone e como reduzí-las utilizando a biometria de voz. Confira:

 

1. Alterações cadastrais

Uma estratégia bastante comum dos fraudadores é realizar a solicitação da mudança de endereço cadastrado no sistema do banco. Com as informações pessoais da vítima em mãos, são capazes de burlar cada etapa do processo de validação.  

 

Caso seja feita a troca de endereço, eles podem solicitar a segunda via de cartões ou talões de cheque. Ao solicitar a troca do número de celular, podem usá-lo para realizar a verificação de duas etapas no aplicativo da instituição.

 

Com a biometria de voz, eles verificam se é realmente o cliente quem está solicitando as alterações. Se não, o procedimento não é autorizado.

 

2. Abertura de conta laranja

Usando os dados das vítimas, os fraudadores podem solicitar a abertura de contas no nome delas. Aqui, eles terão acesso a um mar de possibilidades para usar o crédito ou colocá-las à disposição para servirem de laranjas em golpes do pix. 

 

Se por um lado a facilidade para abrir contas em bancos trouxe mais comodidade para os consumidores, por outro, apresenta novos desafios. Por isso, também é importante adotar métodos avançados de verificação da identidade, como a biometria de voz.

 

Com ela, a inteligência artificial verifica no banco de vozes se aquela voz ou número de telefone já foi detectado em alguma ação de tentativa de fraude. Em caso positivo, a ação pode ser evitada.

 

3. Falsa notificação de furto

Em contato com o call center, os fraudadores, se passando pela vítima, informam que foram furtados e precisam alterar informações cadastrais ou solicitar a segunda via dos cartões. 

 

É comum que eles inventem alguma história para justificar o envio para um novo endereço, como viagem a trabalho ou férias. Também podem usar estratégias de SIM Swap para garantir que ninguém atenda, caso o banco tente ligar no número cadastrado em nome daquele cliente.  

 

Nesse caso, como eles têm acesso a todas as informações da vítima, fica fácil burlar o processo de autenticação. 

 

Para evitar esse tipo de fraude, a biometria de voz é um recurso implementado na ligação para checar se a voz realmente é do cliente registrado. Se não, o processo pode ser negado. 

 

Hoje, a biometria de voz já pode ser usada em uma série de situações para identificar usuários e evitar fraudes. Com uma acurácia de +97% e capacidade para distinguir a voz até mesmo em ambientes externos com ruídos, é possível realizar a verificação sem atrito na experiência do cliente. 

 

“A biometria de voz no Call Center pode ser integrada aos sistemas de atendimento de bancos, instituições financeiras e outros setores que trabalham com esse modelo. Com uma inteligência artificial robusta, é capaz de processar milhões de ligações e fraudes em alta velocidade.”, finaliza o CEO.

 

Minds Digital


Com carro novo mais barato, é preciso cuidado para não comprar por impulso

 Educador financeiro Thiago Martello explica que é preciso continuar planejando a compra do mesmo jeito para não comprometer as finanças

 

Nesta semana, o governo federal divulgou a lista dos 31 modelos de carros que passaram a ter desconto em razão do benefício fiscal dado às montadoras. O objetivo é acelerar a ida dos consumidores às concessionárias e estimular as vendas, porém, do ponto de vista financeiro, é preciso muito cuidado. 

De acordo com Thiago Martello, fundador da Martello EF, empresa que abocanhou investidores no programa Shark Tank Brasil ao oferecer uma metodologia própria, em situações assim é normal que muitas pessoas queiram aproveitar o benefício mesmo sem poder. “Muita gente acaba seguindo a manada e querendo fazer parte, mas é preciso considerar que não é porque o carro zero ficou entre R$ 2 mil e R$ 8 mil mais barato que significa que você tem que comprar. Um carro que custava R$ 68 mil e agora custa R$ 60 mil continua sendo um carro relativamente caro”, analisa.  

O planejador financeiro também explica que o desconto não deve ser motivo para alguém acelerar o processo de compra de um carro, sendo preciso tomar cuidado para não adquirir um bem como esse por impulso e fazer o planejamento correto, inclusive com alguns questionamentos. “Não é porque existe um desconto que algo se torna uma oportunidade.É necessário avaliar a real necessidade e condição financeira, até porque normalmente as pessoas só pensam na parcela e esquecem dos vários outros gastos atrelados a um carro”. 

Outro ponto importante levantado por Martello é que o preço de um carro novo, mesmo com desconto, costuma ser muito maior que o de um carro usado. “Se a pessoa estava pensando em comprar um usado e mudou de ideia por conta do desconto, deve pensar mais um pouquinho. Isso porque basta sair da concessionária para ele desvalorizar. Além disso, naturalmente deve haver um barateamento do carro usado também, que terá que se tornar mais atrativo para competir nesse cenário. É só ter um pouco de paciência e planejar com calma”, sugere. 

Confira algumas perguntas que devem ser feitas antes de comprar um carro, segundo o especialista:

  • Você tem condições de pagar?
  • De que forma será feito o pagamento?
  • É o momento certo?
  • O modelo vai te atender?
  • Você já tem reserva de emergência?
  • Tem previsibilidade de renda, de trabalho?
  • Está preparado para os gastos extras que estão atrelados a um carro, como gasolina, manutenção, seguro e impostos?

 


Thiago Martello - Apaixonado por finanças, Thiago é administrador de formação, pós-graduado pela FGV, especialista e agente autônomo de investimentos, além de atuar como educador e planejador financeiro desde 2015. Ele começou a trajetória aos nove anos, vendendo balas no farol perto de casa e hoje já mudou a vida de mais de mil pessoas através de uma metodologia exclusiva, simples e divertida, e que transformou a vida de muitas famílias. Com bom humor, ele mostra que é possível organizar as contas de forma prática e dar uma "martellada" definitiva na desordem financeira. Para sabe mais, acesse https://martelloef.com.br/

 

Cuidados ao usar serviços digitais que prometem conseguir ingressos para shows da Taylor Swift

Taylor Swift retoma hoje, 19, as vendas de ingressos para os shows extras em São Paulo e Rio de Janeiro, para clientes do C6 Bank e na quarta-feira, 21, para qualquer pessoa. Será uma oportunidade para os fãs que não conseguiram comprar os ingressos que variam de R$ 380 reais a R$ 1.050 reais.  

Porém, a alta concorrência fez surgir meios que prometem facilitar a aquisição dos bilhetes. São ferramentas digitais que possibilitam a abertura de milhares de abas de espera na “fila” como alternativa mais rápida e eficaz. 

Além de pagar um preço diferenciado por esse serviço, prestado por pessoas com conhecimentos digitais e com acesso a tais ferramentas, é preciso atenção, como alerta Carlos Rafael Gimenes das Neves, professor do curso de Sistemas da Informação da ESPM. “A pessoa precisa enviar seus dados, como nome e CPF, para o prestador de serviços e pode abrir espaço para golpes de engenharia social. Esses dados são até fáceis de conseguir, o problema maior é enviar documentos com fotos, comprovantes de residência”, diz Neves.   

Neves lembra que essa alternativa não é recente. “Já era uma prática comum para a compra, por exemplo, de produtos de edição limitada. Mas, atualmente, mais gente começou a ter mais acesso às ferramentas”, diz. 

 

Fontes: Carlos Rafael Gimenes das Neves - professor do curso de Sistemas da Informação da ESPM  

 

Saiba como garantir mais de 700 pontos no Enem

 

Especialista explica como funciona a coerência pedagógica e ensina o passo a passo para garantir a pontuação mais alta


A prova do Enem – Exame Nacional do Ensino Médio é a maior porta de entrada dos estudantes para o ensino superior público e privado do país, e será aplicada nos dias 5 e 12 de novembro. A partir de agora, os alunos que buscam alcançar o sonho acadêmico começam a reforçar a rotina de estudos para acertar a maioria das questões.

Acontece que, no ENEM, devido ao sistema de Teoria de Resposta ao Item (TRI), o que determina a pontuação não é a quantidade de acertos, mas sim quais questões o aluno acertou.

“Para garantir 700 pontos ou mais na nota do Enem, o estudante deve esquecer a quantidade de questões corretas e focar em garantir a coerência pedagógica nos seus acertos”, afirma Marizane Piergentille, diretora de educação das unidades do ABCDM e do Litoral do Colégio Adventista. “Isto é, demonstrar que realmente sabe responder sobre o conteúdo cobrado na pergunta. Demonstrar essa coerência significa acertar não apenas as questões fáceis e médias, mas também as difíceis”.

Para o TRI, o participante que acerta muitas questões difíceis e erra a maioria das médias e básicas é incoerente, o que acaba ocasionando a nota mais baixa. “Durante os aulões oferecidos para os nossos alunos, os professores ensinam os participantes a provar que estão preparados mostrando a coerência pedagógica, ou seja, sabendo como as provas do Enem são montadas e entendendo quais perguntas devem ser respondidas primeiro, pois o sistema TRI não dá chance para quem opta pelo chute”, aconselha Marizane.

A primeira etapa é estudar a elaboração das provas objetivas. O exame é composto por 45 questões divididas em quatro áreas já conhecidas: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Ciências Humanas e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias; Matemática e suas Tecnologias. Em cada uma delas são feitas 25% de questões de grau fácil, 50% de questões de grau e 25% de questões de grau difícil.

A segunda e mais importante etapa, é treinar para reconhecer com facilidade essas respectivas questões durante a prova, pois cada tipo de grau cobra uma determinada habilidade. “As questões fáceis demandam habilidades aprendidas durante o ensino fundamental I, como descrever, identificar e reconhecer. São perguntas que possuem a resposta no próprio enunciado. As questões médias implicam habilidades aprendidas no ensino fundamental II como interpretação, associação e comparação. Aqui é necessário ter um conhecimento prévio sobre o tema. Já as questões difíceis exigem habilidades aprendidas no ensino médio como análise e raciocínio aprimorado, por exemplo”, finaliza.

 

Mais de 7,3 milhões de pequenos negócios estavam com empréstimo ativo em 2022

No entanto, alta taxa de juros impossibilita empreendimentos de crescerem, avalia presidente do Sebrae


Levantamento elaborado pelo Sebrae com base nos dados do mercado de crédito disponibilizados pelo Banco Central do Brasil mostra que cerca de 7,3 milhões de pequenos empreendedores tomaram empréstimos até o fim de 2022 – um aumento de 27% em comparação a 2019. Desses, 828,7 mil são microempreendedores individuais (MEI), 3,9 milhões são microempresas e outros 2,5 milhões são empresas de pequeno porte.

O aumento é reflexo dos esforços de inclusão e maior acesso ao crédito durante a pandemia da Covid-19, em 2020 e 2021. No entanto, nos primeiros meses deste ano, a taxa alta de juros tem desestimulado os empresários de buscar os recursos, como mostrou a 3ª edição da pesquisa Pulso dos Pequenos Negócios.

“Essa evolução é importante para o desenvolvimento do país. Os pequenos negócios, que são mais de 21 milhões de empresas formais, constituem a base de produção de bens e serviços de nossa economia”, ressalta o presidente do Sebrae, Décio Lima. “No entanto, com a taxa básica de juros a 13,75% ao ano, cria-se um obstáculo para os empreendedores crescerem. Em muitos dos casos, eles tomam créditos somente para quitar dívidas anteriores ou para ter um capital de giro”, completa o presidente.

De acordo com a Coordenação de Acesso a Crédito e Investimentos do Sebrae, a taxa média para financiamentos voltados aos pequenos negócios está em torno de 35% ao ano. Para evitar mais um endividamento, o Sebrae sugere que os empreendedores procurem orientações antes de tomar a decisão. Por isso, o Sebrae disponibiliza serviços presencial e on-line, até por meio do Whatsapp ou do Telegram, com cursos gratuitos sobre o tema.

Além disso, é importante estar atento à gestão financeira da empresa, à organização dos processos e ao controle de estoques, o que pode ajudar a conseguir um fluxo de caixa saudável e contar com subsídios sobre a requisição de empréstimos.


Estudo do Grupo Allianz Partners mostra o que mudou no comportamento de saúde e bem-estar após a pandemia

Pesquisa foi feita com mais de 25 mil consumidores em 10 países mostra quatro tendências do mercado de saúde

 

Para entender as últimas mudanças nas expectativas, atitudes e comportamentos em saúde e bem-estar, o Grupo Allianz Partners realizou, em fevereiro de 2022, uma pesquisa com mais de 25 mil consumidores em 10 países, incluindo o Brasil. Os resultados mostram quatro tendências que se intensificaram com a pandemia, especialmente pela mudança das nossas relações com as tecnologias. Confira abaixo:

A primeira tendência está em uma mudança médica. O que se notou nos últimos anos foi um aumento de doenças crônicas, problemas de saúde mental, impulsionados pelo envelhecimento da população, estilos de vida sedentários, dietas pobres, pressões sociais etc., bem como o retorno de doenças infecciosas e pandemias. 

Com isso, 47% dos estudantes da Geração Z, entre 18 e 25 anos, se preocupam com problemas de saúde mental. Já 48% das famílias com filhos se preocupam com Covid-19 ou outros vírus. 

A segunda tendência está em uma mudança de comportamento. Estamos testemunhando a transformação do “paciente” em um “consumidor”, isto é, aquele que esperava passivamente para ser tratado passa a fazer escolhas ativas para determinar seus próprios cuidados. 

Quando falamos em saúde preventiva, o Brasil lidera o ranking entre os pesquisados. Dentro desse padrão, por exemplo, 60% dos pacientes com mais de 65 anos possuem interesse na triagem precoce para prevenir o aparecimento de condições às quais tenha alguma vulnerabilidade particular, seja por razões hereditárias ou de estilo de vida. 

A terceira tendência está em uma mudança tecnológica. A saúde remota se transformou em uma realidade e o aumento no uso da telemedicina foi acelerado pela pandemia de Covid-19. No Brasil, nota-se um aumento no uso de teleconsultas e entregas de medicamentos. 

Por exemplo, 20% das famílias com filhos utilizaram a entrega de medicação em atendimento domiciliar e os brasileiros foram os que mais procuraram os serviços entre os pesquisados. Isso também se reflete em outros campos, como no aumento do uso do serviço de terapia remota e online e no uso da telemedicina para atendimentos simples e para a triagem inicial do atendimento.

A quarta tendência se dá em uma mudança tecnológica. Chegamos em um momento de controle hiperpersonalizado impulsionado por dados. O uso de tecnologias que permitem o monitoramento de uma variedade de métricas modificou a relação das pessoas com a sua saúde, o seu monitoramento de atividades físicas e o conhecimento de seu próprio corpo. 

O saldo final é uma população mais atenta à sua saúde de forma completa, preocupada desde o monitoramento cotidiano de seu corpo até a preocupação com o atendimento médico nas redes públicas e privadas, bem como uma integração mais ampla de tudo isso com os dispositivos eletrônicos. 

Há mais atenção com a saúde, porém também há mais busca por praticidade e atendimento rápido e seguro. É uma balança ampla e esses dados ajudam a criar nossas possibilidades de atendimento e adesão desses consumidores. 

Confira o infográfico para mais detalhes e dados.




Allianz Partners
https://www.alliaz-partners.com.br/

 

Educação financeira e sustentabilidade: 5 dicas para incentivar a economia circular nas escolas

A gestora de projetos da BEĨ Educação, Natalia Alonso, mostra como a reflexão sobre economia circular pode incentivar comportamentos financeiros mais sustentáveis

 

De acordo com o Panorama dos Resíduos Sólidos, publicado pela Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), foram gerados cerca de 81,8 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos no Brasil em 2022. Esse número equivale a uma pilha de 85 milhões de carros populares que, enfileirados, dariam a volta ao mundo 7,6 vezes.

Apesar de a quantidade de resíduo produzida em 2022 ter sido menor que a de 2021 – 82,5 milhões de toneladas –, o índice de reciclagem ainda é preocupante. Do total de resíduos gerados no último ano, somente 4% foram reciclados. Nesse contexto, assuntos como economia circular precisam estar no radar de debates da população e a escola tem um papel fundamental nessa conscientização.



O que é economia circular?


A economia circular é um modelo econômico que busca minimizar o desperdício de recursos e reduzir o impacto ambiental. Nesse sistema, os produtos são projetados para serem duráveis, reparáveis e atualizáveis, de modo que sua vida útil seja maximizada. Quando um produto chega ao fim de sua vida útil, os materiais que o compõem são recuperados e reintroduzidos na cadeia produtiva, seja por meio da reciclagem, da remanufatura (recondicionamento) ou da compostagem. Dessa forma, os recursos são mantidos em circulação por mais tempo, evitando a extração excessiva de matérias-primas virgens e reduzindo a quantidade de resíduos enviados para aterros sanitários ou descartados de forma inadequada.


“Os benefícios da economia circular são diversos, incluindo a redução da emissão de gases de efeito estufa, a preservação dos ecossistemas naturais, a criação de empregos na área de reciclagem e reutilização, a diminuição da dependência de recursos escassos e a promoção de uma economia mais resiliente e sustentável”, explica Natalia Alonso, gestora de projetos da BEĨ Educação, especializada em projetos educacionais para o ensino básico com foco em experiências transformadoras.


 

Como a educação financeira pode ser aliada nessa jornada?


Segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), temáticas como “educação financeira” e “educação para o consumo” e devem ser contempladas em habilidades dos diferentes componentes curriculares. Para isso, o estudo da economia circular pode ser um importante aliado dos educadores, uma vez que repensar o consumo é uma lição que compete ao âmbito da educação financeira. Nesse sentido, as escolas precisam saber como tratar esse tipo de assunto de forma contextualizada, transversal e interdisciplinar, relacionando-o a práticas concretas e ao cotidiano dos estudantes.


“Quando aplicada à economia circular, a educação financeira pode desempenhar um papel importante ao conscientizar sobre o ciclo de vida dos produtos, a importância da durabilidade e da qualidade dos produtos adquiridos, bem como a necessidade de considerar os impactos financeiros e ambientais ao fazer escolhas de consumo”, explica Alonso. 


A reflexão sobre a economia circular estimula o pensamento crítico dos estudantes, ajudando-os a compreender os desafios ambientais e financeiros enfrentados pela sociedade atual. “É necessário que os estudantes questionem o consumo excessivo e aprendam desde cedo a importância de reduzir, reutilizar, reciclar e reparar produtos, evitando o desperdício”, explica Natalia. “Ao refletir sobre o assunto, os estudantes aprendem sobre planejamento financeiro, consumo e consumismo, o que pode incentivá-los a adotar comportamentos financeiros mais sustentáveis”, afirma a gestora.


 

Confira as cinco dicas que a Natália trouxe para incentivar os jovens a promoverem a economia circular no dia a dia!


1. Reduzir o consumo! A primeira forma, e talvez a mais importante, de promover a economia circular é reduzir o consumo de produtos descartáveis. Além disso, é importante a conscientização acerca do consumo versus consumismo, antes de adquirir um novo item, pergunte-se se realmente precisa dele e se pode optar por uma alternativa mais durável e sustentável.



2. Reutilizar e consertar: Itens antigos ou quebrados podem ser de grande valia! Explore maneiras de reutilizá-los ou consertá-los. Roupas podem ser customizados, objetos podem ser transformados em artesanatos, aparelhos eletrônicos podem ganhar upgrade ao invés de serem substituídos, além de ganhar outras utilidades.



3. Reciclar de forma correta os materiais: Em primeiro lugar, é preciso entender quais materiais são recicláveis e quais não são e isso também pode variar de região para região, de acordo com a coleta seletiva. Faça a separação dos resíduos, estabelecendo um sistema de coleta seletiva dentro de casa. Ah, não se esqueça de incentivar a família e os amigos a fazerem a mesma coisa!



4. Compartilhar e/ou trocar: Ao invés de constantemente comprar coisas novas, pense em explorar opções de compartilhamento e trocas. Organize eventos de troca de livros, brinquedos ou roupas com amigos e colegas. Isso ajuda a prolongar a vida útil dos itens e reduzir o desperdício.



5. Cultivar uma horta em casa: Ter uma horta ou participar de projetos de jardinagem comunitária é uma forma prática de economia circular. Além de cultivar alimentos frescos, você pode aproveitar os restos de alimentos para compostagem, transformando-os em adubo natural para a sua horta. E mais: sem nenhum tipo de agrotóxico!



Emprego, carreiras e empregabilidade, como manter a relevância?


Uma das maiores necessidades do ser humano é ter o controle sobre seus objetivos e respectivos resultados, a partir das ações e das decisões que toma em prol de seus objetivos de vida. Em decorrência, a preocupação com a empregabilidade e estabilidade financeira é um tema fundamental para cada um de nós.

 

Neste artigo, gostaria de discorrer sobre a questão do emprego, da carreira e da empregabilidade, explorando estes aspectos de forma ampla e sistêmica. Acredito que assim, a contribuição deste artigo poderá ser mais profunda, ao abordar diretamente os fundamentos da empregabilidade.

 

À parte da questão econômica, das expansões e retrações cíclicas do nível de atividade local e mundial, grande parte da responsabilidade sobre nossa empregabilidade futura recai sobre as nossas decisões. Se qualificarmos melhor as nossas decisões, teremos melhores resultados no longo prazo.

 

Mas quais elementos precisamos ter para qualificarmos melhor as nossas decisões em busca de uma carreira promissora e longeva?

 

Hoje em dia, observamos vários ciclos de carreira em nossas vidas. Há pouco tempo tínhamos uma vida e uma carreira se encaixava nesta vida, apesar de podermos mudar de empresas, um mesmo ciclo e perfil profissional percorria o início da vida profissional até a aposentadoria.  Hoje em dia, numa mesma única vida, temos que nos reinventar e inovar, construindo diversas carreiras para a nossa existência, que com o progresso da ciência tende a ser de forma geral cada vez mais longa.

 

Para termos uma clara visão dos mecanismos subjacentes à empregabilidade, gostaria de iniciar falando sobre paradigmas. Paradigma é um conjunto de padrões, crenças e verdades que estão estabelecidas e arraigadas em determinado momento na sociedade. Ele estabelece a forma como achamos que as coisas funcionam, o que é verdadeiro e não é verdadeiro, o que deve ser considerado e o que deve ser descartado à luz da verdade considerada.

 

À luz disto, estabelecemos regras de convivência com o paradigma vigente. A partir dele nós nos capacitamos e com base nele somos medidos. Nós construímos instrumentos e ferramentas para conviver com este paradigma, e o conhecimento e primazia no uso destes instrumentos nos coloca numa zona de conforto.

 

Uma pessoa da idade média, por exemplo, teria que investir grande parte do seu tempo se capacitando para sua defesa pessoal e no desenvolvimento de habilidades com o escudo e a lança. A sociedade o mediria com base nas habilidades no uso destes instrumentos. Quanto maior a sua habilidade, mas ele se sentiria confortável em sua esfera de atuação, entrando, portanto, numa zona de conforto. Zona de conforto pode ser entendida como a nossa destreza no uso de ferramentas e no entendimento das relações de causa-efeito valorizados pelo paradigma predominante.

 

Muitas vezes dois paradigmas convivem no mesmo tempo, num processo de transição entre o velho e o novo. Assim foi com a introdução da energia elétrica nas fábricas, em substituição ao vapor para mover as máquinas. No século XIX, os EUA possuíam parte de sua rede de comunicação por telégrafo instalada na costa leste primeiramente, depois na costa oeste, porém por muitos anos a ligação entre elas era realizada através de carruagens. De um momento para outro, com a ligação entre elas, as carruagens se tornaram obsoletas e o tempo para se trocar mensagens caiu drasticamente.

 

Um argumento mais atual. Após o advento da pandemia, os estilos de trabalho presencial versus remoto convivem atualmente, cada um procurando ocupar o seu espaço e justificar suas vantagens e desvantagens. É um processo de transição, que embora não saibamos ainda como irá se concretizar, mas com certeza não será exatamente igual ao que era antes do início da pandemia. Novas tecnologias, novos instrumentos e ferramentas foram desenvolvidos, e a destreza no uso delas marcará a nossa capacidade de nos mantermos relevantes.

 

Associado a estes mecanismos subjacentes, nossos estilos de liderança também têm que se adaptar. Antigamente, um estilo de comando mais hierárquico e controlador era largamente predominante. Há algum tempo, cada vez mais passamos a valorizar estilos de liderança de contexto, com foco nos resultados e na delegação. O comando migra do chefe centralizador para os medidores de resultado.

 

Mas como podemos nos posicionar neste momento de tantas inovações?

 

O desafio é nos mantermos relevantes, qualquer que sejam as inovações que ocorrerão. Carreiras e profissões, assim como no passado, podem se tornar obsoletas no futuro. Empresas precisarão aprender a se manter relevantes. Profissionais terão que aprender a se manter relevantes em suas carreiras e suas empresas.

 

A pergunta certa a ser colocada é a seguinte: o que precisamos fazer para nos mantermos relevantes?

 

Precisamos estar atentos e renovar constantemente nossos instrumentos, nossas capacitações, nossas crenças, nossas formas de interagir com a sociedade.

 

Porém, em meio à tanto mudança, tem uma coisa que não muda, e esta é uma oportunidade que devemos explorar.

 

O lado comportamental do profissional sempre será demandado e cobrado. A forma como mantemos nosso foco, a firmeza dos nossos argumentos, a retidão das nossas ações, a confiança que transmitimos em nossos grupos de trabalho, a nossa empatia, isto não muda e continuará sendo valorizado. O autoconhecimento e a busca do aprimoramento através da constante aprendizagem e do desafio de nossas próprias crenças são caminhos seguros.

 

Como empresário de empresa industrial e de serviços, nitidamente identifico que muito antes do conhecimento técnico ser firmado numa entrevista, o candidato precisa passar pelo seguinte filtro: Posso confiar nesta pessoa? Ele é mesmo assim como está se vendendo?


Em meio a tantas mudanças, o valor humano continua sendo o diferencial e é um aspecto que podemos ter controle sobre nós mesmos.

 

João Luiz Simões Neves - economista formado pela Unicamp, com MBA pela Business School São Paulo e Programa Executivo pela Universidade de Toronto, possui especializações em análise de sistema e marketing. Hoje, também é analista comportamental e diretor da Global Results, consultoria especializada em gestão e liderança, além de palestrante e escritor da área de gestão e liderança.


Educação orientada a dados

O mundo vem mudando e se transformou muito no último século, porém a educação, aquela… da lousa, carteiras enfileiradas, os professores em sala, as aulas, o intervalo, dever de casa, cadernos, chamada, prova, notas, não mudou o suficiente para fazer frente a este mundo, que está em um ritmo alucinante de mudanças.

A educação necessita estar conectada com o mundo atual, e, acima de tudo, em constante aprendizado. As inovações acontecem a uma velocidade incrível, e, para adicionar um pouco mais de dificuldade, essas inovações são cada vez mais disruptivas, ou seja, quando uma começa a ser assimilada, outra já está surgindo e impactando diretamente as pessoas. A ideia daquela vida A,B,C simplesmente não existe mais. Mas, afinal, o que é essa tal vida A,B,C?

A - Entrar na Escola na idade certa;

B - Formar-se na Faculdade;

C - Ir trabalhar.

As pessoas devem excluir de seu repertório a expressão “sou especialista nesse assunto”. Não!! Você não é mais especialista nesse assunto, porque terá que aprender a desaprender, e aprender novamente! Nós estudaremos, muitas vezes, diversificados temas a vida toda, e isso pode nos fazer especialistas em “determinadas” épocas de nossas vidas, entretanto seremos estudantes o tempo todo.

Conforme explana o blog estantemagica.com.br, “a Competência 1 da BNCC, que versa sobre o CONHECIMENTO, aborda o tema da introdução acima. Essa competência será trabalhada junto aos alunos para valorizar e utilizar os conhecimentos sobre o mundo físico, social, cultural e digital, para entender e explicar a realidade, CONTINUAR APRENDENDO e colaborar com a sociedade. Fazendo escolhas a partir desse conhecimento”, essa competência orienta todos os professores a colocarem seus alunos "up to date", com aquilo que o mundo está vivendo e conversando sobre.

Mas, para isso, a escola tem de entender seu aluno e tratá-lo de maneira individualizada, não como se todos eles fossem um só, pois não são todos iguais. Por exemplo, determinado aluno pode ter um ritmo duas vezes mais rápido para aprender sobre um determinado assunto, em relação a um outro aluno que está dentro da mesma sala de aula, tendo o mesmo conteúdo, ministrado pelo mesmo professor.

O que acontece muito nos dias de hoje, em nosso país, é que a esmagadora maioria das escolas não encontra espaço no sistema educacional tradicional para realizar um trabalho individualizado. Para que isso aconteça, as escolas necessitam implementar uma EDUCAÇÃO ORIENTADA A DADOS, a escola é uma usina de dados.

Com base na compreensão de dados confiáveis, utilizando a INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL para interpretar os padrões e, assim, evidenciar as particularidades no processo de aprendizagem do aluno, os docentes necessitam ter a capacidade de elaborar um diagnóstico de suas turmas e de seus alunos individualmente, para, posteriormente, preservarem ou reorganizarem os itinerários pedagógicos anteriormente objetivados. Fazendo desse modo, os docentes utilizariam seu valioso tempo e capacidade de trabalho na conversão de dados em informações.

Nesse sentido, implementar uma EDUCAÇÃO ORIENTADA A DADOS é muito diferente do que acontece hoje, na maioria das escolas espalhadas pelo Brasil, onde geralmente o cotidiano dos docentes é o de, no momento em que for possível fazer, planejar sua aula, depois ensinar, eventualmente esclarecer alguma dúvida do aluno, preparar, revisar e corrigir avaliações. Dessa maneira, este ciclo interminável o consome, em duas ou três jornadas de trabalho, durante um mesmo dia.

Os docentes gastam tempo demais na rotina descrita acima, e tempo de menos produzindo diagnósticos e sugerindo ações para correção de rotas.

As instituições de ensino e docentes que ambicionam trabalhar uma EDUCAÇÃO ORIENTADA A DADOS devem praticar um comportamento pedagógico mais consolidado e profundo, menos fundamentado em uma opinião e em ideias não concretas, ou indicações subjetivas, mas que seja sustentado por indicadores e elementos, a partir dos quais seja verdadeiramente exequível medir a aprendizagem do aluno e, baseado nisso, recomendar novas práticas pedagógicas.

A inserção de um comportamento de uso de dados, de maneira assídua e organizada nas escolas, proporcionará uma sequência de aperfeiçoamento contínuo na instituição, durante um bom espaço de tempo. As práticas de excelência de cada professor deverão ser demonstradas e a partilha dessas práticas deve ser incentivada, e ocorrer em reuniões específicas.

Essa rotina de compartilhamento de melhores práticas aumentará o padrão de qualidade da educação oferecida pela escola, e a tornará diferenciada em sua região de atuação. Quem partilha internamente suas melhores práticas pedagógicas, constrói uma cultura de BENCHMARKING interna de sucessos e colabora significativamente para a consolidação desta cultura.

Uma EDUCAÇÃO ORIENTADA A DADOS, conhecida mundialmente como “Data Driven – Education”, é uma tendência que se consolida dia a dia no mundo. As ferramentas, como plataformas de diagnósticos de desempenho individual do aluno, só crescem no Brasil, com altos investimentos por parte das empresas que já entregam esse tipo de serviço.

Não há dúvida de que a utilização de dados para conduzir a educação não deve se ancorar como um fim em si mesmo, mas tão somente como um meio para obter a mais satisfatória vivência de aprendizagem para os alunos, com um mínimo de subjetividade e o máximo de certeza e segurança.

 

 José Roberto Reche - Gabarito Educação


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