Especialista explica como funciona a coerência pedagógica e ensina o passo a passo para garantir a pontuação mais alta
A prova do Enem – Exame Nacional do Ensino Médio é
a maior porta de entrada dos estudantes para o ensino superior público e
privado do país, e será aplicada nos dias 5 e 12 de novembro. A partir de
agora, os alunos que buscam alcançar o sonho acadêmico começam a reforçar a
rotina de estudos para acertar a maioria das questões.
Acontece que, no ENEM, devido ao sistema de Teoria
de Resposta ao Item (TRI), o que determina a pontuação não é a quantidade de
acertos, mas sim quais questões o aluno acertou.
“Para garantir 700 pontos ou mais na nota do Enem,
o estudante deve esquecer a quantidade de questões corretas e focar em garantir
a coerência pedagógica nos seus acertos”, afirma Marizane Piergentille,
diretora de educação das unidades do ABCDM e do Litoral do Colégio Adventista.
“Isto é, demonstrar que realmente sabe responder sobre o conteúdo cobrado na
pergunta. Demonstrar essa coerência significa acertar não apenas as questões
fáceis e médias, mas também as difíceis”.
Para o TRI, o participante que acerta muitas
questões difíceis e erra a maioria das médias e básicas é incoerente, o que
acaba ocasionando a nota mais baixa. “Durante os aulões oferecidos para os
nossos alunos, os professores ensinam os participantes a provar que estão
preparados mostrando a coerência pedagógica, ou seja, sabendo como as provas do
Enem são montadas e entendendo quais perguntas devem ser respondidas primeiro,
pois o sistema TRI não dá chance para quem opta pelo chute”, aconselha
Marizane.
A primeira etapa é estudar a elaboração das provas
objetivas. O exame é composto por 45 questões divididas em quatro áreas já
conhecidas: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Ciências
Humanas e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas
Tecnologias; Matemática e suas Tecnologias. Em
cada uma delas são feitas 25% de questões de grau fácil, 50% de questões de
grau e 25% de questões de grau difícil.
A segunda e mais importante etapa, é treinar para
reconhecer com facilidade essas respectivas questões durante a prova, pois cada
tipo de grau cobra uma determinada habilidade. “As questões fáceis demandam habilidades
aprendidas durante o ensino fundamental I, como descrever, identificar e
reconhecer. São perguntas que possuem a resposta no próprio enunciado. As
questões médias implicam habilidades aprendidas no ensino fundamental II como
interpretação, associação e comparação. Aqui é necessário ter um conhecimento
prévio sobre o tema. Já as questões difíceis exigem habilidades aprendidas no
ensino médio como análise e raciocínio aprimorado, por exemplo”, finaliza.
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