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segunda-feira, 8 de maio de 2023

6 dicas para ajudar mães e gestantes a terem melhor experiência de sono

Maternidade e insônia são os fatores que mais impactam a qualidade do sono das mulheres


Um estudo feito pela Universidade de Warwick, no Reino Unido, mostrou como o sono das mães é impactado pela maternidade: as mamães dormem cerca de 40 minutos a menos a cada noite no primeiro ano de vida da criança, em comparação ao período anterior à gravidez. Já os papais, perdem, em média, apenas 13 minutos de sono - esse número, inclusive, não muda em relação a uma idade específica ou ao longo da vida da criança.

Outras pesquisas, como as da Universidade de Maryland (Baltimore, EUA) e da Universidade Chinesa de Hong Kong (China), mostram que as mulheres sofrem mais com distúrbios do sono. Os estudos identificaram que a insônia é mais comum entre mulheres, estimando um risco 40% maior em comparação aos homens.

Pesando nisso, Theresa Schnorbach, psicóloga especializada em terapia cognitiva comportamental para insônia e líder da equipe de Pesquisa do Sono na Emma Colchões, traz dicas valiosas para que as mamães possam melhorar a qualidade do sono.


Certifique-se de ter uma cama convidativa para o sono

Investir em colchões de qualidade, com tecnologia que bloqueia os movimentos de seu/sua parceiro(a) ou filhos pode ser um importante passo para passar bem por este período, já que sentir balanços na cama causados por quem dorme ao lado pode não ser algo muito confortável. É muito importante que o colchão tenha estrutura ergonômica para que a coluna permaneça sempre alinhada. O produto deve se adaptar à pressão corporal impedindo o afundamento, o que também é ótimo para poupar a coluna das mulheres grávidas.

Travesseiros macios, com tecnologia antiestresse e que absorvem a eletricidade estática acumulada ao longo do dia, espuma de memória (conhecida como NASA, que vai se adaptando aos contornos do pescoço e ombros) e com altura ajustável (para que não seja necessário mais um travesseiro) pode ser também um ótimo aliado para o sono das mães.

Outra dica é usar lençóis e cobertores limpos - se possível, com o cheiro do sabão e do amaciante, pois isso pode estimular o relaxamento.

Deixar as cobertas já organizadas para o momento de recolher-se, em vez de fazer isso apenas ao deitar-se, pode também contribuir para que a cama fique mais aconchegante e convidativa para o sono.


Prepare o ambiente antes de dormir

Além da cama, o entorno do quarto deve ser especialmente preparado para uma noite com mais tranquilidade para o sono da gestante ou da puérpera.

Certificar-se de que não há luzes acesas é um passo importante, pois elas inibem a produção de melatonina, conhecida como “hormônio do sono”. Assim, quanto mais escuro o quarto, melhor. Luzes de aparelhos eletrônicos, como TVs, rádios ou telefone podem ser prejudiciais se estiverem muito próximas. Se possível, devem ser eliminadas com o uso de fita isolante.

Achar a temperatura ideal é outro fator importante. De acordo com a The Sleep Foundation, a temperatura ideal do quarto é de aproximadamente 18,3°C, enquanto a maioria dos médicos sugere ajustar o termostato entre 15,6°C e 19,4°C graus para alcançar o melhor sono. Já para que os bebês alcancem um sono ideal e ininterrupto, sugere-se manter a temperatura ambiente entre 18 e 21 graus. Portanto, se a criança estiver no mesmo quarto, uma média entre estas temperaturas é muito importante.

Outra dica é montar listas em serviços de streaming, com músicas para relaxar ou dormir. Um bom livro pode também ser um aliado.


Prepare-se para dormir

Preparar o ambiente e a cama para o sono são pontos essenciais, seja para o descanso da gestante ou da mãe. Mas o autocuidado é também fundamental e, portanto, criar um ritual que precede a ida à cama é muito importante.

Sabemos que a rotina das mães é bastante atribulada, de muita entrega às necessidades do bebê. E no caso das gestantes, o cansaço físico é um fator bem característico. Mas se houver a possibilidade de meditar antes de ir para a cama, isso pode ajudar bastante na rotina, marcada por muitos afazeres.

As mães ou gestantes devem também cuidar da respiração. Respirar lentamente é benéfico para o corpo e para a mente, pois ajuda a desestressar e produzir mais melatonina - o “hormônio do sono”, que ajuda a adormecer. Uma técnica simples de respiração é a 4-7-8, que envolve sentar com as costas retas e colocar a ponta da língua logo atrás dos dentes frontais superiores. Ao sentar-se em posição ereta, inspirar pelo nariz contando até 4, segurar a respiração contando até 7 e, em seguida, expirar pela boca contando até 8. Repetir estes passos mais 3 vezes pode estimular o adormecimento.

É importante, ainda, a não ingestão de alimentos gordurosos e de digestão lenta no jantar. E evitar bebidas com cafeína é também importante. No entanto, pode-se investir em chás que possuem faculdades calmantes, como camomila, erva-doce, erva-cidreira ou jasmin, por exemplo, de 30 a 60 minutos antes de dormir - e de preferência, quente.

Vale destacar que bebidas com muita cafeína também podem atrapalhar a indução do sono.


Recolher-se sempre no mesmo horário

Apesar da rotina atribulada da maternidade, em que a maior preocupação é atender as necessidades e anseios do bebê, é muito importante tentar adotar uma rotina regular quanto ao horário de dormir. Isso porque se formos para a cama mais cedo em algumas noites e mais tarde em outras, há um desequilíbrio do ciclo circadiano. E isso afeta não apenas a saúde física, mas também a mental. 


Amamente logo antes de dormir

A amamentação libera na corrente sanguínea da mulher uma substância chamada ocitocina, conhecida popularmente como “hormônio do amor”. Isso porque, além de facilitar o processo, ela provoca uma sensação de prazer e reduz os níveis de cortisol, hormônio associado ao estresse. Por isso, amamentar antes de dormir pode ser uma boa ideia para aproveitar o cansaço natural gerado por esse momento e essa sensação de bem-estar e relaxamento.


Atenção ao sono do bebê

Este é um ponto muito importante, já que o sono da mãe está diretamente ligado ao do bebê. Quando ele não dorme, o sono da mãe tende a ser ruim.

Assim como as mães, os bebês precisam de alguns preparos que garantam uma boa noite. Para eles, os sons tranquilos e músicas calmas, em baixo volume, também funcionam para trazer calma e aconchego. A temperatura e iluminação do quarto também são importantes, para que não fiquem irritados.

E o bebê é o grande beneficiado com a amamentação. Além de suprir sua fome, o contato entre mãe e filho neste momento é muito importante, pois outras sensações são ativadas nesta ocasião no colo da mãe, quando o bebê sente o cheiro da mãe e se sente aquecido, o que aumenta o aconchego e estabelece um importante vínculo afetivo entre mãe e filho.

Investir em massagens para combater os gases do bebê é também imprescindível, já que eles causam cólicas, as quais podem atrapalhar o sono do pequeno. Inclusive, é importante que a mãe evite alimentos que possam causar gases.

E, para as mamães que não amamentam, nada está perdido, todas as outras dicas ainda são super válidas e úteis para testar.

 


Emma-The Sleep Company
team.emma-sleep.com/press

 

Gire a chave! Aprenda a usar os medos a seu favor

Em novo livro publicado pelo Grupo Citadel, Sandra Strauss mostra que conhecer as próprias angústias é a melhor maneira de descobrir como enfrentá-las


Quantas vezes você deixou de fazer algo que desejava por temer o que os outros fossem pensar? Quantas vezes deixou de vestir determinada roupa ou agir de determinada maneira por receito do que pudessem falar? Embora os medos sejam constantes na vida, prender-se a eles pode paralisar qualquer pessoa.

É por isso que a terapeuta e escritora Sandra Strauss convida o público a girar a chave e abrir uma nova porta! No lançamento Engenharia da Alma: transformando medos em potências, publicado pelo Grupo Citadel, a especialista em cabala mostra que é possível encontrar motivação para mudar até mesmo naquilo que assombra cada um.

Com o objetivo de auxiliar aqueles que querem enfrentar as próprias aflições, a autora desenvolveu uma metodologia exclusiva, que conta com exercícios práticos, além de técnicas de meditação e respiração. Nas lições presentes na obra, a especialista propõe que o leitor olhe para os próprios medos com mais empatia, pois somente desta forma será possível quebrar as barreiras que impedem a transformação.

É como um computador.
Se tiver um computador superpotente na sua frente
e você não souber o que fazer, ele equivale a quase nada.
Mas se aprender a mexer nesse computador, milagres acontecerão.

(Engenharia da Alma, pg. 98)

Além do medo da crítica, Sandra detalha outros cinco temores mais comuns aos brasileiros: escassez, morte, velhice, solidão e doença. Segundo ela, viver com essas apreensões na mente e no coração sufoca, aprisiona e pode até gerar traumas irreversíveis, por isso é necessário buscar a harmonia para não apenas enfrentar tais angústias, mas principalmente usá-las em benefício próprio.

Ficha Técnica
Título:
Engenharia da Alma
Subtítulo:
Transformando medos em potências
Autora:
Sandra Strauss
Editora:
Grupo Citadel
ISBN/ASSIN:
978-6550472245
Páginas:
128
Formato:
13.5cm x 1.1cm x 21cm
Preço:
R$ 49,90
Onde encontrar:
Amazon

Sobre a autora: Sandra Strauss é professora de Cabala e técnicas práticas de Meditação, especialista em estilo de vida, cria soluções positivas para os desafios contemporâneos. Apaixonada pelo universo do desenvolvimento pessoal e evolução humana, acumula mais de duas décadas de pesquisas e experiências na reprogramação comportamental transformando vidas com métodos e dinâmicas desenvolvidas por ela. Seus anos de treinamento e experiência combinados com sua intuição natural, paixão e capacidade de encontrar soluções, faz dela uma líder em seu campo.

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Especialista fala sobre os benefícios da hidroterapia para os idosos

Exercícios na água ajudam pessoas da terceira idade a terem uma melhor qualidade de vida 

 

A fisioterapia aquática, também conhecida como hidroterapia, é uma atividade com fins terapêuticos. Realizada dentro de uma piscina com água aquecida, entre 31 e 34 graus, em média, ela é indicada para quem tem problemas respiratórios, ortopédicos, vasculares, neurológicos, assim como dificuldades pós-cirúrgicas, traumas, entre outras doenças. A hidroterapia é capaz de melhorar a respiração, causar uma sensação de relaxamento e ajudar no fortalecimento muscular, devido às suas propriedades físicas.

“Com a água da piscina aquecida, os pacientes tendem a ter mudanças positivas no humor, diminuindo o estresse e a ansiedade, conseguir uma boa noite de sono, melhorar sua postura, entre outros fatores. O motivo dela ser aquecida é porque alivia tensões musculares, recupera contraturas do corpo, diminui tremores, o que não acontece em água fria, e aumenta a circulação sanguínea, por exemplo. Além disso, é uma ótima oportunidade dos idosos socializarem”, explica Eudes Carvalho, fisioterapeuta, especialista em fisioterapia aquática, mestre em gerontologia e professor do curso de Fisioterapia do UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau Paulista.

"Porém, há certas cautelas, principalmente em relação às pessoas com problemas de pele e unhas, como dermatose e micose. Estes pacientes devem ter uma consulta com dermatologistas para eles indicarem um tratamento e, talvez, liberar a realização das aulas, pois os fungos podem contaminar a piscina. Após a avaliação médica, é importante saber os movimentos que não cobram tanto do corpo do idoso, levando em consideração suas limitações físicas e a funcionalidade corporal”, conclui o fisioterapeuta.


Estudo mostra que quase metade dos brasileiros não confiam no parceiro

Reprodução Internet
Especialista diz que a falta de confiança pode prejudicar seriamente na qualidade do relacionamento

 

Recentemente, uma pesquisa feita pela Avast revelou que mais de 40% dos brasileiros admitem pegam o celular do cônjuge sem autorização. Isso é preocupante, pois mostra que as pessoas não confiam umas nas outras e não têm relacionamentos saudáveis. Consultamos o especialista em relacionamentos Caio Bittencourt, do site MeuPatrocínio para entender mais sobre esse tema.

O especialista acredita que parceiros transparentes e sinceros proporcionam relacionamentos mais sadios. “Relacionamentos saudáveis são fundamentais para o bem-estar de cada um. Um relacionamento maduro e transparente é a chave para o sucesso. Nesse caso, é importante que ambas as partes sejam honestas e façam o possível para manter o diálogo aberto. Não pegar o celular da outra pessoa sem a autorização é essencial para manter a confiança e o respeito entre os parceiros.” Diz Caio Bittencourt.

“Além disso, é importante respeitar os limites e as preferências de cada um. Se um parceiro não se sente bem com o uso do celular do outro, é importante que eles falem abertamente sobre isso e encontrem uma solução que seja boa para ambos. Dessa forma, as pessoas podem desfrutar de um relacionamento saudável, seguro e feliz.” Finaliza Caio.

É fundamental que as pessoas sejam honestas, respeitem os limites do outro e façam o possível para se comunicar abertamente. Quando essas coisas acontecem, as pessoas podem desfrutar de um relacionamento saudável e transparente, sem o receio de serem enganadas ou pegar o celular do outro sem autorização.


6 dicas para manter as crianças seguras no mundo on-line

Com a variedade de dispositivos digitais disponíveis na casa de boa parte dos brasileiros, é comum que as crianças tenham acesso à web com ou sem a supervisão de adultos. Contudo, a internet oferece diversos riscos a elas, como o possível contato com pessoas mal-intencionadas, bullying em ambiente virtual, sites perigosos e criminosos em busca de vítimas fáceis para aplicar golpes.

Os pequenos não sabem como funcionam os meios digitais e precisam de orientação e controle para navegar no universo on-line com segurança. Nesse sentido, listo aqui seis dicas para os pais.


1 – Seja um exemplo

Ensinar dando o exemplo é frequentemente a melhor forma de mostrar aos filhos como privilegiar a segurança na internet. Um grande e longo discurso sobre o assunto vai provavelmente surtir menos efeitos; então, deixe que as suas ações falem mais alto que as palavras. Evite, por exemplo, compartilhar excessivamente postagens nas redes sociais; caso faça isso, deixe claro para as crianças que não devem fazer. Outra questão fundamental é demonstrar aos filhos a importância de deixar o celular de lado em alguns momentos, como na hora de se reunir com a família e os amigos, para evitar que passem muito tempo conectados.


2 – Mantenha-se informado

Normalmente, os filhos admiram os pais. Então, mantenha-se atualizado sobre as mais recentes ameaças da internet. Os mais jovens são normalmente vítimas fáceis de golpes em fóruns de jogos ou ao clicarem em links dentro de mensagens, o que pode resultar em casos graves de roubo de identidade ou de vírus nos dispositivos. Phishing, ataques em games on-line e stalking são outros exemplos que mais afetam essa faixa etária quando se trata de crimes cibernéticos.


3 – Atente-se às redes sociais

No meio de crianças de apenas 5 anos que já possuem smartphones à sua disposição, as redes sociais por vezes substituem as interações físicas, tornando a internet o novo recreio. No entanto, isso traz novas preocupações referentes à segurança na internet. É comum que aconteçam situações de bullying, por exemplo, e a maioria dos jovens não conta aos pais quando passam por situações do tipo.

Outro ponto que merece atenção é a possibilidade de alterar as configurações de privacidade das contas. Na maioria das redes sociais ou apps de mensagens, esse recurso permite decidir quem pode ver o perfil, enviar mensagens, comentar nas publicações, reportar conteúdos ofensivos e fotos inapropriadas e solicitar a remoção. Em casos mais graves, é possível requerer que uma conta maliciosa seja excluída. Também é possível remover uma amizade ou bloquear completamente algumas pessoas.


4 – Explique o porquê a privacidade é importante

Com o desenvolvimento das tecnologias de informação e a crescente democratização do acesso à internet, é natural que os casos de violações de dados também aumentem. A privacidade on-line é agora mais importante do que nunca. Quando detalhes tão triviais como o nome de uma rua ou o contato de um familiar são difundidos, os criminosos podem descobrir determinada identidade, usá-la para cometer fraude ou ainda perseguir a pessoa na vida real. Como pai, é fundamental que discuta o quão perigoso pode ser partilhar as informações pessoais na internet. Para começar, esclareça o que são informações pessoais. Depois, explique como esses dados podem ser usados contra eles.


5 – O perigo do wi-fi público também precisa ser discutido

De cafés a universidades, centros comerciais e estações de comboio, o wi-fi público está em quase todo o lugar. O problema é que essas redes não são seguras e as informações ou os dispositivos podem ser interceptados rapidamente. Explique sobre o assunto aos seus filhos, mas eles provavelmente vão pensar que isso nunca acontecerá com eles. Felizmente, o perigo pode ser evitado instantaneamente por meio do uso de VPN. Esse recurso protege o tráfego na internet, ocultando as informações dos hackers. A funcionalidade de proteção contra ameaças incluída no serviço impede as crianças de acessarem sites maliciosos e capazes de infectar o celular ou o computador com malware.


6 – O uso de senhas fortes: mostre a importância

Para a criação de qualquer conta on-line, é necessário explicar o conceito de senha segura, que deve ser complexa e única para que os “bisbilhoteiros” não consigam invadir. É recomendado, por exemplo, usar pelo menos oito caracteres, incluindo letras minúsculas e maiúsculas, números e símbolos especiais. Muitos especialistas alertam também sobre o uso de informações pessoais, como nome e data de nascimento, que deve ser evitado. Ainda é importante memorizar o acesso ou utilizar um bom gestor de senhas, entre outras orientações.


Daniel Markuson - especialista em privacidade digital da NordVPN, empresa especializada em soluções de privacidade, segurança e rede privada virtual (VPN). 


Por que o implante é o método mais seguro na terapia de reposição hormonal?

Apesar dos inúmeros avanços no campo da Medicina, dos recursos tecnológicos disponíveis e da facilidade de comunicação nos dias atuais, muitas mulheres ainda resistem a terapia de reposição hormonal, principalmente, devido a carência de informações, fato que dificulta o acesso de muitas pacientes ao tratamento.

A reposição hormonal consiste na administração de hormônios, tais como a   progesterona, o estradiol e a testosterona, com o intuito de promover o equilíbrio dos níveis dessas substâncias no organismo e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida das pacientes.

Mulheres na fase da menopausa, normalmente, necessitam da terapia de   reposição hormonal (TRH). O tratamento auxilia na diminuição de sintomas como ondas de calor, suores noturnos, insônias, secura vaginal, falta de libido, entre outros. Também pode ser usada para melhorar outras condições médicas, como osteoporose, depressão, enxaqueca. Estudos indicam que ajuda na prevenção de doenças como demência de alzheimer, infarto e AVC.

Grande parte desses sintomas estão relacionados à diminuição dos níveis de hormônios sexuais, é o que aponta um estudo divulgado no Europe Journal Breast Heath, em 2021. De acordo com a publicação, a reposição hormonal traz benefícios a longo prazo para as mulheres e sugere reduzir os riscos de vários tipos de doenças, inclusive, o câncer de mama.

As principais vias de administração da reposição hormonal são:  via oral (comprimidos), gel, transdérmica (através da pele), vaginal e implantes. No entanto, a escolha do tipo de tratamento deve ser feita pelo médico, levando em consideração as necessidades e características de cada paciente.

Nos consultórios, ainda hoje, a pílula e o gel são os métodos mais utilizados, mas não necessariamente os mais seguros para a mulher. O tratamento via oral, por exemplo, pode aumentar os riscos de trombose e ocasionar possíveis riscos à saúde. Além disso, o esquecimento também pode ser um fator importante para as pacientes, devido ao uso diário do remédio.

Em relação ao gel, é importante tomar alguns cuidados para evitar que o produto seja transmitido para outras pessoas, principalmente, crianças, já que ele pode permanecer na pele por mais tempo. Já os implantes garantem concentrações mais constantes dos hormônios por um período mais prolongado e não precisam ser aplicados diariamente.

 O implante hormonal ainda apresenta outras vantagens em relação aos demais métodos de reposição hormonal, como por exemplo, a durabilidade. Ademais, é possível usar hormônios isomoleculares e bioidênticos, - que correspondem a molecular exatamente iguais aquelas que a paciente produziu pelo corpo, ou seja, sem modificar sinteticamente a molécula para que ela seja absorvida via oral, causando menos efeitos colaterais.

Estudos científicos apontam os benefícios da reposição hormonal via implantes, como o aumento de massa óssea com o implante de estradiol e testosterona, inclusive, sugerem a diminuição do risco de câncer de mama. O tratamento também ajuda na diminuição de sintomas psiquiátricos tais como depressão e na diminuição da incidência de demência.

Antes de iniciar a terapia de reposição hormonal é essencial realizar uma avaliação completa, incluindo anamnese, com solicitação de exames laboratoriais. Também é preciso que a paciente adote um estilo de vida saudável, com uma dieta equilibrada, prática regular de atividades físicas, sono de qualidade e ingestão adequada de água.

A reposição hormonal deve ser vista como uma forma complementar de cuidado à saúde, sendo sempre monitorada periodicamente pelo médico e ajustada anualmente de acordo com as necessidades individuais de cada paciente.

 

Dr. Vinícius CarruegoCRM -SP 172.911. Diretor médico da Clínica Elsimar Coutinho em São Paulo. Médico Ginecologista formado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Pós-Graduação em Ciências da Obesidade e Sarcopenia. Possui especialização em Endoscopia Ginecológica. Baseou seus estudos em hormônios, implantes hormonais e temas relacionados à saúde integral da mulher.

 

Câncer de Ovário: tumor silencioso, agressivo e de alta mortalidade


O câncer de ovário acomete mais de 300.000 mulheres anualmente em todo o mundo. No Brasil, é o oitavo câncer mais frequentemente diagnosticado, responsável por 7.310 novos casos a cada ano segundo a estimativa do Instituto Nacional do Câncer para o triênio 2023-2026. A despeito de sua colocação em incidência de novos casos, o câncer de ovário está associado à maior taxa mortalidade entre os cânceres ginecológicos. No Brasil, no ano de 2020 ocorreram quase 4.000 mortes por câncer de ovário. Em todo o mundo, mais de 207.000 mulheres morrem a cada ano em função da doença. 

Diante desse quadro, fica clara a importância do dia 8 de maio, como o Dia Mundial do Câncer de Ovário. Essa iniciativa tem o objetivo de lançar luz ao problema e atrair a atenção da sociedade, dos profissionais de saúde e dos governantes, para que unam esforços na luta contra o câncer de ovário. 

A elevada mortalidade associada ao câncer de ovário se deve, em grande parte, ao fato de que a maioria dos casos é diagnosticada em estádios mais avançados. Sabemos que, a chance de cura do câncer é maior quando ele é diagnosticado quando a doença ainda está localizada ao órgão de origem. Dados brasileiros revelam que em 67% dos casos, o câncer de ovário é diagnosticado em estádios mais avançados, chamados III e IV. Um dado bastante alarmante! Colocando em perspectiva, apenas 29% das mulheres com diagnóstico de câncer de ovário avançado sobrevivem até os 5 anos após o diagnóstico. 

Em primeiro lugar, precisamos chamar a atenção para o fato de que, ao contrário do câncer de mama e do câncer de colo uterino, não dispomos de exames de rastreamento para o câncer de ovário. Diversos estudos já foram conduzidos avaliando diferentes métodos de rastreamento, como o exame físico pelo ginecologista, a ultrassonografia e um exame de sangue chamado CA125 (um marcador tumoral, que pode ou não ser produzido em excesso pelo câncer de ovário). No entanto, nenhuma dessas estratégias foi capaz de diagnosticar precocemente o câncer de ovário, de forma eficaz. Sendo assim, o diagnóstico na grande maioria das vezes é feito em mulheres com sintomas da doença. 

Aqui se coloca a segunda questão importante. O câncer de ovário, na maioria das vezes, não causa sintomas nos seus estádios iniciais, o que faz com que as mulheres sintomáticas tenham uma grande chance de apresentarem a doença mais avançada. Além disso, os sintomas associados ao câncer de ovário são inespecíficos e podem ser confundidos com outros problemas de saúde. Isso faz com que as mulheres não suspeitem inicialmente da doença e acabem atrasando a procura pelo profissional de saúde. 

Os sintomas mais comumente relatados pelas pacientes são:

  • Aumento de volume do abdome
  • Dor abdominal/pélvica (região inferior do abdome)
  • Sensação de empachamento, dificuldade para se alimentar
  • Fadiga
  • Sintomas urinários: aumento da frequência das idas ao banheiro, sensação de urgência para urinar 

Assim, é importante reforçar o conhecimento sobre esses sintomas e a necessidade de buscar atendimento médico caso se instalem e sejam persistentes. O cenário está mudando muito rapidamente e para melhor. Diversos tratamentos estão sendo testados em câncer de ovário, como a imunoterapia, vacinas, conjugados anticorpo-quimioterapia, terapia gênica, entre outros. Os avanços no desenvolvimento de novas terapias cada vez mais eficazes, partindo de um melhor entendimento da doença, bem como campanhas de conscientização sobre o câncer de ovário, como o Dia Mundial do Câncer de Ovário, são peças fundamentais para que possamos melhorar o prognóstico da doença, melhorando as chances de cura e mantendo a qualidade de vida das mulheres.




Leonardo Silva - oncologista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais. É Mestre e Doutor em Oncologia Mamária e membro do Grupo SOnHe. Atua no Caism/UNICAMP, no Radium – Instituto de Oncologia, no Hospital Santa Tereza, no Hospital Madre Theodora e no Hospital PUC-Campinas.

Grupo SOnHe - Oncologia e Hematologia
www.sonhe.med.br


Exposição excessiva a telas acelera riscos de problemas oculares em crianças e adultos

As telas estão presentes em quase todos os momentos da nossa rotina. No trabalho, nas escolas, universidades e nos momentos de lazer a tecnologia se faz presente, através da tela de computadores, celulares, tablets, kindles e outros. Essa exposição frequente e contínua à iluminação artificial dos aparelhos eletrônicos pode ser responsável por exemplo, a progressão da miopia em crianças e adolescentes.

Uma das principais complicações resultadas pela exposição às telas é o ressecamento dos olhos, ou “olhos secos", como é conhecido popularmente, de acordo com Jovanni Gomes, médico oftalmologista do Núcleo do Oftalmologia. “Ao olharmos para telas tendemos a piscar menos vezes do que o normal. O olho acaba ficando menos lubrificado do que deveria, causando sensação de ardência, desconforto e cansaço”, explica o especialista.

Já em crianças, o profissional discorre que a intensa exposição dos olhos aos aparelhos com telas pode levar ao desenvolvimento e agravamento de casos de miopia nas crianças. “As telas podem causar alterações no globo ocular, que provocam a miopia. Em alguns casos, a exposição à luz artificial pode piorar da miopia, tornando o quadro irreversível”, pontua Dr. Jovanni.

O uso diário de telas recomendado pode variar de acordo com a idade, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). A instituição recomenda ainda que crianças menores de dois anos não sejam expostas aos aparelhos com tela. Já a Sociedade Brasileira de Oftalmologia discorre que se o uso de telas ultrapassar quatro horas diárias, deve-se ser feitas pequenas pausas com o objetivo de evitar a intensificação do desconforto visual.

 

Núcleo de Oftalmologia

 

Cirurgia de hérnia de disco com alta em 24 horas

Com a evolução da tecnologia, hoje em dia é possível realizar procedimentos complexos com redução de riscos e recuperação imediata do paciente

 

Mesmo com o avanço da medicina, a cirurgia na coluna ainda causa medo em grande parte da população. Por ser uma estrutura delicada e que está diretamente ligada aos movimentos de membros como braços e pernas, muitas pessoas costumam ter medo das sequelas que um procedimento nesta região pode causar.

Porém, o Dr. André Evaristo Marcondes, ortopedista e especialista em coluna do Núcleo de Medicina Avançada do Hospital Sírio-Libanês, conta que os procedimentos cirúrgicos na coluna são cada vez menos invasivos.

"Existem intervenções cirúrgicas que são feitas via incisão de poucos centímetros de extensão e que, além de tratar do problema, o paciente recebe alta em até 24 horas", destaca.

A hérnia de disco, uma das doenças que mais afetam a coluna e que causam grande sofrimento às pessoas, atinge mais de 5 milhões de brasileiros. A cirurgia pode ser indicada quando a hérnia evolui e comprime as estruturas nervosas, causando dores crônicas e limitantes.

Com o avanço da medicina e tecnologia, em muitos casos é possível realizar procedimentos complexos de forma minimamente invasiva, com redução de riscos e recuperação mais rápida. Conheça a seguir algumas opções de tratamento de hérnia de disco.

 

Cirurgia endoscópica da coluna vertebral

Neste procedimento, também chamado de cirurgia por vídeo da coluna ou endoscopia da coluna, é realizada uma pequena incisão para a colocação de um tubo de acesso. Em seguida é introduzido uma microcâmera onde é possível visualizar as imagens em alta definição. Através de instrumentos cirúrgicos, é possível remover a parte herniada do disco e seus fragmentos, aliviando a compressão das terminações nervosas. "Quando realizamos esse procedimento, muitos pacientes alegam sentir alívio imediato dos sintomas já no pós-operatório", conta o especialista.

 

 Discectomia Tubular

Com o auxílio de um microscópio, é realizada em uma microincisão de 2,5-3,0 cm, sendo este considerado padrão ouro de tratamento de hérnia de disco com os melhores resultados comprovados. "No estágio inicial da doença, muitos casos podem ser controlados com bloqueio foraminal, tratamento medicamentoso e fisioterápico, porém, quando há indicação existem diferentes técnicas cirúrgicas para tratar a hérnia de disco. No entanto, gosto de lembrar aqui que a melhor alternativa sempre será aquela com relação direta com o seu caso e histórico de saúde", diz.

Vale lembrar que a maioria dos casos de hérnia de disco não necessitam de tratamento cirúrgico, por volta de 10% a 15% dos casos são cirúrgicos ou possuem indicação cirúrgica. "Em muitas situações, somente mudanças de hábitos e a prática de atividade física já podem resolver o problema, porém, mediante um caso grave é recomendado buscar ajuda especializada", finaliza o cirurgião de coluna.

 


Dr. André Evaristo Marcondes – Ortopedista Especializado em Coluna – Mestre em Saúde Pública Global pela University of Limerick (Irlanda), possui especialização em Cirurgia de Coluna, em Ortopedia e Traumatologia, e graduação em Medicina pela Universidade de Marília. Preceptor do Grupo de Coluna do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina do ABC. É membro da North American Spine Society (NASS), Sociedade Brasileira de Coluna (SBC) e Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Fez residência médica em Ortopedia e Traumatologia no Hospital do Servidor Público Municipal (SP) e, atualmente, atende no Núcleo de Medicina Avançada do Hospital Sírio-Libanês, AACD e Grupo C.O.T.C. Centro de Ortopedia, Traumatologia e Coluna. Instagram: @dr.andrecoluna | dicasdrcoluna.com.br


Maio Roxo alerta para as doenças inflamatórias intestinais e a busca pelo diagnóstico precoce

Apesar de crônicas, a doença de Crohn (DC) e a retocolite ulcerativa (RCU) têm tratamento

 

As doenças inflamatórias intestinais (DIIs) afetam mais de cinco milhões de pessoas globalmente.  As mais conhecidas são a doença de Crohn (DC) e a retocolite ulcerativa (RCU). O Maio Roxo alerta para a importância do diagnóstico precoce das DIIs que afetam o sistema digestivo, pois a demora no início do tratamento adequado pode levar a complicações como estenose e perfuração intestinal.

“A própria doença pode ser traiçoeira no diagnóstico, por isso é importante que o paciente observe sinais flutuantes e a persistência de sintomas como fadiga, emagrecimento, diarreia persistente (crônica) por mais de quatro semanas e procure a ajuda de um gastroenterologista”, explica o Dr. Clóvis Klock, presidente da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP).

Organizações de pacientes em mais de 50 países se engajam na campanha que celebra o dia 19 de maio como Dia Internacional das Doenças Inflamatórias Intestinais (World IBD Day), com o intuito de conscientizar sobre essas doenças. Em 2023, neste dia, será lançada uma pesquisa sobre pessoas portadoras de DIIs com 60 anos ou mais, com o intuito de investigar a qualidade de vida e dos cuidados desses pacientes.

As DIIs são mais frequentes na faixa etária entre 15 e 40 anos, o que não impede de serem diagnosticadas em outras fases da vida, mesmo em crianças. São consideradas doenças crônicas, apesar de não terem cura, com o tratamento adequado, o paciente pode ter uma vida normal.  Acredita-se que a sua gênese esteja relacionada a fatores genéticos, imunológicos, ambientais, alimentação e alteração da flora intestinal.  “Às vezes, a dificuldade no diagnóstico ocorre pois o quadro se modifica. Um período com diarreias frequentes, pode ser seguido por outro sem sintomas. E depois, podem aparecer outros sintomas”, diz o Dr. Klock.  

Os sintomas mais comuns para a doença de Crohn (DC) e a retocolite ulcerativa (RCU) são diarreia ou prisão de ventre, cólica (dor abdominal), sensação de estufamento após a ingestão de alimentos, dor de estômago, emagrecimento e sangue nas fezes. Ambas as doenças são caracterizadas por sintomas recorrentes, de longa duração. Um dos parâmetros de diferenciação entre ambas as doenças é a distribuição anatômica no organismo. A doença de Crohn acomete da boca ao ânus (qualquer área do trato gastrointestinal), com áreas de intestino normal entre as áreas de intestino com inflamação, e a retocolite ulcerativa costuma se localizar no intestino grosso, desde o reto. 

A jornada diagnóstica para o paciente é cansativa, mas é importante que ele observe mudanças no hábito intestinal, vontade de evacuar logo após as refeições, febre e até faça anotações para que possa ter a correta história do que está acontecendo.  “O diagnóstico requer exames físico, laboratoriais e outros mais invasivos como a ileocolonoscopia e colonoscopia para investigar a gravidade da inflamação e coletar uma amostra (biópsia) para obter a histologia”, explica o Dr. Klock. 

O papel do médico patologista é essencial na análise dessas amostras ao microscópio, para determinar a histopatologia, que é o exame dos tecidos afetados pelas DIIs, fornecendo dados específicos para auxiliar no diagnóstico, e permitir a escolha do tratamento mais adequado. O patologista pode identificar características que permitem a diferenciação entre retocolite ulcerativa e doença de Crohn.

Fechado o diagnóstico, as DIIs são classificadas como leve, moderada ou grave. O tratamento é feito com medicamentos e, dependendo da gravidade, também pode ser necessária abordagem cirúrgica. Hoje, as terapias biológicas também são opções terapêuticas com boa eficácia. A medicação indicada tem que ser ajustada para cada paciente e o custo mensal envolvido pode variar bastante, dependendo do grau de atividade da doença.

Infelizmente, quem tem colite também tem um risco maior de desenvolver câncer. Porém, com o tratamento certo e com o intestino cicatrizado, o risco diminui consideravelmente. “Para o paciente que tem um processo inflamatório é importante manter a vigilância do câncer colorretal”, diz o Dr. Klock.  

A melhor prevenção contra as DIIs é buscar uma alimentação saudável, evitando produtos com aditivos alimentares, consumir frutas como laranja e limão, fazer exercícios físicos, evitar a obesidade, fumo e bebidas alcoólicas, além de manter as consultas médicas e exames em dia.

 

Sociedade Brasileira de Patologia (SBP)


Pesquisadores do ICB-USP descobrem que um tipo de célula do sistema nervoso pode proteger contra sintomas da doença de Parkinson

Em camundongos, a microglia, que compõe um dos grupos mais abundantes de células do cérebro, se mostrou capaz de limitar a perda de neurônios e da capacidade motora.

 

Pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) identificaram um possível protetor contra os sintomas da doença de Parkinson. Em camundongos, foi observado que a microglia, um conjunto de células imunológicas do sistema nervoso integrantes da glia (as células mais abundantes do cérebro, junto com os neurônios), pode limitar a perda de neurônios e da capacidade motora.

 

Todos os testes foram conduzidos em animais que receberam 6-hidroxidopamina, uma toxina indutora de sintomas semelhantes aos da doença de Parkinson, aplicada diretamente no cérebro. No entanto, um grupo teve a microglia praticamente eliminada por uma substância, chamada PLX5622, e outro grupo não. O grupo que manteve essas células registrou perdas menos significativas de neurônios e de movimento quando comparado ao grupo em que elas foram eliminadas.

 

“Esses resultados sugerem um possível alvo para o tratamento da doença no futuro, quando descobrirmos mecanismos para ativar a microglia de maneira benéfica", afirma a pesquisadora Carolina Parga, primeira autora da pesquisa, conduzida como sua tese de doutorado. 

 

Relatada na revista Journal of Neuroimmunology, do grupo Science Direct, a descoberta contradiz o que os próprios pesquisadores do Instituto e outros estudiosos da área haviam visto anteriormente sobre essas células. Até então acreditava-se o contrário, pois quando elas eram bloqueadas por fármacos, os sintomas do Parkinson eram mitigados.

 

“A hipótese mais provável para explicar essa diferença nos resultados é a atuação dos dois fenótipos [características produzidas pelo gene e pelo ambiente físico, químico e biológico] da microglia, algo já identificado anteriormente na literatura científica. Uma característica, a positiva, que protege contra a perda neuronal, talvez se manifeste no início da doença, e a outra característica, a negativa, que impulsiona essa perda neuronal, vai predominando à medida que a doença vai evoluindo – o mesmo pode ocorrer em outras doenças neurodegenerativas como o Alzheimer e algumas formas de epilepsia”, detalha Luiz Roberto Giorgetti de Britto, coordenador do estudo pelo Laboratório de Neurobiologia Celular e professor do Departamento de Fisiologia e Biofísica do ICB-USP.

 

“Isso reforça a importância de desenvolvermos formas de diagnósticos mais assertivas para as doenças neurodegenerativas, para assim chegarmos a soluções terapêuticas. Pois trata-se de doenças que podem estar ativas, e sendo protegidas pela microglia e outros mecanismos durante décadas antes do diagnóstico, que em geral se dá só após a manifestação de sintomas", complementa.

 

Parte da pesquisa foi conduzida na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, onde Carolina Parga realizou um intercâmbio durante seu doutorado, por meio do programa Bolsa Estágio de Pesquisa no Exterior (BEPE), da FAPESP. Além da FAPESP, os pesquisadores do ICB-USP contaram com apoio do CNPq e da CAPES para a realização da pesquisa.

 

Mudanças genéticas - No estudo também foram identificados dois genes que podem estar relacionados à doença de Parkinson. Esses genes apresentavam menor expressão apenas nos grupos em que as microglias foram eliminadas. “São dois genes relacionados à transmissão por dopamina [substância que influencia nossas emoções, aprendizado e locomoção, além de outras funções] entre alguns grupos de neurônios do sistema nervoso, o que sugere que a microglia pode ser responsável pela modulação da expressão de genes que atuam nesses processos. Isso ajuda a explicar como a sua ausência resulta na perda de neurônios, o que causa a diminuição de dopamina, o fator responsável pelas alterações motoras”, aponta Parga.

 

Esse conhecimento é promissor principalmente para a pequena parcela de casos de Parkinson e Alzheimer que tem causas genéticas, um total de 5 a 7% dos diagnósticos. “Conhecendo melhor o comportamento desses genes talvez possamos, no futuro, antecipar o diagnóstico da doença, além de propor terapias que consistem na manipulação deles”, afirma Britto.

O Laboratório de Neurobiologia Celular agora se aprofunda nos resultados obtidos e nas hipóteses levantadas, e estuda as possíveis implicações da microglia em modelos animais da doença de Alzheimer.


Seconci-SP explica como escolher a melhor escova de dentes

Cabeça deve ser pequena, com cerdas macias na mesma altura, arredondadas e polidas

 

A melhor escova de dentes nem sempre é a mais bonita e colorida, alerta o dr. João Carlos Mileo, dentista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção).

“Nós aprendemos desde bem novinhos que escovação é a melhor forma de higiene para os nossos dentes e gengivas. Uma escova bonita e colorida nem sempre é o modelo ideal. Há algo muito relevante que se deve levar em conta em primeiro lugar: cerdas macias sempre, com os tufos na mesma altura, retos e próximos”, esclarece.

De acordo com o dr. Mileo, as cerdas devem ser bem arredondadas e polidas, para que a escova consiga alcançar com mais facilidade todos os lugares da superfície bucal, eliminando as bactérias causadoras da gengivite, das temidas cáries, das doenças periodontais e do mau hálito, e sem ferir a boca.

“A cabeça da escova deve ser pequena, para que esta trabalhe corretamente, tanto na superfície do dente, quanto no espaço entre o dente e a gengiva. A remoção da ‘sujeira’ dos dentes, a placa bacteriana, não é uma função da escova ou do creme dental. O que retira os restos dos alimentos é o atrito feito de forma correta, sem força demais, para não haver desgaste do esmalte, nem força de menos, o que também não limpa o suficiente”.

O dr. Mileo explica que não há um tempo determinado para essa higiene ser completa. “Cerca de dois minutos à frente do espelho, com calma e sem pressa, já ajudam muito na prevenção!”

O dentista ainda recomenda que a escova seja trocada quando as cerdas começarem a vergar, o que ocasiona a perda de sua eficácia. E lembra que o ideal é escovar os dentes sempre após as principais refeições, no mínimo duas vezes ao dia.

 

Câncer de pulmão é o mais letal no Brasil

 

Tratamentos personalizados são um avanço: conheça o Teste Onco-PDO


O câncer de pulmão é um dos tipos de câncer com maior taxa de mortalidade no Brasil. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2020, foram registrados cerca de 29 mil óbitos por câncer de pulmão — uma taxa de mortalidade elevada em comparação à incidência de diagnósticos da doença: 30 mil novos casos ao ano. Os casos são descobertos tardiamente, o que reduz significativamente a chance de cura da doença e o tempo de vida do paciente. Quando o tumor é identificado em estágio avançado, apenas 18% das pessoas sobrevivem por 5 anos ou mais. Já se o câncer de pulmão for diagnosticado em estágio inicial, a taxa de sobrevida em cinco anos sobe significativamente, alcançando 56%.

Grande desafio para a saúde pública, o câncer de pulmão tem sinais inespecíficos e frequentemente confundidos com outras patologias pulmonares. Os sintomas mais característicos do tumor são: tosse persistente, escarro com sangue, dor no peito, rouquidão, falta de ar, perda de peso e de apetite, pneumonia recorrente ou bronquite, cansaço ou fraqueza. É importante ressaltar que um dos principais fatores de risco é o tabagismo (inclusive os cigarros eletrônicos), mas deve-se lembrar que 15% dos pacientes com o tumor nunca fumaram, e sedentarismo, má alimentação, exposição à agente químicos, poluição e fatores genéticos também são associados à doença.

Com os avanços da medicina, desde que seja realizado um diagnóstico precoce, o câncer de pulmão tem cura. No Brasil, existem algumas empresas de base tecnológica capazes de desenvolver testes revolucionários.  A combinação de tecnologia e conhecimento vem afetando positivamente a medicina ao longo do tempo. A medicina de precisão é uma realidade, melhorando não só a rotina médica, mas os impactos econômicos que a busca por novos tratamentos representa. 

Avanços voltados para a implementação de uma medicina personalizada e de precisão têm levado à implementação de ferramentas inovadoras. É o caso da Invitrocue Brasil que, investindo na tecnologia de organoides, chegou ao desenvolvimento do teste Onco-PDO (Organoides Derivados do Paciente). Com ele, as células do paciente são cultivadas e testadas contra diferentes drogas quimioterápicas, analisando como respondem às diversas terapias.  

Trata-se de um cultivo celular tridimensional, que melhor reflete in vitro as condições observadas in vivo do seu tumor de origem. O Teste Onco-PDO leva em conta que cada paciente é único, e isso ajuda o médico a traçar a melhor escolha para aquele paciente específico. Alguns tumores mostram-se resistentes a certos medicamentos e saber previamente as respostas das células tumorais do paciente aos diferentes tratamentos em laboratório contribui para a tomada de decisão dos médicos oncologistas. O benefício é que, ao invés de fazer previsões de como um o câncer pode responder a uma terapia, o Teste Onco-PDO permite verificar especificamente o efeito dessa terapia no tumor do paciente e trabalhar diretamente com as células vivas que formam o câncer em cada caso.

Disponível no Brasil para câncer de mama, pulmão, colorretal, pancreático, gástrico, próstata e ovário, o Teste Onco-PDO permite que o médico escolha 8 de 60 drogas para testagem e o resultado demonstrará como as células responderam em laboratório. O relatório, gerado em até 21 dias, fornece informações de como os organoides derivados do paciente reagiram aos diferentes tratamentos testados. O Teste Onco-PDO está disponível para coletas em todo o Brasil. Para mais informações, consulte a Invitrocue Brasil.

O futuro da medicina depende de ações de precisão. Para que as novas ferramentas possam ser utilizadas, converse com o seu médico para uma avaliação precisa e análise das opções de tratamento!

 


Invitrocue
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Médico geneticista tem papel importante na condução de casos de pacientes com autismo

Iniciativa cumpre um papel importante de promover a compreensão e a aceitação dessa condição neuropsiquiátrica que é complexa


Através de uma abordagem integrada e multidisciplinar, o médico geneticista pode contribuir para identificar possíveis causas genéticas do autismo, realizar aconselhamento genético para as famílias, propor exames genéticos adequados, e fornecer informações precisas sobre o prognóstico, manejo clínico e risco de recorrência em casos familiares. O tema foi abordado em uma live especial sobre o tema "Transtorno do Espectro do Autismo: quais, porquê e o que fazer?" promovido pela Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica (SBGM).

A médica geneticista especializada em genética do autismo, Joana Portolese, explica que o autismo, ou Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), é uma condição neuropsiquiátrica que afeta o desenvolvimento do cérebro e se manifesta principalmente na dificuldade de comunicação, interação social e comportamentos restritos e repetitivos. É um transtorno complexo e heterogêneo, com causas multifatoriais, e a atuação do médico geneticista é de grande importância na compreensão e manejo dessa condição.

“Dentro de nosso protocolo, as crianças acabam passando por uma avaliação genética na qual alguns pontos são observados. Isso é muito positivo porque o geneticista está cada vez mais integrado. Hoje, é importante conhecer o assunto e vemos que profissionais estão de forma mais intensa buscando capacitação”, salientou.

A palestrante é, ainda, doutoranda do Programa de Psiquiatria do Hospital de Clínicas, neuropsicóloga clínica e coordenadora do PROTEA – Programa de Tratamento do Espectro Autista. Em sua fala, ressaltou a importância de avaliar questões de desenvolvimento desde muito cedo.

“É importante observar o contato social e o sensorial desde bebê. Existem alguns sinais que podem ser observados com atenção. O pediatra é uma porta de entrada para esse acompanhamento clínico ajudando na detecção precoce”, acrescentou.

O Dr. Rodrigo Fock, moderador da live e também médico geneticista, ressaltou a importância do trabalho em equipe no diagnóstico e manejo do autismo, envolvendo diferentes profissionais de saúde, incluindo médicos geneticistas, neuropediatras, psiquiatras, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, entre outros.

“É importante o olhar técnico de vários profissionais. É como uma montagem de um quebra cabeça. Tem o histórico clínico e tem peças importantes que são avaliadas por uma equipe multidisciplinar. Dentro desse contexto se trabalha aquela máxima de que cada criança tem suas particularidades e cada uma vai ter elementos específicos. A escola e a família também possuem papéis importantes” afirmou.

Os encontros acontecem com o objetivo de abordar temas da especialidade que são de interesse dos profissionais da área e dos pacientes. As transmissões acontecem pelo canal do Instagram @sbgm_genetica. Para mais informações, acesse as redes sociais da SBGM ou visite o site oficial em www.sbgm.org.br.

 

Marcelo Matusiak


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