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segunda-feira, 14 de março de 2022

Dia da Saúde e da Nutrição: Médico nutrólogo do Hospital IGESP destaca hábitos para uma vida mais saudável

Dias corridos e falta de tempo. Esse é o lema de muita gente. Com isso, não existe saúde que aguente. Contudo, é possível cuidar mais de si mesmo por meio de atitudes simples. No mês em que é comemorada a data da Saúde e da Nutrição, Andrea Bottoni, médico nutrólogo do Hospital IGESP, destaca os principais hábitos para uma vida mais saudável.

 

1.Alimente-se adequadamente

Isso não significa restrições, nem dietas mágicas. Você pode comer de tudo, basta não exagerar. Deixe seu prato mais colorido, coma mais vegetais e não exagere nos alimentos de origem animal. Procure comer mais devagar e preste atenção nas cores, texturas e sabores dos alimentos.

 

2. Beba mais água

Cerca de 70% do nosso corpo é composto por água. Quando você ingere pouca água, todo o funcionamento do organismo fica prejudicado. Por isso, beba, sobretudo água, e não outros líquidos ou sucos de fruta. O recomendado é, aproximadamente, 35 ml de água por quilo, no caso da população em geral. Entretanto, essa indicação precisa ser individualizada, principalmente, em casos de patologias. Além disso, se você pratica exercício físico a ingestão de água deve ser maior.

 

3.Cuide da qualidade do seu sono

Dormir profundamente e descansar é importante, tanto para o corpo quanto para a mente. Quando temos uma noite de sono ruim, geralmente, acordamos cansados, indispostos e de mau humor. A quantidade de sono que alguém precisa para ficar bem pode variar de acordo com a idade e depende de pessoa para pessoa. Entretanto, mais importante que as horas de sono, é a qualidade do sono. O ideal é dormir a quantidade de horas suficiente para acordar com a sensação de que realmente descansou. "Estabeleça uma rotina de sono, estipulando um horário para dormir e para acordar. Se você tem dificuldades para dormir, isso pode te ajudar a ter um sono mais saudável."

 

4. Tenha momentos de lazer

Divertir-se e relaxar geram impactos positivos na vida e estão diretamente ligados à melhora do bem-estar. Quando você quebra a rotina com atividades prazerosas e explora outros interesses fica mais fácil lidar com as situações do dia a dia e encarar o tempo de uma maneira mais positiva. "Podem ser momentos agradáveis com a família, amigos, ou relaxar, ler, dançar, correr, conversar, pintar… a atividade que você sentir mais alegria e bem-estar em fazer", explica Bottoni.

 

5.Tenha mais contato com a natureza

Estar em contato com a natureza tem um impacto positivo para a saúde. No geral, isso desacelera os batimentos cardíacos e nos coloca em energia contemplativa, que pode nos reconectar com uma maior entrega e experiência positiva. "Se para você é difícil frequentar lugares com mais natureza, a dica é colocar a natureza dentro da sua casa: tenha plantas ou mesmo uma horta em algum espaço da sua casa." 

  

Hospital IGESP


Campanha Março Lilás traz alerta sobre a importância do exame preventivo do HPV

Segundo INCA, o câncer de colo de útero é o terceiro mais incidente no Brasil 

 

O mês de março marca um período de atenção especial à saúde das mulheres através da Campanha Março Lilás, ação de Conscientização e Combate ao Câncer de Colo de Útero, que tem como objetivo conscientizar e estimular a população para os cuidados de prevenção, além de alertar para os principais sinais e sintomas que devem direcionar a mulher a buscar ajuda médica. 

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer de colo de útero é o terceiro tipo mais incidente entre mulheres e a quarta causa de morte de mulheres pela doença no Brasil. 

Dessa forma, todas as mulheres com vida sexual ativa precisam anualmente fazer seu check-up ginecológico e o preventivo (ou exame papanicolau). 

Esse exame muito simples é o principal método de rastreio ou detecção do câncer de colo de útero. Ele está diretamente ligado à infecção pelo HPV, por isso é muito importante que você exija o uso de preservativos ou faça uso da camisinha feminina. 

Hoje também há disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) e em clínicas particulares a vacina contra o HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano) é um vírus que infecta a pele ou mucosas (oral, genital ou anal) das pessoas. 

De acordo com a médica ginecologista Dra. Flávia do Vale, Obstetra e coordenadora da Maternidade do Hospital Icaraí na maioria das vezes esse câncer é precedido por uma lesão ocasionada pelo HPV. 

“Essa lesão se desenvolve antes do câncer aparecer. Normalmente é totalmente curável, mas se não tratada, ela pode acabar se desenvolvendo em um câncer após vários anos”, alerta a médica lembrando que o exame preventivo é essencial e deve ser feito regularmente, mesmo que as mulheres estejam vacinadas contra o HPV. 

“Esse exame é capaz de identificar as lesões precursoras, ou seja, aquelas lesões no colo do útero, antes que elas se tornem o câncer”, explica. 

Segundo Dra. Flávia, o tratamento pode ser realizado com radioterapia, quimioterapia e até mesmo cirurgia dependendo do estágio da doença. 

“A grande importância de se fazer o preventivo anualmente é que as lesões que estão no colo antes que se tornarem o câncer são facilmente tratadas com a cirurgia da retirada apenas da lesão”, explica lembrando também que é importante que desde cedo, as meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos tomem a vacina do HPV.

 

HIGIENE BUCAL PROFISSIONAL: TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA MANTER A SAÚDE EM DIA


O descuido com a saúde bucal pode afetar não só o bem-estar, mas também a saúde em geral

 

Quando se fala em higiene bucal profissional, muita gente logo associa o tema a ter um sorriso bonito e, consequentemente, uma melhor aparência, não é mesmo? Embora não esteja errado pensar nisso, a verdade é que ela vai muito além desses dois aspectos. Na verdade, trata-se de entender a importância que a região da boca tem para o organismo, o bem-estar e, especialmente, na qualidade de vida. Aqui, vale destacar o cuidado em manter a placa bacteriana (biofilme) sob controle. Olhe o que diz a Maria Fernanda Kolbe, especialista e mestre em periodontia, sócia da Clínica Sorr, em São Paulo, sobre este assunto.
 

1.A falta de uma limpeza dental profissional pode afetar o organismo em geral e provocar doenças além das que ocorrem na boca?

A negligência com a saúde bucal tem impacto sim na saúde sistêmica. Vários estudos mostram que a doença periodontal aumenta risco de infarto, parto prematuro, bebês de baixo peso ao nascer, Alzheimer, doenças cardíacas, infertilidade, complicações respiratórias entre outras comorbidades. Além disso, a periodontite pode agravar a diabetes, e vice-versa: a diabetes descontrolada aumenta a inflamação e destruição dos tecidos ao redor do dente, acelerando sua perda.
 

2.Quais os métodos mais eficazes para o controle do biofilme dentário?

O meio mais eficaz para controlar o biofilme dental é a escovação eficiente e uso de fio/fita dental, adequados a cada situação (escova tradicional, escova unitufo, escova interdental, passa-fio etc.). Os hábitos de higiene oral devem ser diários, adaptados a cada indivíduo e às suas necessidades e deverão ser orientados pelo odontologista. 

A anatomia dentária, a posição dos dentes na cavidade oral, a dificuldade de acesso e também o uso de próteses e aparelhos fixos obriga à adesão de limpeza profissional dos dentes. Os métodos mais comuns são: profilaxia com borrachas ou escovas e pastas profissionais, jatos abrasivos, raspagem e aplanamento radicular, limpeza periodontal, instrumentos sônicos ou ultrassônicos. Mas, o que vem sendo aplicado e com muito sucesso é o método GBT (Guided Biofilm Therapy).
 

3.Na sua opinião qual a importância de um protocolo como a GBT, que evidencia e revela o biofilme para o paciente e para o profissional?

O principal objetivo da GBT é oferecer um tratamento suave e eficaz, com foco na eficiência dos resultados e no conforto dos pacientes, porque remove o biofilme dental de forma confortável, prevenindo diversas doenças e identificando o local exato em que a limpeza precisa acontecer. Este novo protocolo é o mais eficiente na atualidade porque é menos abrasivo e proporciona maior preservação dos tecidos e da dentina.
 

4.Baseado em sua experiência de uso do protocolo GBT, como tem sido a satisfação dos seus pacientes? Quais os comentários mais comuns que eles fazem após a sessão?

Ainda não completei um ano que estou aplicando a GBT em meus pacientes, mas os resultados e a satisfação deles é fantástica. Com este protocolo, os pacientes ficaram chocados ao ver o quanto o dente estava sujo, porque a GBT dá a possibilidade do paciente visualizar, de modo personalizado, o biofilme revelado em duas cores, diferenciando a placa mais antiga da mais recente. Nos métodos que eram aplicados antes não era possível evidenciar a situação para o paciente e, consequentemente, eles não eram influenciados de como a falta de higiene profissional era tão primordial para a qualidade da saúde bucal. 

Outro ponto muito importante é o conforto na realização do procedimento. Sem dor, de modo mais eficiente e mais satisfatório, a GBT proporciona uma excelente experiência ao paciente de modo que ele siga o seu regime de retorno para a nova limpeza de acordo com a avaliação de risco de sua saúde bucal. Desta forma, a GBT, além, da profilaxia dental profissional, proporciona a manutenção da saúde bucal do paciente.
 

5.Como a GBT tem impactado sua prática dental neste ano de trabalho com este novo protocolo?

Pela minha experiência e dos meus pacientes, posso afirmar que a GBT é um divisor de águas. É um método indolor e oferece maior bem-estar para o paciente que fica motivado, pois o evidenciador preconizado pela metodologia permite identificar em cores diferentes o biofilme mais recente e mais antigo demonstrando onde precisa melhorar a higienização. Enquanto para o profissional, facilita a profilaxia direcionada. 

Já do ponto de vista financeiro, também é muito vantajoso. Antes, em minha prática clínica, como periodontista, precisava anestesiar 50% dos pacientes quando aplicava o protocolo que desenvolvi para dar mais conforto a eles. Hoje, com a GBT preciso anestesiar apenas 2% deles, que são casos de extrema sensibilidade. Antes, um tratamento convencional levava em média 90 minutos e com este novo protocolo desenvolvido pela EMS, Electro Medical Systems, a terapêutica é realizada em 60 minutos. Isto demonstra um ganho significativo tanto para o paciente, que fica menos tempo no consultório, como para o especialista que pode atender mais pacientes para realizar o mesmo tipo de tratamento.

 

EMS - Electro Medical System - empresa suíça de dispositivos médicos que atua em três áreas da saúde: Dental, Terapia da Dor e Urologia, com equipamentos de última geração e tecnologia moderna.


Existe obesidade saudável?

Médica da família explica as intercorrências do sobrepeso para a saúde e dá dicas para manter o corpo saudável; mais da metade da população brasileira está acima do peso 

 

No Brasil, 26,8% da população acima dos 20 anos é obesa. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde 2019, a obesidade feminina subiu de 14,5% para 30,2%, enquanto a obesidade masculina passou de 9,6% para 22,8%, entre 2003 e 2019. Em 2019, o excesso de peso atingia 60,3% da população de 18 anos ou mais de idade, o que corresponde a 96 milhões de pessoas, sendo 62,6% das mulheres e 57,5% dos homens.

A médica da família, diretora técnica da Higia Clinic, Marcia Simões, (CRM 33207), lembra que a obesidade é medida pelo IMC – Índice de Massa Corpórea, calculado pelo peso em quilograma dividido pelo quadrado da altura. O IMC saudável vai até 25, sobrepeso até 29, e obesidade acima dos 30.

Mas existe obesidade saudável? Márcia afirma que não. “Um corpo acima do peso possui um excesso de gordura corporal que geralmente se encontra inflamado e propenso a doenças. É possível fazer um check-up sanguíneo e encontrar resultados que não são diagnósticos clássicos de doença, porém os problemas ligados à obesidade não aparecem de uma hora para a outra, toda a doença ou alterações não saudáveis tem o seu tempo de desenvolvimento”, explica. “A obesidade é uma doença que precisa ser tratada. Ela é responsável pelo desenvolvimento de outras doenças, como as cardíacas, hipertensão e diabetes”, afirma a médica.

Uma alimentação saudável e a prática de atividades físicas regular garante uma vida com mais saúde, e combate a obesidade. “Consumir mais verduras, legumes, comidas não processadas, in natura, preparadas em casa, já garante uma melhor alimentação”, alerta.

Márcia lembra que cuidar da saúde mental também é importante para combater a obesidade. “Estresse e ansiedade são problemas que refletem diretamente na disposição, saúde, apetite  e no bem-estar geral”, alerta, lembrando que o estresse é um importante gatilho para o estilo de vida pouco saudável, como o sedentarismo, tabagismo e consumo de álcool.

A prática de exercícios físicos regularmente é grande aliada no combate a obesidade, além de combater as doenças mentais. “Inclua na sua rotina como um compromisso diário, e escolha uma atividade que tenha prazer em realizar. Sair do sedentarismo exige disciplina e comprometimento: quando os exercícios se tornam um hábito, o corpo responde de forma positiva e você passa a fazer isso de maneira natural e prazerosa com o tempo”, incentiva.

A médica lembra sinais como dores de cabeça, alergia e problemas de pele, baixa imunidade, problemas digestivos, insônia e dores crônicas podem indicar que algo não vai bem no corpo. “Não é normal viver com dores, procure um médico sempre que algum sintoma persistir por mais de uma semana”, finaliza. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), no ano 2025 haverá 700 milhões de obesos no mundo e cerca de 2,3 bilhões de pessoas com sobrepeso.


Barulho excessivo nas escolas prejudica audição de alunos e professores

 

Para as salas de aula, a Associação Brasileira de Normas Técnicas estipula o limite sonoro de 40 a 50 decibéis. Muitas classes, no entanto, atingem 75 decibéis, principalmente as que têm mais de 25 estudantes.



Você sabia que o ruído frequente pode acarretar danos à audição de alunos e professores? Neste período em que crianças e adolescentes acabam de voltar às aulas em todo o país, junto com a animação de rever os coleguinhas, vem o barulho típico da criançada fazendo algazarra no pátio, na sala de aula, ou correndo e gritando pelos corredores.

É um cenário natural na infância mas que esconde um sério problema: os danos à audição que podem começar já nessa fase. É fato que não se pode reprimir a alegria, mas é preciso impor limites.

O excesso de ruído pode causar diversos prejuízos à saúde - inclusive dos professores -, como estresse, falta de concentração e até uma progressiva perda auditiva, que às vezes pode ser sentida apenas na idade adulta, mas ter início já nos primeiros anos de estudo, em meio ao barulho na sala de aula e em outros ambientes da escola.

O "barulho ensurdecedor", reclamação de muitos professores, não é somente um jeito exagerado de se referir ao incômodo. E com o passar do tempo, alunos, professores e funcionários da escola, expostos diariamente a sons altos, podem ter a audição comprometida. A Perda Auditiva Induzida por Níveis de Pressão Sonora Elevados (PAINPSE) tem efeito cumulativo. Quanto maior a frequência a ambientes barulhentos ao longo da vida, maiores as chances de danos à audição.

De acordo com Rafaella Cardoso, fonoaudióloga especialista em Audiologia na Telex Soluções Auditivas, é preciso ficar atento para possíveis danos auditivos - principalmente nas crianças - que muitas vezes podem passar despercebidos. "É necessário avaliar a audição de crianças e adolescentes no início da fase escolar para evitar prejuízos de aprendizagem ou mesmo o agravamento de distúrbios já existentes”, aconselha.

Pesquisa sobre acústica em sala de aula, realizada na Universidade de Oldenburg, na Alemanha, confirmou que em muitos colégios o barulho passa do tolerável. “Os professores que estão na profissão há muito tempo sofrem particularmente com o ruído (...). O fluxo das aulas é interrompido pela repetição frequente de informações e exortações para que as crianças fiquem quietas. Altos níveis de ruído dificultam a concentração no decorrer da aula”, observaram os professores e psicólogos August Schick e Maria Klatte.

Em outra pesquisa de dissertação no Curso de Pós-Graduação em Construção Civil da Universidade Federal do Paraná: “Avaliação do Desempenho Acústico de Salas de Aula”, Daniele Zwirtes investigou escolas de Pinhais e Curitiba (PR). “Constatou-se a total falta de qualidade acústica das salas de aula (...). Constatou-se também que o principal ruído percebido não provém do entorno, mas é gerado pela própria escola. As entrevistas com professores e alunos mostraram que o ruído gerado na própria sala de aula, seguido do ruído gerado nas salas de aula vizinhas, são as principais fontes de incômodo".

É importante lembrar que a perda de audição não tratada afeta o desenvolvimento cognitivo e o desempenho escolar. Não raro, há pessoas que só identificam a perda auditiva na universidade e descobrem que a dificuldade de aprendizagem ou até mesmo o déficit de atenção diagnosticado na infância e adolescência eram causados, na verdade, por problemas auditivos”, explica a fonoaudióloga da Telex.

O limite sonoro suportável é de 65 decibéis, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. Acima disso, o organismo pode começar a sofrer danos. Para as salas de aula, a Associação Brasileira de Normas Técnicas estipula o limite de 40 a 50 decibéis. Muitas classes, no entanto, atingem 75 decibéis, principalmente as que têm mais de 25 estudantes. E o barulho no pátio, na hora do recreio, pode chegar a mais de 100 decibéis.

A exposição ao barulho na escola, somada às variadas situações de ruído no dia a dia -- trânsito, televisão em alto volume, ouvir música com fones no ouvido -- preocupa os especialistas, que preveem problemas de audição cada vez mais cedo entre as novas gerações.

Março Amarelo: cirurgia robótica se destaca como alternativa eficiente no tratamento da endometriose

Campanha alerta para doença capaz de causar infertilidade em estágios avançados conta com novos tratamentos ainda mais eficazes e precisos

 

Março é tempo de refletir sobre os desafios femininos do cotidiano. Embora os obstáculos sociais enfrentados pelas mulheres sejam a pauta em foco, também é necessário que todos se conscientizem da saúde feminina – como no caso da campanha Março Amarelo, que traz luz à importância de falar sobre a endometriose.

Ainda que seja uma condição comum, que afeta cerca de 8 milhões de brasileiras, segundo dados do Ministério da Saúde, há amplo desconhecimento sobre esse problema, que pode causar dores intensas e até mesmo infertilidade em estágios avançados. Essa informação soa ainda mais alarmante quando é adicionado o fato de que a condição é mais prevalente entre jovens mulheres – entre 25 e 35 anos.


Desvendando a endometriose

O Dr. Thiago Borges, cirurgião e coordenador do Serviço Especializado em Endometriose do Complexo Hospitalar de Niterói (CHN), explica que se trata de uma doença inflamatória crônica. “A patologia se caracteriza pela presença e crescimento de glândulas endometriais fora da cavidade uterina, que pode afetar não somente o órgão reprodutor feminino, como também órgãos em sua proximidade, como o intestino e a bexiga.”

Existem diversas teorias sobre o surgimento e as possíveis causas da endometriose. No entanto, ainda não há nenhuma comprovação exata na literatura médica. Desse modo, é conveniente analisar os fatores de risco, que podem ser não modificáveis, como prematuridade ao nascimento; baixo peso ao nascer; menarca precoce (antes dos 12 anos) e fatores genéticos ao nascer; ou modificáveis, por exemplo, alimentação e hábitos de vida.

Um dos grandes obstáculos para a medicina quando o assunto é endometriose, no entanto, é sua detecção precoce, uma vez que se trata de uma condição assintomática em muitos casos. O médico aponta ainda que a dificuldade do diagnóstico reside na impossibilidade de identificar a doença durante exames de rotina ginecológica, como ultrassonografia transvaginal ou até mesmo a ressonância magnética não especializada.

“Identificar a condição, na maioria das vezes, demora de 7 a 10 anos, e, infelizmente, não é uma realidade apenas do Brasil, mas do mundo todo. Alguns estudos afirmam que um profissional experiente na área tem uma chance de acertar o diagnóstico em até 70% sem a necessidade de nenhum exame, apenas com uma boa investigação na história dessas pacientes e um exame físico detalhado. Para um tratamento adequado, precisamos pensar em detecção precoce”, afirma Borges.

Segundo o cirurgião, o reconhecimento da enfermidade acontece geralmente aos 30 anos, embora a doença possa estar presente durante todo o período fértil da mulher – do momento da primeira menstruação até a menopausa. “A endometriose é uma enfermidade associada ao estrogênio, hormônio liberado durante a fase fértil da mulher. Enquanto houver estrogênio circulante, a condição é uma possibilidade. Portanto, não existem métodos primários de prevenção, tendo em vista que não há uma única causa ou fator de risco. A ausência de medidas específicas não significa, porém, que a mulher deva negligenciar os cuidados com a saúde. As visitas regulares ao ginecologista devem acontecer desde a adolescência”, afirma.

“É necessário ter atenção diante de sinais de cólicas de forte intensidade durante o período menstrual; dor na relação sexual; dor ao evacuar; dor ao urinar; distensão abdominal com constipação intestinal associada e infertilidade conjugal sem causa aparente.”

O especialista também reforça que entre 30% e 40% das pacientes com endometriose podem ter um quadro de infertilidade conjugal associado. “Por diversos fatores, como problemas causados nos ovários, nas tubas uterinas ou no próprio útero. Embora não haja cura, é muito importante salientar que há tratamentos adequados para as pacientes, e cada uma deve ter seu tratamento individualizado”, explica.

“Individualizar o tratamento significa levar em consideração queixas, desejos e extensão da doença. Inicialmente, deve-se começar com uma mudança nos hábitos de vida, como a prática de atividades físicas, uma dieta anti-inflamatória e o uso de hormônios para bloquear a menstruação com o intuito de controlar os sintomas para as mulheres sem desejo gestacional no momento”, acrescenta Borges, que ressalta: “Além disso, devemos ter uma abordagem multidisciplinar no tratamento, com o auxílio de urologista, coloproctologista e até cirurgião torácico em alguns casos. Além das especialidades cirúrgicas, necessitamos de suporte de fisioterapeuta, nutricionista, fertileuta, médico da dor e auxílio psicológico para as pacientes. A necessidade de cirurgia para uma paciente com endometriose é considerada apenas em caso de falha no tratamento clínico ou quando as lesões oferecem risco de prejuízo orgânico a ela”, finaliza.

 

Cirurgia robótica: uma alternativa que traz otimismo

Segundo o dr. Thiago Borges, cirurgião do CHN, a chegada da cirurgia robótica como opção para o tratamento da endometriose é um fato recente e que vem se estabelecendo como uma opção segura e efetiva. “A visão tridimensional e mais nítida proporcionada pela utilização do robô dá ao médico mais precisão durante o procedimento, que, em geral, apresenta menos riscos de complicações, menor dor no pós-operatório e recuperação mais rápida para a paciente”, explica.

O cirurgião aponta que os benefícios da robótica em relação à cirurgia convencional de laparotomia são muito grandes. “Os cortes são muito pequenos (5 a 8 mm), o que causa menos infecções, menos dor, melhor qualidade estética das cicatrizes e menor tempo de internação hospitalar. Em relação à laparoscopia, a robótica é considerada um avanço, pois permite que o cirurgião tenha uma visão 3D e melhor precisão dos movimentos, sem tremores, de modo que consiga fazer uma sutura com qualidade microcirúrgica.

Borges afirma que todas as pacientes com endometriose podem se beneficiar da cirurgia robótica. “Porém, em casos de endometriose diafragmática, de assoalho pélvico com acometimento das raízes sacrais ou endometriose intestinal, a tecnologia apresenta ainda mais benefícios.” O médico conta que já realizou três cirurgias robóticas para endometriose no CHN, todas com excelentes resultados.


5 ALIMENTOS QUE AJUDAM ALIVIAR OS SINTOMAS DA TPM

Inchaço, cólicas e cansaço são alguns sintomas que muitas mulheres enfrentam antes e durante do seu ciclo menstrual. Sua alimentação pode desempenhar um papel importante no alívio desses e de outros sintomas da TPM.” esclarece a Nutricionista Adriana Stavro.

 

BRÓCOLIS -- rico em vitaminas A, C, B6 e E e os minerais cálcio, potássio e magnésio. Estas vitaminas e minerais podem pode ajudar a regular os efeitos dos hormônios flutuantes como retenção de líquido, irritabilidade e cólicas.
 

SEMENTE DE ABÓBORA - Segundo Adriana as sementes de abóbora são ricas em magnésio e manganês. O magnésio pode ajudar a melhorar o humor e combater a retenção de água, enquanto o manganês demonstrou reduzir a irritabilidade e a tensão que acompanham a TPM.
 

OVOS - podem ajudar a combater a TPM pois são boas fontes de vitaminas D, B6 e E. Estas vitaminas ajudam a controlar as substâncias químicas do cérebro que podem causar vários desconfortos neste período. Dentre eles mau humor, compulsão por doces e ansiedade. 

BANANAS - “a banana é rica em vitamina B6 e potássio, o que pode impedir que você retenha água e se sinta inchada. Sintoma muito comum na TPM.” explica Adriana.
 

CHÁ DE CAMOMILA - Adriana Stavro fala que a camomila tem propriedades que podem ajudar a aliviar as cólicas., ansiedade e a irritabilidade que as mudanças hormonais podem causar nos dias que antecedem a menstruação.


 

Adriana Stavro - Nutricionista Mestre pelo Centro Universitário São Camilo. Curso de formação em Medicina do Estilo de Vida pela Universidade de Harvard Medical School. Especialista em Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) pelo Hospital Israelita Albert Einstein
Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional pelo Instituto Valéria Pascoal (VP) Pós-graduada EM Fitoterapia pela Courses4U


Quer saber o motivo de sentir tanta sede depois de escovar os dentes?

 

Stock Photos
Especialista explica o por quê dessa sensação e fala sobre os cuidados para evitar danos à saúde bucal

 

Escovar os dentes é um daqueles hábitos mecânicos que estamos acostumados a seguir diariamente depois de cada refeição. Se você sente sede depois de fazer a limpeza bucal com creme dental e enxaguante, saiba que essa reação é extremamente normal, mas é preciso se atentar aos cuidados para não prejudicar a saúde. 

O fato de sentir sede depois de escovar os dentes ocorre por causa de uma substância encontrada nas pastas e nos enxaguantes bucais: o Lauril Sulfato de Sódio. O composto químico é um tipo de detergente, que tem a função desengordurante e provoca espuma durante a escovação, segundo o cirurgião dentista da Orthopride de Caraguatatuba, Anderson Brasil. 

Ele explicou que essa substância química presente em grande parte dos cremes dentais contribui para a prevenção de cárie e a sensação refrescante na boca, mas como possui sódio em sua composição, causa efeitos colaterais como sede e o ressecamento da mucosa bucal, provocando mau hálito, gosto amargo e aftas. 

“É preciso deixar o flúor agir nos dentes por 30 minutos e só depois ingerir líquido. Antes desse tempo, o pH bucal ainda está ácido e a chance de proliferação de bactérias aumenta e pode provocar cáries e erosão dentária”, afirmou. “Com a escovação imediata corre o risco de espalhar os ácidos na superfície dentária e causar danos ao esmalte dos dentes, principalmente se tiver consumido alimentos com mais ácidos ou ingerido bebidas com muita quantidade de açúcar, como é o caso de refrigerante, por exemplo”, completou.


Mesmo após o fim do verão, os olhos ainda devem ser protegidos do sol

 

Anos de exposição dos olhos ao sol sem proteção adequada – isto é, óculos escuros, bonés ou chapéus – podem causar o surgimento de alguns tumores oculares e aumentar sensivelmente o risco de catarata 

 

Os olhos, assim como a pele, são as partes do corpo que estão mais sujeitas aos riscos decorrentes da exposição ao sol. Durante o verão, é comum protegê-los com acessórios como óculos escuros, por exemplo. Porém, parte da população desconhece o fato de que, mesmo durante o outono e inverno, os raios UV (ultravioleta) podem trazer efeitos nocivos à saúde.

As consequências da falta de cuidado com os olhos incluem desde a conjuntivite e ceratite de exposição, que se manifestam com sintomas como irritação, sensação de corpo estranho ou desconforto com a luminosidade, até outros mais graves. 

De acordo com Gabriela Filgueiras Sales, oncologista e vice-diretora da Maple Tree Brasil, anos de exposição dos olhos ao sol sem proteção adequada podem, ainda, causar o surgimento de alguns tumores oculares e aumentar sensivelmente o risco de catarata.


Março Lilás

 Doença prevenível e curável ocupa o terceiro lugar nas neoplasias malignas entre as mulheres, em média 15 casos, a cada 100 mil, são só no Brasil e pode 'fechar' o canal vaginal, mas tem tratamento para reversão

 

A fisioterapeuta pélvica, Débora Pádua da capital paulista, conta que o câncer de colo uterino ou câncer cervical ocorre nas células do colo do útero, a parte inferior que se conecta à vagina. Mas, quando diagnosticado na fase inicial, o índice de sucesso do tratamento é altíssimo. A especialista revela que a causa desse câncer tem nome: alguns tipos do Papilomavírus Humano, o temido HPV. Trata-se de uma infecção sexualmente transmissível muito comum e, na maioria das vezes, não causa danos. Porém, em alguns casos, ocorrem alterações das células que podem evoluir para o câncer. 

A principal forma de prevenção é a vacina contra o HPV e o sexo seguro, com uso de preservativos durante a relação. Além disso, o exame preventivo (Papanicolau), que também detecta alterações celulares precoces.

Um dos tratamentos desse tipo de câncer se chama braquiterapia, que traz algumas consequências, que quando tratadas com fisioterapia pélvica, podem ser reversíveis. “Uma delas é a alteração que acontece no canal vaginal chamada “estenose” que é quando o canal fecha, começando do fundo para a entrada da vagina. Ou seja, a paciente começa a perder por completo o seu canal vaginal se não estiver o acompanhamento de fisioterapia pélvica”, diz. 

Com técnicas específicas como massagem perineal, eletroestimulação intracavitária, exercícios pélvicos que ajudam a melhorar a flexibilidade, hidratação e redução da dor, a fisioterapia pélvica permite que essas pacientes continuem tendo uma vida sexual ativa e, além disso, possibilita que essa mulher continue com os exames de acompanhamento da doença. “O ideal é que as mulheres iniciem a fisioterapia junto ao tratamento, porém, é importante ressaltar, que as alterações na vagina podem ocorrer em até um ano após o início da braquiterapia”, revela a especialista. 

Mulheres que passaram pelo tratamento desse câncer e puderam ter o acompanhamento de um fisioterapeuta pélvico, afirmam que é um processo essencial durante e após o tratamento do câncer cervical. “O fisioterapeuta está munido de todas as informações e recursos para tratar ou prevenir tais complicações, além de acelerar o processo cicatricial. Portanto, recomenda-se que mulheres com qualquer dor ou dificuldade em realizar exames ginecológicos busquem a fisioterapia pélvica para que possam manter a prevenção em dia. Além, é claro, de mulheres que passaram pelo tratamento do câncer cervical”, afirma Débora.

Prevenção salva vidas e o cuidado pós-tratamento é sinônimo de bem-estar e confiança para as mulheres.

  

Débora Padua - educadora e fisioterapeuta sexual. Graduada pela Universidade de Franca (SP) durante 5 anos fez parte do corpo clínico da Clínica Dr. José Bento de Souza e foi responsável pelo setor de Uroginecológia do Centro Avançado em Urologia de Ribeirão Preto (SP). Atualmente atende em sua clínica na capital paulista especializada no tratamento de vaginismo. Telefone: (11) 3253-6319.

@vaginismo


Especialista do CEJAM desvenda mitos e verdades sobre o vitiligo

  

Natália Deodato BBB 22
Divulgação 

Tema ganhou destaque com participante de reality show

 

Doença autoimune caracterizada pela despigmentação da pele, o vitiligo ganhou destaque nas últimas semanas com a mineira Natália Deodato, participante do reality show Big Brother Brasil 22. A modelo, que é negra, possui manchas claras em boa parte do corpo e tem quebrado paradigmas, representando mais de um milhão de brasileiros que convivem com a doença, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). 

Para ajudar a desmistificar o vitiligo, a dermatologista Patrícia Vieira Maluly, que atende na AMA 24h Capão Redondo e nos hospitais Dia M' Boi Mirim I e II, gerenciados pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”, respondeu a algumas questões sobre o tema, como causas, cuidados e formas de tratamento. 

“O vitiligo é uma patologia pigmentar da pele caracterizada por máculas e manchas brancas, com redução ou ausência do pigmento melânico, ou seja, despigmentadas. Normalmente, elas são distribuídas por todo o corpo de modo simétrico e bem delimitadas. As formas, localizações, quantidade e tamanho das lesões são variáveis”, explica a especialista.

Confira abaixo mitos e verdades sobre a doença:

 

O vitiligo é contagioso?

Mito. O vitiligo não é doença infectocontagiosa, sua causa tem muitos aspectos desconhecidos, mas existem três teorias capazes de explicar a sua ocorrência: a autoimune, a citotóxica e a teoria neural. No caso da autoimune, o vitiligo consiste na formação de anticorpos que atacam e destroem o melanócito ou inibem a produção de melanina. Ela associa a patologia a outras doenças autoimunes, como diabetes e doenças da tireoide. Já na teoria citotóxica, a despigmentação da pele é provocada por substâncias como a hidroquinona, presente em materiais como borracha e certos tecidos. A neural, por sua vez, incide geralmente sobre a região de uma mancha ou pinta, e é provocada por substâncias que destroem as células que produzem a melanina.

 

Existe predisposição genética para o vitiligo?
Verdade. Cerca de 30 a 40% dos portadores de vitiligo possuem histórico familiar. A herança genética é poligênica -- determinada por múltiplos genes -- e/ou autossômica dominante, quando apenas um alelo normal do gene é necessário para expressar um traço dominante, algo comumente relatado em gêmeos univitelinos

 

O vitiligo é causado por fatores emocionais?

Mito. Fatores emocionais negativos são determinantes e predisponentes de muitas patologias, entretanto, não são o primeiro fator a ser avaliado em pacientes com vitiligo. Mas é sim uma questão considerada por especialistas durante o acompanhamento destes pacientes.

 

Crises de estresse podem piorar as manchas brancas? 

Verdade. O fenômeno pode ser explicado pela teoria neurogênica, que desencadeia as lesões de vitiligo por meio de estímulos nervosos e mediador neuroquímico, com a destruição de melanócitos ou inibição da produção de melanina.

 

O vitiligo não pode ser evitado?

Mito. A prevenção às lesões de vitiligo pode ser realizada por meio do esclarecimento sobre a patologia, tratamentos de comorbidades e desequilíbrios clínicos, além da exclusão de fatores externos ambientais desencadeantes de novas lesões, como excesso de sol e traumatismos da pele.

 

Portadores do vitiligo têm predisposição ao câncer de pele? 

Verdade. A melanogênese é um mecanismo fisiológico protetor da pele. Em patologias como o vitiligo, ela deixa o tecido exposto e sensível aos agentes externos carcinogênicos.

 

Não existe cura para o vitiligo. Só é possível deixar a pele ainda mais branca? 

Mito. Com a evolução das diversas formas de manifestação do vitiligo, pode ocorrer cura de forma espontânea, ou como resultado de terapias bem conduzidas que proporcionam a repigmentação com a melanogênese efetiva. Entretanto, alguns pacientes resistentes ao tratamento, com muitas manchas brancas no corpo, optam por tratamentos despigmentantes de forma global.

 

O vitiligo pode surgir em qualquer idade?

Verdade. Essa epidemiologia não tem preferência por faixa etária, sexo ou raça. Estima-se que ele acomete 1% da população mundial. Cerca de 25% dos casos surgem em pessoas menores de 10 anos, 50% em menores de 20 anos e 95% em pessoas com menos de 40 anos.

 

Não existe tratamento para o vitiligo?

Mito. Existem diferentes formas de tratamento para cada tipo de manifestação clínica. No caso do vitiligo, o tratamento pode ser tópico, sistêmico com fotoquimioterapia ou fototerapia apenas e até cirúrgico. As várias modalidades terapêuticas são capazes de melhorar ou, ao menos, amenizar a doença. 

Muito utilizada para combater diversas doenças da pele, a fototerapia é um tratamento baseado na interação da irradiação eletromagnética de luzes artificiais que podem estimular ou inibir a atividade celular inflamatória. Ela pode ser utilizada como monoterapia ou associada a algumas drogas, com objetivo de diminuir o tempo de tratamento e as doses de medicações. 

“A fototerapia pode ser associada ao uso dos tratamentos sistêmicos sob supervisão médica. É sempre importante lembrar dos cuidados diários da pele, para mantê-la limpa, hidratada e fotoprotegida.”

 

De modo geral, portadores do vitiligo devem ter mais cuidados com a saúde?

Verdade. A pele é o maior órgão do corpo humano e, nestas pessoas, considerada mais desprotegida, sensibilizada e vulnerável a agentes extrínsecos e intrínsecos relacionados à fisiopatologia do vitiligo.

 

Além da pele, o vitiligo pode atingir os pelos?

Verdade. Os pelos nas regiões afetadas pela patologia também podem sofrer despigmentações, como cabelo, barba, sobrancelhas e até cílios.

 

Portadores do vitiligo não podem fazer tatuagens ou procedimentos estéticos como micropigmentações?

Mito. As micropigmentações são, inclusive, utilizadas para repigmentar definitivamente áreas de vitiligo resistentes ao tratamento. No entanto, antes de os especialistas optarem pela camuflagem das manchas, todos os processos terapêuticos devem ser realizados para estimular a melanogênese. “É importante que os pacientes estejam cientes do risco de um fenômeno chamado ‘Koëbner’, capaz de desencadear o surgimento de novas lesões após a prática de tatuar ou camuflar com a micropigmentação.”

 

Medicamentos específicos podem deixar a tonalidade da pele numa cor uniforme? 

Verdade. O vitiligo é uma condição de difícil tratamento, mas os resultados podem ser melhores no início do processo e em crianças, que, quando recebem um tratamento precoce, têm maior chance de repigmentar a pele e involuir a doença. No entanto, o pelo sofre um estresse oxidativo de difícil tratamento. O que pode acontecer é que com o crescimento e desenvolvimento da criança os pelos brancos caiam e novos pelos venham nascer, de acordo com o seu ciclo fisiológico. 

 

CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” 


Uso frequente de descongestionante nasal realmente faz mal?



Conviver com o nariz congestionado e seus efeitos é um incômodo sentido por muitas pessoas e em diversas situações - desde resfriados, passando por infecções virais ou bacterianas até processos alérgicos ou alterações anatômicas. Para amenizar o quadro, uma das alternativas mais rápidas é o uso do descongestionante nasal, sobre o qual paira uma dúvida: o uso dele de modo frequente faz mal? 

Para esclarecer essa dúvida, a otorrinolaringologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Cleonice Hitomi Watashi Hirata, explica como se dá a atuação do fármaco na região do nariz. Segundo ela, as substâncias vasoconstritoras encontradas nas fórmulas dos descongestionantes contraem os vasos e consequentemente provocam a diminuição do fluxo sanguíneo na região, reduzindo o edema da mucosa e facilitando a passagem do ar. 

Esse alívio temporário causado pelo medicamento traz benefícios em algumas situações. “O uso tópico pode ser administrado em quadros pós-operatórios quando há processo inflamatório e em situações de infecções agudas de rinites e sinusites infecciosas”, explica. “Mas é preciso reforçar que nestes casos o uso deve ser sempre temporário”, alerta a otorrinolaringologista. 

A ênfase da médica é motivada por um fato: o uso frequente e contínuo do descongestionante nasal cria dependência, aumentando a quantidade de vezes em que a aplicação é necessária e, por fim, resultando em uma rinite medicamentosa. Outros riscos estão associados a fatores como idade, gravidez, período de amamentação e condições de saúde.  

“As opções orais devem ser administradas somente em crianças a partir dos 4 anos de idade. Nas grávidas, o uso deve ser evitado devido aos efeitos colaterais que vão desde alterações na frequência cardíaca e de pressão até no sistema nervoso central”, pontua. “Pacientes com antecedentes de isquemia cardíaca, hipertensão, alterações hormonais como hipertireoidismo, diabetes, glaucoma e uso de outros medicamentos devem ser bem avaliados antes da prescrição de descongestionantes”, conclui

 

Hospital Edmundo Vasconcelos 

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Saiba o que caracteriza o joanete, como evitar e tratamentos

 Dr. Bruno Miranda, ortopedista, destaca quais as principais causas para essa deformidade no pé, riscos, complicações e 4 dicas valiosas para não sentir dores

 

Pasme: nos Estados Unidos, mais de um terço das mulheres têm joanetes, que se caracterizam por uma deformidade nos pés, quando o dedão pode inclinar-se para o segundo dedo do pé ou ainda mover-se para baixo dele, sendo um desvio ainda mais grave. 

O principal fator de risco, que ocasiona esse desvio (que deixa o pé com aspecto deformado) é o uso de sapatos de salto alto e de bico fino, além da predisposição genética. 

Essa mudança de direção do dedão para o lado pode causar atrito com os calçados; deixar a pele avermelhada e inchada; causar dor na planta do pé, abaixo dos demais dedos; calos no contato dos dedos com os calçados; e, em casos graves, desenvolver artrose no pé, deixando-o com um aspecto disforme. 

Para o Dr. Bruno Miranda, ortopedista da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) um sinal grave de alerta ocorre quando o joanete progrediu ao ponto de haver dificuldade para andar, mesmo já tendo trocado para sapatos confortáveis, pois, aí, é provável que seja o caso de cirurgia. “A cirurgia de joanete realinha osso, ligamentos e tendões para que seu dedão possa ser trazido de volta à posição correta. Há muitas técnicas disponíveis e cada caso é único”, frisa o médico.


Dores no pé

o hálux valgo, mais conhecido como joanete, é um dos problemas mais frequentes no pé. Seu principal sintoma é a dor na articulação que liga o dedão ao pé, deixando a área inchada, dolorida, e às vezes um pouco avermelhada quando se usa calçados fechados. 

E existe outro problema parecido em outra área do pé: “Se você tem um nódulo inchado doloroso na parte externa do pé perto da base do seu dedinho, isso pode ser um bunionete ou joanete de alfaite. Ela é semelhante a um joanete, mas na borda lateral do pé, também causado pelo uso de sapatos que são muito apertados”, alerta Dr. Bruno.


Prevenção

A maioria dos joanetes são tratáveis sem cirurgia. E a prevenção é sempre o melhor remédio. De acordo com Dr. Bruno, para minimizar as chances de desenvolver um joanete:

  1. Nunca force seu pé em um sapato apertado que comprime os seus dedos ou não se encaixa. Escolha sapatos que estejam em conformidade com a forma dos pés e aqueles com a frente larga e solas macias.
  2. Evite sapatos curtos, apertados ou bem pontiagudos, e aqueles com saltos superiores a seis centímetros.

Se você já tem um joanete:

  1. Use sapatos que são espaçosos e largos o suficiente para não apertar o dedão do pé. Isso normalmente já alivia a maior parte da sua dor.
  2. Você também pode usar palmilhas de proteção para amortecer áreas dolorosas.


Tratamentos

Além do tratamento em consultório, o paciente pode precisar de cirurgia se há dor ao andar. Essa cirurgia realinha osso, ligamentos, tendões e nervos para que o dedão seja colocado de volta à sua posição correta. 

“Muitas cirurgias de joanete são procedimentos ambulatoriais, o que significa que o paciente pode ir para casa no mesmo dia da cirurgia. A recuperação ocorre ao longo de 3 a 6 meses e pode incluir inchaço persistente e rigidez articular. Hoje são mais de uma centena de técnicas para operar um joanete e a escolha da técnica depende do caso de cada paciente e da preferência do cirurgião”, indica o ortopedista.

Riscos e complicações. 

Todas as cirurgias têm risco, mesmo as mais simples, e eles podem ser associados à anestesia, infecção na ferida, danos aos nervos e vasos sanguíneos, sangramento ou coágulos sanguíneos.

Outro detalhe importante é que os joanetes cirurgicamente corrigidos ainda podem voltar, mesmo quando o procedimento foi realizado corretamente. “Os pacientes podem ajudar a prevenir isso seguindo as instruções pós-operatórias de seu médico”, explica. 

Uma técnica também usada é a da cirurgia minimamente invasiva, que trata as condições dos pés, tornozelos e deformidades usando incisões muito pequenas. 

As suas vantagens incluem cicatrização mais rápida, cicatrizes menores e menos rigidez. A principal desvantagem é que é mais difícil para o cirurgião ver as estruturas, tornando essas cirurgias mais difíceis de realizar.

“Se você estiver interessado no procedimento, converse com um especialista de pé e tornozelo com experiência em cirurgia minimamente invasiva para ver se você é um bom candidato para se submeter a ele”, finaliza.



Dr. Bruno Miranda - CRM:165544/RQE:66817. Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT); Membro titular da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Pé e Tornozelo (ABTPÉ); Membro da Federação Latino-Americana de Medicina e Cirurgia da Perna e Pé (FLAMECIPP); Membro da AOTRAUMA (Suíça); Membro da International Bone Research Association (IBRA); Membro do GRECMIP (Grupo Mundial de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé); Fellowship internacional em cirurgia do pé na Clínica Universidad de Los Andes (Chile); Preceptor da Residência Médica do Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo; Membro do grupo de cirurgia do pé e tornozelo da Faculdade de Medicina do ABC; Madrid Foot and Ankle Course (Espanha); Curso de Artroscopia do Tornozelo (EUA); AOTRAUMA Masters Course- Foot and Ankle (Espanha); Prêmio de Melhor trabalho científico na categoria pôster do 50º Congresso Brasileiro de Ortopedia; Co-autor do Capítulo “Metatarsalgias” do Programa de Atualização em Ortopedia da SBOT


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