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segunda-feira, 22 de novembro de 2021

8 regras básicas para evitar envenenamento e intoxicação infantil (e como agir se ocorrer)

 

A intoxicação ou o envenenamento é a quinta maior causa de internação por motivos acidentais entre crianças com idade de zero a 14 anos. Segundo o Ministério da Saúde, em 2019, 3.876 meninos e meninas dessa faixa etária foram hospitalizados por esse motivo.

 

Segundo a Dra. Danielle H. Admoni, psiquiatra da Infância e Adolescência na Escola Paulista de Medicina UNIFESP e especialista pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), crianças pequenas são intoxicadas, em geral, por produtos que temos na nossa própria casa. Pode ser medicamentos, produtos de limpeza, cosméticos, inseticidas, tintas, solventes, entre outros.

 

“Colocar coisas na boca e experimentar seu gosto é o modo como crianças pequenas exploram o ambiente. Isso ocorre em um rápido momento de distração dos adultos. Em média, 30% dos óbitos acontecem nos meses de janeiro, julho e dezembro, quando o risco de acidentes domésticos aumenta, incluindo a intoxicação exógena”, alerta a psiquiatra.

 

De acordo com ela, a maioria das intoxicações em crianças pode ser tratada, se for dado atendimento imediato. “Se achar que seu filho ingeriu algo tóxico, fique atento aos seguintes sinais e sintomas: manchas estranhas na roupa da criança, queimaduras nos lábios ou na boca, salivação excessiva ou hálito com odor forte, náuseas ou vômitos de início súbito e sem explicação, dor abdominal sem febre, dificuldade para respirar, alterações súbitas de comportamento (sono, irritabilidade ou excitação). Em casos mais sérios, pode haver até convulsões ou perda de consciência”, explica Danielle Admoni.

 

Saiba como agir nas situações abaixo:


 

Substâncias ingeridas


Tire a substância de perto da criança. Se ainda tiver um pouco na boca, faça com que ela cuspa. Guarde esse material, embalagens, rótulos, bulas ou qualquer outra coisa que possa ajudar na identificação da substância. Cheque os seguintes sinais: dor de garganta importante, salivação excessiva, dificuldade respiratória, convulsões, tontura ou sonolência excessiva. Na dúvida, nunca provoque vômito. “Se a substância for muito ácida ou muito básica, provocar o vômito pode causar piora e nova queimadura das mucosas”.

 

O ideal, segundo a psiquiatra, é levar a criança ao pronto-socorro mais próximo, chamar o SAMU (192) ou o Disque-Intoxicação (0800-722-6001). A ligação é gratuita e o atendimento é oferecido em quase todo o território nacional. “Ao ligar, tenha em mãos os seguintes dados: o nome da criança, idade e peso, e eventuais doenças ou medicações que esteja em uso; o nome da substância ingerida, e as informações contidas no rótulo; a hora que ingeriu e a quantidade engolida estimada”, orienta Danielle.

 

No pronto-socorro, o tratamento se baseia em quatro itens principais: diminuir a exposição do organismo ao tóxico, promover a eliminação do tóxico já absorvido, uso de antídotos e, por fim, medidas gerais e de suporte. “Muitas vezes, é necessário realizar exames e permanecer em observação por 6 a 12 horas”.


 

Contato com a pele


Se a criança derrubar alguma substância perigosa no corpo, tire toda a roupa e lave-a com água fria, até retirar ao máximo todo o produto. Se houver queimadura e esta for leve (aspecto avermelhado) e não surgir bolhas, use compressas frias periodicamente para aliviar a dor. Pode colocar vaselina líquida para hidratar e, se necessário, ministrar analgésico. Jamais aplique qualquer tipo de pomada na queimadura.


 

Contato com os olhos


Lave bem os olhos, com água corrente. Para crianças pequenas, pode ser necessário um outro adulto para segurá-la. Lave abundantemente e ligue para o Centro de Intoxicações para receber orientações. Não pingue colírios ou qualquer outra substância no olho.


 

Prevenção


‘’Cerca de 90% dos acidentes domésticos poderiam ter sido evitados com medidas de prevenção. Por isso, é fundamental orientar as famílias sobre o assunto’’, diz Danielle Admoni. Além de manter medicamentos e produtos tóxicos trancados e fora do alcance das crianças, ela cita outras orientações:

 

- Não tome medicamentos na frente de crianças, pois elas gostam de imitar os adultos

 

- Não chame medicamentos de “balinha”, ou ‘’docinho’’ só para que ela aceite tomar

 

- Cheque o rótulo e a dosagem prescritos, principalmente na madrugada, e com uma luz acesa

 

- Nunca mude a embalagem de um produto, colocando substâncias tóxicas em garrafas de refrigerante ou latas de alimentos

 

- Dê preferência a embalagens de medicamentos que tenham tampas de segurança

 

- Não permaneça com o motor do carro ligado em uma garagem fechada. Ao sentir cheiro de gás, desligue imediatamente e chame a companhia de gás

 

- Não ofereça embalagens ou frascos contendo medicamentos para uma criança brincar. Afinal, remédio não é brinquedo

 

- Deixe o telefone do SAMU e do Centro de Intoxicações sempre em local de fácil acesso, inclusive para babás ou outros cuidadores da criança.

 

“Redobre a atenção em visitas a amigos e parentes que não tenham crianças. Provavelmente, o local não terá os mesmos cuidados que sua casa”, finaliza Danielle Admoni.


Importância do envolvimento de toda família na imunização: como pais e mães dividem a responsabilidade com a vacinação dos filhos?

 A baixa adesão à vacinação infantil preocupa, principalmente, quando se trata de prematuros

 

Buscando entender como a responsabilidade pela vacinação é compartilhada entre os pais, uma pesquisa realizada pela Sanofi Pasteur com o Instituto Ipsos, mostrou que, entre os respondentes do gênero masculino, 69% acreditam que o envolvimento de ambos, pai e mãe, ajudaria a manter a carteirinha atualizada. No entanto, apenas 24% afirmaram que se responsabilizam pela vacinação dos filhos, sendo a falta de tempo o principal obstáculo.

Já na visão materna, apenas 1% vê a figura paterna encarregada pela atualização. Inclusive, a maioria se considera responsável em manter a vacinação dos filhos em dia.

Por outro lado, pais e mães declararam que, após o nascimento dos filhos, o tema vacinação passou a ser visto com maior importância, preocupação que, inclusive, aumentou com o cenário da pandemia de COVID-19.

Em novembro, comemora-se o Dia Mundial da Prematuridade. Celebrado no dia 17, a data marca o mês que é conhecido como Novembro Roxo, cor símbolo da causa. No Brasil, a taxa de prematuridade está estimada em 11,5% do total de nascimentos por ano. Cerca de 345 mil bebês dos três milhões de nascimentos são prematuros.1

São consideradas prematuras as crianças que nascem antes das 37 semanas de gestação e, por isso, precisam de atenção especial quando se trata de imunização.2

“A vacinação das crianças é um tópico extremamente importante entre os pais, mas compartilhar a responsabilidade é realidade em poucas famílias. Além disso, vale destacar que a pandemia trouxe um quadro de sobrecarga de tarefas para as mulheres”, pontua Denise Suguitani, Diretora Executiva ONG Prematuridade.com. 

 “Como estiveram com o tempo de gestação reduzido, bebês prematuros, embora recebam anticorpos maternos, possuem o sistema imunológico ainda muito imaturo, o que os deixam mais vulneráveis a infecções3”, explica Sheila Homsani, diretora médica da Sanofi Pasteur. Por isso, a vacinação é fundamental e o calendário para eles é diferenciado,2 protegendo estas crianças contra doenças graves2,3.


Ações de conscientização

Durante o mês de novembro a Sanofi Pasteur está realizando diversas ações com o objetivo de chamar atenção para o cuidado com a prematuridade. A campanha Quem Ama Vacina traz o Robson, o amigurumi (mascote de crochê), como personagem de uma história infantil, em parceria com o clube de assinatura de livros infantis Leiturinha, no almanaque temático “Infância e Afeto”, para sensibilizar pais e responsáveis pelas crianças pequenas sobre o desenvolvimento saudável desde a infância, incluindo a importância da vacinação.

O personagem ainda inspirou a criação do Desfile do Robson, com a exposição do boneco em formato de estátua em cinco grandes capitais: São Paulo (SP), Rio de Janeiro (SP), Salvador (BA), Porto Alegre (RS) e Brasília (DF) até o dia 21 de novembro. As estátuas possuem um QR code que direciona o usuário para o portal da campanha (https://bit.ly/quemamavacina), no qual a população poderá encontrar mais informações sobre vacinação.


 

Sanofi

 

Referências

1 - Sociedade médica alerta sobre a saúde dos bebês prematuros. Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Disponível em: https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/em-documento-cientifico-sbp-alerta-para-medidas-que-podem-reduzir-os-riscos-a-vida-e-a-saude-dos-bebes-prematuros/ (Acesso em 05/11/2021)

2 - Calendário de Vacinação - Prematuro. Sociedade Brasileira de Infectologia (Sbim). Disponíevel em: https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-prematuro.pdf (Acesso em 05/11/2021)

3 - Vacinação em Prétermos. Sociedade Brasileira de Infectologia (Sbim). Disponíevel em:
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/20947d-GPA_-_Vacinacao_em_pretermos-ok.pdf (Acesso em 08/11/2021)


Especialista lista 5 dicas para aumentar a imunidad

Durante a pandemia, um dos temas mais discutidos foi a importância de manter uma boa imunidade - o sistema imunológico do corpo é a defesa do organismo contra agentes infecciosos externos. Caso a imunidade do corpo não esteja alta, acarreta disfunções imunológicas bem como o aumento da suscetibilidade a infecções, podendo inclusive afetar a eficácia de algumas intervenções terapêuticas de afecções até mais simples - Foi nesse período também, que as pessoas começaram a se preocupar mais com a própria saúde.

Para a Elinara Araújo, Gerente técnica e Farmacêutica da A Fórmula Brasília, que faz parte da maior rede de franquias de farmácias de manipulação do Brasil, é importante estar atento a alguns sinais que nosso organismo pode dar revelando que precisamos melhorar nossa imunidade, independente da época do ano ou de estar ou não em período de pandemia, como, por exemplo, febres constantes, diversos tipos de infecções recorrentes, muito cansaço, má funcionalidade do organismo. Em muitos momentos, a deficiência da imunidade ou em consequência da sua redução, encontra-se atrelada também à carência de nutrientes que mantém o bom funcionamento de outras partes do corpo, ocasionando problemas como queda de cabelo, unhas quebradiças, entre outras disfunções.

Pensando nisso, ela resolveu listar cinco formas, dentre várias questões envolvidas, de aumentar a imunidade e ter uma vida saudável:


1. Alimentação adequada e hidratação

Ter uma dieta rica em nutrientes fundamentais para o equilíbrio do funcionamento do corpo, ter o costume de beber água com frequência e na quantidade certa, pode fazer com que sua imunidade aumente, além de inúmeros outros benefícios, inclusive estéticos.

Em especial, as vitaminas C, A e do complexo B, ferro e zinco atuam diretamente nessa parte do corpo e são as mais indicadas para quem precisa repor essa necessidade do organismo.


2. Exercícios físicos

Com certeza essa é uma das dicas mais conhecidas para quem quer ter uma vida saudável, mas poucos sabem o porquê da prática de exercícios físicos ser tão boa. Esse hábito é responsável por diminuir o estresse e aumentar a produção de anticorpos, auxiliando inclusive no tratamento da depressão.

Tirar 30 minutos para praticar atividade física é o suficiente, pode ser em casa mesmo e não precisa de materiais extras se não quiser e/ou tiver, só o peso do seu corpo é suficiente.


3. Tomar sol todos os dias

Alinhado ao item anterior, muitas pessoas que praticam exercícios costumam realizá-lo ao ar livre e exposto ao Sol, e isso é muito importante, só não pode esquecer que o ideal é respeitar os horários até às 10h ou após às 16h, e não esquecer de usar um protetor solar conforme seu tipo de pele.

Para os que preferem não sair muito, reserve uns minutos do seu dia e fique na janela, varanda ou quintal, o importante é ter contato com a luz solar, ela é rica em vitamina D e muito importante para a imunidade, sem esquecer da hidratação interna e externa, em caso de exposição maior, a exemplo do uso de água termal.


4. Evite cigarro e álcool

Todos os tipos de drogas fazem com que a imunidade baixe muito, deixando o corpo predisposto a contrair vírus e outras doenças, já que ele fica sem defesa. Quanto menor for o consumo dessas substâncias, mais o seu corpo irá agradecer.


5. Suplementos complementares

Se mesmo com essas dicas, você perceber que seu corpo está com tendência /propensão à imunidade baixa, alguns suplementos podem te ajudar contribuindo no equilíbrio da imunidade, como, por exemplo o Imuno Cap da A Fórmula, farmácia de manipulação, composto por vitamina, minerais e fitoterápicos funcionais para imunidade, funcionando inclusive como um antioxidante corporal. Para saber mais, basta procurar um farmacêutico da rede em todo país e contar com profissionais altamente capacitados sobre o assunto.

"Cuidar da saúde deveria ser a prioridade para muitos e com simples hábitos diários é possível manter uma imunidade equilibrada, prevenindo futuras complicações. Todo cuidado com a saúde deve ser monitorado por um especialista da saúde, finaliza Elinara.

 

A Fórmula


Novembro Laranja é a campanha que leva informação de qualidade sobre o zumbido e as hipersensibilidades auditivas

Zumbido e outras hipersensibilidades auditivas como Misofonia e Hiperacusia são temas abordados na 16ª edição da campanha Novembro Laranja. 

A pandemia, a quarentena, o estresse e seus males também são temas a serem abordados pela primeira vez durante as atividades da campanha do Novembro Laranja. Isso porque houve um aumento significativo nos casos de hipersensibilidades auditivas e, com isso, aumentou também o sofrimento de quem já sofria com algum desses sintomas. 

A Profa. Dra. Tanit Ganz Sanchez, especialista reconhecida mundialmente como autoridade em pesquisas e tratamentos do zumbido, tem na bagagem mais de 25 anos de estudos sobre o tema, e é a idealizadora do Novembro Laranja – mês escolhido para chamar atenção para o zumbido e as hipersensibilidades auditivas.

Essa campanha nacional tem o objetivo de alertar e conscientizar sobre a ‘Quadrilha do Ouvido’ (Zumbido, Misofonia e Hiperacusia) por meio de informações que são passadas em todos os canais de comunicação do Instituto Ganz Sanchez e seus parceiros.

Outra função da campanha é chamar atenção para o aumento expressivo do número de casos de problemas no ouvido, aparecidos durante a quarentena, o quanto eles afetam a qualidade de vida, além de ressaltar a importância do diagnóstico precoce.  

Os principais fatores são:

 

Ø  Isolamento social, visto que o convívio aumenta os incômodos e ressalta a hipersensibilidade auditiva (misofonia e hiperacusia)

Ø  A Covid-19 – são muitos os relatos do aparecimento de Zumbido nas pessoas que foram infectadas e desenvolveram a doença.

Ø  A vacina – tem aparecido casos de pessoas que relataram zumbido após tomarem a vacina.

Ø   

A otorrinolaringologista e idealizadora da campanha alerta: “Minhas observações durante atendimento clínico, presencial ou telemedicina, durante a pandemia me trazem a certeza desse aumento dos sintomas. Veja:

 1) a marcação de consultas médicas sobre zumbido e hipersensibilidades auditivas - considerando que somos um centro especializado de atendimento, pesquisa e divulgação, teve um aumento sem precedentes, gerando uma espera de dois meses para o atendimento;

2) cerca de 60% dos pacientes atendidos declaram que os sintomas COMEÇARAM OU PIORARAM em 2020, seja pelo isolamento social imposto no início do ano, seja pela própria Covid-19 e, em menor quantidade, pela vacina. Apenas 40% dos pacientes atuais dizem que já tinham sintomas antes da pandemia e não perceberam diferença neles.

Fato que levou a especialista a considerar a necessidade de incluir a pandemia como tema na campanha deste ano.

 

16a edição do Novembro Laranja - Campanha Nacional de Alerta ao Zumbido, Misofonia e Hiperacusia – suas implicações na saúde e o aumento de sua incidência durante a pandemia.

 

Objetivos:

 

Ø  Conscientizar a população sobre a realidade preocupante do aumento dos problemas do ouvido em pessoas de todas as idades, particularmente o Zumbido. Há quatro anos a Campanha aborda também os temas Misofonia e Hiperacusia.

 

Ø  Motivar mais profissionais da saúde a abraçarem essa causa, entendendo que Zumbido, Misofonia e Hiperacusia são sintomas de ouvidos mais frágeis, que precisam de mais cuidados com as agressões diárias, além da investigação criteriosa de suas causas.

 

Ø  Divulgar que o tratamento precoce do Zumbido, da Misofonia e da Hiperacusia pode fazer a diferença na recuperação da qualidade de vida.

 

Ø  Mudar pensamentos restritivos (“não há nada a fazer”, “isso não tem cura” ou “aprenda a conviver com isso”), ajudar a ampliar a atuação profissional e obter sucesso no tratamento e até cura do paciente.

 

Ø  Parcerias com empresas para conscientizar e alertar funcionários do RH e colaboradores sobre os sintomas, que interferem diretamente no desempenho das funções.

 

Ø  Alertar a população de que o tratamento adequado, caso a caso, é capaz de melhorar muito a qualidade de vida do portador de zumbido, hiperacusia e misofonia.

 

 

Muitas pessoas desconhecem os sintomas da Quadrilha do Ouvido:

 

- hiperacusia: é o incômodo com o VOLUME dos sons (ex: TV, música, vozes, etc). 


- misofonia: é o incômodo com sons baixos e repetitivos, como o clicar de uma caneta ou mesmo sons comuns como o respirar ou mastigar.


- zumbido: é o som do SILÊNCIO, que algumas pessoas percebem antes de dormir ou o dia todo.


Nossa pesquisa de 2016 mostrou que as pessoas com Misofonia também apresentaram, na opinião delas, os seguintes problemas (em ordem decrescente): ansiedade, zumbido, transtorno obsessivo compulsivo, hiperacusia e perda auditiva.

 

Sobre a 16ª edição da Campanha do Novembro Laranja

Evento 100% digital, com a participação de médicos e outros profissionais da saúde dos quatro cantos do Brasil, como um movimento para a popularização da preocupante realidade do aumento de zumbido e hipersensibilidades auditivas, sintomas ainda pouco conhecidos que impactam a vida de milhões de brasileiros.

Todo conteúdo fica disponibilizado em nossas redes sociais - @zumbidonoouvido e Facebook.com/institutoganzsanchez, além de lives com pacientes que conquistaram a cura e bate papo com profissionais da área da saúde. 

Disponibilizamos nossos materiais de divulgação para profissionais de outras cidades fazerem download e implantarem ações locais (material disponível em www.institutoganzsanchez.com.br/novembrolaranja)

 


Dra. Tanit Ganz Sanchez - Graduada pela USP, a médica especializou-se em otorrinolaringologia, fez Doutorado e Livre Docência também pela USP. Há mais de 25 anos, pesquisa os sintomas de ouvidos desvalorizados pela medicina, como zumbido, misofonia e hiperacusia, sendo reconhecida internacionalmente; Fundadora e Diretora do Instituto Ganz Sanchez que há mais de 10 anos é direcionado exclusivamente ao estudo e ao atendimento de pessoas com Zumbido, Misofonia e Hiperacusia; Criadora e coordenadora do GANZ – Grupo de Apoio Nacional a Pessoas com Zumbido; Criadora e coordenadora da ‘Campanha Nacional de Alerta ao Zumbido’, o Novembro Laranja, Palestrante de eventos nacionais e internacionais, levando os resultados de suas pesquisas e disseminando conhecimento à comunidade científica internacional. Fundadora da ‘TV Zumbido’, website destinado a oferecer conteúdo de qualidade sobre zumbido ao público em geral, Autora do livro ‘Quem Disse Que Zumbido Não Tem Cura?’, que já está em sua segunda edição. Incentivadora da criação do ‘Dia Nacional de Conscientização sobre Zumbido’ (11/11), do ‘Dia Nacional de Conscientização sobre Misofonia’ (12/11) e do ‘Dia Nacional de Conscientização sobre Hiperacusia’ (13-11) - todos englobados na campanha ‘Novembro Laranja’, movimento que vem crescendo com o engajamento da comunidade médica e demais profissionais da saúde. Sumidade reconhecida pela comunidade médica internacional, Dra Tanit teve algumas pesquisas premiadas internacionalmente, o que justificou a conquista da inédita presidência do International Tinnitus Seminar, evento tradicionalmente realizado entre Europa e Estados Unidos, para trazê-lo ao Brasil. Assim, em 2011, foi realizado pela primeira vez no hemisfério sul.

 

InCor realiza primeira operação no mundo com dois corações para tratar hipertensão pulmonar

Técnica inovadora desenvolvida por médico do Instituto do Coração
foi realizada com sucesso em paciente de 55 anos que estava em cuidados paliativos

 

O InCor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP) realizou cirurgia inédita no mundo para tratar a pressão alta no interior do pulmão de pacientes com insuficiência cardíaca congestiva (ICC) que necessitam de transplante de coração mas que não podem fazê-lo por causa exatamente da doença pulmonar. A nova técnica mostrou-se capaz de resgatar esses pacientes dessa condição que, em 100% dos casos, evolui para cuidados paliativos, sem qualquer alternativa terapêutica.

Primeiro paciente tratado com a técnica de dois corações do InCor, o professor universitário Lincon Paiva, de 55 anos, está desde o dia 5 de novembro se recuperando em casa, de onde ficou distante por mais de cinco meses. "Estou muito feliz de poder voltar para minha vida normal e daqui pra frente é poder recuperar e retomar minha vida", disse.

A nova técnica do InCor consiste basicamente em utilizar um coração novo doado, para reverter a pressão alta pulmonar, enquanto o coração doente, que está mais apto a trabalhar com a sobrecarga da pressão alta do pulmão, dá suporte ao coração implantado.

Durante alguns meses, enquanto se processa a melhora da pressão pulmonar, o paciente vive com dois corações trabalhando simultânea e harmoniosamente, com batimentos cardíacos, pulsação e funções circulatórias específicas.

A técnica de utilização de dois corações conjugados já existe no mundo e é chamada de heterotópica. Usada em caráter permanente, essa técnica não tem bons resultados para a sobrevida dos pacientes que foram submetidos a ela.

"O que fizemos foi desenvolver uma variante técnica dessa cirurgia, de maneira que, num primeiro momento, o coração doado seja usado como terapia para a hipertensão pulmonar e, ao final, substitua o coração doente", diz o Dr. Fábio Gaiotto, cirurgião cardiovascular que criou a técnica.

"O tratamento da hipertensão pulmonar é complexo. Em alguns casos, a única terapia possível é através de um ventrículo artificial, que é um equipamento de difícil acesso no mundo pelo seu alto custo. Por isso desenvolvi uma técnica que pode ser uma saída para esses pacientes e nós, como centro de pesquisa, conseguiremos ensiná-la para outros médicos no Brasil e no mundo", afirma o cirurgião, que também é chefe da equipe cirúrgica de transplante de coração do InCor.

 

Vivendo com dois corações

Vítima de infarto em fevereiro de 2020, quando estava no auge do stress com seu trabalho de conclusão de Doutorado, Lincon teve que ser submetido à implantação de três stents em seu coração. A pandemia forçou a parada no tratamento e, quando retornou ao médico, descobriu que estava com insuficiência cardíaca congestiva (ICC) grave nível 3, em uma escala em que a 4ª posição é considerada terminal. Nesse momento, o médico orientou tratamento com medicamentos e alertou sobre a possibilidade de, no futuro, ele vir a precisar de transplante. O futuro chegou muito mais rápido do que ele imaginava. O diagnosticado de hipertensão pulmonar associada à ICC piorou seu estado de saúde, até que em 07/06 ele teve que ser internado no InCor.

A hipertensão nos pulmões é uma doença grave, que costuma acometer pacientes jovens, com idade entre 40 e 50 anos, e que acarreta alta mortalidade - mais de 50% dos pacientes morrem ao cabo de dois anos e meio, se não forem tratados. Quando está associada à insuficiência cardíaca grave, que demanda transplante de coração como terapia de sobrevida, ela é ainda mais agressiva, a ponto de ser um fator de contraindicação para a cirurgia.

Era exatamente essa a situação que se encontrava Lincon, quando soube que o Dr. Fábio Gaiotto estava pronto para experimentar uma nova técnica para salvar pacientes na condição em que ele estava.

Em julho deste ano, ele fez a primeira etapa da cirurgia de dois corações e, em outubro, a segunda fase em que seu coração doente foi removido.

"Você vai progredindo (após a cirurgia) e vai entendendo, até que percebe que está com dois corações mesmo. A primeira vez que eu vi o ecocardiograma, vi os dois corações batendo. Aquilo era muito impressionante não só pra mim, mas para maioria dos médicos, enfermeiros, equipe de exames laboratoriais", afirma o paciente.

Lincon respondeu tão bem ao tratamento que já com três meses da primeira etapa (frente aos seis meses previstos na pesquisa), a pressão interna do seu pulmão estava normalizada, dando sinal verde para a realização da segunda fase do tratamento.


Técnica em duas fases

Gaiotto trabalhou durante três anos no desenvolvimento da técnica inovadora, realizada em caráter de pesquisa clínica pelo InCor. A técnica tem duas etapas. Na primeira, acontece a implantação de um novo coração sadio de doador, de forma heterotópica, ou seja, na posição contrária à do coração nativo, no tórax do paciente.

O novo coração é conectado tanto em artérias quanto em partes do coração antigo. Sua função, no novo sistema de tratamento, é auxiliar na diminuição da pressão arterial no pulmão doente, de forma semelhante ao que costuma acontecer com os ventrículos artificiais de última geração. O coração doente também sofre alterações de fluxo, para se adaptar ao novo sistema e facilitar as manobras da segunda cirurgia.

O protocolo prevê que depois de seis meses do funcionamento ordenado dos dois corações, a pressão pulmonar está normalizada. Nesse momento, entra em ação a segunda etapa da técnica, chamada de "autotransplante", que é a mais difícil e complexa.

Trata-se de retirar o coração doente, colocando o coração sadio doado na posição normal, que antes era ocupada pelo coração que foi retirado. Essa manobra exige uma rotação de 180 graus do órgão para coloca-lo na nova posição, além de costuras cirúrgicas de suas artérias e veias, de maneira a restabelecer o fluxo natural da circulação cardiopulmonar.

Desse momento em diante, o paciente passa a ter a vida normal de uma pessoa com o coração transplantado. Nessa condição, ele salta de uma expectativa de vida de três meses para uma que pode chegar a mais de 20 anos com boa qualidade, diz o Dr. Gaiotto.

"O Lincon teve a confiança de ser o primeiro a participar dessa cirurgia, e seu quadro evoluiu tão bem que pudemos dar alta para ele, com a expectativa de que a sua recuperação o leve a retomar aos poucos suas atividades físicas, sociais e de trabalho", diz o médico.

"Optando pelo coração mecânico, eu optaria somente por me ajudar. Porém dentro desse novo protocolo de cirurgia, eu sabia que eu poderia ajudar outras pessoas nas mesmas condições que eu. Então isso pesou muito na minha decisão", relembra Lincon.

Acompanhe o vídeo com os relatos do paciente e do corpo clínico envolvido no caso aqui.

 

                                   https://www.youtube.com/watch?v=syVR21CFbC8


Câncer infantil: quase 60% de crianças e adolescentes chegam para atendimento com nível da doença avançado

Pioneiro no tratamento oncológico infantojuvenil no Paraná, Pequeno Príncipe realizou levantamento com seus pacientes entre 1998 e 2017

 

Há um ano Julio foi diagnosticado com câncer e tem reagido bem ao tratamento.

Foto: Camila Hampf/Hospital Pequeno Príncipe


 “Meu filho sempre foi saudável, mas em um certo dia começou a sentir muita dor de cabeça e a ter vômitos. Levamos ao posto de saúde e no primeiro momento a suspeita era de COVID-19, que não se confirmou”, conta a mãe de Julio, de 12 anos, Liani Márcia Dessbesell. Entre os primeiros sinais de que algo não estava bem até o diagnóstico de câncer no sistema nervoso foram aproximadamente 20 dias.

O diagnóstico precoce faz toda a diferença no sucesso do tratamento do câncer infantojuvenil, primeira causa de morte entre crianças e adolescentes (de 0 a 19 anos) no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Se diagnosticado precocemente, cerca de 80% dos casos de câncer alcançam a cura.

Mas infelizmente, a grande maioria dos pacientes chega ao Hospital Pequeno Príncipe, que há mais de cinco décadas é referência no tratamento oncológico para crianças e adolescentes de todo o país, com a doença mais avançada. Um estudo feito pela instituição que englobou dados de pacientes atendidos entre os anos de 1998 e 2017 mostrou que 57,6% deu entrada com câncer em nível já avançado. Apenas 8,8% chegaram com o primeiro estágio da doença, e 33,5%, com o segundo.

Julio foi encaminhado para o Hospital Pequeno Príncipe e teve o diagnóstico realizado de maneira precoce, fazendo parte dos 8,8% dos pacientes que descobrem a doença no primeiro estágio. A rapidez entre o primeiro atendimento e o resultado dos exames foram fundamentais para o início do tratamento. “O câncer não espera e se eu não tivesse sido encaminhada para o Pequeno Príncipe, não teríamos conseguido salvar ele porque o diagnóstico é muito agressivo, mas ele está reagindo muito bem ao tratamento e melhorando a cada dia”, completa Liani. 

Por isso, no Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil, lembrado neste 23 de novembro, o Pequeno Príncipe reforça a importância do diagnóstico precoce para salvar vidas. A leucemia é o tipo mais comum de câncer em crianças, seguido de tumores do sistema nervoso central e linfomas. Os cânceres em crianças e adolescentes são considerados mais agressivos e se desenvolvem rapidamente. Por outro lado, os pacientes infantis respondem melhor ao tratamento e as chances de cura são maiores, se comparado com o público adulto.

Mas a dificuldade para fazer diagnóstico precoce e para chegar aos centros especializados de tratamento são as principais causas que levam à alta mortalidade por câncer infantil no Brasil. Enquanto a taxa nos Estados Unidos é de 22 mortes por milhão, no Brasil o índice fica em 43,4 por milhão, ou seja, praticamente o dobro. Os dados refletem a realidade até 2019 e constam em um levantamento sobre o panorama da oncologia pediátrica no Brasil feito pelo Instituto Desiderata com o apoio técnico de profissionais da Fundação do Câncer, do Instituto Nacional de Câncer e da Iniciativa Global da Organização Mundial da Saúde para o Câncer Infantil na América Latina e Caribe.

“Infelizmente, no Brasil, ainda existem poucos centros especializados no tratamento do câncer infantil. O Hospital Pequeno Príncipe é um desses centros e oferece tratamento completo, desde o diagnóstico até o transplante de medula óssea, nos casos em que há indicação. Também oferecemos uma estrutura completa de exames, incluindo os genéticos, que auxiliam imensamente na decisão de qual tratamento oferecer para cada criança”, explica a médica chefe do Serviço de Hematologia e Oncologia, Flora Mitie Watanabe.  

No Pequeno Príncipe, são atendidos cerca de 100 novos casos de câncer infantil por ano, com predominância das leucemias, dos tumores do sistema nervoso central e dos tumores abdominais. “Diariamente fazemos cerca de 30 sessões de quimioterapia e 35 consultas”, conta a médica. A taxa de sobrevida da instituição está em 74% e se aproxima do resultado dos centros internacionais.


Sinal de alerta

A leucemia é o tipo mais comum de câncer em crianças, seguido de tumores do sistema nervoso central e linfomas e muitas vezes, os sintomas do câncer podem ser confundidos com doenças comuns da infância por isso é importante estar atentos aos seguintes sinais:

- Dores nos ossos, principalmente nas pernas, com ou sem inchaço.

- Palidez inexplicada.

- Fraqueza constante.

- Aumento progressivo dos gânglios linfáticos.

- Manchas roxas e caroços pelo corpo, não relacionados a traumas.

- Dores de cabeça, acompanhadas de vômitos.

- Perda de peso, com aumento/inchaço na barriga.

- Febre ou suores constantes e prolongados.

- Distúrbios visuais e reflexos nos olhos.

 

 

Serviço de Oncologia do Pequeno Príncipe

A instituição também disponibiliza uma cartilha para famílias que estão enfrentando a doença. O download gratuito pode ser feito pelo link: http://pequenoprincipe.org.br/projetosabermais/manual/apj_fab_onco_01.pdf


Veja cuidados essenciais com os medicamentos dos idosos

 

A gestão de medicamentos no idoso precisa ser feita com muito cuidado, visto que é uma população que sofre com diversas alterações fisiológicas e patológicas e que podem modificar o perfil farmacocinético e farmacodinâmico dos medicamentos utilizados. O uso correto de remédios é essencial para a preservação da vida e pode colaborar para a longevidade e bem-estar. Dessa forma, é muito importante monitorar sempre a efetividade e segurança dos medicamentos em uso, observando os sinais e sintomas apresentados pelo idoso ao longo do tratamento

Samilla Dornellas, co-fundadora e CEO da Far.me, a primeira plataforma de compra de medicamentos recorrentes no Brasil alerta que além dos medicamentos, profissionais e familiares devem ficar atentos aos "7 Is da geriatria": Incapacidade cognitiva, imobilidade, instabilidade postural, incontinência urinária, incontinência esfincteriana, incapacidade comunicativa e iatrogenia (excesso de medicamentos). Essas adversidades prejudicam a qualidade de vida dos idosos e precisam ser acompanhadas de perto.

Confira abaixo outros cuidados importantes para o uso e o manuseio dos medicamentos para idosos:

Confira sempre a validade

Antes de tomar o medicamento, sempre confira sua data de validade e, caso esteja vencido, descarte da forma correta. Além disso, é importante lembrar que medicamentos como colírios e pomadas, após abertos, têm um tempo de validade menor, diferente da data escrita na embalagem e normalmente podem ser utilizados por até 30 dias.

Guardar em um local seguro

Os locais mais adequados para o armazenamento de medicamentos são longe da exposição da luz, calor e umidade. Por isso, cozinha e banheiro são ambientes inadequados. É importante que seja separado um local organizado destinado ao armazenamento de medicamentos e fácil de se lembrar, como cabeceira da cama, gaveta ou um armário onde seja separado um espaço para esse fim. Esse espaço deve ser longe do alcance de crianças e animais para evitar acidentes.

Mantenha uma lista atualizada de seus medicamentos

É importante que essa lista esteja sempre por perto: na carteira, na bolsa ou no celular. E lembre-se de incluir todos os medicamentos, incluindo aqueles usados sem receita, vitaminas, suplementos e minerais, chás, medicamentos fitoterápicos e qualquer produto natural. Escrever quais são suas alergias a medicamentos também é fundamental.

Fique atento aos remédios não recomendáveis para a idade

O organismo do idoso passa por várias alterações fisiológicas devido ao envelhecimento e por isso, existem medicamentos que são inseguros para esse grupo etário (acima de 60 anos), os chamados: medicamentos potencialmente inadequados para idosos (MPIs), que podem causar efeitos adversos, como hipotensão, sedação excessiva, tontura e quedas; disfunção cognitiva, disfunção motora, alterações visuais e tremores, resultando em consequências graves na vida do idoso. Por isso, o uso deve ser estritamente avaliado. Uma classe bem conhecida são os benzodiazepínicos, como o Clonazepam, utilizado de forma muito frequente para insônia e ansiedade, e que pode resultar em quedas e fraturas no idoso pelo potencial sedativo que eles têm.

Atenção: os perigos da automedicação são reais e podem gerar sérias complicações para a saúde. As informações acima não substituem o acompanhamento psiquiátrico e farmacêutico.

 

Far.me

Vamos combater a surdez, mas não só em novembro

Novembro é um mês com importantes datas relacionadas ao cuidado da saúde. Hoje vou falar sobre o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez. Embora a data mesmo tenha passado (10 de novembro), não há dia certo para combatermos a falta de informação e educarmos a população brasileira sobre saúde auditiva.  

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que um quarto da população global, ou seja, o equivalente a cerca de 2,5 bilhões de pessoas, terá algum grau de perda auditiva até 2050. Um quadro alarmante para um período de menos de 30 anos. Por que será que existe essa previsão?  

A surdez pode ter diferentes graus, tipos, ser congênita ou adquirida e afetar pessoas de qualquer idade sob variadas formas. Seus prejuízos são diversos e, comumente, provoca alterações na comunicação com grande impacto na saúde e qualidade de vida, desenvolvimento acadêmico e relações de trabalho. Estudos indicam, ainda, que a perda auditiva está incluída entre as condições mais associadas à depressão.  

Porém, a OMS destaca também que em cerca de 60% dos casos, a perda auditiva pode ser evitada quando se trabalha com prevenção e tratamento. Medidas básicas como vacinação contra rubéola e meningite, melhoria dos cuidados maternos e neonatais e tratamento precoce da otite média ajudariam na redução deste dado. 

Além desses fatores relacionados à rotina médica, vale considerar que há outros complicadores advindos da vida moderna, os quais também podem ser gerenciados com simples medidas de prevenção, como utilizar fone de ouvido de forma segura, evitar exposição sem proteção auricular a sons muito altos ou ruído intenso e, sempre, manter hábitos saudáveis.  

O bom é que temos o avanço da medicina do nosso lado. Além dos aparelhos auditivos, para casos extremos de perda auditiva neurossensorial severa ou profunda, que não tiveram respostas satisfatórias com o uso de próteses auditivas convencionais existe a alternativa do implante coclear – um tipo de tratamento que infelizmente alcança menos de 5% do total de pacientes que poderiam ser usuários dessa tecnologia, muitas vezes por questões de desconhecimento ou por falta de acesso.  

Não podemos desistir jamais. É importante continuarmos conscientizando as pessoas sobre a importância dos cuidados com a saúde auditiva. Lembrando que quanto antes a perda auditiva for detectada, mais efetivo será o tratamento e melhor será a qualidade de vida do paciente, sem tantos prejuízos na comunicação, nos relacionamentos e no seu dia a dia.  



Renato Prescinotto - otorrinolaringologista e professor do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro, a Unisa. 


Especialista alerta sobre doença pulmonar obstrutiva crônica que mata cerca de 40 mil pessoas no país

Cada vez mais conhecida, a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é caracterizada pela diminuição de ar nos pulmões e compõe um grupo de doenças respiratórias, como bronquite crônica e o enfisema. O pneumologista Valter Eduardo Kusnir, do Hospital Santa Casa de Mauá, explica que a doença é uma resposta inflamatória às toxinas inalatórias e está ligada ao tabagismo, cerca de 85% dos casos.


Segundo a OMS - Organização Mundial de Saúde, até 2030 a previsão é que a doença se torne a terceira causa de morte no mundo e a quarta no Brasil, pois cerca de 40 mil brasileiros morrem todos os anos em decorrência de suas complicações. É importante frisar que cerca de 15% dos tabagistas desenvolvem a DPOC ao longo da vida. 

A exposição à poeira, poluentes e gases químicos também podem contribuir para o aparecimento da patologia, além de um fator genético, como a deficiência de alfa-1-antitripsina. 

O processo inflamatório provoca alterações nos brônquios, bronquíolos e parênquima pulmonar e o sintoma mais comum é a falta de ar que, no início, pode ser discreta e, com o tempo, se tornar intensa. Nos casos mais avançados, a falta de ar ocorre com o paciente em repouso e em atividades simples do dia a dia. Porém, as tosses e o encurtamento da respiração são outros sintomas que podem ocorrer. 

O diagnóstico é feito a partir de um exame físico, radiografia de tórax, exames de sangue, histórico do paciente e por um exame de espirometria, o qual avaliará a capacidade ventilatória pulmonar. “Com o diagnóstico o tratamento deve ser iniciado imediatamente, já que atualmente há medicamentos cada vez mais específicos, os quais são eficazes, até nas fases mais avançadas da doença aumentando o volume da capacidade respiratória do paciente. É aconselhável que os fumantes mantenham uma rotina de exames anuais a fim de evitar que o dano seja irreversível. A melhor prevenção e tratamento para a DPOC é não fumar”, alerta o médico Valter Eduardo Kusnir.

O tratamento envolve prescrição de broncodilatadores, anticolinérgico e medicamentos à base de cortisona, além de fisioterapia respiratória. Nos casos mais graves, a oxigenioterapia poderá oferecer mais conforto e sobrevida ao paciente.

De acordo com a Global Initiative for Chronic Obstructive Pulmonar Disease, a maioria das respostas positivas para o seguinte questionário podem identificar a DPOC: você tosse várias vezes na maioria dos dias? Você tem catarro ou muco na maioria dos dias? Você fica sem fôlego mais facilmente do que outras pessoas da sua idade? Você tem mais de 40 anos? Você é fumante ou ex-fumante? 



Hospital Santa Casa de Mauá

Avenida Dom José Gaspar, 1374 - Vila Assis - Mauá - fone (11) 2198-8300

 https://santacasamaua.org.br/


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