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quarta-feira, 28 de julho de 2021

Especialista aponta seis elementos que ajudam a fortalecer o trabalho em equipe no ambiente home office

Modalidade disparou com a pandemia


A humanidade está quase um ano e meio vivendo momentos de incertezas, sem qualquer previsibilidade.  Claro que as vacinas estão contribuindo para que, aos poucos, tudo se normalize. Mesmo que isso aconteça, nada mais seguirá o antigo modelo à risca, principalmente no que diz respeito ao trabalho, que teve as suas relações diretamente afetadas, tornado o home office praticamente uma regra.

Daniele Costa, especialista em gestão de pessoas, mentora de desenvolvimento humano e bem-estar, explica que diante desse cenário, um bom líder faz toda a diferença. “Ele sabe que desafios podem surgir e levar muitas vezes a acertar as velas e seguir por outros caminhos “, destaca.

Quando se fala em liderança, Daniele recorda que muitos já pensam em papéis e posições hierárquicas, no entanto, esse momento caótico levou a aprofundar e a repensar esse conceito de liderança e trazer à consciência de que todos são líderes em algum patamar. “Isso nos leva a autorresponsabilidade por nossas escolhas e atos, sabendo que isso interfere na nossa vida e nos sistemas que atuamos, seja familiar, profissional e em termos de planeta”, aponta.

E tudo isso está ligado também com as novas formas de trabalho. Afinal, as pessoas tiveram que aprender a trabalhar em casa, sincronizando atividades domésticas, educação dos filhos e relações familiares e ainda manter a saúde e equilíbrio mental diante de tudo que foi apresentado. “Esse momento, foi um convite a todos a saírem de suas histórias como coadjuvantes e realmente irem para o protagonismo de suas vidas”, ressalta Daniele.

Com isso, os líderes e empreendedores tiveram também que aprender a trabalhar com cooperação e colaboração, definindo papéis e trazendo seus colaboradores para autorresponsabilidade, compartilhando o leme para que todos pudessem alcançar o destino com fluidez e enfrentando os desafios dessa nova forma de trabalho juntos.

Nesse sentido, foi necessário que cada um se organizasse internamente com seus pensamentos, sentimentos e emoções, como também se organizasse externamente, com uma rotina minimamente previsível.

E para isso, ferramentas e técnicas que viabilizassem essa organização começaram a ser buscadas, difundidas e introduzidas na rotina de trabalho e vida que viabilizassem comprometimento, entrega, melhoria na comunicação e acima de tudo que respeitassem o bem-estar e qualidade de vida do colaborador.

E com base no exposto acima, a especialista separou seis elementos que devem ser considerados para criar um ambiente de trabalho mais cooperativo e eficaz em tempos de home office:

1.Comunicação Consciente e Eficaz

Entendo que esta é uma das chaves para o sucesso no trabalho home office, no engajamento, entregas e alcance de resultados. Uma comunicação assertiva, limpa e não violenta abre portas e cria possibilidades.  É por meio dela que os acordos e entregas são definidos e pontuados.

O líder se expressa e imprime suas emoções, por isso tão importante o autoconhecimento até na hora de se comunicar, afinal as palavras têm poder, e disso nós já sabemos. Elas podem transformar pessoas como podem destruir.

Algumas perguntas podem ser feitas antes de qualquer processo de comunicação, como por exemplo: que palavras posso utilizar aqui que vão trazer maior engajamento e motivação para a equipe? Que palavras vão trazer vinculação de propósito e gerar significado?

Uma comunicação não assertiva, pode trazer problemas de resultados e conflitos de entendimento, e, neste momento é tudo que não queremos.

E lembrem-se, não existem vítimas em atos de comunicação, eu sou responsável quando me comunico e pelo o quê comunico, e a outra parte é responsável por entender e manifestar qualquer ruído na comunicação. Quando há clareza e entendimentos sem pontos de vista destoantes, tudo ocorre com muita fluidez.


2.Cooperação consciente

Esse elemento nos traz a consciência de que cada escolha e ação impactam na minha vida, na do outro e em maior instância no planeta.

O ambiente cooperativo ou colaborativo tem a premissa de alcançar o bem maior e desejar o bem a todos, presando pela qualidade de vida e bem estar.

Os resultados vêm com o engajamento de todos. Todos fazem parte do processo.

E aqui também podemos fazer perguntas como: que contribuição posso ser para o grupo a partir do papel que desempenho? Que escolhas posso fazer aqui que vai trazer mais benefícios

E lembrem-se, engajar não é o mesmo que estimular competitividade, a consciência inclui, gera comunhão e não cria separação.

Além de ser uma forma de gerar emoções negativas, a competitividade sugere escassez, e isso não é o que queremos transmitir para a empresa e seus colaboradores. O crescimento é sempre próspero e generoso.


3.O Combinado não sai caro

Definir acordos e entregas pode ser entendido aqui quase como um braço da comunicação eficaz e consciente, uma vez que é neste momento que praticamos a escuta ativa e habilidade de engajar sem qualquer violência ou ruído no ato de comunicar, respeitando o espaço e momento do outro.

Considerando o cenário e as exigências do trabalho home office, principalmente neste momento que dividem espaço com as rotinas do lar e familiares, definir quais são as expectativas, objetivos e metas com seu colaborador é fundamental, e essas devem ser factíveis e mensuráveis a fim de que o líder também consiga fazer uma gestão eficaz.

E neste momento, um elemento aqui é fundamental a ser considerado garantir a saúde emocional do colaborador para que não entre em qualquer desgaste, estresse ou até mesmo em burnout por metas inexequíveis ou se sobrecarregando com rotinas e atividades.

Ao estabelecer as entregas, as duas partes devem ter claro como isso deve funcionar de forma leve e eficaz para os dois, observadas as rotinas, aqui a relação é de ganha-ganha e exige o comprometimento das duas partes para a execução dos acordos.

O objetivo é sempre trazer e criar um ambiente de benevolência, leveza e expansão para maior engajamento, com muito equilíbrio para todas as partes.

Deixo uma dica aqui: construa um calendário de entregas e utilize ferramentas que seja possível o acompanhamento, de forma que juntos vocês possam mapear as entregas realizadas e celebrar os resultados.


4.Constantemente evoluindo. Constantemente criando valor

Se a competividade tiver que ser estimulada que seja conosco mesmo, ou seja como posso ser melhor que ontem?

Como posso crescer e evoluir como ser? Quais são minhas forças, competências e habilidades? O que posso acrescentar de conhecimento a minha vida que vai me trazer expansão profissional?

E sem dúvidas, se nos distrairmos um pouco dos problemas e dos cenários confusos que a pandemia nos trouxe, podemos ver oportunidades, como por exemplo, estamos vendo muita divulgação de cursos online e gratuitos que trazem mentorias, capacitação profissional e autoconhecimento.

Minha sugestão aqui é: como seria criar uma Agenda de Capacitação? Um planejamento de cursos que seriam importantes para o seu crescimento profissional e pessoal?


5.Criando Bem-estar e Qualidade de Vida

Em rotina normal, empresas que não olham para isso tendem a ter um número maior de absenteísmo.

Com o movimento que estamos vendo de novas formas de trabalho, sem dúvidas esse elemento será fundamental para manutenção de colaboradores.

Essas mudanças que vem acontecendo no contexto corporativo vem trazendo também um novo mapa mental em que a premissa de bem-estar e qualidade de vida são significativas.

É importante que os líderes façam sempre perguntas no sentido de: a empresa consegue criar situações para os empregados ou ambientes que promovem qualidade de vida e bem-estar?

A maior parte das doenças físicas e emocionais surgem de ambientes tóxicos e que não promovem benevolência e cooperação.

E neste momento de pandemia e um cenário imprevisível, ações que promovam maior equilíbrio emocional aos colaboradores se fazem necessárias para criar maior engajamento e manter a motivação.

Minha dica é: divulgue materiais e crie agendas com exploração de conteúdos de autoconhecimento, práticas de bem-estar, alimentação saudável, entre outros.


6. Criando ambientes de pertencimento e honra

Todo ser humano busca pertencer e se encaixar em algum grupo ou sistema, quando isso não acontece, quando excluímos alguém, os conflitos começam a aparecer, dificultando todo processo de engajamento.

Aqui cabem algumas perguntas como: qual é o meu lugar neste sistema? Qual é o meu proposito aqui? Eu sou tratado com respeito? Eu tenho liberdade de ser quem sou? Eu tenho liberdade para criar e compartilhar o meu propósito nesta empresa?

E lembre-se, todos estão com a mão no leme agora e cada um é autorresponsável por suas escolhas e se existe algo que não possamos mudar no ambiente externo, como podemos mudar o nosso interior para que possamos atravessar da melhor forma as situações que não estão no nosso controle?

Pode ser que em um primeiro momento e ao observar os elementos, aplicá-los seja um tanto quanto utópico quando se trata de cenários como o que estamos vivendo neste momento e que não temos muito controle. Mas ao contrário disso, é justamente neste momento que podemos buscar e aplicar ferramentas que tragam mais leveza e produtividade, observando sempre o bem-estar de todos.

A adaptação ao novo cria sempre um desconforto, mas a medida em que praticamos, testamos e validamos aquilo que funciona para a nossa rotina, vamos criando o nosso método e expandido isso para os demais, agregando conhecimento e sendo contribuição.

Se queremos que mudanças aconteçam, elas devem começar primeiro com a gente mesmo, culturas corporativas ou sociais somente se alteram com mudanças de mapas mentais, e, isso pode ser feito em pequenos passos, não precisam ser grandes mudanças, podemos começar virando chaves internas, nos autoconhecendo, gerando valor para a empresa e para as pessoas que trabalham com a gente, se honrando, e, se você é um líder, seja você o exemplo da mudança.

É como diz a famosa frase de Mahatma Gandhi: “Seja a mudança que você quer ver no mundo”.

Deixo aqui o meu compartilhar e o desejo de dias melhores.



Daniele Costa - mentora, palestrante e facilitadora em desenvolvimento integral humano.  Também é idealizadora da Plataforma da Vida, um portal de conteúdo e serviços voltados para autoconhecimento e gestão emocional. Formada em letras, passou pelo serviço público de Brasília e atuou 13 anos como bancária, nove deles como gestora.


Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais: sanções passam a valer a partir de 2 de agosto

A empresa que descumprir a LGPD receberá desde uma advertência até a aplicação de multas de até 2% do faturamento da pessoa jurídica

 

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) está em vigor desde agosto do ano passado. Mas, até então, as sanções previstas para as empresas que a descumprirem ainda não estavam sendo aplicadas. A partir do dia 2 de agosto, no entanto, esta realidade muda: quem não cumprir o que determina a lei, será punido.

De acordo com Fernando Forte, advogado do escritório Tardioli Lima Advogados, a empresa que descumprir a LGPD receberá desde uma advertência até a aplicação de multas de até 2% do faturamento da pessoa jurídica de direito privado, grupo ou conglomerado. “Servirá de base de cálculo seu último exercício, excluídos os tributos, limitada, no total, a R$ 50 milhões por infração”.

A LGPD prevê que os dados pessoais de um cliente somente poderão ser utilizados por uma empresa mediante a sua autorização e armazenamento seguro. Esta autorização poderá ser fornecida por escrito ou por outro meio que demonstre a manifestação de sua vontade, cabendo ao detentor da informação o ônus de provar que recebeu tal permissão. Isto envolve até as crianças: neste caso, a concessão dos dados dos menores é tratada mediante consentimento específico e em destaque dado por pelo menos um dos pais ou responsável legal.

 


Tardioli Lima Advogados

 

Ter um bom profissional faz diferença na empresa?

Entenda porquê a capacitação é essencial


O diferencial de uma empresa são seus funcionários. Se estão bem capacitados, prontos para atuar e fechar negócios, desenvolvidos e alinhados com os objetivos da empresa, a chance de sucesso e evolução no mercado é maior. “Com treinamento e dedicação, é possível otimizar a performance do próprio profissional e da organização, caminhando em direção à realização profissional”, explica Madalena Feliciano, gestora de carreira e hipnóloga.

Mas o que é necessário para se tornar um bom profissional? Madalena explica.

  • O emocional é de extrema importância: Competências como o autocontrole e empatia correspondem a 60% do desempenho de líderes. Quando existe o equilíbrio, podemos lidar melhor situações estressantes ou inesperadas, e é nesse tipo de caso que um bom líder se destaca.
  • Ser resiliente: A capacidade de resolver problemas, encontrar soluções e se adaptar a mudanças é indispensável. É preciso autonomia, pensamento crítico e autoestima positiva para compor a resiliência no ambiente de trabalho.
  • Esforço: Ter uma capacitação contínua, desenvolvimento com os outros membros da empresa para bom funcionamento e trabalhar de forma integral com a estratégia estabelecida.
  • Conhecer a equipe: Fazer um mapeamento de habilidades garante que cada membro trabalhe diretamente com suas competências e de maneira ideal, obtendo um melhor desempenho.
  • Comunique-se: Quando há um objetivo claro e bem direcionado, ocorre o bom desempenho gestacional. Quando cooperando com os outros fatores, leva à magnífica organização e estrutura para que o profissional e a empresa tenham diferencial no mercado.

Quando estamos bem preparados – e seguindo essas dicas, é possível se destacar independente se sua área ou posição no mercado de trabalho. “Profissionais que sempre procuram se capacitar são profissionais de sucesso”, esclarece Madalena, consultora executiva de carreira.

 


Madalena Feliciano - Gestora de Carreira e Hipnóloga

https://madalenafeliciano.com.br/

https://www.instagram.com/madalenafeliciano/

https://www.facebook.com/madalena.feliciano1

https://www.linkedin.com/in/madalenafeliciano/

www.ipcoaching.com.br

www.outlierscareers.com.br

Professor Aprígio Gonzaga 78, São Judas, São Paulo - SP.


terça-feira, 27 de julho de 2021

Dia do Pediatra: os desafios do profissional na UTI Neonatal

A dedicação de uma especialidade que lida diariamente com casos sensíveis de bebês prematuros que muitas vezes foge do que foi idealizado pela família


“Cada dia de vida do prematuro é um dia a mais na batalha pela vida, cada dia conta, cada dia é uma vitória”, este é o otimismo do médico pediatra neonatologista Ênio Torricillas (CRM 12994 PR - RQE 4259) do Hospital Santa Cruz, que encara diariamente os desafios da profissão. Ele lida diretamente com histórias sensíveis de bebês prematuros e suas famílias. Especializado no período que compreende do nascimento ao 28º dia de vida do bebê, o neonatologista tem formação específica para tratar disfunções que precisam de maior atenção e cuidados intensivos já nos primeiros segundos de vida.

A UTI neonatal é um ambiente diferente das demais UTIs. Ali, os profissionais lidam com pacientes que na maioria dos casos nem terminaram a formação de seus órgãos no período intrauterino, sendo necessário investir tecnologia avançada e muita dedicação por parte de toda a equipe, para proporcionar aos prematuros ou a termos com alguma complicação, um processo de amadurecimento diário, até que estejam prontos para sobreviver fora dos cuidados e intervenções da UTI. “Um dos maiores desafios do pediatra de UTI Neo é proporcionar ao bebê prematuro um desenvolvimento saudável para ele no futuro”, completa Dr. Ênio.

Não é só com o bebê que esta especialidade precisa ter os devidos cuidados. A família também é envolvida durante todo o processo em que o seu bebê, seu bem mais precioso, está, muitas vezes, afastado dos pais: “Cabe a nós termos sensibilidade no trato com a família, que idealizava uma situação totalmente diferente. Alguns procedimentos, que para o médico são rotina, para a família podem ser desesperadores, eles têm dúvidas, angústias, carregam culpa. Cabe a nós administrarmos essa mistura de sentimentos e tranquilizarmos sobre o tratamento proposto ao paciente”, explica o pediatra. Para o especialista, a equipe multidisciplinar é fundamental para atuar no processo de aceitação e na experiência do nascimento de um bebê que precisou passar pela UTI neonatal.

Dentre tantas histórias marcantes, o médico neonatologista Ênio Torricillas afirma que “tratar recém-nascidos extremamente prematuros, de 25 semanas, com 500g, por exemplo, desafiado por três a quatro meses de diferença e acompanhar o desenvolvimento após a UTI, é fazer parte da história de vida desses ‘apressadinhos’. Eu mesmo, tenho duas pacientes gêmeas, hoje com 17 anos, mas que passaram pela UTI do Hospital Santa Cruz, e hoje, inspiradas nos cuidados que receberam do na época do ‘tio Ênio’, pretendem fazer medicina, inclusive para a mesma área de especialização”, comenta.

Para tantos casos delicados, a alta médica, sem dúvidas, é o maior orgulho para o pediatra: “Saber que as horas de plantão, de estudos e dedicação contribuíram para realizar o sonho de poder carregar nos braços o recém-nascido e que, a partir daquele momento, a vida deles seguirá naturalmente, é incrível. Nos casos dos bebês de UTI neonatal, seguir a caminhada tão sonhada pela família, e que por ora foi interrompida pela prematuridade, nos enche de orgulho. Mostra que nosso trabalho foi fundamental. É muito gratificante ver a família iniciando uma história que há alguns anos, ou ainda em alguns locais não seria escrita, e que hoje, com tecnologia e dedicação, é possível fazermos deste ambiente uma verdadeira segunda barriga da mãe, até que eles estejam prontos para nascer”, finaliza Torricillas.


Cuidado Integral na UTI Neonatal do Hospital Santa Cruz

Em 2019 o Hospital Santa Cruz inaugurou sua nova Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal. Com 40% mais leitos, a instituição investiu em mais segurança assistencial e reforçou o atendimento humanizado aos bebês e seus familiares. Desde então, a nova UTI Neonatal fortalece o compromisso do Hospital Santa Cruz com o bem-estar e o cuidado integral aos bebês e ao público feminino. Além dos serviços de urgência e emergência, a instituição oferece atendimento ambulatorial de baixa à alta complexidade em ginecologia e obstetrícia por meio do Centro de Especialidades em Saúde da Mulher.

 


Hospital Santa Cruz

www.hospitalsantacruz.com


Síndrome de Rett: Mesmo incomum, ela pode estar bem próxima de cada um de nó

 

Neurocientista Dr. Fabiano de Abreu Rodrigues revela sinais que podem indicar se a criança nasceu com essa enfermidade e detalha mais sobre suas características que muitas famílias.

 

Desconhecida pela maioria das pessoas, a Síndrome de Rett merece atenção especial de pais e médicos. Afinal, esse distúrbio de desenvolvimento pode afetar precocemente a vida de muitas crianças, mas com um tratamento adequado é possível manter a qualidade de vida do paciente.

 

Segundo informações da Associação Brasileira de Síndrome de Rett (Abrete), a prevalência da Síndrome de Rett é de uma em cada 10.000-20.000 pessoas do sexo feminino. “Sim, as meninas são as principais portadoras dessa enfermidade”, revela o PhD, neurocientista, neuropsicólogo e biólogo Fabiano de Abreu Rodrigues. “Ela é causada por um problema genético e ocorre quase que exclusivamente nas meninas. Além disso, tal condição afeta o desenvolvimento neurológico após o período de um ano do nascimento”.

 

As crianças portadoras da síndrome começam nessa fase a apresentar alguns sinais importantes que valem a pena serem observados pelos pais, explica o neurocientista: “declínio nas habilidades motoras, regressão da fala, esfregam muito as mãos uma na outra, bate palmas, apertam e balançam as mãos, além de gradualmente perderem a interação social, dentre outros sintomas, até a adolescência. Nesta época também podem desenvolver problemas de autonomia e alterações na respiração”, acrescenta.

 

Para quem não conhece, o gene da Síndrome de Rett foi encontrado em 1999 por cientistas e foi batizado de MECP2. Segundo Fabiano, ele é encontrado no cromossomo X e afeta a proteína Metilcitosina, “essencial para o funcionamento normal do cérebro, pois ela é encontrada nos neurônios. Sua mutação pode trazer danos para muitas áreas do cérebro, causando uma desordem neurológica no indivíduo”, detalha Abreu.

 

No entanto, a doença não é degenerativa e a expectativa de vida do paciente depende mais da gravidade dos sintomas e do quadro clínico apresentado, podendo variar de um caso para outro, observa o neurocientista. “Tudo isso pode ser determinado mediante avaliação médica. Alguns pacientes desenvolvem problemas no coração e isso pode, em alguns casos, levar à morte súbita prematura. Por outro lado, já foi observado que portadores da síndrome podem viver uma vida normal”, analisa.

 

Diante desse cenário, Fabiano de Abreu Rodrigues lembra que ainda não existe ainda uma medicação específica para a síndrome, “mas há o tratamento de suporte para lidar com os sintomas da paciente. O diagnóstico se dá após a avaliação clínica e investigativa dos pacientes com esses indícios característicos, seguidas de uma avaliação genética”, completa.

 

 

Créditos - Foto: Divulgação

MF Press Global


Vacinados podem se infectar e transmitir variante alfa do novo coronavíru

 Surtos de transmissão em dois asilos de Campinas mostram que mesmo imunizados com uma dose da vacina da AstraZeneca ou duas doses da CoronaVac ainda podem contaminar outros; casos foram assintomáticos ou leves e não demandaram hospitalização, mas alertam para a urgência de vacinação rápida, além de distanciamento social e uso de máscara mesmo para vacinados (imagem: CDC/Wikipedia)


Dois surtos de transmissão da variante alfa do novo coronavírus mostram que mesmo vacinados ainda podem transmitir o vírus e desenvolver COVID-19, mas que a vacinação previne casos graves. A conclusão é baseada no sequenciamento genético das cepas que contaminaram moradores e funcionários de duas casas de repouso de Campinas, no interior paulista. Os infectados, com média de idade acima de 70 anos, tomaram uma dose da vacina da AstraZeneca ou as duas da CoronaVac. Foi registrado um único óbito, de uma pessoa de 84 anos com Alzheimer.

O estudo, apoiado pela FAPESP, foi publicado na plataforma Preprints with The Lancet, ainda sem revisão por pares. “Os resultados mostram que pessoas que foram vacinadas podem se infectar com a variante alfa e, independentemente de ter a doença ou não, transmitir o vírus a quem ainda não foi vacinado. Isso é preocupante porque pode gerar um gargalo de seleção para linhagens que podem voltar a causar a doença mesmo em pessoas vacinadas. E mostra a importância de manter medidas de distanciamento social e o uso de máscara”, conta José Luiz Proença Módena, professor do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (IB-Unicamp), que coordenou o estudo.

Em um trabalho anterior, o grupo havia mostrado que o soro do sangue de pacientes vacinados com a CoronaVac criava menos anticorpos para a variante gama (P.1) do que para a linhagem original do vírus, indicando, portanto, que os vacinados poderiam potencialmente se infectar (leia mais em: https://agencia.fapesp.br/35311/).

Estudo publicado em abril por pesquisadores da Universidade de Oxford mostra que a variante alfa pode infectar mesmo imunizados com as vacinas da Pfizer e da AstraZeneca.

“Nosso trabalho é um dos primeiros relatos de uma dinâmica de transmissão de uma variante de preocupação do SARS-CoV-2 em pessoas vacinadas. Ao mesmo tempo, com uma taxa de agravamento da doença muito baixa, muito menor do que esperaríamos de uma população com uma média tão alta de idade. Portanto, mostra um efeito protetor da vacinação para o desenvolvimento de COVID-19”, explica Módena.

O estudo ressalta, no entanto, uma dinâmica de transmissão sustentada do vírus. Os surtos foram contidos por conta de um diagnóstico rápido e o isolamento imediato dos infectados pelo Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas. Com isso, pouco mais da metade das populações estudadas foi infectada.

Os pesquisadores mediram a carga viral em vacinados infectados nos dois locais, mas não houve diferenças significativas entre as duas vacinas. Além disso, avaliaram a quantidade de anticorpos neutralizantes para a variante alfa nos que testaram positivo.

“Não encontramos correlação do quadro da doença com o título [quantidade] de anticorpos neutralizantes. Quem teve sintomas tinha mais anticorpos do que os assintomáticos, provavelmente uma resposta à infecção e não às vacinas. Isso quer dizer que a proteção não depende necessariamente apenas de anticorpos, mas de outros componentes da resposta imune induzida pela vacinação”, explica o pesquisador.


Casos leves e assintomáticos

A variante alfa, anteriormente chamada de B.1.1.7, foi detectada pela primeira vez no Reino Unido em setembro de 2020 e foi responsável pela segunda onda da pandemia naquele país e em outros da Europa. No Brasil, foi reportada pela primeira vez em dezembro de 2020 e sua presença comprovada em mais de dez Estados.

No estudo atual, foram sequenciados genomas do novo coronavírus de moradores e trabalhadores de dois lares de idosos de Campinas. O sequenciamento teve apoio do Centro Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (CADDE), que é apoiado pela FAPESP.

Em um dos surtos, em um convento de freiras aposentadas, 15 das 18 residentes e sete dos oito funcionários foram vacinados com uma dose da vacina ChAdOx1, desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford. A média de idade era de 73 anos. Foram 16 casos registrados, metade deles classificados como leves e a outra metade como assintomáticos. Não houve casos moderados ou severos e nenhum exigiu hospitalização.

No outro local, uma casa de repouso para homens e mulheres, 32 dos 36 residentes e dez dos 16 funcionários tomaram as duas doses da CoronaVac, do laboratório SinoVac em parceria com o Instituto Butantan. Em 18 dos 22 casos (75%) o quadro foi assintomático e, nos outros quatro, leve. A média de idade dos pacientes era 77 anos.

No mesmo asilo, dias antes das coletas para o estudo, um residente de 84 anos com Alzheimer apresentou sintomas de COVID-19, depois confirmada, 21 dias depois de tomar a segunda dose da vacina. Ele morreu após cerca de 20 dias internado.

Os autores ressaltam que o resultado aponta, sim, uma proteção das vacinas para quadros graves de COVID-19, mas que é preciso vacinar a maior parte da população o mais rápido possível. Outra mensagem é que pessoas vacinadas devem continuar adotando medidas não farmacológicas, como uso de máscara e distanciamento social.

O artigo Clusters of SARS-CoV-2 lineage B.1.1.7 infection after vaccination with adenovirus-vectored and inactivated vaccines: a cohort study pode ser lido em: https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=3883263.

 

 

André Julião

Agência FAPESP

https://agencia.fapesp.br/vacinados-podem-se-infectar-e-transmitir-variante-alfa-do-novo-coronavirus/36415/


Reações dermatológicas às vacinas contra COVID-19

Frederik
Ainda que raras, as reações dermatológicas às vacinas podem ocorrer e se torna importante identificá-las e procurar atendimento médico adequado

 

O momento da vacinação contra a COVID-19 tem sido significativo para todo mundo, não só pela proteção que a imunização traz, mas também pelo aspecto psicológico. Pela eficácia já assegurada por autoridades sanitárias do mundo todo, a imunização é altamente recomendada. No entanto, peequenos efeitos adversos podem acontecer.

Segundo a médica dermatologista e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS), Rosemarie Mazzuco, já são bem estabelecidas e relatadas as manifestações cutâneas relacionadas à infecção por coronavírus, mas no que se refere às reações adversas às vacinas ainda não há literatura ampla. Conforme mais pessoas vão sendo vacinadas, mais casos de reações são relatados. As reações adversas às vacinas contra COVID-19 vão desde uma leve dor de cabeça até quadros mais graves, com comprometimento da função de alguns órgãos. No âmbito das reações cutâneas, as mais comuns são as reações no local de aplicação da vacina: principalmente dor, mas também vermelhidão, inchaço e coceira.

“Esses efeitos adversos locais são relativamente comuns a todas as vacinas, principalmente após a segunda dose e a maioria é de gravidade leve ou moderada (ou seja, não impede as atividades diárias) e está limitada aos primeiros dois dias após a vacinação. A dor no momento da picada é variável e depende da sensibilidade individual. Algumas pessoas recorrem ao uso de pomada anestésica previamente à injeção. Porém, o efeito da pomada anestésica é apenas superficial, diminuindo a sensibilidade à picada, mas não à injeção do líquido no músculo”, explicou.

A médica acrescenta, ainda, que a anafilaxia (alergia grave, que põe a vida em risco) é um efeito adverso raro já relatado com a vacina da Moderna e da Pfizer, a uma taxa aproximadamente de 2,8 casos por milhão de doses com a Moderna e 5 casos por milhão da Pfizer. Relaciona-se o risco de anafilaxia devido às duas vacinas utilizarem tecnologia de nanopartículas lipídicas (LNPs), revestidas com polietilenoglicol (PEGuiladas), para transportar o RNA até as células. O polietilenoglicol é um composto que aparece em vários produtos farmacêuticos, incluindo alguns medicamentos para problemas intestinais e laxantes. Já em relação a vacina AstraZeneca foram relatados raríssimos casos de efeitos adversos cutâneos graves, como vasculites e Síndrome de Steven Johnsons.

Assim como pode ocorrer com qualquer vacina, há também relatos de edema (inchaço) em áreas onde foi previamente injetado preenchedor com ácido hialurônico. Esse edema é reversível e não acarreta nenhum risco para a saúde do paciente. Vale ressaltar que pessoas que têm implantes faciais ou corporais podem receber as vacinas normalmente.

 


Marcelo Matusiak


Coronavírus: 19% das brasileiras perceberam alterações no ciclo menstrual após se vacinarem

Principalmente as mulheres dos 40 aos 44 anos, com 35% das entrevistadas.


A alteração no ciclo menstrual após a vacinação contra a Covid vem sendo relatada em todo o mundo, como exemplo, no Reino Unido, o governo já identificou 958 casos de irregularidades no ciclo, de acordo com o jornal científico British Medical Journal. Ademais, pesquisadores já estão buscando entender melhor a relação entre a vacinação e as mudanças no ciclo menstrual.

E conforme constatou o Trocando Fraldas em seu mais recente estudo, 19% das brasileiras perceberam alterações no ciclo, depois que foram vacinadas contra Covid. Principalmente as mulheres dos 40 aos 44 anos, com 35% das participantes; E as entrevistadas dos 45 aos 49 anos, com 27% delas. Já entre as mulheres dos 30 aos 35 anos, o percentual é um pouco menor, 15% das participantes.

Além da vacinação, outro aspecto que tem impactado no ciclo menstrual das mulheres, é a infecção pelo vírus. Tendo em vista que, 26% das brasileiras perceberam alterações no ciclo depois que contraíram o vírus. Principalmente as mulheres dos 30 aos 34 anos, com 30% das entrevistadas; e dos 40 aos 44 anos, com 36% das participantes.

Os dados por estados demonstram que o Distrito Federal é o estado em que mais mulheres apresentaram alterações, com 64% das entrevistadas. Em São Paulo e no Rio de Janeiro pelo menos 24% das participantes perceberam seus ciclos diferentes após infecção por coronavírus. Já o Sergipe e Amazonas são os estados em que menos entrevistadas perceberam diferenças, com 13% das mulheres.


Os avanços da reprodução assistida

Do primeiro "bebê de proveta" até o modelo de embriões feitos em laboratórios anunciado na última semana, especialistas da Nilo Frantz comentam evolução da medicina reprodutiva no mundo

 

Há mais de 40 anos, o nascimento do primeiro bebê através de fertilização in vitro (FIV), conhecido popularmente como "bebê de proveta", marcava a história da medicina. O nascimento da inglesa Louise Brown, prestes a completar 42 anos em julho deste ano, foi um importante passo dentro da reprodução humana. De lá para cá, muitos processos evoluíram e no último mês de março, a revista científica britânica Nature, anunciou mais uma conquista nesta área: os primeiros modelos de embriões humanos feitos em laboratório.

Cientistas dos Estados Unidos e da Austrália criaram os primeiros modelos de embriões humanos em placas de Petri, uma receita bioquímica, mostrando como células embrionárias humanas ou células reprogramadas de adultos podem formar estruturas semelhantes aos primeiros embriões humanos, e foram batizados de blastoides.

Segundo Maite del Collado, Coordenadora Científica da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva, em São Paulo, o experimento pode ser um grande passo para auxiliar os estudos de problemas de início do desenvolvimento embrionário, como abortos de repetição e questões relacionadas à infertilidade.

"Os blastóides produzidos a partir de células tronco, que se mostraram muito semelhantes aos blastocistos, possuem potencial para mudar este panorama. Se a Sociedade Internacional para Pesquisa com Células Tronco flexibilizar a utilização dos blastóides na pesquisa, o número de dados científicos que poderemos obter em pouco tempo será inconcebível e colocará a biologia reprodutiva em outro patamar. Muito possivelmente, nos próximos anos serão adquiridos conhecimentos que poderão ser aplicados na medicina clínica, como por exemplo nos casos de infertilidade que afetam cada vez mais casais no mundo", explica a especialista.

 

Inteligência artificial e outras tecnologias

A inteligência artificial também tem sido utilizada na medicina reprodutiva, para suporte nas avaliações clínicas em escolhas de embriões ou na escolha do melhor tratamento aos pacientes, ajudando os profissionais a tomarem decisões clínicas como as que se referem a aplicação de doses de medicação. Além disso, a IA pode ser usada na seleção de embriões para uma FIV ou para se indicar a melhor técnica que pode aumentar a chance de uma paciente engravidar.

A tecnologia Time Lapse, recentemente chegada ao Brasil, disponível na unidade da Nilo Frantz, em São Paulo, aumenta as taxas de sucesso das fertilizações in vitro proporcionando a observação contínua do embrião através de fotos feitas a cada cinco minutos. Segundo Nilo Frantz, ginecologista e obstetra especialista em reprodução humana, o Time Lapse transforma a sequência destas fotos em vídeo mostrando a evolução completa e detalhada do embrião.

"Com o Time Lapse a observação pode ser feita 24 horas por dia através do computador sem necessidade de retirar o embrião da estufa, o que ocorre no método tradicional. Desta forma, conseguimos selecionar os melhores embriões para a transferência ao útero no momento mais adequado, aumentando assim as taxas de sucesso das fertilizações in vitro", explica Dr. Nilo Frantz.

 

Congelamento de óvulos

Outro procedimento que vem dentro da evolução da medicina reprodutiva no mundo é o congelamento de óvulos, tratamento para preservar a fertilidade de mulheres acima dos 35 anos, que ainda não sabem se querem engravidar ou em casos de tratamento oncológico, no qual, a paciente precisa preservar a sua fertilidade ao se submeter a procedimentos como quimioterapia e radioterapia.

"A técnica de vitrificação oocitária é reconhecida como um dos passos mais importantes da medicina reprodutiva nos últimos anos, pois ela oferece autonomia para mulheres que ainda não escolheram se querem ser mães, preservando seu potencial reprodutivo por indicação médica ou desejo pessoal", finaliza Dr. Nilo Frantz.

 



Nilo Frantz Medicina Reprodutiva

Endereço: Av. Brasil, 1150 - Jardim América - São Paulo

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A origem psicológica do mau hálito

 

Conheça uma das fontes dessa condição


O mau hálito é uma condição que afeta 40% da população mundial, segundo a OMS. Embora muitas vezes se pense que esse problema está relacionado somente à falta de higiene bucal, ele também pode estar ligado aos problemas emocionais.

Segundo a cirurgiã dentista presidente da Associação Brasileira de Halitose, Dra. Cláudia Gobor, “o estresse é uma das grandes causas da halitose. Apesar do desconhecimento sobre isso, o mau cheiro bucal ligado ao estresse é decorrente da diminuição na produção salivar”. Assim, nem sempre a ocorrência do mau hálito está ligada a algo que foi consumido ou a uma falha de higienização.

Isso ocorre porque momentos diários que possam ser estressantes ou deixar a pessoa nervosa, ocasionam a boca seca pela descarga de adrenalina no organismo. Desse modo, com a pouca salivação, ocorre a descamação das células epiteliais da mucosa bucal, que podem ser depositadas na parte posterior da língua e ali sofrem uma decomposição por bactérias que existem neste dorso lingual, causando o mau hálito.

Dessa forma, a Dra. explica que “em outras palavras, o estresse causa a boca seca e a boca seca causa a alteração de hálito”. Assim, para evitar o mau hálito em decorrência do estresse, é importante combater a boca seca. Para isso, beber bastante líquidos diariamente e mascar chicletes sem açúcar para estimular a salivação pode ajudar.

Não só beber mais líquidos, é essencial também que se reduza ao máximo o consumo de bebidas como café, álcool e chá, já que promovem a desidratação. Para finalizar, a cirurgiã dentista ainda relembra que o básico funciona: “cuidar da higiene bucal escovando os dentes após todas as refeições, usando o fio dental ao menos uma vez ao dia e higienizando corretamente a língua são atitudes que tendem a manter a saúde bucal e o hálito agradável”.

 


Cláudia Christianne Gobor - Cirurgiã Dentista especialista pelo MEC no tratamento da Halitose

Presidente da Associação Brasileira de Halitose

https://www.bomhalitocuritiba.com.br/

Rua da Paz, n° 195, Sala 102, Mab Centro Médico, Centro/ Alto da XV, Curitiba- PR

Whatsapp: (41) 99977-7087

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Youtube: Claudia Gobor


Conheça cinco problemas identificáveis pelo ultrassom da pele

Marcelo Matusiak
Tecnologia ajuda a avaliar corretamente lesões de pele benignas e malignas na derme, epiderme e no tecido subcutâneo. É um exame realizado por médicos radiologistas

 

Embora muita gente ainda desconheça, o ultrassom de pele é um aliado fundamental no diagnóstico e tratamento de uma série de doenças dermatológicas. Por meio da ultrassonografia dermatológica de pele e subcutâneo é possível avaliar doenças inflamatórias na pele e o melanoma, o mais grave câncer de pele. Segundo a presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS), Analupe Weber, o exame também permite estudar os gânglios linfáticos com diagnóstico de aumento destas estruturas.

A ultrassonografia é utilizada na dermatologia desde os anos 70, para avaliar o espessamento cutâneo. Porém, com o desenvolvimento de novas tecnologias nos últimos anos, tem havido um uso crescente da ultrassonografia na área diagnóstica em dermatologia. As inovações permitem uma ampliação do espectro de aplicações do seu uso, incluindo a possibilidade de estudo das camadas da pele. Hoje, o exame é capaz de identificar e avaliar muitos tipos de problemas na derme.

Confira abaixo a lista:

1. Tumor na pele. Lesões benignas e malignas. Conseguimos avaliar o tamanho da lesão, profundidade e vascularização. A ultrassonografia ajuda muito na avaliação pré operatória destas lesões, para que seja feito um adequado planejamento cirúrgico;

2. Lesões da epiderme e derme por exemplo, abscessos e infecções cutâneas;

3. Lesões ungueais nas mãos e pés (leito ungueal);

4. Dermatologia estética. O ultrassom permite verificar a diferenciação de alguns tipos de preenchedores cutâneos. A técnica consiste na aplicação sob a pele de materiais específicos, como ácido hialurônico, hidroxiapatita de cálcio, ácido polilático e polimetilmetacrilato. Este procedimento é realizado por um profissional especializado e busca corrigir contorno e volume do rosto, a fim de corrigir assimetrias ou tratar o envelhecimento cutâneo;

5. Avaliação diferencial de lesões não dermatológicas.

Além de buscar informações e se inteirar sobre sua saúde, é indispensável procurar o  dermatologista para avaliar lesões na pele.

 


Marcelo Matusiak


Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais: entenda como essas doenças afetam a saúde bucal

 Pacientes hepáticos requerem cuidados bucais adicionais


Na quarta-feira (28/7), é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais. A data, instituída pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2010, tem o objetivo de conscientizar a população sobre os riscos, tratamento e prevenção da doença. Todos os anos, as hepatites virais causam a morte de cerca de 1,7 milhão de pessoas no mundo, de acordo com a OMS.

No Brasil, existem cinco vírus hepatotrópicos, responsáveis pelas hepatites A, B, C, D e E. Ao todo, de 1999 a 2019, foram notificados 673.389 casos confirmados de hepatites virais no país, segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde.

Para a Odontologia, as hepatites virais são um fator de preocupação tanto para os cirurgiões-dentistas quanto aos pacientes que necessitam do atendimento odontológico, devido ao controle da infecção, problemas de sangramento e intolerância a alguns medicamentos.

“A prevalência da infecção por VHB (Vírus da Hepatite B) é maior em profissionais da saúde, sendo que, dentre eles, os cirurgiões-dentistas apresentam o maior risco de infecção”, informa o Dr. Celso Augusto Lemos Júnior, membro da Câmara Técnica de Estomatologia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP).  

“A incidência da doença entre os profissionais de saúde aumenta com a idade e tempo de prática clínica, sobretudo em decorrência do uso irregular de equipamentos de proteção individual (EPIs) e contato prévio com sangue infectado. Esse cenário tem se modificado com o uso rigoroso de EPIs e da disponibilidade de vacinas para a Hepatite B”, explica o cirurgião-dentista.  

O paciente infectado por uma hepatite viral pode ser assintomático ou apresentar febre, mal-estar, náuseas, vômitos, dores musculares e coloração escura na urina. Nos casos em que os vírus B, C e D desenvolvem formas crônicas de hepatite, há o risco elevado de cirrose hepática e câncer de fígado, devido à alta replicação viral.


Efeitos da hepatite na saúde bucal e tratamentos

A doença também traz complicações à saúde bucal, como o aparecimento de petéquias (manchas vermelhas ou marrons aglomeradas) na boca, hematomas na mucosa oral, além de sangramento gengival espontâneo. Por isso, a interação do cirurgião-dentista com a equipe multidisciplinar é indispensável para o conhecimento do estado geral de saúde e do dano hepático causado ao paciente, fatores importantes para a elaboração do plano de tratamento odontológico.

Recomenda-se que tratamentos odontológicos somente sejam realizados em portadores de hepatites virais agudas após o período de recuperação. Durante o quadro agudo, apenas tratamentos de urgência devem ser realizados. “Na Adequação do Meio Bucal (AMB), o cirurgião-dentista deve orientar o indivíduo quanto à higiene bucal, uso do fio dental e dieta adequada. Também deve ser realizada a escavação e selamento em massa das cavidades abertas, além do tratamento periodontal básico e do ajuste de próteses”, detalha o Dr. Celso.

Para os casos de transplante hepático, o tratamento odontológico é dividido em três fases: o pós-transplante imediato, o período em que o paciente transplantado permanece estável e, por último, se o paciente apresentar rejeição.  Em todas as fases, é essencial que o cirurgião-dentista seja consultado caso apareça alguma alteração na cavidade oral.

“O tratamento odontológico nos pacientes pós-transplantados tem como objetivo a manutenção e motivação de uma boa saúde bucal, com a detecção e tratamento precoce de infecções orais, além do reconhecimento e intervenção em lesões orais associadas. Acompanhamentos periódicos para avaliação oral de rotina devem ser estabelecidos, reforçando a importância da escovação oral e uso do fio dental”, completa.

 

 

Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP

www.crosp.org.br


Pesquisa revela que coronavírus infecta e se replica em células das glândulas salivares

Vírus como o da herpes, catapora, caxumba e mononucleose são exemplos de transmissores que também usam a saliva como forma de contágio
Créditos: Envato


Pesquisadores pretendem avaliar se boca pode ser uma porta de entrada direta da Covid-19; outras doenças virais já têm a cavidade bucal e saliva como canais de contágio


Um estudo realizado por pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) mostrou que o Sars-CoV-2, vírus responsável pela covid-19, infecta e se replica em células das glândulas salivares, responsáveis pela produção e liberação de saliva na cavidade bucal. A pesquisa ajuda a explicar o motivo pelo qual o coronavírus se faz presente em grandes quantidades na saliva de pacientes infectados, possibilitando, inclusive, a realização de testes a partir desse material. 

Nos últimos meses, várias pesquisas têm revelado a presença e recorrência do coronavírus na boca de pessoas infectadas e também a prevalência de complicações da Covid-19 em pacientes com problemas bucais. Um estudo publicado no Journal of Clinical Periodontology, a revista da Federação Europeia de Periodontologia (FEP), analisou 500 pacientes que foram infectados pelo coronavírus e concluiu que aqueles com problemas gengivais tinham 3,5 vezes mais possibilidade de serem internados por complicações da covid-19 e a probabilidade 4,5 vezes maior de precisarem de um ventilador mecânico. Outra pesquisa, realizada por profissionais da Residência em Periodontia no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), revelou ainda que o biofilme - placas de bactérias que se acumulam sobre os dentes - pode ser um reservatório de SARS-CoV-2.

Além disso, a importância do cuidado com a saúde bucal já era demonstrada na prevenção de outras doenças. “Por ser uma abertura ampla do corpo, e que tem muito contato com objetos externos, como a comida, as mãos, talheres e copos, a cavidade bucal se torna um caminho fácil para a entrada de vírus. E, mais do que isso, por ser um espaço de absorção de nutrientes e canal direto para o interior do corpo, ela também é um local sensível, vulnerável para o acometimento de doenças”, explica o dentista e especialista em Saúde Coletiva na Neodent, João Piscinini. 


Boca como porta de entrada

Muito antes da chegada da covid-19, outras patologias já tinham acesso ao corpo humano pela boca. Vírus como o da herpes, catapora, caxumba e mononucleose são exemplos de transmissores que usam a saliva como forma de contágio. “Já está  claro para a sociedade que até mesmo a gripe comum pode ser transmitida pela cavidade bucal. Porém, o que esperamos com as descobertas feitas com relação à covid-19 é poder evidenciar, ainda mais, o quanto é importante olharmos para a boca, e também para a saúde bucal, como parte do cuidado do corpo como um todo”, ressalta Piscinini. 

Além das doenças virais, diversas outras complicações podem indicar alertas pela boca. A sífilis, leucemia, anemia, diabetes, cirrose e até diabetes são exemplos de enfermidades que podem dar sinais por meio da boca. De acordo com Piscinini, além de porta de entrada, a boca também é um espelho do corpo. “Em uma análise da cavidade bucal, profissionais da odontologia conseguem identificar anormalidades que podem revelar a presença de muitos outros problemas de saúde, isso a partir de sintomas como mudança de coloração na mucosa, textura da língua, sangramento nas gengivas, enfraquecimento dos dentes, entre outros”, conta. 

Por isso, além da necessidade de manter a saúde bucal em dia, o acompanhamento com profissionais da odontologia também pode garantir a descoberta precoce de doenças mais graves. “Estudos como esse da USP, que investigam o papel da boca como transmissora e local de proliferação de vírus e bactérias, nos ajudam a conscientizar ainda mais sobre a importância de a população manter as consultas frequentes ao dentista”, reforça Piscinini 

A próxima etapa da pesquisa dos profissionais da USP pretende identificar se os tecidos presentes na boca, como mucosas e gengivas, podem também facilitar a entrada do vírus para o corpo. “A boca é uma cavidade muito maior que a nasal e, caso os tecidos internos sejam uma abertura direta do vírus para o organismo, as medidas de cuidados devem ser ainda mais relevantes”, ressalta o especialista em Saúde Coletiva na Neodent.

No estudo da Universidade de São Paulo, as células das glândulas salivares foram descobertas como local de replicação do vírus da covid-19. Realizada por meio da análise de amostras de três tipos de glândulas salivares de pacientes que morreram em decorrência de complicações causadas pelo coronavírus, a pesquisa teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e os resultados foram publicados no Journal of Pathology

 


Neodent®


Vacina contra o câncer existe?

Nos últimos anos, a internet e os demais meios de comunicação têm propagado diversos artigos sobre uma possível vacina contra o câncer. O quanto disso é real ou ficção e o quão perto está do uso no nosso dia a dia?

A ideia central de uma vacina contra o câncer é semelhante ao de uma vacina contra outras doenças já conhecidas (gripe, tétano, poliomielite, etc). O indivíduo recebe aplicação de uma substância que irá estimular seu sistema imune contra aquela doença — neste caso, o câncer. Importante salientar que o uso da vacina pode ser preventivo (antes do surgimento do câncer) ou terapêutico (após o indivíduo ser diagnosticado com o câncer).

Assim como existem diversas vacinas, uma para cada tipo de doença infecciosa, também na área da oncologia estão sendo estudadas diversas vacinas, uma para cada tipo de câncer. E por enquanto é pouco provável que haja uma só vacina que combata todos os tipos de câncer.

Para fins preventivos, a principal vacina disponível é contra o vírus HPV. Esse organismo é responsável por causar quase a totalidade dos tumores de colo uterino e a introdução da vacina pode reduzir drasticamente a incidência desta neoplasia. Atualmente essa vacina está disponível pelo SUS para meninas de 9 a 14 anos, meninos de 11 a 14 anos e mulheres imunossuprimidas de 9 a 45 anos.

Para fins terapêuticos existem apenas duas vacinas aprovadas para uso, uma para câncer de próstata e outra para melanoma. Ambas estão disponíveis apenas nos Estados Unidos e sem previsão de chegar ao Brasil. A eficácia de ambas é animadora, mas ainda inferior aos principais tratamentos que temos em oncologia (cirurgia, quimioterapia, imunoterapia…). Para outros sítios tumorais, há diversos estudos em andamento, mas ainda sem comprovação de eficácia que justifique seu uso disseminado.

Embora a vacina contra o câncer exista sim e já seja utilizada, apenas a vacina contra o HPV tem eficácia bem validada, e para a prevenção. Quanto às vacinas terapêuticas, esta é uma modalidade que ainda está sendo aperfeiçoada e atualmente tem uso limitado. Nos próximos anos, a vacina (tanto preventiva quanto terapêutica) deve ganhar espaço entre as principais terapias em oncologia, mas por enquanto os pacientes devem manter seu tratamento com o arsenal disponível — quimioterapia, terapia alvo, imunoterapia, hormonioterapia, radioterapia, entre outros.

 


Lucas Sant'Ana - médico oncologista do OncoCenter Dona Helena, de Joinville (SC)


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