Pesquisar no Blog

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Gratidão ativa


Dizer obrigado e ser grato são duas coisas diferentes

 

É cada vez mais comum escutar pessoas substituírem a palavra “obrigado” por “gratidão”. Mas afinal, é a mesma coisa? Obrigado é uma palavra utilizada de maneira racional para demonstrar o reconhecimento por alguma atitude ou ação específica que um indivíduo realiza. Por exemplo quando uma pessoa oferece um serviço ou uma gentileza, dizemos obrigado para demonstrar que reconhecemos aquela atitude. Gratidão é um sentimento, quando falamos, gratidão, estamos declarando que temos um sentimento com relação àquela situação ou pessoa.  Então gratidão tem um significado mais profundo que obrigado.

A gratidão possui diversos benefícios a vida. “Quando você começa a viver a gratidão de maneira prática, você ativa uma área do seu cérebro que é responsável pela sensação de bem estar e aumenta a produção do hormônio da tranquilidade, assim que você vai começar a ver muitas mudanças na sua vida”, apresenta Mariana Sousa, Coach holística e reprogramadora mental.

Outros benefícios são:

- Uma melhoria nas relações pessoais;

- Melhora na capacidade de gerir emoções;

- Diminuição do nível de estresse e ansiedade;

- Melhora no sono;

- Fortalecimento do sistema imunológico;

- Mais motivação no dia a dia.

Existem três tipos de gratidão que podem ser observadas:

Gratidão superficial – quando a gratidão é demonstrada para cumprir um protocolo social. A palavra é utilizada para demonstrar um reconhecimento, entretanto não possui sentimento sendo assim, superficial.

Gratidão passiva – quando o indivíduo realmente se sente grato, porém só experimenta essa sensação em momento pontuais. “Um exemplo de gratidão passiva é quando ganhamos um presente ou alguém nos faz uma surpresa. Talvez você estivesse triste, desanimado, achando a vida ruim, e aí vem alguém e te faz uma surpresa e isso acende a chama da gratidão, entretanto, depois de um tempo a chama se apaga e precisa de outro combustível, por isso ela é passiva” explica Mariana.

Gratidão ativa – essa não precisa de um combustível para queimar, ela produz a sua própria energia. Gratidão ativa significa praticar a gratidão no seu dia a dia, não esperar que aconteça alguma coisa para conectar com esse sentimento. Procurar de maneira consciente coisas na sua vida pelas quais estar agradecido como, levantar da cama todos os dias, ter saúde, uma casa, alimento sem falta, família, amigos e enfim.

E assim “O que acontece é que você começa a vibrar numa frequência da gratidão que anda junto ao amor e ao perdão, uma das frequências mais elevadas. E como tudo no universo vibra, nós atraímos para a nossa realidade pessoas, experiências e situações que estejam vibrando na mesma frequência” apresenta a Coach.

E ainda há algumas pessoas que falam sobre agradecer os fatos negativos que ocorrem na rotina, contudo não podemos forçar a gratidão, pois neste momento o coração não está vibrando realmente na frequência certa.  “O nosso desenvolvimento humano e espiritual em direção ao amor, ao perdão e à gratidão é um caminho, um processo. Não estaremos nunca 100% gratos 24 horas por dia, nem vamos amar e perdoar a todas as pessoas do mundo o tempo todo. Então até mesmo para não se frustrar o ideal é começar agradecendo por aquilo que realmente somos gratos, mas que por vivermos a vida muitas vezes no piloto automático, acabamos nos esquecendo de agradecer” finaliza.

 



Mariana Sousa - Coach holística e Reprogramadora Mental

www.marianasousa.com

E-mail: Info@marianasousa.com

Instagram: @marianasousa_coach


Mais que uma técnica, uma filosofia de vida

O Ho'oponopono trabalha o perdão e a reconciliação, não só com o próximo mas também para nós mesmos


A maioria das vezes que lemos algum artigo ou assistimos algum vídeo sobre o Ho’oponopono, normalmente estes se referem a ele como uma “técnica de limpeza de memórias”. “Nos últimos 5 anos da minha vida, que venho praticando o Ho’oponopono, aos poucos fui percebendo que essa definição está muito aquém do que é o Ho’oponopono de verdade” explica Mariana Sousa, Coach holística e Reprogramadora Mental.

O Ho’oponopono se originou no Xamãnismo Havaiano. Quando a população do Havaí ainda vivia em tribos, cada grupo social contava com um médico (curandeiro) e líder espiritual, o Xamã. Sempre que acontecia algum conflito entre membros das tribos, o Xamã responsável por aquele grupo realizava um ritual onde cada pessoa envolvida no conflito e seus familiares relatavam a sua versão da história, assumiam a sua responsabilidade no acontecimento, perdoavam a si e aos outros. A reunião só terminava quando o Xamã percebia que qualquer tipo de mágoa ou ressentimento havia sido dissolvido pela força do amor, do perdão e da gratidão.

Com o passar dos séculos a realidade social do Havaí foi mudando e a população dessa ilha do Pacífico aos poucos foi deixando de viver em tribos. Foi adotando o estilo de vida ocidental, de viver em grandes cidades. “Assim o Ho’oponopono acabou caindo no esquecimento. Na década de 80, a líder espiritual descendente da última Rainha do Havaí, Mornah Simeona, fez uma adaptação do Ho’oponopono para que ele pudesse ser praticado pelas pessoas na atualidade. Sem a presença de um Xamã e de maneira individual. Assim surgiu o Ho’oponopono como conhecemos hoje em dia” comenta a Coach.

Nessa prática, quatro frases são utilizadas para dar início ao processo de perdão:

- Eu sinto muito: sinto por estar vivendo essa situação, e pela parte de mim que está criando essa realidade;

- Me perdoe: eu perdoo a parte de mim que cria essa realidade e assumo a minha responsabilidade, assumindo também o poder de mudar;

- Eu te amo: deixo as portas da minha vida abertas para o amor entrar. Amo as memórias que fazem parte de mim, mesmo que elas tenham causado essa situação;

- Sou grata: agradeço sempre pela oportunidade de limpar e purificar a minha essência.

Entretanto, muitas pessoas pensam, erroneamente, que devemos repetir essas frases para a pessoa com a qual tivemos um conflito. “Mas não é bem assim. As frases são dirigidas à divindade que habita dentro de cada um de nós, a nossa centelha divina” expõe Mariana.

Quando essas quatro frases são repetidas como um mantra, naturalmente elas fazem parte do dia a dia de cada um. O que se reflete em uma mudança de atitude e de perspectiva. O ponto de vista é mudado. Começamos a tomar decisões com base no amor, no perdão e na gratidão. “Por isso o Ho’oponopono é muito mais que uma técnica, é uma filosofia de vida. Se trata de assumir a nossa responsabilidade em todas as circunstâncias que se apresentam. Quando assumimos a responsabilidade nos tornamos poderosos, porque se somos responsáveis, podemos mudar essa realidade” finaliza a reprogramadora mental.

 



Mariana Sousa - Coach Holística e Reprogramadora Mental

www.marianasousa.com

E-mail: Info@marianasousa.com

Instagram: @marianasousa_coach


Tire a capa de mulher maravilha: não somos multitarefas

Nós mulheres não somos multitarefas, somos sobrecarregadas. O excesso de atividades e a ideia de "temos que" fazem com que nossa saúde mental fique abalada. E eu sempre digo: somos perfeitamente imperfeitas.

O mito é que somos multitarefas. É errado falarmos que somos multitarefas, existe algo por trás disso que é o essencialismo biológico, que significa atribuirmos vantagem biológica em função do sexo. Um exemplo é falar que as mulheres dão conta de várias atividades ao mesmo tempo: os filhos, a casa, o trabalho e ainda dar apoio para quem precisa dela.

Atribuímos vantagens competitivas em função do marcador de sexo. Se formos olhar as consequências para as mulheres, há, além da saúde mental, violência psicológica. Quem nunca ouviu que a culpa é sua quando alguém te paquera usando saia à noite? E aqui o essencialismo é que os homens têm impulsos sexuais incontroláveis e nós mulheres precisamos nos conter para não ''atiçá-los''.

Quem nunca ouviu também o estereótipo de que mulher não é boa com números, com lógica, com exatas. Tudo isso envolve machismo e essencialismo biológico. Isso faz com que as mulheres se afastem de carreiras na área. Existem vários estudos neurocientistas que defendem que é impossível você fazer duas atividades que demandam intelectualidade com a mesma qualidade e ao mesmo tempo. É impossível ler este artigo enquanto conversa com alguém, por exemplo, com atenção. A gente faz uma atividade e depois executa a outra. Você pode ter se acostumado a se maquiar dirigindo, por exemplo, mas você não faz nenhuma das duas com 100% de foco.

É muito comum as empresas levantarem bandeiras que querem mulheres em cargo de liderança porque elas são mais produtivas e conseguem fazer várias atividades ao mesmo tempo. Precisamos questionar isso porque historicamente o grande dilema é que nós assumimos esse papel de multi tarefeira: eu tenho que cuidar da minha casa, eu tenho que performar bem no trabalho, eu tenho que cuidar do meu filho, eu tenho que cuidar dos meus pais quando envelhecerem. Por isso, assumimos uma sobrecarga mental absurda e precisamos começar a questionar esse tipo de fala. Homens e mulheres não são multitarefas. Se endossamos esse discurso, vamos assumir esse papel e obviamente, não daremos conta de tudo.

É fato que desenvolvemos mais jogo de cintura, mas porque não foi nos dada outra opção senão a responsabilidade integral pelo cuidar.

Outra consequência negativa é o excesso de controle: somente eu cuido da minha casa, dos meus filhos, somente eu posso performar no ambiente de trabalho e assim, eu não deixo outros protagonizarem. Os demais são colocados como coadjuvantes. Vestimos nossa capa de mulher maravilha e nos cobramos o dia inteiro para dar conta de tudo.

Isso também tem a ver com autorresponsabilidade. Retirar o protagonismo das pessoas é colocá-las como coadjuvantes. Se estamos em um contexto de liderança, minha equipe se torna medíocre porque sou sempre eu que tenho as ideias brilhantes e não deixo as pessoas evoluírem. A mesma coisa acontece em casa e nas relações afetivas: se você acredita que somente você sabe lavar a louça, cozinhar, cuidar da criança e fazer a lista do supermercado, você está transformando a pessoa com quem se relaciona afetivamente em coadjuvante.

A cada quatro mães, uma não volta mais ao mercado de trabalho porque elas acreditam que não vão dar conta de cuidar da casa, do filho, de performar no ambiente do trabalho. Da mesma forma, a Diretora de Operações do Facebook, Sheryl Sandberg, em seu livro Faça Acontecer traz um exemplo que, quando ela estava tentando contratar mais mulheres, as que pretendiam engravidar, um ano antes elas já estagnavam as suas carreiras acreditando que não dariam conta de trabalhar e de cuidar da casa e dos filhos.

Isso tem consequências drásticas na nossa saúde mental e no nosso reconhecimento como mulher e profissional. Vamos quebrar esses paradigmas e refletir sobre a nossa potência! Nem sempre vamos dar conta de tudo e está tudo bem!

Precisamos ressignificar o mito do equilíbrio: a vida profissional, com a casa, com a vida amorosa. Na prática, o que acontece são escolhas. Precisamos de autorresponsabilidade para entender o que é prioridade para nós e assumir que talvez em determinado momento eu queira me dedicar mais ao meu filho em um momento, talvez o trabalho eu foque mais em outro, é uma escolha consciente. Acreditamos na compensação. Assim como, em uma fase priorizamos o filho, na próxima podemos priorizar o trabalho.

E precisamos assumir essa responsabilidade de que em um contexto de equipe, quando eu dou a solução sempre e estou sempre disponível, eu estou tornando as pessoas medíocres. Quando você está disponível para o mundo, você não está disponível para você porque você não se prioriza e isso impacta nosso trabalho, nossa vida e principalmente nossa saúde mental.

E isso não é simples de ser colocado em prática. Eu, por exemplo, acho que minha casa poderia estar mais arrumada, com certeza estou com louça na pia neste exato momento. Mas posso deixar essa responsabilidade para outra pessoa. Isso parte de entendermos que a pessoa não vai fazer do jeito que eu faria, mas ela vai fazer. Isso é inovação, diversidade e respeito. E, por isso, precisamos quebrar a fala de que as mulheres são multitarefas, isso nos prejudica nas nossas relações pessoais e profissionais. E se eu endosso essa prática, o discurso se propaga de uma maneira completamente errada e inadequada.

Você não vai crescer se quiser controlar tudo. Queremos saber se as pessoas vão entregar tudo nos mínimos detalhes com os quais nos importamos e isso não vai acontecer. E você terá que aprender com essa pessoa, ela tem um estilo diferente do seu e precisamos celebrar essa diversidade para ter resultados melhores.

E a mulher sempre quer melhorar, evoluir. Eu acredito que buscamos mais a perfeição porque existem os estereótipos e uma sociedade que lucra com a nossa insegurança. Uma vez que eu tenho consciência de que não há pessoas multitarefas, os compromissos que eu faço comigo mesma para mudar isso são essenciais. A pessoa vai fazer do jeito dela e do estilo dela e está tudo bem.

Mulher, pode tirar a capa e dizer aos outros e a si mesma: "não somos multitarefas".

 



Carine Roos - especialista em Desenvolvimento de Mulheres e co-fundadora da ELAS

Setembro Amarelo: mitos sobre o comportamento suicida


Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), organiza nacionalmente o Setembro Amarelo. O dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a campanha acontece durante todo o ano. O trabalho surgiu para disseminar informações que podem auxiliar a sociedade a desmitificar o tabu em torno do assunto e ajudar médicos a identificar seus fatores de risco, tratar e instruir seus pacientes.

São registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos no Brasil e mais de um milhão no mundo. Trata-se de uma triste realidade, que registra cada vez mais casos, principalmente entre os jovens. Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias.

Mas, afinal, o que leva uma pessoa a pensar em suicídio ou a chegar a cometê-lo? Segundo a ABP, “o suicídio pode ser definido como um ato deliberado, de forma consciente e intencional, usando um meio que ele acredita ser letal”.

“O comportamento suicida vai num crescente que envolve desde pensamentos até planos e a tentativa de suicídio. Trata-se de uma complexa interação de fatores psicológicos e biológicos, inclusive genéticos, culturais e socioambientais. Sendo assim, o pensamento suicida deve ser considerado como o desfecho de uma série de variáveis que se acumulam na história do indivíduo, não podendo ser levado em conta apenas determinados acontecimentos pontuais de sua vida”, afirma a psiquiatra Dra. Danielle H. Admoni, especialista pela ABP e psiquiatra geral da Unifesp.

 

Mitos sobre o comportamento suicida

Erros e preconceitos vêm sendo historicamente repetidos, contribuindo para a formação de um estigma em torno da doença mental e do comportamento suicida. “O estigma resulta de um processo em que as pessoas passam a se sentir envergonhadas, excluídas e discriminadas”, reforça Danielle. Para auxiliar o entendimento e desmitificar o tabu em torno do assunto, a ABP listou os principais mitos acerca do comportamento suicida:

 

O suicídio é uma decisão individual, já que cada um tem pleno direito a exercitar o seu livre arbítrio

Falso. Os suicidas estão passando quase invariavelmente por uma doença mental que altera, de forma radical, a sua percepção da realidade, interferindo em seu livre arbítrio. O tratamento eficaz da doença mental é o pilar mais importante da prevenção do suicídio.

 

Quando uma pessoa pensa em se suicidar, terá risco de suicídio para o resto da vida

Falso. O risco de suicídio pode ser eficazmente tratado e, após isso, a pessoa não estará mais em risco.

 

As pessoas que ameaçam se matar só querem apenas chamar a atenção

Falso. A maioria dos suicidas fala ou dá sinais sobre suas ideias de morte. De alguma forma, boa parte dos suicidas expressou seu desejo de se matar, seja para médicos, familiares ou amigos.

 

Se uma pessoa que pensava em suicidar-se, em um momento seguinte passa a se sentir melhor, significa que o problema já passou

Falso. Se alguém cogitou o suicídio, mas depois aparenta estar tranquilo, não significa que tenha desistido da ideia. Uma pessoa que decidiu suicidar-se pode se sentir aliviado simplesmente por ter tomado a decisão de se matar, passando aos outros a impressão de que já está tudo bem.

 

Quando um indivíduo mostra sinais de melhora ou sobrevive a uma tentativa de suicídio, está fora de perigo

Falso. Um dos períodos mais perigosos é quando se está melhorando da crise que motivou a tentativa, ou quando a pessoa ainda está no hospital, após uma tentativa felizmente fracassada. A semana que se segue à alta do hospital é um período em que a pessoa está particularmente fragilizada. Como um preditor do comportamento futuro é o comportamento passado, a pessoa suicida, muitas vezes, continua em alto risco.

 

Não devemos falar sobre suicídio, pois isso pode aumentar o risco

Falar sobre suicídio não aumenta o risco. Muito pelo contrário. Falar com alguém sobre o assunto pode aliviar a angústia e a tensão que esses pensamentos trazem.

 

Sinais sutis que merecem atenção

Para a Dra. Cristiane Romano, fonoaudióloga, mestre e doutora em Ciências e Expressividade pela USP; algumas situações simples do dia a dia podem sinalizar que uma pessoa precisa de ajuda. “O sofrimento causado pela ansiedade social, por exemplo, afeta negativamente a vida do indivíduo, fazendo com que qualquer interação signifique um tormento à pessoa”.

O grande problema, segundo a fonoaudióloga, é confundir esse tipo de comportamento com uma simples timidez. “Já atendi muitos pacientes com dificuldade para falar em público, ou até mesmo para se socializar, e, ao longo do tratamento, foi constatado que o problema era bem mais grave do que um simples bloqueio de comunicação. Nestes casos, a orientação é buscar apoio psicológico e/ou psiquiátrico”, conta Cristiane Romano.

Segundo ela, um aspecto de comportamento que pode desencadear transtornos mais graves é o medo de não ser aceito. “A pessoa que é extremamente insegura tem medo de não ser aceita pelo grupo, de falar alguma bobagem ou ter algum comportamento fora do padrão. A possível rejeição de quem está a sua volta já é o suficiente para fazer com que a pessoa comece a duvidar de si mesma. Para não ser excluída, ela se retrai, já prevendo que será avaliada negativamente. Daí a importância de obter um apoio terapêutico, evitando a evolução de um quadro cada vez mais crítico”, orienta Cristiane.

“Vale lembrar que as Unidades de Urgência e Emergência (geral e/ou psiquiátrica), os Serviços Especializados e outros são de fundamental importância para os indivíduos que estão em situação de crise. Portanto, ao menor sinal de alterações no comportamento compatíveis às características citadas acima, é imprescindível buscar ajuda médica o mais rápido possível”, alerta a psiquiatra Danielle H. Admoni.


A MELHOR MANEIRA DE SUPERAR UMA SITUAÇÃO DIFÍCIL É ENFRENTANDO O MEDO DE ERRAR

Quem nunca sonhou em abandonar tudo e começar do zero? Ter uma vida nova, vivenciar novas experiências e sentir novas sensações. Tudo isso no primeiro instante é maravilhoso, nos proporciona uma sensação de felicidade, recomeço e alívio, porém logo em seguida quando confrontamos a realidade e pensamos na possibilidade de efetuar mudanças reais passamos a analisar os prós, contras e os riscos a serem assumidos.


Com isso, surgem sentimentos de insegurança, ansiedade e o medo do novo, o que é completamente normal em algumas situações da nossa vida.

O medo deve ser entendido como um mecanismo de preservação e auxílio nas nossas ações, pois ele faz com que nos tornamos mais atenciosos e cuidadosos com as nossas atitudes.

O problema é quando ele se torna excessivo e elemento paralisante, tornando-se um empecilho nos limitando de realizar atividades corriqueiras do cotidiano.

Deixar de agir sob a ação desse sentimento limita não só as nossas ações, mas quando se trata do medo de errar, fechamos a porta para novas oportunidades, sabotamos o nosso crescimento e consequentemente as nossas conquistas.



 QUAL É O PRINCIPAL AGENTE CAUSADOR DO MEDO?

Sem dúvida alguma as crenças limitantes e o pensamento negativo são os fatores principais, o medo de errar está relacionado com a insegurança que o indivíduo tem diante de uma situação de incerteza.
 
Para evitar ser sentir impotente e dominado diante desse tipo de situação, é imprescindível que a pessoa antes de qualquer coisa se conheça para poder identificar suas qualidades e pontos a serem melhorados, pois assim se tornará mais confiante diante de situações desafiadoras.

Quando você possui pleno domínio da sua inteligência emocional, consegue dominar mais os sentimentos e se torna mais consciente para ir à busca dos seus objetivos.

Devemos entender que temos diversas decisões a serem tomadas em nossas vidas e estas são apenas decisões, mas que delas dependem inúmeras circunstâncias para serem realizadas, porém quando aplicadas com confiança, as chances de assertividade serão maiores.

A vida é um constante treino em um jogo de erro e acerto, na qual a insegurança nada mais é que um desconhecimento de nossos próprios talentos e capacidades. 



NINGUÉM GOSTA DE ERRAR


É natural que todo mundo haja com o intuito de acertar, mas nem sempre é possível. Durante o curso da vida, cometemos erros e acertos e por isso não devemos desanimar durante uma derrota, ao contrário ela deve servir como um verdadeiro professor para não repetimos aquele que foi o agente da nossa queda.

A melhor maneira de perder o medo de errar é tentando e não se deixando influenciar pelas críticas e opinião alheia, com tomadas de decisões bem pensadas e inteligentes.


ENFRENTAR AS SITUAÇÕES NOVAS COM CORAGEM

A vida requer coragem, mas agir de forma inconsequente não é prova de coragem, pelo contrário, é uma atitude impensada pode acarretar mais experiências desastrosas.

Por isso estude, faça um planejamento, sobretudo se conheça, desenvolva suas aptidões, explore sua criatividade e saiba que falhar mais parte da caminhada, uma pessoa de sucesso hoje, um dia ela também tentou, errou, falhou e se reergue para alcançar aos seus objetivos.



Gad Adler - Nascido em Jaffa, Israel, é filósofo, terapeuta motivacional e palestrante.Formado em Filosofia e História das Religiões pela Universidade de Tel Aviv, escreveu o livro “Você não pode tudo!Mas pode e merece ser feliz.“; é criador do método Melhor Maneira de aperfeiçoamento emocional, espiritual e da consciência para uma vida melhor, além de  administrar o site:www.melhormaneira.com.br com conteúdo motivacional e que leva o mesmo nome da técnica.

Insta:@melhor.maneira

Youtube: https://www.youtube.com/channel/UC8AsBDCFpRuSiLlSXFhOUGQ

Vida a dois em casa: como equilibrar a relação no trabalho com a pessoal?

Com a crise, muitos casais se reinventaram e abriram um negócio juntos. Mas como separar o profissional do pessoal? Erika Linhares, executiva especialista em soft skills, palestrante e pedagoga, é fonte para falar sobre o tema

Com a crise devido ao novo coronavírus, o isolamento social e o aumento de desempregados no país, muitas pessoas tiveram que se reinventar. Nesse contexto, muitos casais começaram a montar um negócio próprio para sobreviver a essa crise e conseguir pagar as contas do dia a dia. Mas como separar a relação profissional em relação à empresa da pessoal como casal?

Erika Linhares, executiva especializada em soft skills, vive na pele essa situação com o marido, que também é seu sócio na empresa B-Have. Veja abaixo dicas da palestrante Erika Linhares sobre como ter um relacionamento saudável sabendo separar a vida profissional da pessoal.

1. Definam qual é o objetivo em comum. Onde vocês como casal e sócios querem chegar com a empresa? Decidam juntos quais são os objetivos do negócio que criaram para saber quais estratégias devem ser adotadas e seguidas. Se não tiverem isso claro, é possível que tomem atitudes diferentes e gastem energia à toa. Quanto mais alinhado o casal estiver com o que espera da empresa, melhores resultados poderão vir.

2. Estabeleçam os papeis e responsabilidades de cada um. É importante que cada pessoa saiba quais as funções do outro para que a empresa funcione de forma organizada, ambos sejam produtivos e possam ter resultados. Faça contratos, registre informações em atas e não deixe as coisas subentendidas só porque se confia no outro e se trata de uma relação familiar. Sejam profissionais.

3. Cobranças e feedbacks podem sim ser feitos. Não devem ser levados para o lado pessoal. Problemas precisam ser resolvidos na hora. É improdutivo, por conta de alguma discussão, passar o dia sem falar com o outro. Abram o jogo, conversem sobre o que incomoda e esclareçam o que não está claro. Importante: não levem discussões para o momento de lazer após o horário de trabalho. O diálogo é fundamental para fortalecer o relacionamento.

4. Comemorem as pequenas vitórias. Empreender não é fácil, ainda mais na crise. No começo, é difícil ter vitórias. Então, vibrem com as pequenas conquistas para isso dar combustível para continuar.

5. Dividam tarefas de casa. Não deixem um ou outro sobrecarregados com tarefas domésticas ou isso poderá atrapalhar na produtividade na empresa. Se um gosta mais de cozinhar, deixe que fique responsável por isso enquanto o outro cuida da limpeza e organização da casa. Cuidem dos filhos de forma igual para que essa atitude também seja um bom exemplo para a educação deles.

 



Erika Linhares - Executiva especializada em comportamento e cultura dentro de organizações, chegou a ser sacoleira aos 15 anos quando o pai, dono de uma imobiliária, perdeu tudo na década de 90. Trabalhou ainda na área pública na Prefeitura de Sete Lagoas, em Minas Gerais. Depois de entrar na faculdade de pedagogia, começou a carreira no sistema privado aos 19 anos, ganhando R$ 350 reais como atendente de loja. Vinte anos depois, deixou o mercado corporativo como diretora nacional de uma das maiores empresas do Brasil para atuar como gestora de carreiras em sua empresa, a B-Have. Mais de 15 mil pessoas e 600 parceiros comerciais passaram pela gestão da executiva.

http://erikalinhares.com/
Instagram: @elinhares12
Facebook/Youtube: Erika Linhares

 

Réveillon das Luzes no Terras Altas vai celebrar o Ano Novo com espetáculo de queima de fogos


Depois de um ano tumultuado e cercado de preocupações, nada melhor do que comemorar a chegada de 2021 cercado de luzes. Em meio à natureza exuberante da Mata Atlântica e com todo o conforto que uma excelente estrutura hoteleira pode oferecer, o Réveillon das Luzes do Terras Altas Resort & Convention Center colocará um ponto final em 2020 para saudar a chegada de um novo ciclo. Ceia da virada, música ao vivo, queima de fogos e outras surpresas já estão sendo preparadas para tornar as comemorações da virada do ano uma experiência inesquecível.

 

O resort criou três pacotes diferenciados para quem quiser festejar com segurança. Isso porque o Terras Altas, ao longo dos quatro meses em que teve de suspender as atividades, preparou-se para cumprir todos os protocolos de biossegurança indicados pelas autoridades sanitárias, como forma de garantir tranquilidade e segurança de seus hóspedes, visitantes e colaboradores neste momento de retomada. 

“Esta será mais uma grande festa de virada do ano com muita energia positiva e alto astral para dar as boas-vindas a 2021. Estamos preparados para receber a todos com total segurança, conforto e excelência, dentro dos protocolos sanitários dos órgãos de saúde. Nossa área de 250 mil metros em meio à Mata Atlântica permite que se mantenha a segurança dos hóspedes”, afirma o sócio e diretor-geral do hotel, Latif Abrão Junior. 

Os pacotes single, duplo (dois adultos) e triplo (três adultos) incluem - além da ceia de Réveillon - pensão completa, com café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar. O check in deve ser realizado no dia 30 de dezembro, a partir das 14 horas. E o checkout, até as 18 horas do dia 1º de janeiro. Bebidas e gastos extras não estão incluídos, mas o hotel presenteará os hóspedes com uma garrafa de espumante para cada apartamento.

Além disso, a hospedagem será gratuita para uma criança de até 11 anos que permanecer no mesmo apartamento que o casal. Se o casal tiver dois filhos que permaneçam no mesmo quarto, pagará pela hospedagem da segunda criança 50% do valor da diária.  

A programação do Réveillon das Luzes contará com apresentação musical, ceia e um espetáculo pirotécnico de tirar o fôlego. A queima de fogos está programada para durar cinco minutos. Durante o dia, as crianças a partir de 4 anos e os adultos poderão realizar diversas atividades de lazer oferecidas pelos monitores do hotel. 

O Terras Altas oferece ainda passeios por trilhas ecológicas, piscinas, quadras poliesportivas (tênis, futebol e vôlei de areia) e academia, duas piscinas (uma externa com Cascata e bar exclusivo e outra aquecida), salão de jogos, videokê, playground, capela ecumênica, biblioteca e loja de conveniência. O empreendimento conta com 120 apartamentos equipados com ar-condicionado e calefação, bancada de trabalho, internet, cofre, TV a cabo e minibar; e é pet friendly: aceita cães de pequeno porte (até 10 kg) sem cobrança de taxa extra.  

“O empreendimento agrada tanto os hóspedes que buscam uma programação variada de esportes e entretenimento quanto os que querem apenas relaxar à beira da piscina e aproveitar o ar puro da natureza, seja lendo um livro ou percorrendo uma das nossas trilhas ecológicas”, destaca Latif.

 

Valores e formas de pagamento 

O valor para o pacote Réveillon das Luzes, com acomodação individual (1 adulto), é de R$ 2.400. Para um casal (dois adultos) o valor é de R$ 3.070 e a opção de acomodação tripla (3 adultos) sai por R$ 3.900. Lembrando que o hotel oferece cortesia para 1 (uma) criança de até 11 anos na mesma acomodação de dois pagantes e a segunda criança tem 50% do valor da diária.  

O valor pode ser parcelado em 10 vezes iguais no cartão de crédito (antecipadamente) com fechamento em agosto e setembro. Em 5 vezes no cartão de crédito (antecipadamente) com fechamento em outubro. E em 2 vezes iguais no cartão de crédito (antecipadamente) com fechamento em novembro e dezembro. 

 

Protocolos de Segurança 

“Nossos programas de Segurança Sanitária e Alimentar sempre foram muito rigorosos, então apenas ajustamos os cuidados indicados por conta da pandemia”, explica o sócio e diretor-presidente do resort, Latif Abrão Jr. Entre os protocolos adotados: a medição de temperatura no check-in, uso obrigatório de máscara nas áreas comuns, novo layout dos espaços dos restaurantes, salas de reunião e de eventos, áreas comuns e espaços de trabalho, em conformidade com a recomendação de se manter a distância mínima de 2 metros entre as pessoas. Além disso, para evitar aglomerações na recepção, o check in agora pode ser feito antecipadamente via aplicativo e dispensers de álcool gel estão espalhados pelo resort.

 

Saiba mais em: lazer@hotelterrasaltas.com.br, pelo WhatsApp (11) 98644-0077. www.hotelterrasaltas.com.br.

 

 

 

 


Santana Parque Shopping realiza Campanha de Doação de Sangue

Redução em até 50% de doações faz empreendimento realizar ação em parceria com o projeto Amor se Doa


  O Santana Parque Shopping realiza, nos dias 10 e 11 de setembro, mais uma campanha social de doação de sangue em parceria com o projeto Amor se Doa, já que as doações de sangue registram queda de 50% nos últimos meses.

  Recebendo uma carreta de coleta de sangue, o empreendimento segue todas as normas de higiene, controle de fluxo e distanciamento social orientadas pela prefeitura. Para isso, o centro de compras disponibiliza um espaço para a doação, localizado na entrada Eco 4, dedicado exclusivamente para os interessados em ajudar pessoas que precisam de transfusões, independentemente do tipo sanguíneo.

  A coleta acontece das 10h às 15h, mediante a agendamento prévio que pode ser realizado por meio do link linktr.ee/amorsedoa. O objetivo é arrecadar em torno de 100 bolsas de sangue por dia, que serão destinadas para o Banco de Sangue Paulista.

  Todos que doarem terão isenção do estacionamento!

  Para ser um doador, o voluntário deve ter entre 18 e 65 anos, desde que a primeira doação tenha acontecido até os 60 anos, além de estar dentro dos requisitos necessários:

  • Boas condições de saúde
  • O peso deve ser superior a 53 kg para homens e 50 kg para mulheres
  • Se homem, deve ter doado há mais de 60 dias
  • Se mulher, deve ter doado há mais de 90 dias; não estar grávida; não estar amamentando; já ter passado pelo menos 3 meses de parto ou aborto
  • Não ter tido Hepatite após os 10 anos de idade
  • Não ter histórico de contato com o inseto barbeiro, transmissor da Doença de Chagas
  • Não ter histórico de malária ou se esteve em região de malária nos últimos 6 meses
  • Não ter realizado Endoscopia / Colonoscopia nos últimos 6 meses 
  • Não tem ou teve Sífilis
  • Não ter tatuagens e/ou piercings recentes (menos de 1 ano)
  • Não ter recebido transfusão de sangue ou hemoderivados no último ano
  • Não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas que antecedem a doação
  • Estar alimentado e com intervalo mínimo de 2 horas após a última refeição 
  • Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas que antecedem a doação
  • Não ter mais de 3 parceiros sexuais nos últimos 12 meses
  • Não ter fumado na última hora que antecede a doação
  • Não possuir comportamento de risco para HIV tais como: não usar preservativos em relações sexuais com parceiros novos ou ocasionais, ter mais de 3 parceiros sexuais nos últimos 12 meses ou ser usuário de drogas ilícitas

Antes da coleta, o doador deve apresentar documento oficial com foto e passar por uma breve entrevista de triagem.

 


Serviço
Campanha Doação de Sangue – Santana Parque Shopping
Data:
10 e 11 de setembro
Horário: Das 10h às 15h
Local: Eco 4
Mais informações: (11) 2238-3002
www.santanaparqueshopping.com.br
Endereço: Rua Conselheiro Moreira de Barros, 2780 – Santana – São Paulo – SP
Mais informações: 11 2238-3002 – www.santanaparqueshopping.com.br


Exercício físico reverte atrofia muscular provocada por câncer e pode aumentar sobrevida de pacientes


 Estudo realizado em ratos por pesquisadores do Brasil, EUA e Noruega mostrou os efeitos do exercício físico na condição conhecida como caquexia do câncer. Análise sugere o treinamento como terapia auxiliar para pacientes oncológicos (imagem: células musculares tratadas com meio condicionado de células tumorais. O modelo in vitro de caquexia do câncer, foi utilizado nas últimas etapas do estudo; imagem: acervo dos pesquisadores)


A prática de exercício físico pode ser favorável para pacientes oncológicos. Estudo realizado em modelo animal por equipe internacional de pesquisadores comprovou que o treinamento regular de atividades aeróbicas, além de melhorar a capacidade física, também reverteu perda de massa muscular, normalizou a função contrátil do músculo e, sobretudo, prolongou em 30% a sobrevida de ratos com tumores.

Artigo, publicado na revista Molecular Metabolism, descreve pesquisa realizada em ratos com caquexia decorrente do câncer e que recuperaram funções perdidas do músculo esquelético por meio do exercício físico. Alguns dos resultados obtidos em experimentação animal foram reforçados por meio da análise de tecidos musculares de pacientes com câncer de pulmão.

O estudo, apoiado pela FAPESP, por meio de um Projeto Temático sobre câncer e coração e do programa de mobilidade Sprint/FAPESP, mostrou que o exercício físico pode reverter essa ação do câncer de alterar a expressão de algumas proteínas do músculo esquelético.

“Pacientes oncológicos tendem a apresentar atrofia muscular, a chamada caquexia do câncer. Isso porque, para o tumor se desenvolver, ele precisa interagir com o organismo e o músculo esquelético pode se tornar uma fonte de reserva de energia. Basicamente, o tumor vai produzir vários fatores para tentar extrair toda a proteína guardada no músculo esquelético para crescer. Nesse processo, perde-se força e massa”, explica Christiano Alves, um dos autores do estudo.

Alves foi bolsista da FAPESP e atualmente realiza pesquisa de pós-doutorado na Universidade de Harvard (Estados Unidos).

No estudo, a comparação em modelo experimental de ratos com câncer e caquexia severa mostrou que os animais com tumores e que realizaram treinamento físico – semelhante à corrida e caminhada em esteiras adaptadas – apresentaram sobrevida 30% maior do que aqueles com caquexia do câncer que permaneceram sedentários.

“Ao analisar o músculo isoladamente, observamos que o treinamento físico reduziu o estresse oxidativo e melhorou as funções do músculo esquelético, como a capacidade de contração”, diz.

No rastro das proteínas

Para investigar os efeitos dos tumores no músculo esquelético, os pesquisadores realizaram inicialmente uma análise proteômica (variação na expressão de proteínas) no músculo de três grupos: animais com tumores e caquexia que realizaram exercício, animais com câncer e caquexia que permaneceram sedentários e animais saudáveis.

“Buscamos identificar proteínas musculares alteradas na caquexia do câncer e que fossem alvo terapêutico pelo exercício físico, ou seja, que pudessem ter a sua expressão modificada novamente, por meio do exercício físico, chegando a um estado próximo dos animais sem câncer. Nosso estudo não buscou um fármaco, pois sabemos que o exercício físico pode trazer várias mudanças e benefícios, inclusive um estilo de vida mais saudável, e configura uma terapia de baixo custo”, diz Patricia Chakur Brum , professora titular de fisiologia do exercício da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (USP) e orientadora.

Entre as várias proteínas alteradas pelo câncer que foram identificadas na análise proteômica, 12 tinham a expressão modificada em sentido oposto ao câncer pelo exercício físico, sendo a proteína COPS2 (também nomeada como TRIP15/ALIEN) a mais proeminente delas.

Muito estudada – embora nunca tenha sido relacionada especificamente ao músculo esquelético –, essa proteína é essencial para a manutenção de todo tipo de célula. Na análise, a expressão da COPS2 estava claramente diminuída no modelo de câncer, sendo posteriormente recuperada pelo exercício físico.

“Costumava-se creditar ao músculo esquelético as funções de sustentação, locomoção e também de armazenamento de proteínas importantes para o metabolismo e que servem como um substrato energético para o organismo. Hoje sabemos que o músculo esquelético apresenta outras funções. Ele funciona como um órgão endócrino que libera proteínas ali sintetizadas e que podem agir em diferentes tecidos do organismo”, diz Brum.

A pesquisadora ressalta ainda outro fator importante: as proteínas liberadas pelos músculos (miocinas) agem a distância. “O que estamos tentando fazer com esses estudos é produzir conhecimento e mostrar a necessidade da prática de exercício físico também para pacientes oncológicos. O exercício físico aumenta a produção dessas miocinas, servindo como um instrumento terapêutico. Quando extrapolamos isso para o paciente com câncer, o exercício físico se torna fundamental”, diz Brum.


Análise de caso

Paralelamente ao estudo de proteômica realizado nos animais, os pesquisadores analisaram o tecido muscular de seis pacientes com câncer de pulmão – em tratamento no Instituto do Câncer de São Paulo (Icesp) sob a supervisão de Gilberto de Castro Jr., que colaborou no projeto – e compararam a variação de proteínas com a de quatro indivíduos saudáveis.

“Observamos que, assim como ocorreu no modelo animal, a expressão da proteína COPS2 também decaiu muito em pacientes com câncer de pulmão e caquexia. Os dados dos pacientes são ainda preliminares, pois é um número reduzido de indivíduos estudados, no entanto, se apresentam como uma prova de conceito do que foi avaliado em modelo animal”, afirma Alves.

O grupo de pesquisadores ainda investigou quais mecanismos estão envolvidos no processo de perda de massa do músculo esquelético em consequência do câncer e como o exercício físico surge como uma forma de recuperá-lo. Para isso, foram realizadas análises em cultura celular de camundongos e humanos.

As análises mostraram que, a despeito do aumento da proteína COPS2 não ter alterado o fenótipo e o metabolismo da célula muscular, a sua redução foi benéfica por regular a F-actina, importante proteína muscular contrátil relacionada ao estresse oxidativo.

“Por meio de técnicas de biologia molecular, foi possível inativar ou superexpressar a proteína COPS2 para avaliar o metabolismo do músculo. No conjunto da obra, nosso estudo mostrou que a redução da COPS2 na caquexia é um mecanismo compensatório do músculo esquelético. Isso significa que a proteína surge como um sinalizador de que algo não está bem no músculo, de que está ocorrendo caquexia”, diz Alves.

Nessa equação, o estudo comprovou que o exercício físico consegue, inclusive, viabilizar a expressão da proteína COPS2. “O exercício traz o músculo de volta para um estado normal e ao regularizá-lo não é mais necessário haver a sinalização da COPS2. Analisando diretamente, o exercício reduz o estresse oxidativo no músculo que se reflete na sua função primordial, que é contrair e relaxar. Isso resulta ainda em uma melhora completa, inclusive no metabolismo do indivíduo”, afirma Brum.

O artigo Exercise training reverses cancer-induced oxidative stress and decrease in muscle COPS2/TRIP15/ALIEN (doi: 10.1016/j.molmet.2020.101012), de Christiano R. R. Alves, Willian das Neves, Ney R. de Almeida, Eric J. Eichelberger, Paulo R. Jannig, Vanessa A. Voltarelli, Gabriel C. Tobias, Luiz R. G. Bechara, Daniele de Paula Faria, Maria J. N. Alves, Lars Hagen, Animesh Sharma, Geir Slupphaug, José B. N. Moreira, Ulrik Wisloff, Michael F. Hirshman, Carlos E. Negrão, Gilberto de Castro Jr, Roger Chammas, Kathryn J. Swoboda, Jorge L. Ruas, Laurie J. Goodyear, Patricia C. Brum, pode ser lido em www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2212877820300867?via%3Dihub#! .

 


Maria Fernanda Ziegler

Agência FAPESP

https://agencia.fapesp.br/exercicio-fisico-reverte-atrofia-muscular-provocada-por-cancer-e-pode-aumentar-sobrevida-de-pacientes/34075/


Preconceitos podem fazer pessoas com epilepsia omitirem a doença

Estigmas relacionados à doença impactam na qualidade de vida dos pacientes que se sentem inseguros devido à imprevisibilidade da ocorrência de crises e precisam lidar com a falta de compreensão das pessoas sobre o tema

 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a epilepsia atinge mais de 50 milhões de pessoas no mundo, com estimativa de que 3,5 milhões não recebem ou não fazem o tratamento adequado. A falta de informações e estigmas associados à doença impactam na qualidade de vida dos pacientes que, muitas vezes, não procuram ajuda, encontram dificuldades para se inserir na sociedade ou até mesmo conseguir um emprego. Para mudar essa perspectiva, datas como o Dia Nacional e Latino-Americano de Conscientização sobre Epilepsia, comemorado no dia 9 de setembro, são importantes formas de chamar atenção para o tema e alertar a respeito de especificidades da doença.

A epilepsia é caracterizada por descargas elétricas anormais e excessivas no cérebro que são recorrentes e geram as crises epiléticas. "É como se alguma área do cérebro tivesse um curto circuito, um desarranjo na parte elétrica", explica a neurologista Irina Raicher, gerente médica da Zodiac. Um dos sintomas mais conhecidos, e que costuma assustar quando presenciado, é a convulsão, marcada por movimentos rítmicos involuntários de membros, braços e pernas, mordedura da língua e salivação intensa. Mas a neurologista alerta: "não necessariamente uma pessoa que tem uma convulsão é epiléptica. Para o diagnóstico, é preciso ter pelo menos duas crises epilépticas não provocadas em um intervalo maior de 24 horas ou diagnóstico clínico feito pelo médico. Lembrando que as crises também podem ser sutis, mais fracas, como breves desligamentos como em uma parada comportamental, na qual a pessoa fica um tempo sem responder, com o olhar parado, por exemplo".

É justamente a imprevisibilidade da ocorrência das crises que causa insegurança em quem apresenta a doença. Esse fator somado ao preconceito e os mitos que existem, faz com que muitos se privem de ter uma rotina comum. Mas, de acordo com a Liga Brasileira de Epilepsia, até 70% dos indivíduos com epilepsia têm suas crises controladas com medicamentos antiepilépticos. "Dessa forma, a qualidade de vida é preservada, tornando possível acompanhar a escola normalmente, fazer um curso superior, se desenvolver em uma profissão, como todos os outros", afirma Irina. "Também existem casos mais graves da doença, em menor porcentagem".

Além disso, afirmações como "epilepsia é uma doença contagiosa", "pessoa com epilepsia não deve praticar atividade física, muito menos dirigir", "pacientes com epilepsia têm dificuldade mental" são grandes mitos que precisam ser desconstruídos. No que diz respeito às atividades físicas, por exemplo, desde que não envolvam esportes radicais, há estudos que comprovam os efeitos benéficos tanto físicos quanto psicológicos, podendo promover a recuperação da autoconfiança e eliminando o medo de que novas crises aconteçam. 



Tratamento da epilepsia

Ao contrário do que muitos dizem, alguns tipos de epilepsia têm cura e os sintomas podem ser controlados por medicamentos. Para o tratamento ser bem-sucedido, é necessário existir um comprometimento e um certo rigor do paciente. Segundo Irina, um modo de garantir uma maior eficácia é envolvê-lo nas tomadas de decisões clínicas, deixando que ele escolha a opção que melhor se adeque ao seu organismo, dia a dia e realidade. Entretanto, a construção dessa relação de decisão compartilhada entre paciente e médico requer que mais informações confiáveis sobre a doença estejam disponíveis para as pessoas. "Essa questão de participar das escolhas envolve tudo, desde saber os eventos adversos de cada medicamento até conhecer o quanto cada um pode proporcionar mais qualidade de vida. As decisões abrangem também o custo do tratamento, que é um importante fator de adesão ao tratamento", afirma Irina. 



O que fazer

Caso presencie uma crise, a primeira coisa a se fazer é colocar a pessoa de lado e afastá-la de possíveis perigos. Se possível, leve-a para um lugar seguro. Se não houver a presença de traumas, coloque um travesseiro embaixo da cabeça para evitar ferimentos. Caso identifique algum trauma, não movimente a região da cervical. Mantenha-se ao lado dela até ela acordar. Se o episódio durar mais que cinco minutos, chame um serviço de emergência. Não dê nenhuma medicação para a pessoa, isso deve ser feito por uma equipe de saúde especializada. E o mais importante, contrariando a sabedoria popular, não introduza nenhum objeto na boca da pessoa e nem tente segurar a língua.



Zodiac Produtos Farmacêuticos

www.zodiac.com.br

 

Posts mais acessados