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segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Aumento de Glúteos: conheça os prós e contras de cada procedimento


Gluteoplastia e lipoenxertia são as técnicas mais recomendadas
 
A polêmica envolvendo os riscos de procedimentos estéticos realizados na região dos glúteos tem tomado conta dos noticiários de todo o país. Afinal existe alguma técnica segura para conquistar o bumbum almejado?

Segundo o cirurgião plástico Pedro Lozano, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o primeiro passo antes de qualquer intervenção é avaliar a procedência do médico que realizará o procedimento. "Por menos invasivo que seja, é imprescindível que o profissional escolhido seja especialista na área e tenha cadastro ativo no Conselho Regional de Medicina da região que atua, além de ter registro de habilitação em cirurgia plástica", esclarece o especialista.

Outra recomendação é a de consultar no site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica se o profissional é filiado à entidade e se a clínica onde será feito o procedimento tem alvará de funcionamento e aprovação da vigilância sanitária.

Após a confirmação de que a paciente estará nas mãos de um profissional qualificado é hora de conhecer um pouco mais sobre as diversas substâncias que são utilizadas para preenchimento nos glúteos.

"É muito importante ter uma conversa séria com o médico tirando todas as dúvidas existentes. Afinal muitas substâncias utilizadas para preenchimento dos glúteos não são recomendadas", afirma o cirurgião.

PMMA e Hidrogel 

Ambos, apesar de serem autorizados pela ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, só podem ser aplicados em baixíssima quantidade.

O PMMA é um componente acrílico, que endurece o local quando aplicado. O mesmo acontece com o Hidrogel, que apesar de conter gel é uma substância parecida com um plástico e se aplicado em grandes quantidades nos glúteos e coxas pode causar graves complicações como infecção, trombose, embolia pulmonar, necrose, trazendo até risco de morte.

"O principal problema desses produtos é que elas jamais são absorvidas pelo organismo e a retirada com segurança é praticamente impossível. Quando aplicados com seringa nas coxas, panturrilha e glúteos há grandes riscos de perfuração de vasos atingindo a corrente sanguínea", alerta Pedro Lozano.

A substância mais recomendada pela classe médica para preenchimento é o ácido hialurônico."Este preenchimento é mais seguros pelo fato do organismo absolvê-lo facilmente sem risco de rejeição e existe um antídoto caso se queira retirar o produto, porém ainda não existe nenhuma alternativa injetável que pode ser utilizada em grande quantidade como é o caso da região dos glúteos", diz.


Prótese de Silicone

A Gluteoplastia está entre as melhores escolhas na hora de aumentar e modelar o formato do bumbum. O método é feito com o implante de prótese de silicone com tamanho definido após avaliação do médico e escolha do paciente. "As próteses de silicone além de mais seguras são capazes de suportar quedas e pressões", comenta Lozano.

O cirurgião faz um alerta para quem busca procedimentos de baixo custo, como a aplicação de silicone industrial. "O silicone industrial é um produto totalmente químico que pode matar. Seu uso nunca pode ser feito para fins estéticos. Mesmo em baixa quantidade já é nocivo à saúde de qualquer pessoa, pois ao injetá-lo se mistura com os tecidos do próprio corpo".


Lipoenxertia

Esta técnica geralmente é combinada com a lipoaspiração e ocorre quando se retira algumas gorduras extras do corpo que podem ser enxertadas em outra região, como os glúteos.

"A lipoenxertia é uma excelente opção para quem deseja melhorar o contorno do glúteo de forma mais natural possível. Neste caso não há possibilidade de rejeição, já que se trata da gordura da própria paciente", finaliza.








Pedro Lozano - Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, possui graduação em Medicina pela Faculdade de Medicina de Botucatu – Universidade Estadual Paulista (UNESP),Residência (Especialização) em Cirurgia Geral: Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP, Botucatu, Residência Médica (Especialização) em Cirurgia Plástica pela Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), Título de Especialista em Cirurgia Plástica: Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – SBCP, é Professor de Habilidades Cirúrgicas da Universidade Cidade de São Paulo – (UNICID). Diretor e responsável técnico da Clínica Vix – Medicina & Saúde, o cirurgião preza pelo bem estar e satisfação de seus pacientes, para isso utiliza as técnicas mais adequadas a cada caso – realizando assim, intervenções estéticas com segurança e precisão. Entre os hospitais de atuação estão o Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Hospital São Luiz e Hospital Santa Catarina – todos na cidade de São Paulo.
CRM-SP: 111.967
RQE: 44244

Obesidade: aceitar e tratar


Em uma democracia, todos devemos dar nossas opiniões e, posteriormente, analisar as opiniões dos que discordam. Essa é a única forma de crescermos e mudarmos a realidade, que muitas vezes consolida erros perigosos. Um desses enganos que tenho observado é em relação a questão da obesidade.

Tenho percebido atualmente uma tendência preocupante de induzir as pessoas a simplesmente aceitarem sua obesidade; amarem seus corpos gordos e com isso abandonarem qualquer tentativa de tratar essa terrível doença, que sem qualquer dúvida já é o principal problema de saúde pública mundial crescendo de forma epidêmica.

Na série “Malhação: vidas brasileiras” apresentada diariamente pela TV Globo esse erro é claramente cometido. Apresenta-se uma moça com um problema grave de bulimia, mas uma outra jovem obesa é tratada como alguém muito feliz e de bem com a vida, sem qualquer problema até em seus relacionamentos amorosos.

As duas coisas são muito graves, com a diferença que a obesidade entre jovens e crianças vem crescendo assustadoramente e esses serão os adultos diabéticos, cardiopatas, hipertensos e com distúrbios de colesterol do futuro se seus pais acharem que é uma mera questão de aceitação de corpos gordos, pois afinal pessoas gordas (obesas ou com sobrepeso) já são maioria da população.

As pessoas obesas têm uma doença grave, que se não for pelo menos controlada trará serias consequências a saúde das mesmas, a medida que forem atingindo idades mais avançadas.

Uma coisa é lutar para que toda a humanidade tenha acesso às suas necessidades básicas (direitos humanos) e outra é achar que somos todos exatamente iguais e com as mesmas capacidades de realizarmos qualquer coisa.

Isso é hipocrisia! Nós criamos padrões de comportamento; de beleza estética e tantos outros e via mídia estimulamos seus cumprimentos e, de outro lado, ficamos lamentando quando aqueles que não conseguem ou não querem aceitar esses padrões sejam perseguidos ou marginalizados!

Todos temos qualidades e limitações que devem ser respeitadas, mas não é honesto que enganemos pessoas dizendo que seus problemas não existem e que podem ser eternamente felizes aceitando-os; fazendo de conta que são exatamente como as outras!

A obesidade é uma doença crônica e como tal deve ser aceita, mas principalmente tratada!






Antonio Monteiro - médico preventivista e clínico geral, é formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Contato: prof.amonteiro@gmail.com


Falta de cuidado com as lentes de contato pode acabar mal


Especialista revela 5 dicas para quem usa lentes e quer ter olhos sempre saudáveis


Entre os dias 20 e 24 deste mês, a Academia Americana de Oftalmologia, em parceira com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças, lança uma campanha para encorajar os usuários de lentes de contato a melhorar seus hábitos diários. Intitulada “Hábitos saudáveis resultam em olhos saudáveis”, a iniciativa visa reduzir a incidência de inflamações e infecções oculares por falta de cuidados adequados. Nos Estados Unidos, um em cada seis adultos faz uso de lentes de contato, sendo que um terço deles declarou já ter recorrido a um serviço de saúde por conta de dor, vermelhidão ou irritação nos olhos.

No Brasil, estima-se que mais de dois milhões de pessoas façam uso de lentes de contato. Trata-se de um número que tende a crescer rapidamente, já que pelo menos metade da população a partir dos 18 anos precisa de correção visual. Daí a urgência em aprender a usar lentes de contato da forma mais correta possível. De acordo com o médico oftalmologista Renato Neves, diretor do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo, as lentes de contato proporcionam uma correção visual segura e eficiente, desde que o usuário tenha consciência dos cuidados necessários ao usar, limpar, desinfetar e armazenar as lentes.

“A ceratite é uma das doenças mais frequentemente associadas com o uso de lentes de contato. Trata-se de uma infecção que provoca dor intensa nos olhos e dificuldade para enxergar. Quando não tratada logo no início, as consequências são bastante graves e vão desde a perda parcial ou total da visão, até desdobramentos no sistema nervoso central”, diz o médico. Ele afirma que é muito comum receber pacientes que negligenciaram os cuidados básicos com as lentes de contato, como lavar bem as mãos antes de manusear as lentes, secar a caixinha ao lavá-la, e não usar soluções de limpeza de outro fabricante.

“Em mais da metade dos problemas encontrados, notamos falta de higiene do estojo que armazena as lentes. Vale dizer que isso não se justifica, já que os cuidados são simples e seguem regras de bom-senso. Mesmo assim, ainda é muito alto o número de pacientes que recorrem a tratamentos depois de vacilar na higiene diária”, diz o especialista.

Renato Neves revela cinco dicas para evitar contaminação das lentes de contato


1. Jamais use água da torneira para lavar as lentes. “Embora nossa água corrente seja uma das mais bem tratadas do mundo, engana-se quem pensa que não faz mal lavar suas lentes com água de torneira, chuveiro ou banheira. A água potável não é estéril nem livre de microrganismos que podem atingir a córnea e causar uma infecção.”

2. Substitua o estojo três vezes ao ano, no mínimo. “O estojo que armazena as lentes de contato deve ser trocado entre três e quatro vezes ao ano, já que é bastante comum ocorrer contaminação ao longo do uso. Quem não tem paciência para limpar e guardar as lentes de contato e o estojo do modo mais seguro e higiênico possível, melhor considerar voltar a usar óculos, optar por lentes descartáveis, ou cirurgia ocular.”

3. Nunca tampe o estojo quando ainda está úmido. “Isso também acontece com porta-escovas de dentes. É comum encontrar usuários de lentes de contato que lavam os estojos com solução apropriada, mas não permitem que sequem completamente antes de tampar. Isso favorece demais a contaminação. Sendo assim, é melhor comprar um estojo novo do que colocar na lava-louça ou ferver dentro de uma panela. Isso, aliás, não deve ser feito de jeito nenhum.”

4. Descarte lentes fora do prazo de validade. “Tem gente que usa as mesmas lentes de contato prescritas há três, quatro, ou cinco anos. E tem sempre aqueles que usam por um tempo, param, e depois resolvem voltar a usar as mesmas lentes. Trata-se de um erro muito perigoso. Primeiramente, porque é enorme a chance de o material estar contaminado. Depois, porque o grau pode ter sofrido variações no período. Por fim, porque deve ter expirado o prazo de validade do conjunto (lentes, solução, estojo) – aumentando o risco de infecção se o paciente insistir em não passar por nova consulta e adquirir lentes novas.”

5. Nunca durma com as lentes de contato. “Muitas pessoas têm mania de criar suas próprias regras, achando que nada ruim vai lhes acontecer. Acabam abusando, passando mais tempo do que deveriam com as lentes de contato e até mesmo dormindo com elas vez ou outra. Mas o risco de problemas oculares existe e é grande. A córnea recebe oxigênio do ar e das lágrimas que lubrificam os olhos durante o dia. Durante o sono, a córnea recebe menos nutrientes, lubrificação e oxigênio. Sendo assim, não retirar as lentes antes de dormir significa aumentar exponencialmente o risco de as lentes grudarem ou até mesmo arranharem a córnea. Caso haja microrganismos no local, inclusive, uma infecção pode se instalar rapidamente.”

Por fim, o oftalmologista explica que os olhos têm de estar sempre claros e transparentes. “Na presença de qualquer tipo de alteração ou desconforto, é importante revisar a rotina de higiene pessoal, lavando sempre muito bem as mãos antes de tocar nas lentes e nos olhos, cuidando diariamente das lentes com solução apropriada, e usando lubrificante prescrito por um oftalmologista. Se ainda assim a irritação se prolongar, o paciente deve ser avaliado por um especialista.”






Fonte: Dr. Renato Neves - cirurgião-oftalmologista, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos (www.eyecare.com.br)

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