Especialistas
explicam como a prática pode ajudar na recuperação dos pacientes
A Covid-19 afetou a vida
de diversas pessoas e continua deixando rastros até hoje, principalmente em
quem ficou num quadro grave da doença. E, nesse sentido, muitas vezes é com a
fisioterapia que pacientes com Covid Longa encontram uma grande aliada na
recuperação.
O
fisioterapeuta Vinícius Gonçalves, professor do curso de Fisioterapia da
Universidade Cruzeiro do Sul, diz que o tratamento fisioterapêutico pode ser
feito por meio de reabilitação cardiopneumofuncional, exercícios aeróbicos e
respiratórios capazes de favorecer a inspiração. “Cinesioterapia Respiratória e
Motora, além de Condicionamento Respiratório, são alguns dos nossos principais métodos”,
comenta.
A Covid
Longa remete aos sintomas iniciados após o quadro agudo da doença, que vão além
dos respiratórios, como os neurológicos (por exemplo, falta de paladar), que
indicavam alerta aos profissionais de saúde. “Uma parte dos sobreviventes
relata quadros de prejuízos à atenção, à memória, ao raciocínio e à
concentração. Existem relatos de instabilidade postural (desequilíbrio)
associada a vertigens (tontura), incoordenação motora e fadiga muscular”,
afirma o coordenador do curso de Fisioterapia do Centro
Universitário Braz Cubas, Prof. Me. William Shimizu.
Shimizu
complementa que tais sintomas, isolados ou combinados, podem trazer limitações
funcionais que prejudicam as atividades da vida diária do paciente. E, assim,
há até impacto naquilo que se refere à qualidade de vida individual. Daí lidar
com a parte neurológica por meio da fisioterapia pode ser essencial.
Assim,
dentre as abordagens fisioterapêuticas, o treino neurofuncional associado à
prática mental são caminhos importantes para estimular o equilíbrio, a
coordenação, bem como a atenção e memória.
“A adoção
de exercícios em circuitos terapêuticos com variações de estratégias sensoriais
associadas à tarefa dupla e sempre focado na funcionalidade são fundamentais”,
afirma Shimizu. “O fato de desenvolver um programa terapêutico
em que o paciente seja exposto a um ambiente fisicamente desafiador, pensado
para as limitações sensoriomotoras individuais em que requeira concentração e
raciocínio, são elementos que pautam essas terapêuticas”, complementa.
Na maioria
dos casos, o tratamento com a fisioterapia pode ser recorrente, visto que as
sequelas causadas por quem esteve em um quadro agudo de Covid-19. “Dependendo
do resultado, o tratamento será recorrente, pois o paciente, em sequelas mais
graves, pode ser dependente de oxigênio ou até mesmo de ventilação mecânica
domiciliar”, ressalta Vinicius Gonçalves.
“Já é
comprovado que algumas sequelas podem permanecer de forma permanente,
entretanto, no aspecto da reabilitação, estimular a funcionalidade é o objetivo
primordial. A avaliação da Fisioterapia é fundamental para estabelecer os
diagnósticos, elencar os objetivos terapêuticos e proporcionar ao paciente
condutas para reabilitação de acordo com o prognóstico de evolução. Portanto,
esse tratamento pode ser momentâneo ou prolongado, a depender do que for identificado
no momento da avaliação”, completa Shimizu, coordenador de Fisioterapia da Braz
Cubas.
Por fim,
Vinícius Gonçalves, professor de Fisioterapia da Universidade Cruzeiro do Sul,
finaliza dizendo que: “A fisioterapia tem um papel fundamental
para recuperar e minimizar as sequelas provenientes da Covid Longa e, assim,
promover melhor qualidade de vida para os pacientes”.
Universidade Cruzeiro do Sul
www.cruzeirodosul.edu.br
Centro Universitário Braz Cubas
www.brazcubas.br