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segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Médica da AMCR fala sobre a importância de uma vida sexual saudável durante o Setembro Amarelo

  

Vida sexual ativa pode impactar positivamente a saúde mental de diversas maneiras, contribuindo para o bem-estar geral e a qualidade de vida
 

Setembro Amarelo é o mês em que diversas entidades participam de uma campanha de conscientização sobre a importância da prevenção ao suicídio. A ideia surgiu para quebrar tabus, reduzir estigmas e estimular que as pessoas busquem e ofereçam ajuda para cuidarem da saúde mental.

Criada em 2015, o movimento vem crescendo e ganhando cada vez mais volume a cada ano. São muitas as formas de ajudar quem precisa de apoio e, segundo a Dra. Marise Samama, médica e ginecologista da AMCR (Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil), estimular uma vida sexual saudável é uma delas. “Isso porque ela tem impacto direto na saúde mental das pessoas”, revela a especialista.

Ela prossegue lembrando que todas as partes do corpo estão interconectadas e que a vida sexual pode impactar positivamente a saúde mental de diversas maneiras, contribuindo para o bem-estar geral e a qualidade de vida. 

“Durante a atividade sexual, o corpo libera uma série de neurotransmissores, como endorfinas e oxitocina, que são conhecidos por promover sensações de prazer e relaxamento. Essas substâncias ajudam a diminuir os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, resultando em uma sensação de alívio e calma. A redução do estresse pode, por sua vez, melhorar o humor e a capacidade de enfrentar os desafios diários”, reforça a médica. 

Segundo artigo da Harvard Health Publishing (2021), os benefícios como a redução do estresse, melhoria do sistema imunológico, melhor qualidade do sono, redução de pressão arterial e a liberação de endorfinas que aumentam a sensação de bem-estar. 

Além disso, a vida sexual saudável fortalece a autoestima e a confiança pessoal. De acordo com a Dra. Marise Samama, o contato físico e emocional durante as relações sexuais reforçar a sensação de ser desejado e amado, o que é essencial para uma autoestima equilibrada. “A percepção de ser atraente ou desejável pode melhorar a autoconfiança e o bem-estar emocional”, diz ela. 

Alguns estudos indicam que a atividade sexual regular exerce impacto positivo na redução de sintomas de depressão leve a moderada. “Isso se deve em parte à liberação de neurotransmissores que melhoram o humor e à sensação de conexão íntima com o parceiro, o que pode reduzir sentimentos de isolamento e solidão”. 

A dra. Marise Samama, também reforça que a vida sexual e a depressão são uma via de mão dupla: assim como a doença é um importante fator de risco para a disfunção sexual, causando sintomas como desinteresse, apatia, sensação de fadiga, entre outros que comprometem o desejo sexual, o desempenho sexual insatisfatório também pode agravar a depressão. Por isso, ela recomenda estar atento para quebrar este ciclo. 

“Não há uma abordagem única para todos os casos, mas há maneiras de tratar com sucesso a depressão a fim de melhorar sua vida sexual”, afirma ela. Entre elas, frequentar a psicoterapia e conversar com o parceiro para entender as opções de tratamento e explorar novas formas de desfrutar do sexo. “são medidas que podem ajudar a fortalecer os relacionamentos tensos e evitar questões mais graves de saúde mental", diz a especialista. 

Além disso, a psicoterapia e/ou práticas como meditação e mindfulness, também desempenham um papel fundamental no bem-estar emocional. Atividades físicas em casal, como aulas de dança, promovem não só a saúde física, mas também fortalecem a conexão entre os parceiros. Essas experiências compartilhadas podem gerar conquistas que enriquecem ainda mais o relacionamento e também contribuem para a saúde mental de cada um. 



AMCR – Associação Mulher Ciência e Reprodução Humana do Brasil
Para saber mais informações, acesse o site.


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