Vida sexual ativa pode impactar
positivamente a saúde mental de diversas maneiras, contribuindo para o
bem-estar geral e a qualidade de vida
Setembro Amarelo é o mês em que diversas entidades
participam de uma campanha de conscientização sobre a importância da prevenção
ao suicídio. A ideia surgiu para quebrar tabus, reduzir estigmas e estimular
que as pessoas busquem e ofereçam ajuda para cuidarem da saúde mental.
Criada em 2015, o movimento vem crescendo e
ganhando cada vez mais volume a cada ano. São muitas as formas de ajudar quem
precisa de apoio e, segundo a Dra. Marise Samama, médica e ginecologista da
AMCR (Associação Mulher, Ciência e Reprodução
Humana do Brasil), estimular uma vida sexual saudável é uma delas. “Isso porque
ela tem impacto direto na saúde mental das pessoas”, revela a
especialista.
Ela prossegue lembrando que todas as partes do
corpo estão interconectadas e que a vida sexual pode impactar positivamente a
saúde mental de diversas maneiras, contribuindo para o bem-estar geral e a
qualidade de vida.
“Durante a atividade sexual, o corpo libera uma
série de neurotransmissores, como endorfinas e oxitocina, que são conhecidos
por promover sensações de prazer e relaxamento. Essas substâncias ajudam a
diminuir os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, resultando em uma
sensação de alívio e calma. A redução do estresse pode, por sua vez, melhorar o
humor e a capacidade de enfrentar os desafios diários”, reforça a médica.
Segundo artigo da Harvard Health Publishing (2021),
os benefícios como a redução do estresse, melhoria do sistema imunológico,
melhor qualidade do sono, redução de pressão arterial e a liberação de
endorfinas que aumentam a sensação de bem-estar.
Além disso, a vida sexual saudável fortalece a autoestima e a confiança pessoal. De acordo com a Dra. Marise Samama, o contato físico e emocional durante as relações sexuais reforçar a sensação de ser desejado e amado, o que é essencial para uma autoestima equilibrada. “A percepção de ser atraente ou desejável pode melhorar a autoconfiança e o bem-estar emocional”, diz ela.
Alguns estudos indicam que a atividade sexual regular exerce impacto positivo na redução de sintomas de depressão leve a moderada. “Isso se deve em parte à liberação de neurotransmissores que melhoram o humor e à sensação de conexão íntima com o parceiro, o que pode reduzir sentimentos de isolamento e solidão”.
A dra. Marise Samama, também reforça que a vida
sexual e a depressão são uma via de mão dupla: assim como a doença é um
importante fator de risco para a disfunção sexual, causando sintomas como
desinteresse, apatia, sensação de fadiga, entre outros que comprometem o desejo
sexual, o desempenho sexual insatisfatório também pode agravar a depressão. Por
isso, ela recomenda estar atento para quebrar este ciclo.
“Não há uma abordagem única para todos os casos,
mas há maneiras de tratar com sucesso a depressão a fim de melhorar sua vida
sexual”, afirma ela. Entre elas, frequentar a psicoterapia e conversar com o
parceiro para entender as opções de tratamento e explorar novas formas de
desfrutar do sexo. “são medidas que podem ajudar a fortalecer os
relacionamentos tensos e evitar questões mais graves de saúde mental", diz
a especialista.
Além disso, a psicoterapia e/ou práticas como
meditação e mindfulness, também desempenham um papel fundamental no bem-estar
emocional. Atividades físicas em casal, como aulas de dança, promovem não só a
saúde física, mas também fortalecem a conexão entre os parceiros. Essas
experiências compartilhadas podem gerar conquistas que enriquecem ainda mais o
relacionamento e também contribuem para a saúde mental de cada um.
AMCR – Associação Mulher Ciência e Reprodução Humana do Brasil
Para saber mais informações, acesse o site.
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