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quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Dia Nacional de Luta Contra a Violência à Mulher: Reflexão e urgência no combate à violência de gênero

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Neste 10 de outubro, o Brasil celebra o Dia Nacional de Luta Contra a Violência à Mulher, um momento de grande importância para a conscientização e o enfrentamento de uma realidade que afeta milhões de brasileiras todos os dias: a violência de gênero. A data, instituída em 1980, tem como objetivo dar visibilidade às mulheres vítimas de agressões e reforçar a necessidade de políticas públicas mais eficazes no combate a esse problema que atravessa gerações.

Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil registrou, em 2023, mais de 1.400 feminicídios, um aumento de 5% em relação ao ano anterior. Além disso, o número de mulheres vítimas de agressões físicas e psicológicas também apresentou crescimento. O cenário reflete a necessidade urgente de discutir não só a repressão aos crimes de gênero, mas também a prevenção e a criação de uma rede de apoio eficiente às vítimas.

Para a empresária e ativista dos direitos femininos, Cristina Boner, a luta contra a violência de gênero deve ser uma prioridade de toda a sociedade. "Ainda enfrentamos muitos desafios, desde a subnotificação dos casos até a falta de apoio adequado para as mulheres que buscam ajuda. A realidade é que muitas vítimas têm medo de denunciar ou não sabem a quem recorrer. Precisamos fortalecer redes de apoio, aumentar a conscientização e garantir que as mulheres tenham voz e, acima de tudo, proteção", afirma Boner.

A violência doméstica é uma das formas mais comuns de agressão contra a mulher, e os números continuam alarmantes. O levantamento "Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil", conduzido pelo Instituto Datafolha e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, revelou que 1 em cada 4 mulheres acima de 16 anos sofreu algum tipo de violência em 2022. Mais de 70% dessas agressões ocorreram dentro de casa, sendo os parceiros e familiares os principais agressores.

Cristina Boner destaca que a pandemia da COVID-19 intensificou o problema, tornando o ambiente doméstico mais perigoso para muitas mulheres. "O isolamento social acabou por agravar a situação de muitas mulheres que já viviam sob ameaça. Muitas ficaram presas em casa com seus agressores e não tinham para onde correr. É fundamental que o poder público ofereça mais canais de denúncia e proteção, além de campanhas que incentivem as vítimas a procurarem ajuda", alerta Boner.

A subnotificação ainda é um dos maiores desafios no combate à violência contra a mulher. Segundo o Atlas da Violência 2023, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, apenas uma pequena parcela das vítimas formaliza a denúncia. Muitas temem represálias ou não acreditam que a Justiça irá proporcionar uma solução.

"É assustador pensar que a maioria das vítimas de violência não denuncia. Precisamos criar um ambiente de acolhimento e garantir que essas mulheres tenham acesso à proteção sem medo de serem re-vitimizadas. É fundamental que todos os setores da sociedade estejam engajados nessa luta, desde o governo até as empresas privadas", ressalta Cristina Boner.

Nos últimos anos, o Brasil tem avançado em algumas áreas com legislações específicas, como a Lei Maria da Penha, que completou 17 anos em 2023. No entanto, especialistas apontam que é preciso ir além. A empresária Cristina Boner reforça a importância de medidas mais efetivas: "Precisamos de políticas públicas mais abrangentes, que incluam desde a educação até o apoio psicológico às vítimas. A prevenção deve começar cedo, nas escolas, ensinando sobre respeito e igualdade de gênero."

Ela ainda lembra que a luta contra a violência à mulher não é apenas uma questão de governo, mas de toda a sociedade. "Cada um de nós tem um papel nessa batalha. As empresas podem oferecer programas de apoio às suas funcionárias, e a sociedade civil pode contribuir com ações de conscientização. Não podemos esperar que só o Estado resolva um problema tão enraizado em nossa cultura."

Em 2023, o estudo “Mulheres Brasileiras e Gênero nos Espaços Públicos e Privados”, realizado pela Fundação Perseu Abramo, mostrou que o medo de serem vítimas de violência física e sexual é uma constante na vida de muitas mulheres. Além disso, a pesquisa apontou que mais de 40% das entrevistadas já sofreram algum tipo de assédio ou violência no ambiente de trabalho, o que demonstra que a questão vai além do ambiente doméstico.

Diante de dados tão alarmantes, Cristina Boner faz um apelo: 

"O Dia Nacional de Luta Contra a Violência à Mulher é um momento para refletirmos sobre o que ainda precisa ser feito. A violência de gênero é uma questão de todos nós, e só com esforço conjunto poderemos construir uma sociedade mais justa e segura para as mulheres."

O 10 de outubro é um dia de conscientização, mas também de ação. A violência contra a mulher, em suas diversas formas, continua sendo uma grave violação dos direitos humanos, e o caminho para erradicá-la passa por políticas públicas eficazes, educação, e principalmente, por uma mudança cultural profunda. O testemunho de especialistas como Cristina Boner reforça a necessidade de mais proteção e apoio às vítimas, enquanto dados de pesquisas recentes evidenciam que ainda há muito a ser feito. 



Leia mais em: https://www.linkedin.com/in/cristina-boner-19646694/

Cristina Boner (@cristina.boner) • Fotos e vídeos do Instagram

 

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