Muitas mulheres desconhecem o assunto.
Ginecologistas especialistas em fertilidade e reprodução assistida
desmistificam 10 mitos sobre a técnica utilizada por diversas famosas
Não é de hoje que o congelamento de óvulos vem ganhando espaço principalmente na vida de mulheres que desejam retardar a maternidade. Famosas como Paolla Oliveira, Natália Lage, Fernanda Paes Leme, Nicole Bahls, Paula Burlamaqui, Mariana Ximenes, Mariana Goldfarb, Monique Alfradique e Paula Fernandes, por exemplo, se beneficiaram da prática.
Mas, afinal, o que é verdade e o que é mentira sobre o congelamento de óvulos?
A
seguir, Dra. Karina Tafner Ginecologista especialista em Reprodução Assistida
da Febrasgo e Dra. Graziela Canheo Ginecologista e Obstetra especialista em
reprodução humana na La Vita Clinic, revelam o que é fato e o que é boato nesse
campo:
Mito: Congelar óvulos garante 100% de sucesso na maternidade
“A fertilização in vitro, mesmo com óvulos frescos, não possui uma taxa de sucesso de 100%, e o mesmo se aplica aos óvulos congelados”, explica a Dra. Karina Tafner. “Quanto mais óvulos congelados e quanto mais jovem a mulher for no momento do congelamento, maiores são as chances de sucesso, mas não há garantia absoluta.”
Verdade: O congelamento permite manter as características dos óvulos no momento em que foram congelados
“O
que você congela é o que você preserva. Se uma mulher congela seus óvulos aos 35
anos e os utiliza aos 43, suas chances de gestação serão as mesmas de quando
ela tinha 35 anos”, destaca a Dra. Karina.
Mito: O congelamento de óvulos é perigoso
“Não
há evidências de que o procedimento cause danos às mulheres ou aos futuros
filhos”, tranquiliza a Dra. Karina, ao prosseguir: “Os efeitos colaterais das
medicações utilizadas são mínimos e ocorrem em apenas 10% das mulheres. O
procedimento é realizado com sedação leve, e o desconforto pós-coleta é
passageiro.”
Verdade: O congelamento de óvulos é uma excelente maneira de preservar a
fertilidade feminina
“A
criopreservação é como uma reserva de óvulos mais jovens. Mulheres que desejam
postergar a maternidade ou que passarão por tratamentos que podem afetar a
fertilidade têm no congelamento uma chance real de tentar engravidar no
futuro”, afirma a Dra. Graziela Canheo, especialista em reprodução humana.
Mito: O congelamento de óvulos diminui a reserva ovariana da mulher
“Os
óvulos congelados são aqueles que seriam naturalmente eliminados pelo corpo
naquele ciclo. Portanto, o congelamento não afeta a quantidade total de óvulos
disponíveis”, esclarece a Dra. Graziela.
Verdade: É possível realizar o congelamento de óvulos mesmo após o diagnóstico de câncer
“O
tratamento oncológico pode afetar a fertilidade e, por isso, o congelamento de
óvulos é uma opção importante para mulheres que desejam preservar sua
fertilidade antes de tratamentos como quimioterapia ou radioterapia”, destaca a
Dra. Graziela.
Mito: Todas as mulheres devem congelar seus óvulos
“O
congelamento de óvulos não é obrigatório para todas. Trata-se de uma decisão
muito pessoal e que deve considerar fatores como planos futuros, histórico de
saúde e a condição de cada mulher”, comenta a Dra. Karina.
Verdade: O congelamento é mais eficaz quando feito precocemente
“A
qualidade dos óvulos diminui com a idade, então o procedimento é mais eficiente
quando realizado em mulheres mais jovens. Além disso, isso reduz o número de
ciclos necessários para garantir um número suficiente de óvulos viáveis, diminuindo
o custo total”, acrescenta a Dra. Karina.
Mito: O tempo de congelamento diminui a qualidade do óvulo
“O
tempo que o óvulo passa congelado não afeta sua qualidade. Mesmo após anos de
armazenamento, ele pode ser utilizado com a mesma eficiência”, reforça a Dra.
Graziela.
Verdade: O processo é rápido e pode ser concluído em cerca de 14 dias
“O
congelamento de óvulos é mais simples e rápido do que muitas pessoas imaginam,
levando, em média, 14 dias do início ao fim”, finaliza a Dra. Karina.
Dra. Graziela Canheo - CRM 145288 | RQE 68331 - Ginecologista e Obstetra. Reprodução Humana. Médica Graduada pela Universidade Metropolitana de Santos (2010). Residência médica em ginecologia e obstetrícia pelo Hospital do Servidor Público Estadual do Estado de São Paulo (2013). Título de Qualificação em Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia pela ABPTGIC (2014). Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (2015). Fellowship em Reprodução humana pelo Instituto Idéia Fértil de Saúde Reprodutiva (2014 – 2016). Pós-graduação em videolaparoscopia e histeroscopia pelo Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (2018 – 2019). Membro das principais sociedades nacionais e internacionais da área da Ginecologia e Reprodução Humana. Diretora técnica e médica
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