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quinta-feira, 3 de junho de 2021

Frio na barriga e coração acelerado, saiba o que paixão provoca no cérebro

Só de pensar na pessoa, a pressão arterial aumenta, o coração dispara, a capacidade de raciocinar diminui e dá um “frio na barriga”, também conhecido como “borboletas no estômago”, esse conjunto de sensações chama-se paixão. Ao contrário do que muitos pensam, quem é o responsável por todas essas emoções prazerosas não é o coração e sim, o cérebro.

 

Certos estavam Zezé de Camargo e Luciano, quando lançaram as músicas: "É o amor, que mexe com a minha cabeça e me deixa assim" e "Eu sou o seu apaixonado de alma transparente, um louco alucinado meio inconsequente, um caso complicado de se entender”. Quando nos apaixonamos o cérebro passa por diversas alterações químicas, em algumas regiões com maior atividade, principalmente as de recompensa, quando acontece aumento na liberação de dopamina, dispara uma sensação de prazer, felicidade, motivação e euforia, as mesmas ativadas em condições de vício – uso de drogas.

 

Segundo o neurocientista Nicolas Cesar, com a dopamina elevada, o desejo pelo sexo intensifica e os níveis de ansiedade e depressão são reduzidos drasticamente. Assim como a oxitocina, liberada durante o orgasmo, diminui os níveis de cortisol (hormônio do estresse), promovendo bem estar e confiança, favorecendo ao casal, uma relação estável.

 

“Substâncias como a norepinefrina (norepinefrina) precursor da adrenalina e o cortisol, também estão ligadas à participação em esportes radicais. Estar apaixonado é como andar de montanha-russa neste sentido, experimentar duas situações, de perigo e prazer ao mesmo tempo. Em especial, a norepinefrina ainda promove sensações positivas, como o aumento do prazer e da libido. Mas, é toda essa ativação daquilo que chamamos de Sistema Nervoso Simpático do corpo que promove essa sensação de frio na barriga, arrepio, coração acelerado, e ligeira falta de ar”, diz Nicolas Cesar.

 

Como todos sabem, a paixão tem muitas armadilhas, então é importante que os casais fiquem atentos no início. Quando os níveis de dopamina aumentam e os de serotonina são reduzidos, apesar da melhora na qualidade do orgasmo (principalmente nas mulheres), nosso humor tende a ficar mais instável, a obsessão e a compulsão podem ser induzidas no comportamento, surgindo a necessidade de estar sempre na presença da pessoa, ou até mesmo gerando decepção, por criar expectativas em excesso e não ser correspondido da forma que deseja.

 



 

Nicolas Cesar - Formado em Ciência e Tecnologia, e Neurociência, palestrante, autor do livro “Neurociente - Por que algumas pessoas são mais felizes que outras”, professor dos cursos online “Neurociência no dia a dia” e “Neuroeducação”. Também do curso acadêmico de Pós-Graduação em Neurolearning. Atualmente participa de uma de linha de pesquisa em percepção de tempo no Laboratório de Cognição Humana da UFABC.

 

Instagram: @nicaolasneuro


5 dicas para ter um bom relacionamento com seus vizinhos em tempos de pandemia

Segundo a Arbo Imóveis, uma boa relação com a vizinhança pode trazer benefícios e evitar problemas na rotina diária


Não é segredo para ninguém que estamos vivendo tempos de sobrecarga psicológica em nossa sociedade por conta da pandemia do Covid-19. Diversas pessoas estão esgotadas com o home office e as tarefas domésticas. E nessa nova rotina, várias famílias ficam em casa 24 horas por dia. Por isso, investir em uma relação boa com o vizinho pode trazer benefícios, ou melhor, evitar problemas para a saúde mental de todos.

Levando estes fatores em consideração, a Arbo Imóveis , marketplace do mercado imobiliário, listou 5 dicas para exercitar e desenvolver uma boa relação com a vizinhança. Não importa se você mora em prédio, condomínio ou casa, as dicas serão valiosas para uma convivência harmoniosa. Confira:


1- Festas

Com certeza muitos de nós já tivemos algum problema com um vizinho festeiro. Ele pode ter qualquer idade, entretanto, muitas pessoas costumam relacionar um vizinho que gosta de festas a um universitário, o que não necessariamente é a realidade. O festeiro muitas vezes não avisa o dia e o horário em que irá fazer barulho, o que pode resultar em uma sobrecarga de estresse para a vizinhança, principalmente pelo fato de que as festas são realizadas, na maioria das vezes, à noite. Devemos lembrar que o excesso de barulho por lei é permitido até às 22h horas, mas não adianta nada ameaçar seu vizinho ou agir de forma agressiva. A melhor atitude para se tomar, é sempre tentar dialogar pacificamente.


2 - Obras

Outro problema muito comum é quando temos um vizinho que está passando por uma reforma. Em tempos de pandemia, muitas pessoas decidiram tirar um tempo para reformarem suas casas. Claro, às vezes, existem reformas emergenciais, mas têm aquelas pessoas que sempre estão mexendo em alguma coisa, o que pode resultar em um acúmulo de estresse para quem mora ao lado. O ideal é sempre combinar horários com o vizinho, caso você também precise fazer uma reforma. Deixar avisado, ameniza a situação para ambas as partes e é um fator importante para uma boa convivência.


3 - Pets

Essa situação também está entre as mais comuns discussões de vizinhos. Gatos costumam ser mais quietos, entretanto, alguns cachorros podem ser um verdadeiro problema em relação ao barulho. É claro que não é culpa dos bichinhos, mas é importante que o tutor tome alguma atitude, como, por exemplo, o adestramento. Cuidado ao reclamar com os vizinhos que têm pets, pois isso pode ser o mesmo que se você estivesse reclamando de crianças. Mande uma carta com um tom mais cortês, explique seus motivos e seu ponto de vista, nunca seja mal educado.


4 - Áreas compartilhadas

Muitos moradores acabam se esquecendo que portaria, elevador, salão de festas, garagem, hall, piscina e espaço gourmet, são espaços compartilhados e devem ser usados pensando no todo. Sempre tem aquele vizinho que esquece luzes acesas, portas abertas, segura o elevador sem pressa, entre outros inúmeros casos. A melhor solução é dialogar de forma calma e lembrá-lo das regras de boa convivência, pois, muitas vezes, essas situações acontecem por conta da personalidade de cada pessoa e não por maldade.


5 - Tenha empatia sempre!

Antes de tudo, lembre-se que uma situação nunca deve ser resolvida com violência ou força. Se você estiver bravo ou magoado com seu vizinho, espere essa sensação passar para tomar uma atitude. Só fale com ele ou deixe recado quando estiver mais calmo. Tenha empatia, isso fará com que a outra pessoa também tenha por você. É uma via de mão dupla que pode resultar em um bom relacionamento e na resolução dos problemas da vizinhança. Se colocar no lugar do outro é fundamental para a resolução de possíveis divergências.

 

Estudo revela mudança de hábitos de sono entre adolescentes durante a pandemia de Covid-19

Impacto na qualidade de vida entre estudantes do ensino médio mostra aumento da ansiedade e atraso no ciclo do sono de até 1,5 horas entre os jovens 



Um estudo sobre os hábitos e mudanças no sono dos adolescentes durante a pandemia de Covid-19 pode ajudar a entender os impactos na saúde física e emocional dos jovens durante período de isolamento social decorrente da pandemia de Covid-19.

Adolescentes têm maior necessidade de sono em comparação à idade adulta, além da ocorrência de um atraso natural do horário de início do sono. Durante a pandemia, os adolescentes puderam flexibilizar a programação de aulas e adaptar a grade às preferências de sono. Além disso, em algumas instituições as aulas online começam mais tarde do que as aulas presenciais habituais, além de não haver o tempo gasto no deslocamento para a escola. Tudo isso poderia ter um impacto benéfico na aprendizagem. No entanto, a pressão do confinamento, o medo do contágio e a ausência de contato presencial com amigos e parentes impactaram significativamente os adolescentes.

Preocupações como essas, somadas às mudanças no sistema das aulas e à maior exposição às telas de smartphones e notebooks acabaram por motivar uma mudança nos horários de sono sem, com isso, melhorar a qualidade dele. “Nossa hipótese era de que a pandemia de Covid-19 tivesse induzido um turno noturno do ritmo diário entre os adolescentes e que isso afetou negativamente a qualidade do sono – e de vida – de estudantes do ensino médio, o que se mostrou verdadeiro. A duração e a qualidade do sono melhoraram apenas entre os alunos que já tinham menor duração do sono antes da pandemia”, ressalta Pedro Genta, pneumologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo e um dos autores da pesquisa.

Os 94 alunos participantes do estudo foram questionados sobre horários habituais de dormir e acordar e responderam a questionários como o Pittsburg Sleep Quality Questionnaire (PSQI), à Escala de Sonolência de Epworth (ESS), ao Morning-Eveningness Questionnaire (MEQ) e ao World Health Organization Quality of Life Questionnarie (WHOQOL) antes e durante a pandemia. Após a comparação das duas fases do estudo, foi revelado que os alunos atrasaram em 1,5 hora os horários de dormir e em até 2 horas para acordar, em média. Houve também a alteração do cronotipo, ou seja, a predisposição natural de cada pessoa de sentir energia ou cansaço de acordo com o período do dia, que migrou para o anoitecer durante a pandemia.

A piora dos domínios físico e psicológico do WHOQOL e a melhora do domínio ambiental evidenciam as experiências conflitantes que os alunos do ensino médio estão enfrentando durante a pandemia, o que é preocupante, mas compreensível. “Durante o sono o sistema nervoso prepara o cérebro e o corpo para o dia seguinte, consolidando o que foi aprendido ao longo do dia. Esses dados poderão ajudar a entender melhor os impactos físicos e psicológicos nos jovens e, com isso, buscar soluções para ajudá-los a passar por esse momento”, conclui Genta.





BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo


Sentimento de luto tem ganhado novas formas de ser encarado

Familiares buscam ressignificar objetos pessoais deixados pelos que se foram

 

Com mais de 26 mil mortes somente pela Covid-19 no Estado do Paraná, a palavra luto passou a ser lida e ouvida com mais frequência nos últimos tempos. O sentimento mexe com adultos, crianças e famílias inteiras que passaram por estes momentos de sofrimento.

Para amenizar a dor desta perda, muitas famílias buscam manter por mais tempo na sua memória afetiva a lembrança do ente querido. Uma das formas que elas encontram é transformar os objetos pessoais em algo criativo e interessante que tanto agrada como materializa a saudade.

Gisele Maria Boszczowski é artesã e produz bonecos de biscuit. Ela conta que muitas pessoas a procuram para reproduzir, em formato de bonecos, uma foto daqueles que se foram. “Acabo me envolvendo na história das pessoas, em suas narrativas, e faço essa lembrança com todo o amor do mundo, porque consigo sentir o que me é transmitido. É uma grande responsabilidade esse trabalho, por isso, sempre busco ouvir com muita atenção os relatos e colocar muito carinho na produção”, contou.

A Organização Mundial de Saúde (OMS), classificou os sentimentos de luto e saudade, por períodos de tempo. De acordo com o órgão, o primeiro pode durar de um a dois anos, já o segundo, não possui um prazo determinado para se encerrar. A psicóloga credenciada da Paraná Clínicas, Suely Poitevin (CRP-PR 05080), destaca que esses momentos precisam sim serem vivenciados, mas é necessário ter atenção. “As pessoas possuem sentimentos diferenciados, assim como enfrentam as situações de perdas e separações de formas particulares e singulares. Por isso, é preciso atenção para ver se a tristeza não está evoluindo para problemas maiores como depressão, ou ainda desencadeando novos problemas de saúde como bulimia, anorexia, ansiedade e tantos outros que estamos vivenciando nesse momento”.

A profissional ainda relata que permanecer com um objeto do ente querido que se foi, é uma forma de aliviar a pressão da perda e conseguir trabalhar melhor com os sentimentos que ficam confusos. “Guardar um objeto é uma forma de preservar e manter viva na memória afetiva, a lembrança da pessoa perdida. Assim como, conseguir reinventar atitudes, palavras e hábitos que eram desenvolvidos por ela, podem ajudar a aliviar a dor do vazio. Então, podemos pensar, o quanto tais objetos representam e materializam os sentimentos da perda. "”, finalizou.

 


Paraná Clínicas 

 

Tempo de tela e inversão de sono afetam saúde mental de jovens na pandemia

Estudo da Unifesp identifica relação direta desses fatores com sintomas de depressão e ansiedade


Na ausência da rotina escolar, jovens estudantes de escolas públicas da Grande São Paulo que passam mais tempo diante de telas e trocam a noite pelo dia apresentam com mais frequência sintomas de depressão e ansiedade na pandemia de Covid-19. Os dois comportamentos, ao lado de ser do sexo feminino, foram os fatores mais associados a esses sintomas, segundo estudo recentemente publicado por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

O grupo interdisciplinar constatou que estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio de escolas públicas estaduais e municipais, localizadas nas periferias dos municípios de São Paulo e Guarulhos, apresentaram triagem positiva em 10,5% para depressão e 47,5% para ansiedade. O critério adotado foi o Inventário de Depressão Infantil e de Ansiedade pelo SCARED (Screen for Child Anxiety Related Emotional Disorders).

"Outros fatores revelaram estar relacionados a esses quadros. Quem avalia que o conhecimento adquirido na escola é importante tende a ter menos sintomas de depressão. Quem teve caso de Covid-19 em casa apresentou mais sintomas. Essas tendências também se verificaram em relação à ansiedade, mas testes estatísticos não puderam confirmar efeito consistente", explica Daniel Arias Vazquez, professor e pesquisador da Unifesp.

O professor também destaca que o artigo evidencia uma falsa dicotomia entre agravamento da saúde mental e volta às aulas em meio à pandemia, bastante presente no debate público. "Se, de um lado, o retorno à rotina escolar reduzirá a exposição às telas e a inversão do sono, amenizando os sintomas de depressão e ansiedade; por outro lado, deve-se ter em mente que a incidência de casos de Covid-19 na família também impacta a saúde mental dos estudantes, podendo se tornar um fator ainda mais preponderante com o agravamento da pandemia", descreve Vazquez.

O estudo envolveu questionário disponibilizado na internet e autopreenchido pelos jovens entre 29 de outubro e 14 de dezembro de 2020, quando as escolas estavam sem aula presencial. Para ter acesso aos estudantes e a autorização formal das escolas e dos pais a pesquisa contou com o apoio do coletivo Brigada pela Vida, que congrega diferentes setores do movimento de educação e saúde, com participação de professores e diretores das escolas.

A equipe da Unifesp responsável pelo artigo Vida sem Escola e a saúde mental dos estudantes de escolas públicas durante a pandemia de Covid-19 , publicado como preprint pela plataforma Scielo, é multidisciplinar e intercampi. São autores do estudo os professores Daniel Vazquez, Sheila Caetano, Rogerio Schlegel, Elaine Lourenço, Ana Nemi, Andrea Slemian e Zila Sanchez, especialistas em educação, psiquiatria, políticas públicas e epidemiologia, oriundos dos Departamentos de Ciências Sociais, História, Psiquiatria e Medicina Preventiva da Unifesp.

 

Depressão e ansiedade são doenças multifatoriais; médica explica como lidar com o quadro

 Estudo australiano mostrou que há pelo menos 509 genes que influenciam tanto no desenvolvimento da depressão quanto da ansiedade


De repente, bateu um sentimento de tristeza intensa e parece que a vida está passando em branco e preto. E a sensação não é passageira: ela dura semanas, meses e parece que tudo perdeu o sentido, até mesmo das atividades que antes eram muito prazerosas. Esta é uma descrição muito comum de pacientes que sofrem de depressão, doença que acomete 16,3 milhões de brasileiros, segundo dados do Instituto Brasieiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já para o quadro de ansiedade, os números são ainda mais alarmantes: 86,5% da população, de acordo com o Ministério da Saúde.

“Embora a depressão e a ansiedade sejam doenças similares e que costumam surgir juntas, elas são diferentes. A primeira está associada à perda de prazer, enquanto a segunda gera   irritabilidade constante”, revela a Dra. Lívia Salomé, médica especialista em Medicina do Estilo de Vida pela Universidade de Harvard e vice-presidente da Regional Minas Gerais do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida (CBMEV).

Segundo a médica explica, a mente humana é subproduto da atividade cerebral em relação a um outro sistema do corpo. A depressão e a ansiedade representam o adoecimento deste subproduto, traduzida em um transtorno mental. “Sabemos que as causas de ambas as doenças são multifatoriais. Elas incluem desde eventos de estresse, características da personalidade, conflitos familiares até mudanças na composição química dos neurotransmissores e genética – ou seja, quem tem histórico familiar, tem maior probabilidade de desenvolver a doença”, explica a especialista.

Um estudo recente liderado pelo QIMR Berghofer Medical Research Institute, na Austrália, disponibilizado no periódico Nature Human Behaviour, mostrou que há pelo menos 509 genes que influenciam tanto no desenvolvimento da depressão quanto da ansiedade. Este foi o primeiro estudo a identificar tamanha quantidade de genes compartilhados por ambos os transtornos, indicando uma relação genética entre eles. 

Conforme esclarece a Dra. Lívia, o tratamento da depressão e da ansiedade são baseados em antidepressivos e psicoterapia. “Tudo vai depender da intensidade da doença. Somente um especialista pode determinar se há necessidade de tomar medicamentos ou o tempo necessário de terapia para que haja uma melhora significativa do quadro”. Ela lembra que os remédios funcionam como um apoio para uma recuperação mais acelerada, de modo que depois de um determinado período, o paciente consiga levar a sua vida por si só, sem a necessidade deles. 

Mas, para a médica, vencer o distúrbio significa voltar a ser uma pessoa de hábitos saudáveis. “Realizar atividades físicas e investir em uma alimentação balanceada são exemplos de iniciativas importantes para combater a depressão e a ansiedade”, diz ela.  Isso porque a prática esportiva traz mudanças bioquímicas no organismo e colabora para uma maior liberação de endorfinas, agindo nos neurotransmissores. Além, é claro, de possibilitar o contato social.

A médica indica ainda alguns alimentos que contribuem no combate às doenças. “São aqueles ricos em magnésio, tirosina, triptofano e vitaminas B e C. Eles auxiliam na produção de serotonina, o hormônio ligado à sensação de prazer. Entre eles, estão ovos, mel, frutos do mar e frutas, como banana, laranja, melancia e mamão”, aconselha Dra. Lívia.

Ela finaliza com orientações sobre outros cuidados que impactam na qualidade de vida e, consequentemente, no tratamento das duas doenças.  “Uso de álcool e drogas, maus hábitos de sono e poucas relações sociais ou de má qualidade podem atrapalhar o tratamento, assim como o uso excessivo de aparelhos eletrônicos. Portanto, devem ser evitados”, alerta a médica.   

“Também acho importante frisar que depressão e ansiedade não são frescuras, como muitas pessoas ainda dizem. Temos que quebrar esse tabu e pedir ajuda profissional. Um tratamento precoce é fundamental para devolver a qualidade de vida do paciente de forma breve e eficiente”, completa. 

 


Dra. Lívia Salomé - Graduada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem especialização em Clínica Médica e certificação em Medicina do Estilo de Vida pelo American College of Lifestyle Medicine.
Atualmente, é vice-presidente da Regional Minas Gerais do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida (CBMEV).


Solidariedade e humanismo durante a pandemia


Estamos chegando na metade do ano e os números sobre desemprego e fome continuam preocupantes. Além dos 14,8 milhões de desempregados, há 6 milhões de desalentados, ou seja, pessoas que gostariam de trabalhar, mas desistiram de procurar vaga, segundo o IBGE. A maior parte de quem conseguiu uma ocupação (81%) foi no mercado informal, de menores salários e condições mais precárias.

O reflexo deste cenário aparece em outro índice alarmante: aproximadamente 117 milhões de pessoas estão em situação de insegurança alimentar ou passando fome no Brasil, de acordo com a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional. O número, que corresponde a mais da metade da população brasileira, engloba pessoas que não se alimentam como deveriam, com qualidade e em quantidade suficiente.

Além de ser o maior índice em 17 anos, é quase o dobro do registrado em 2018, quando o IBGE identificou 10 milhões de brasileiros nessa condição. A pesquisa atual mostrou que as mais vulneráveis são as mulheres de periferia, chefes de família, negras e com baixo nível de escolaridade.



Solidariedade

Diante desse quadro gostaria de destacar o relevante papel desempenhado pelos sindicatos, principalmente os que representam a maior categoria profissional urbana do Brasil, que são 12 milhões em todo o Brasil e 2,7 milhões só no Estado de São Paulo, os comerciários. Sou muito grato a essa categoria onde iniciei minhas atividades profissionais.

Neste período de pandemia, as ações solidárias praticadas pelos 71 Sindicatos filiados à Fecomerciários, estão amenizando o sofrimento de milhares de famílias, muitas delas que perderam entes queridos para a Covid-19. Arrecadações e distribuições de alimentos não perecíveis aos necessitados avançam na base em um grande número de cidades.

Como se trata de uma crise sanitária, a saúde tem ganhado atenção especial. Tem crescido o número de convênios com hospitais, consultórios médicos e laboratórios de análises clínicas, entre outros. Em Presidente Prudente, por exemplo, recente parceria permite a sócios e dependentes fazerem o teste para a Covid-19 com desconto.

Já o Sincomerciários de Rio Preto está prestes a encerrar, com sucesso, a campanha “Sangue Comerciário”, lançada em 1º de Maio (Dia do Trabalho) com o Hemocentro local, para completar os estoques de sangue que estão em baixa. Durante a campanha os sócios que doam sangue recebem uma cesta básica do Sindicato. Além de solidário, o empenho dos nossos Sindicatos é humanitário.



Esperança

Tenho encorajado lideranças sindicais de todos os segmentos a adotarem campanhas para aliviar o sofrimento das famílias que enfrentam dificuldades. Os desafios são enormes. Na Câmara Federal tenho apresentado Projetos de Lei e votado sim para todas as iniciativas que beneficiam os trabalhadores empregados, os desalentados, os desempregados, os segurados do INSS e os que não conseguem mais pagar os aluguéis. Por esse motivo, aprovei o Projeto de Lei que já está no Senado, que proíbe o despejo ou desocupação de imóveis até o fim do ano. Ao mesmo tempo, tenho trabalhado incansavelmente para facilitar o acesso aos financiamentos para as micro, pequenas e médias empresas para que elas não fechem suas portas e continuem sendo responsáveis pela maior geração de empregos do país. As vacinas continuam chegando e, com elas, a esperança de que os empregos voltem e, com eles, a estabilidade das famílias e do Brasil.






Luiz Carlos Motta - deputado federal (PL/SP).


Como enfrentar a ‘fadiga do Zoom’ e sobrecarga profissional durante o home office?

Cansaço e exaustão são observadas por pesquisas de mercado em profissionais que atuam na modalidade de teletrabalho

 

O trabalho é percebido como a atividade que mais consome a rotina do brasileiro durante a pandemia, segundo pesquisa realizada pela Nielsen, em parceria com a consultoria Toluna. No mês de janeiro, a pesquisa ouviu 1.135 pessoas e, em março, divulgou o resultado, apontando que 18% dos entrevistados excederam 15 horas por semana dedicadas ao expediente, seguidos de 23% trabalhando de 10 e 15 horas e 22% de cinco a nove horas.

Outro ponto importante é a alta carga de videoconferências que aumentou o estresse e desgaste dos funcionários, em todo o planeta, e foi intitulada por psicólogos e especialistas em recursos humanos como Zoom fatigue, ou ‘fadiga do Zoom’. A referência vale para todas as plataformas de chamada de vídeo, como Google Meet, Microsoft Teams, WhatsApp, entre outras.

Segundo Maria Fernanda Meireles, head de Pessoas e Cultura na Allya, HR tech com foco em benefícios corporativos e bem estar-financeiro dos colaboradores, a equipe estava acostumada a realizar de duas a quatro calls por semana. "De repente, os colaboradores tiveram que lidar com reuniões virtuais praticamente ao longo de todo o expediente de trabalho. Principalmente no início da pandemia, onde o contexto era de extrema incerteza e muitas das empresas estavam se adaptando ao modelo home office", afirma.

De acordo com a executiva, o tempo de adaptação ao home office terminou e o RH está em um período de avaliar as atividades que fazem sentido manter ou não. Entre as ações que a profissional recomenda para esse desafio do Zoom, estão implantar uma cultura de boas práticas, tais como filtrar o conteúdo a ser abordado, a fim de verificar se o e-mail pode ser uma alternativa; utilizar a funcionalidade de ‘hide self-view’, na qual é possível que o colaborador esconda sua própria câmera para não precisar olhar a sua imagem o tempo inteiro; permitir que a equipe tenha períodos com a câmera desligada; reservar alguns dias na semana em que reuniões não poderão ser agendadas; ter um intervalo acordado entre uma call e outra para pequenas pausas na rotina; e manter um canal aberto com a equipe para compartilhar questões de bem-estar emocional.

"Por não saber como avaliar ou cobrar um trabalho, os gestores acabam demandando excessivamente que a pessoa ‘dê as caras’ virtualmente, como se fosse uma prova de que ela está trabalhando, ao invés de, de fato, conversar pontualmente sobre o que precisa ser feito. Parece mais um ‘bater ponto virtual’ do que realmente a promoção de reuniões, brainstorming etc.", aponta Giovani Lucena, psicólogo do PsicoManager, plataforma de gestão para psicólogos e clínicas de psicologia.

A fim de amenizar essa situação, Lucena sugere que o colaborador ofereça o feedback para a liderança de que o excesso de reuniões não está funcionando tão bem, tanto por serem reuniões com caráter pouco criativo, como por gerar esgotamentos mentais do funcionário, que é sempre pressionado a participar desses encontros, onde talvez ele não tenha nada a acrescentar dentro do contexto debatido. Por outro lado, ainda segundo o psicólogo, a empresa deve se importar com a sua ‘empresabilidade’, ou seja, se tornar atraente para captar e manter os talentos, e que este desgaste ocasionado por ‘Zoom fatigue' pode arranhar a imagem da companhia perante os seus colaboradores.


Qualidade de vida no home office

Um exemplo de empresa preocupada com a saúde mental e física de seus colaboradores, desde quando a pandemia começou, é a Embracon , uma das principais administradoras independentes especializada em consórcios, que implantou uma série de iniciativas, como a visita de um técnico do trabalho para avaliar as condições de cada um de seus profissionais e sugerir melhorias, caso necessárias.

Após esta avaliação, a administradora decidiu manter os colaboradores motivados e mais confortáveis e enviou a todos um kit escritório composto por mesa, cadeira, apoio para os pés, estabilizador, teclado e mouse. "Além de promover um ambiente confortável, pensamos em incentivá-los a cuidar melhor da saúde, por isso, criamos a ‘Quarta é dia de saúde’, um breve boletim com temas relevantes, como check-up médico, prevenção contra acidentes domésticos, cuidados com a automedicação, entre outros", explica Brenda Donato, diretora de Pessoas e Resultados da Embracon.

Diante dos fatos, a Embracon também criou a ‘Sexta sem reunião’. A ideia é de que as reuniões online sejam feitas até as 12h deste dia da semana e o restante do expediente fique livre para todos se organizarem para a próxima semana e se desconectarem tranquilamente para o fim de semana de descanso. E para mudar a rotina dos colaboradores e aliviar o estresse, semanalmente, a empresa promove uma série de treinos virtuais de ginástica laboral, mindfulness, yoga e exercício físico, em diversos horários, que serão mantidas ao longo de 2021.

Complementando o conjunto de iniciativas, a companhia oferece o programa Conte Comigo, com orientação e apoio jurídico, financeiro e psicológico aos colaboradores e seus dependentes, de forma anônima e gratuita, 24 horas por dia, 7 dias por semana, por meio de um canal de 0800.

"É momento de pensar na qualidade de vida de cada um diante da situação que vivemos com o isolamento social, que ainda está provocando diversos fatores de exaustão. Com essas iniciativas, o nosso objetivo é auxiliar diretamente os mais de 2,9 mil profissionais, incentivando-os a cuidar melhor do bem mais precioso, a saúde", conclui Brenda.



Como estimular o cérebro diminui o retrocesso escolar do seu filho na pandemia?

Você provavelmente já parou para pensar o quão longe poderia ter chegado se tivesse sido estimulado corretamente desde criança, não é? E se naquela época houvesse uma forma de desenvolver o raciocínio para compreender melhor a matemática ou memorizar a história do Brasil?

A neurociência já sabe que nos primeiros anos de vida o cérebro está mais aberto a aprendizagem, e por isso é tão importante estimular o cérebro de crianças na primeira e segunda infância. Com a pandemia, no entanto, milhões de crianças se afastaram do ambiente escolar e perderam muito do desempenho que vinham tendo por conta de todas as mudanças impostas nos últimos meses.


Mas afinal: é possível despertar o cérebro mesmo em um contexto adverso como o que estamos vivendo?

A resposta é sim e está na ginástica cerebral (ou estimulação cognitiva). Pioneiro neste segmento, o Método Supera é uma rede de franquias que oferece um curso voltado para todas as idades com o objetivo de desenvolver o cérebro.


Como a estimulação cognitiva funciona na prática? Quando nosso cérebro recebe os estímulos corretos, consegue fazer conexões para entender melhor o mundo e coisas que, para muitas pessoas são consideradas complexas. “Até mesmo para aprender, precisamos criar um caminho dentro do nosso cérebro. Não basta apenas aplicar a matemática, o português ou o inglês, é preciso treinar esse cérebro para que ele consiga responder ao que aprende e é por isso que muitas pessoas desanimam: porque não conseguem ter concentração e memória para assimilar conteúdos escolares e por isso exercitar o cérebro é tão importante, sobretudo neste momento”, pontou Patrícia Lessa, Diretora do Supera Ginástica para o cérebro.


Por que exercitar o cérebro é importante agora? Com o segundo ano consecutivo de aulas no sistema híbrido e remoto na maioria dos estados, por conta da pandemia de Covid-19, crianças e adolescentes brasileiras já sentem os déficits na aprendizagem, mesmo com o esforço dos educadores em manter os conteúdos e desempenho dos estudantes no ensino regular à distância. Já entre os idosos – um dos públicos mais afetados pelo distanciamento social, são inúmeros os relatos de perda de memória e concentração por conta da ausência de estímulos cognitivos e emocionais neste período. “A ginástica cerebral funciona como uma cápsula de neuro proteção e existe um conceito científico que sustenta a importância de se exercitar o cérebro por toda a vida: a neuroplasticidade, ou seja, a capacidade que o cérebro tem de se modificar de acordo com estímulos”, pontou Patrícia. 


Como funciona a estimulação do cérebro? Ginástica cerebral é toda atividade que estimula neurônios e ativa áreas distintas do cérebro, potencializando nossa capacidade de atenção, memória e raciocínio. Podemos comparar os exercícios para o cérebro às atividades físicas? Para facilitar esta compreensão, sim, podemos. Assim como no exercício ao corpo, que quanto mais você exercita mais saudável e mais forte ele fica, com o cérebro, a lógica é a mesma: quanto mais estímulos corretos o cérebro recebe, mais ágil ele se torna.


Quais faixas etárias podem exercitar o cérebro? A partir dos seis anos de idade é possível estimular o cérebro para ampliar a capacidade cognitiva, facilitando a aprendizagem e a compreensão do mundo. A partir desta faixa etária, o Método Supera é indicado para crianças em idade escolar, adolescentes – em preparação para o vestibular, adultos que buscam aprovação em concursos públicos, e idosos que querem se manter ativos e estimulados ao longo do processo de envelhecimento. “A pandemia nos afetou profundamente. Algumas pessoas em maior e outras pessoas em menor grau, mas todos nós nos sentimos de alguma maneira menos estimulados a superar nossos desafios e cumprir nossas metas pessoais. A estimulação cognitiva atua diretamente nesta necessidade de retomar o desenvolvimento, seja na escola, com mais interesse por parte das crianças, seja na preparação do vestibular, ou mesmo na ajuda para quem quer ser mais ativo”, explicou.


Qual duração do curso? Com estímulos que envolvem novidade, variedade e grau de desafio crescente, a estimulação cognitiva oferece uma proposta inicial com a duração de 18 meses. Este tempo, no entanto, pode ser renovado de acordo com a necessidade do aluno.


Como exercitar meu cérebro agora? No cotidiano podemos exercitar nosso cérebro a partir das neuróbicas; ou seja, atividades cotidianas cumpridas de uma maneira diference, que fazem com que seu cérebro encontre outros caminhos para realizá-las.


Exemplos:

•          Escrever com a mão não dominante

•          Trocar o relógio de pulso, fazer caminhos alternativos

•          Memorizar listas de cabeça pra baixo


Outros exercícios são: Ler bons livros, fazer novas amizades, conhecer lugares novos, praticar atividade físicas são exemplos de atividades para o cérebro, porque ativam redes de conexões neurais. Assim como acontece com a ginástica para o corpo, para se obter resultados mais concretos recomendamos ter uma frequência nesta prática. “Esses são pequenos exemplos que sempre damos quando falamos de atividades para o cérebro. No entanto, é importante ressaltar que uma o Método Supera - ginástica para o cérebro já mudou a vida de mais de 190 mil pessoas em 15 anos de atividade no Brasil e é comprovadamente eficaz. Neste momento o Supera tem feito a diferença na vida de milhares de pessoas que já estão trabalhando na perspectiva do pós pandemia para a retomada de suas atividades e uma vida mais feliz e com propósito que começa agora e se consolida quando tudo isso passar”, concluiu a especialista.


Seletividade Alimentar: quais os aspectos orgânicos e comportamentais associados a recusa do seu filho?

O que os pais não identificaram no processo de introdução alimentar que tornou a criança uma pessoa seletiva, com problemas sociais e nutricionais.


Os transtornos alimentares, mostraram-se comuns na infância, na adolescência e inclusive na vida adulta. Embora haja problemas de ordem orgânica, uma das principais influências de pessoas com seletividade alimentar está no ambiente que as cerca.

Dentre os fatores de risco que geram a seletividade alimentar de ordem orgânica estão problemas com refluxo gastro-esofágico, deglutição, falta de apetite ou até na sensibilidade de texturas e sabores. Infecções na garganta como amigdalite, vômito, regurgitação, baixo ganho ponderal, disfagia funcional, odinofagia, disfonia, sensação de gosto ácido ou amargo na boca, náusea, desconforto pós-prandial, dor abdominal e/ou retroesternal, irritabilidade e problemas respiratórios entre outros influenciam diretamente no desenvolvimento de transtornos alimentares. Além disso, existem fatores como intolerância ao odor de alguns alimentos,  texturas, cores e  temperatura do alimento e sensibilidade ao excesso ou falta de sabor.

Embora esses sejam problemas que requerem a observação dos pais e uma avaliação médica e tratamento, o meio social ainda é um dos principais responsáveis pela SA (seletividade alimentar). Segundo a dra. Carla Deliberato, dedicada ao estudo e tratamento de crianças com problemas de recusa e seletividade, muitas vezes o comportamento alimentar de uma criança é a resposta do que ela vivencia dentro do seu ambiente social e familiar, e isso inclui condições sociais, demográficas, culturais e de crenças. “Existem crianças que desenvolvem aversão a alimentos com molho ou algo fácil de se sujar por conta de problemas de compulsão por limpeza da mãe – explica”.

Ainda de acordo com a profissional, o momento das refeições mostra-se fundamental na educação da criança e no desenvolvimento de transtornos. “É comum observarmos famílias que por conta da rotina desenvolvem o hábito de refeições individualizadas, o que influencia na qualidade, seletividade e quantidade do que se ingere” – afirma Carla. É importante ressaltar que o fato de haver a reunião familiar para as refeições não exclui a necessidade de atentar-se ao comportamento imposto nesse momento. O uso de métodos purgativos aplicados pelos pais, ou até mesmo a necessidade dos mesmos com dietas, entre outros padrões sociais influenciam na formação da criança que vivencia todas essas emoções durante o momento da refeição, desenvolvendo a seletividade e traumas.

Mesmo não tendo controle sob o comportamento da criança e não mudando os padrões alimentares, muitos pais gostariam de modificar os hábitos das crianças, porém, sem acompanhamento profissional, fazem isso de forma equivocada, oferecendo recompensas. Táticas como essa não fazem com que a criança mude de fato e passe a apreciar o alimento. “Existem diversas estratégias que podem ser aplicadas para que a criança mude o modo como encara os alimentos e momento das refeições. Incluir a criança no preparo gera interesse, mudar a forma como o alimento é apresentado também contribui com a curiosidade – afirma Carla”. 

Além dos padrões familiares, as mídias também desempenham forte influência sobre o comportamento alimentar tanto em crianças quanto em adolescentes. Programas de tv, músicas, clipes, diálogos,  redes sociais entre outros, influenciam diretamente nas escolhas. Carla explica que essa intervenção pode acontecer ainda na primeira infância ou se desenvolver apenas na adolescência. Uma vez desenvolvidos e sem tratamentos adequados, tais comportamentos prejudicam as relações sociais e podem fortalecer fobias, insegurança, angústia e estresse que carregam por toda a vida adulta.

Os desafios da introdução alimentar são inúmeros e exigem atenção para identificar o problema e dedicação para corrigir o transtorno alimentar. A intervenção profissional é sempre a melhor escolha, uma vez que a criança em tratamento não associa os traumas da refeição com o momento da abordagem profissional se tornando muito mais receptiva a novas experiências.

 



Dra. Carla Deliberato (CRFa 2-13919 )

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Quem sabe lidar com a morte? Como aceitar perder as pessoas que amamos para morte?

 O Dr. Junior Silva, Psicanalista e especialista nesse assunto, explica mais sobre como lidar com a morte e, principalmente, com a perda de um filho

 

Ao ligar a TV, ao ler as notícias ou acessar as redes sociais, somos bombardeados de notícias sobre a morte. As pessoas estão perdendo amigos e familiares. É quase impossível não conhecer ninguém que não tenha uma história sobre morte ou luto para contar.

Ontem, 31 de maio, João Miguel, filho do humorista Whindersson Nunes e da estudante de engenharia civil Maria Lina, faleceu. O bebê nasceu prematuro de 22 semanas no dia 29 de maio, último sábado, e passou dois dias internado na UTI.

Whindersson publicou um trecho da bíblia e uma mensagem nas redes sociais na tarde de ontem: "Deixai vir a mim os pequeninos, porque deles é o Reino dos Céus. Mateus 19:14", escreveu o humorista. "Filho, escrevi essa música no hospital, queria que você ouvisse na sua saída, atestando o maior milagre. E você saiu, não pra casa, mas pra melhor casa, ao lado do melhor. Desculpa as pessoas falarem de você, tão pequeno, sem nem poder se defender. Eu realmente tento entender. Talvez seja um dos motivos d'Ele ter suado sangue na oração do Getsêmani, deve ser muito difícil amar toda a humanidade até o último segundo, amou tanto que pingava sangue do seu corpo, de tanto amor por nós. E eu tento não odiar quem desejou mal ao meu filho, mas eu sou humano, meu coração parece que vai sumir pra dentro e engolir meu peito".

Whindersson soma mais 115 milhões de seguidores apenas nas contas do Instagram, YouTube e Twitter. Sua vida pessoal e profissional sempre é notícia.

Conversamos com o Dr. Junior Silva, Psicanalista, Hipnólogo e Coach, para entender mais o motivo pelo qual a morte mexe tanto com as pessoas, principalmente quando pais perdem seus filhos. Ele também explicou mais sobre o luto e deu algumas dicas valiosas de como passar por esse período.

 

- Por que não estamos preparados para a morte?

Dr. Junior Silva: Quem sabe lidar com a morte? Como aceitar perder as pessoas que ama para morte? Arrisco-me em dizer que a maioria das pessoas que leram estas perguntas responderam: - Não sei lidar!

Porque não fomos ensinados a perder. Aqui no Brasil, como em outras culturas, nós não gostamos da perda e não lidamos bem com esses sentimentos. Por exemplo, o Butão é considerado o país mais feliz do mundo e eles encaram a morte de um jeito muito diferente, se comparado com a nossa cultura. As pessoas naquele país não veem a morte como fim, mas como passagem para uma nova vida, onde a pessoa tem o direito de viver o novo. Eles fazem algumas reuniões pós-morte para relembrar e celebrar o legado, as coisas boas que aquela pessoa que se foi construiu. 

 

- Dr. Junior, por que a morte de um filho parece doer mais do que outras perdas? 

Dr. Junior Silva: Quando falamos de pessoas mais próximas como esposo, esposa, pai, mãe e filhos tudo se torna mais difícil. Mas quando falamos em perda de filhos, tudo é mais complicado, sabe por quê?

Dizem que a lei na natureza nos faz acreditar que os mais novos enterram os mais velhos, sem contar que existem definições para algumas perdas, por exemplo: quando perdemos a esposa ou esposo, ficamos viúvos; quando perdemos os pais, ficamos órfãos. E quando perdemos filhos qual é a definição? Na verdade não existe e isso nos faz compreender que a dor da perda de um filho por um pai e uma mãe, não tem definição.

Infelizmente é comum ver casais que perdem filhos se separarem, homens e mulheres entrarem em vícios, depressão, entre outros prejuízos emocionais onde a vida é “deixada de viver”. Um filme que mostra esta realidade se chama “Beleza Oculta”, que tem como protagonista Will Smith. Na história o personagem perde sua filha de 6 anos. Outro longa, baseado em um livro best seller, e que trata sobre esse assunto é “A Cabana”. 

 

- Como superar a perda de um filho? 

Dr. Junior Silva: Nesta semana tivemos uma notícia muito triste que foi a perda do João Miguel, filho de Whirndersson Nunes e Maria Lina. Com mensagem emocionante nas suas redes sociais, ele tentou definir em palavras sua dor, mas sabemos que essa dor não tem definição. 

Vou confessar para vocês, eu passei por esta situação. Antes das minhas filhas Ana Laura e Maria Alice nascerem, perdi um filho que estava na quadragésima semana de gestação. Por isso, tudo que falo aqui não digo somente como psicanalista, mas como pai que entende dessa dor. O que falo para meus pacientes é o que precisei viver também, quando precisei ressignificar minha vida. Os filhos sempre serão nosso motivo de vida, e quando eles partem precisamos ressignificar. Tenho certeza de que o Whindersson e a Maria vão ter outros filhos, como eu tive oportunidade em ter meus amores, mas isso não quer dizer que ressignificar não será necessário, pois um novo sentido de vida precisa brotar dentro dos nossos corações. Por exemplo, quando o menino Ives Ota de 8 anos foi morto pelos sequestradores, seus pais Masataka Ota e Keiko Ota fundaram o Instituto Ives Ota, uma ONG que ajuda e ajudou centenas de pessoas da zona leste de São Paulo e também fundaram o Movimento Paz e Justiça. Esta foi a forma que eles encontraram de dar um novo significado às suas vidas: ajudando outras pessoas. O importante, sempre, é encontrar um novo sentido para vida. Não estou dizendo que é fácil, mas cada pessoa precisa encontrar esse caminho. 

Tanto nos filmes que citei aqui e das histórias reais, todos eles precisaram percorrer este caminho. Não digo que foi fácil, mas valeu a pena.

 

- O que é o luto? É importante viver esse luto? 

Dr. Junior Silva: O luto é um conjunto de sentimentos de uma perda significativa, que pode ser gerada por uma morte ou qualquer situação que, temos a certeza, é irreversível. Ou seja, não temos mais o que fazer, nem viver com aquela pessoa ou situação.

Viver o luto é organizar nossos sentimentos, é encerrar uma etapa da vida e recomeçar outra. Quando reprimimos a fase do luto corremos o risco de ter consequências emocionais lá na frente. Tudo o que não é “resolvido”, um dia nossa mente vai cobrar.

Eu atendo uma paciente dos Estado Unidos que não conseguiu viver o luto da perda da mãe. Houve negação e, devido a distância, não conseguiu chegar a tempo para se despedir e vivenciar aquele encerramento de ciclo.

Essa negação do luto trouxe consequências físicas nela, ou seja, tinha dores psicossomáticas de origem emocional. A maioria dos sintomas dela era o que a mãe sentia na luta pelo câncer. Quando ela vivenciou o luto e se reconciliou com seus sentimentos e a perda, suas dores desapareceram.

 

 - Como podemos passar pelo momento da perda com mais facilidade? 

Dr. Junior Silva: A dificuldade de viver o luto acontece muito quando nos sentimos em dívida com quem nos deixou. Por exemplo: não fiz isso, não disse aquilo e agora não posso mais. Vivenciar com mais facilidade é reconhecer o quanto o outro foi importante em nossa vida, e tudo que vivenciamos de positivo ou negativo se tornará, daqui para frente, um legado de vida, e não de destruição. Dependendo das dívidas que temos e como lidamos, precisamos, às vezes, de um auxílio profissional.

 

- O que podemos aprender com a perda e com o luto?

 Dr. Junior Silva: Podemos aprender com luto que tudo tem o fim e que precisamos vivenciar o hoje como se fosse o último dia! O luto bem vivido nos traz o reconhecimento da importância e o que o outro deixou de especial, pois o que perdemos pode não estar mais presente fisicamente no dia a dia, mas estará no coração para o resto da vida. Uma coisa muito importante: o luto não é o fim, mas o começo de um novo tempo de alguém, ou de algo, que nos ajudou a ser quem somos hoje! Como Padre Marcelo Rossi sempre diz: Saudade sim, tristeza não!


PARAMÉDICA BRASILEIRA EM LONDRES ENSINA 08 PASSOS DE PRIMEIROS SOCORROS DO INFARTO

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 17,5 milhões de pessoas morrem vítimas de doenças cardiovasculares a cada ano. No Brasil, a média anual chega a 350 mil, o que corresponde a uma vida perdida a cada 40 segundos. 

“Os sintomas são variados, sendo os mais comuns as dores tipo pressão no centro do peito, dificuldades para respirar, palidez, suor frio, náuseas, vômitos, tontura, confusão mental, perda de consciência e dores na parte de cima das costas, nos braços e na mandíbula e pescoço. O Ataque Cardíaco pode durar minutos ou até dias e a severidade depende da localização exata do problema no coração. O mais prudente é buscar o quanto antes ajuda médica”, ressalta Priscila Currie – paramédica formada pela St Georges Universidade em Londres ( única mulher brasileira neste cargo em Londres). 

Infelizmente, o Ataque Cardíaco, que também é conhecido como Infarto, pode acontecer de repente. Por isso, existem algumas condutas que podem ser feitas antes do atendimento médico de urgência. Confira os alertas desses primeiros socorros com especialista em medicina pré- hospitar do Reino Unido: 

1-    CALMA: Tente manter a calma e ou acalme a pessoa que está se sentindo mal.  Se possível também, não fique em pé. O ideal é sentar-se  ou deitar-se em um local seguro, pois, caso aconteça um desmaio, o paciente não se machucará. 

 

2-   AMBULÂNCIA: Ligue imediatamente para o serviço de emergência mais próximo do seu bairro ou local que estará. O Samu (192) ou os bombeiros (193), por exemplo. Explique pausadamente o ocorrido e o endereço correto onde está. Se possível,  peça para alguém esperar pela ambulância na rua. 


3-   MEDICAÇÃO: Se a pessoa não tiver alergias a Aspirina, peça para ela chupar esse medicamento, sem engolir o comprimido de 300mg. Sem água, apenas dissolvendo na boca mesmo. Atenção! Não deixe e pessoa sozinha, apenas faça isso se o remédio estiver no local. 


4-   SEM ESFORÇO: Não permita que a pessoa com sintomas faça qualquer esforço físico, muito menos que ela dirija até o pronto-socorro sozinha, por exemplo. Mantenha a pessoa calma, conversando sobre dias felizes para distração.


5-   SEM BEBIDAS OU ALIMENTOS: Em caso de crise, mesmo sendo um alarme falso, não ingira bebidas, comidas ou fume cigarros. Essa conduta só vai prejudicar o quadro. 


6-   DESMAIOS: Infelizmente, pode ocorrer. Neste caso, deite a pessoa em posição lateral, pois se ela vomitar, não correrá o risco de engasgar. E fique de olho na respiração sempre! Se a respiração parar, se prepare para fazer ressuscitação. 

“Deite o paciente de costas no chão e olhe para a barriga e peitoral da pessoa para detectar movimentos respiratórios. Não perca tempo tentando achar pulso ou batimento cardíaco! Apenas a respiração é o que importa. Ar entrando e saindo = respiração. Se a respiração estiver ausente, chame por ajuda urgente e ligue para ambulância novamente. Reforce que pessoa não está respirando. Se prepare para começar a massagem cardiaca”, explica a paramédica.

 

7- DEA – Desfibrilador. Você sabe se tem um por perto? Qualquer um pode usar! Apenas ligue a máquina e siga as instruções. O equipamento não dá choque em quem não precisa receber e a utilização é segura.

 

8 - RCP - Ressuscitação Cardio-pulmonar. Em adultos, são 30 compressões cardíacas para 2 ventilações pulmonares. Repetida até a ambulância chegar ou até a pessoa retornar sua respiração espontânea.  

 

 

Priscila Currie - formada por umas das melhores faculdades clínicas do mundo, a St Georges University, em Londres. Ela trabalha como Paramédica para o governo britânico atendendo as maiores emergências pré-hospitalares da capital.  Além disso, também ensina primeiros socorros em suas horas vagas e ajuda milhares de pessoas em suas redes sociais, onde é mais conhecida como Priscila Paramédica Londres.

 

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