Pesquisar no Blog

sexta-feira, 9 de abril de 2021

8 aprendizados do 1º ano de pandemia para profissionais e empresas

Crises ensinam sociedades a se adequar para voltar ao pleno funcionamento, como a COVID-19 já mudou a forma de atuar de empresas e o comportamento de seus colaboradores e clientes * Por Marcelo Reis - Founder MR16 Consultoria 

 

Em 2020 quando a OMS reconheceu a situação da COVID-19 como sendo uma pandemia, logo começou um movimento em que algumas pessoas negavam a seriedade da situação. Em alguns países, o estado de emergência demorou muito a ser reconhecido. Por este comportamento, os cenários mais realistas que apontavam para uma plena recuperação econômica mundial, em não menos de 2 anos, eram mal vistos e desacreditados. No entanto, agora, com 1 ano de pandemia é exatamente o que vem se mostrando real.

Esperar que o mundo volte a ser como antes é utópico. A nova normalidade já vem sendo implantada na prática, a forma de trabalhar, fazer negócios, consumir e gerir a vida mudou de forma definitiva. Neste artigo, separei alguns aprendizados, melhorias e também pontos de atenção que a COVID trouxe.

 

Varejo: sobrevivência depende de transformação 

Logo no início de 2020 o comércio sofreu o impacto inicial e começou a pedir ajuda ao governo, que também não estava preparado para fornecer este tipo de socorro ao empresário. As empresas, principalmente as pequenas e médias, que ficaram “sentadas esperando que tudo fosse passar em 3 ou 6 meses”, e não se transformaram, quebraram. Sem fôlego financeiro muita gente fechou e, quem sobreviveu, tocou os negócios baseado no delivery. 

O Calendário comercial ficou mais “lento”, não teve a aceleração típica das datas sazonais ao longo do ano e nem o esperado pico de consumo em dezembro. O sentimento que se estabeleceu é de 2021 quase como uma continuação de 2020.

 

Online não é diferencial, é parte essencial da operação de qualquer empresa 

O online entrou de vez na estratégia das empresas, não adianta pensar nele como uma parte isolada. O digital precisa ser parte do planejamento principal. A unificação da qualidade e tipo de atendimento ao cliente independente do canal foi um importante aprendizado. 

 Antes da pandemia, era comum o cliente ter um tipo de experiência na sua jornada de compra presencial muito diferente da ofertada pela mesma marca no canal online. Ou seja, dependendo da escolha do canal para compra, o cliente terminaria sem a mesma assistência, sem acesso à promoção ou sem a personalização do seu perfil de compra. Com clientes mais exigentes e conscientes de suas compras as marcas precisaram adequar e garantir a mesma qualidade em qualquer canal.

 

Logística como parte fundamental do sucesso nas vendas 

As adaptações realizadas nos processos logísticos também acrescentaram qualidade na relação consumidor-marca. Podemos dizer que esta multicanalidade está funcionando bem no momento em que o cliente pede um produto pelo site e este pedido é encaminhado para a loja mais próxima da rede e em seguida, entregue. Não vai mais para um centro de distribuição localizado distante e que  acrescenta tempo de espera. 

A relação entre grandes marcas e clientes era distante, cada um estava em uma ponta desta equação comercial, que era recheada de intermediários. Com o fechamento dos comerciantes que faziam esta ponte, as marcas entenderam que não tinham mais clientes pois na verdade eles eram dos lojistas e não das indústrias. Agora, o fornecedor vende direto para o consumidor final e se tornou também um concorrente do varejista, tornando ainda mais acirrado o mercado para o pequeno empresário.

 

O consumidor mudou e mais do que nunca valoriza experiência 

A queda no consumo reflete também uma mudança de hábito da população que está menos consumista. Antes, as pessoas iam aos shoppings passear e sempre saiam com uma sacola, muitas vezes sem nem saber direito o que estavam comprando. Do ponto de vista econômico, mantinha a roda girando e gerava empregos. Ao mesmo tempo, a compra sem necessidade é contraproducente do ponto de vista ambiental, também com muita geração de lixo. 

Com esta mudança de comportamento, o desafio maior, fica na mão das categorias que sobreviviam massivamente das compras por impulso. Um bom exemplo são as papelarias e lojas de miudezas em que comprávamos algo no meio do caminho por lembrar que precisávamos, mas que não sairíamos de casa apenas em busca do item. Essas empresas precisarão encontrar novas formas de sobreviver. 

 O consumo cada vez mais vai migrar para a experiência, para o viver e aproveitar efetivamente o momento. Atualmente isto está na contramão da queda no turismo internacional. Contudo, a tendência já se apresenta na busca de turismo pelos moradores em suas próprias cidades. Os residentes locais estão explorando mais os hotéis, parques e atrações turísticas de sua região. No futuro, esta tendência se expandirá para além das fronteiras, na retomada do turismo internacional. 

 

Relação vida X trabalho - A vida desacelerou, a qualidade de vida virou foco e agenda cheia não é mais sinônimo de produtividade

Todos nós nos transformamos muito como profissionais e como empresa no último ano. Uma coisa que veio para ficar foi o home office, híbrido ou integral. A desconfiança que se tinha sobre este modelo de trabalho desapareceu à medida que se mostrou eficaz. Grandes empresas estão adotando o home office. 

Com o objetivo de ficar perto das suas famílias, muitas pessoas se mudaram para cidades do interior, muitas vezes longe das sedes das empresas. Quem fez este movimento, percebeu que poderia ter um custo mais baixo associado a uma melhor qualidade de vida, e não querem mais voltar ao modelo antigo. Vai ser um grande desafio para as empresas convencer os funcionários de voltarem ao modelo fixo no escritório. O modelo de home office ou trabalho de qualquer lugar é algo que veio para ficar.

 Vemos a desaceleração da vida. Qualquer um de nós, que faça uma reflexão dos dois últimos anos, pode perceber que tínhamos uma vida extremamente agitada. Saíamos antes das 07h da manhã de casa, passávamos o dia nos movimentando entre trabalho, reuniões, almoços e outras atividades. Em algumas funções profissionais, isso incluía deslocamentos constantes entre cidades, inclusive com aeroportos em alguns casos. 

O setor aéreo segue extremamente afetado, e as viagens de negócio praticamente desapareceram. A redução mais contundente foi nos vôos internacionais, mas com um grande declínio nos nacionais também. As pessoas começam a criar novos hábitos e as empresas precisam se adaptar a esta mudança toda. A maioria das viagens executivas que aconteciam foram substituídas e temos sobrevivido com ferramentas digitais, de forma 100% remota. 

A necessidade de reunião presencial ficou provada em alguns casos, como conhecer clientes e fornecedores, para gerar uma conexão mais pessoal. Porém, o mesmo não aconteceu na esmagadora maioria dos encontros que demandavam esforço e dinheiro para se deslocar e reunir. 

A agenda e a vida estão mais balanceadas para família e trabalho, aprendemos e agora quereremos ter tempo para fazer nossas coisas pessoais. As pessoas se desapegaram do vício de ter a agenda tão cheia que não sobrasse nem tempo para parar e fazer uma refeição ou respirar.


Os riscos do comodismo em longo prazo

No outro prato da balança, está um efeito colateral: se acomodar. Agora, para sair de casa para cumprir alguma tarefa presencial as pessoas precisam de um empurrão a mais, mais incentivo do que era necessário antes para sair da inércia. As pessoas estão questionando de forma mais forte a necessidade de estar presencialmente nos lugares. A necessidade do movimento passou a ser muito mais questionada. 

Em longo prazo, este padrão de comportamento pode levar à prostração e a ausência de movimento começar a causar problemas de saúde ligados ao sedentarismo. A preocupação com a saúde física, com a atividade consciente e com a saúde mental precisam estar constantemente sob nossos olhos.

 

Dependência de suprimentos estrangeiros fez indústrias repensarem as cadeias de suprimentos 

Um aprendizado importante é que por mais que o conceito de globalização funcione, na hora de uma crise como é a pandemia, vale a defesa individual. Cada nação quis se proteger, cuidando de suas fronteiras, providenciando suas vacinas e adotando políticas protetivas. 

A dependência de fornecedores internacionais se mostrou um “calcanhar de Aquiles” para muitos países que dependiam exclusivamente de compras da China e ligou um alerta significativo sobre buscar sua autonomia, ou soluções alternativas, caso não tenha importação em algum momento no futuro. 

Ou seja, começamos a ver um patriotismo nas indústrias, visando garantir seus processos produtivos sem dependências extremas externas. Agora, as produções são pensadas com planos B, C e D para garantir que não pare.

 

Atenção ao planejamento 

Vejo nas indústrias, especialmente as latinas, que sempre foram muito orientadas à ação, uma tomada de atenção para o planejamento estratégico com uma ênfase que não se via antes. 

A análise de cenários ganhou força e passou a ser mais valorizada. A tomada de decisões baseada em projeções embasadas em previsões realistas, torna os rumos da empresa mais assertivos. Se a emoção dominava antes da pandemia, foi o planejamento quem manteve as empresas vivas durante o período.


Como funciona o seguro auto para veículos híbridos e elétricos

Na Youse, não há distinção desses segmentos para veículos convencionais; Preço leva em consideração apenas perfil e personalizações da apólice


 Na Europa, a Ford divulgou que sua linha de carros será toda elétrica até 2030. Essa tendência do exterior está avançando no Brasil, ainda que timidamente. Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), as vendas de carros híbridos e elétricos cresceram 66,5% em 2020, em comparação ao ano anterior. Esse recorde de vendas do segmento vem refletindo nos demais setores, como o mercado de seguros. Na Youse, plataforma de seguros digital, a venda média mensal de coberturas para híbridos e elétricos dobrou em 2020.

Com seguro auto disponível para veículos que custam até R$200 mil conforme a tabela FIPE, a Youse cobre os modelos Ford Fusion, Renault Zoe, Toyota Prius, Volkswagen Golf GTE e Chery Arrizo 5E. “Não fazemos distinção de carros híbridos e elétricos para veículos convencionais, ou seja, oferecemos as mesmas opções de coberturas e assistências”, antecipa Nícolas Ferrara, especialista de seguros na Youse.

Na insurtech, o seguro pode ser personalizado e alterado de forma 100% digital, conforme as necessidades dos usuários. O cliente possui autonomia para escolher só as coberturas e assistências que realmente deseja, paga mensalmente pelo seguro, podendo alterar suas coberturas conforme seu momento de vida, na palma da mão.


Mas afinal, seguro é mais caro?

Na Youse, o proprietário de um veículo híbrido ou elétrico não precisa pagar nada a mais pelo seu seguro. “Não aplicamos nenhum fator de preço associado ao fato de o veículo ser elétrico ou híbrido, nem para mais, nem para menos”, explica Ferrara. Dessa forma, o preço está sujeito às variações conforme o perfil do cliente. “Vale lembrar que esses carros são mais caros e o valor do bem pode interferir na mensalidade do seguro”, resgata. Para um perfil médio de um homem, 38 anos, de São Paulo e sem classe de bônus, o modelo Prius Hybrid 1.8 Automático, ano 2018, tem o seguro com a cobertura mais simples a partir de R$220 por mês, já uma apólice mais completa a partir de R$ 359 mensal, por exemplo.

Atualmente esses modelos de carros possuem valores altos no mercado, o que limita o acesso das pessoas. “A tendência é que se popularizem e passem a demandar produtos e serviços específicos para suas necessidades. Nós, como uma seguradora digital pioneira nesse mercado, seguimos acompanhando de perto a evolução do segmento e analisando as oportunidades nesse sentido”, conclui.

 


Youse

https://www.youse.com.br/

 

Sindhotéis reforça reivindicações ao governador para socorrer turismo

Entidade requer ampliação de funcionamento da gastronomia

e eventos, bem como flexibilização de impostos e promoção do turismo

 

O Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares encaminhou ao governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, nova carta de reivindicações para socorrer o turismo. Assinado pelo presidente do Sindhotéis, Neuso Rafagnin, o documento requer ampliação do horário de funcionamento, flexibilização de impostos, medidas econômicas e retomada promocional do setor.

A hospedagem, gastronomia e eventos são nitidamente os setores mais atingidos pela pandemia. Em Foz do Iguaçu, cidade mais afetada economicamente por depender da vinda de turistas, os segmentos amargam uma crise financeira sem precedentes, com demissões, endividamentos, fechamento temporário de estabelecimentos e falências.

Com a baixa procura pelos estabelecimentos que integram o setor de hotéis, bares, restaurantes e similares, assim como o segmento de eventos, a entidade solicita que sejam tomadas providências para minimizar os impactos desastrosos que estão recaindo sobre os setores que formam a base da indústria do turismo.

Em relação a bares e restaurantes, por exemplo, o sindicato pede que o governo estadual autorize o consumo no local até às 23h e delivery até meia-noite. Hoje, pelo decreto estadual, o funcionamento é até às 20h, o que inviabiliza os negócios que dependem do movimento noturno. Já o toque de recolher no geral também seria a partir das 23h.

Neuso Rafagnin ressalta ainda que é preciso, desde já, alocar recursos para a Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo “para participação, em 2022, de feiras nacionais e internacionais, bem como para publicação de material publicitário do estado, especialmente de Foz do Iguaçu, em veículos de comunicação nacional e internacional”.

 

Flexibilização das regras para eventos

O Sindhotéis também solicitou a flexibilização das regras para a realização de eventos, outro setor gravemente afetado:

* com até 50% da capacidade do espaço, com término às 23h, para o mês de abril, limitando-se ao máximo de 100 pessoas;

* com até 50% da capacidade do espaço, com término às 23h, para o mês de maio, limitando-se ao máximo de 200 pessoas;

* com até 70% da capacidade do espaço, com término à 0h, para o mês de junho, limitando-se ao máximo de 250 pessoas; e

*com até 70% da capacidade do espaço, com término à 0h, para o mês de julho, limitando-se ao máximo de 300 pessoas.

 

Medidas econômicas para o setor:


* isenção do ICMS para o Simples Nacional para o período de abril de 2021 a março de 2022;

* isenção do ICMS da energia elétrica para o período de abril de 2021 a março de 2022;

* suspensão do pagamento dos parcelamentos do ICMS para o período de março a dezembro de 2021 (pelo adiamento deverá ser cobrada somente a correção monetária);

* efetivação do Refis referente aos anos de 2019 e 2020, com início de pagamento para março de 2022;

* liberação de certidões negativas referentes a 2020/2021 e flexibilização quanto às exigências documentais para a liberação de recursos pela Fomento Paraná e participação em licitações;

* doações de cestas básicas para guias e condutores de turismo, garçons, barmen, cozinheiros, pessoal da área de eventos, músicos etc.;

* prorrogação do pagamento das linhas de crédito da Fomento Paraná pelos próximos 12 meses;

* ampliação do alcance do crédito do Fungetur para atender empresas de médio porte, elevando o teto para R$ 500 mil para obtenção de capital de giro; e

* isenção do pagamento do IPVA dos anos de 2021 e 2022 referente aos veículos das empresas dos setores de hospedagem, alimentação fora do lar e eventos. 

 

Combate à violência infantil: uma questão de urgência!

Dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos apontam que 26.416 crianças e adolescentes sofreram algum tipo de violência de janeiro a setembro de 2020.

O índice de morte no Brasil ainda é muito alto. São aproximadamente 60 mil assassinatos, incluindo mulheres e crianças por ano. É um dever do Estado e da sociedade como um todo combater este mal que sempre existiu. A violência infantil não pode ficar escondida. O advogado Alexandre Aroeira Salles destaca que “o Brasil já tem leis suficientes para proteger a criança e o adolescente, como é o caso do Estatuto da Criança e do Adolescente e da própria Constituição Federal. O que se torna urgente neste momento, além da aplicação dessas leis, é uma agilidade na aplicação de medidas mais contundentes para coibir e punir ações de violência contra a criança”, destaca.

É preciso levantar essa bandeira, não com a criação de novas leis, mas sim de uma aplicação efetiva das que já existem. O Estado deve punir os autores de tamanha barbárie. “O País é muito deficitário no cuidado à vida das pessoas. Nós temos 60 mil assassinatos ao ano, entre mulheres e crianças. O poder público não cuida das nossas crianças, isso é uma tragédia negligenciada. Precisamos que as leis sejam aplicadas com mais rigor para punir e evitar novas tragédias como a morte do menino Henry Borel, no Rio de Janeiro. Mais que um debate urgente e necessário, é uma questão de saúde pública.”, enfatizou.

 



Alexandre Aroeira Salles - doutor em Direito e sócio fundador do Aroeira Salles Advogados.

 

A AQUISIÇÃO EMERGENCIAL DE VACINAS POR ENTES PÚBLICOS E PRIVADOS

A Presidência da República, no último dia 10 de março, sancionou a Lei nº 14.124/21, que dispõe sobre as medidas excepcionais relativas à aquisição de vacinas e insumos, bem como sobre a contratação de bens e serviços de logística, de tecnologia da informação, de comunicação social e publicitária e de treinamentos destinados à vacinação contra a covid-19 e sobre o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a covid-19.

Por meio do mencionado diploma legal, a administração pública direta e indireta, estão autorizadas a celebrar, independentemente de processo licitatório e antes de registro sanitário ou de autorização temporária emergencial, contratos ou outros instrumentos similares para a aquisição de vacinas e de insumos destinados à vacinação contra a covid-19.

Além disso, a mencionada lei autoriza esses entes da administração a celebrar, nos mesmos moldes, a contração de bens e serviços de logística, de tecnologia da informação e comunicação, de comunicação social e publicitária, de treinamentos e de outros bens e serviços necessários à implementação da vacinação contra a covid-19.

Embora a mencionada lei contenha previsão expressa quanto à dispensa de licitação para esse tipo de contratação, é importante ressaltar que tal peculiaridade não implica na faculdade da administração pública contratar ao seu bel prazer, de forma aleatória e sem qualquer critério, vacinas, insumos, bens e serviços destinados ao enfrentamento da covid-19.

Longe disso!

A dispensa de licitação somente é passível de admissão nas hipóteses — presumivelmente comprovadas — em que houver a ocorrência de situação de emergência em saúde pública de importância nacional, bem como a necessidade de pronto atendimento de situação emergencial em saúde pública de importância nacional, decorrentes do coronavírus responsável pela covid-19.

A esse respeito, impõe-se destacar que a dispensa de licitação prevista na mencionada lei não afasta a necessidade de instauração do respectivo processo administrativo, com a indicação de todos os elementos técnicos referentes à contratação definida pela administração pública, a qual deverá ser devidamente justificada, inclusive quanto ao preço pactuado.

Demais disso, a contratação deverá ser pautada pela transparência e publicidade em sítio oficial da internet, mediante o detalhamento da respectiva operação e a observância, no que couber, dos requisitos determinados pela Lei de Acesso à Informação (cf. Lei nº 12.527/11).

Mas não é só isso!

A Presidência da República também sancionou no último dia 10 de março a Lei nº 14.125/21, a qual, dentre outras disposições, autoriza pessoas jurídicas de direito privado a adquirir, direta e condicionalmente, vacinas contra a covid-19 que tenham autorização temporária para uso emergencial, autorização excepcional e temporária para importação e distribuição ou que tenham registro sanitário concedidos pela ANVISA. Conforme salientado anteriormente, trata-se de aquisição condicional, já que, nessa hipótese, as vacinas adquiridas pelo setor privado deverão ser integralmente e doadas ao SUS — Sistema Único de Saúde — enquanto perdurar a vacinação de grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde. Além disso, somente após o término da imunização desses grupos prioritários é que as pessoas jurídicas de direito privado poderão, atendidos os requisitos legais e sanitários, adquirir e distribuir e administrar vacinas, desde que pelo menos 50% das doses sejam, obrigatoriamente, doadas ao SUS e as demais sejam aplicadas de forma gratuita.

A legislação em questão também prevê a possibilidade da União, do Distrito Federal, dos estados e dos municípios assumirem a responsabilidade de indenizar eventuais efeitos colaterais provocados pelas vacinas aos respectivos usuários. Para tanto, a legislação autoriza a constituição de garantias ou a contratação, por parte desses entes políticos, de seguro privado, destinado a cobrir efeitos colaterais decorrentes das vacinas por eles adquiridas, não assumidos contratualmente e condicionalmente pelos respectivos laboratórios fabricantes.

Enfim, em época de pandemia, cujo nível de gravidade atingiu patamar inimaginável e alarmante, impõem-se medidas dessa natureza, de caráter emergencial e humanitário, não apenas para o enfrentamento dessa grave crise de saúde pública, mas, também, para proporcionar alívio e esperança à população de um modo geral, que anda tão maltratada pela administração pública e pelo legislativo, em igual proporção, nessa dramática crise sanitária.



José Ricardo Armentano - advogado na MORAD ADVOCACIA EMPRESARIAL

 

quinta-feira, 8 de abril de 2021

Aguenta, coração! Movimentos astrológicos na próxima semana mexem com o emocional

 Imagem de Gerd Altmann por Pixabay


Lua Nova em Áries e entrada de Vênus em Touro prometem abalar estruturas e trazem reflexões importantes


Neste domingo, dia 11, a Lua Nova de abril acontece em Áries trazendo vazão emocional para encontrar o novo e resolver pendências neste campo da vida. Já na quarta-feira, 14, Vênus, planeta do amor e dos relacionamentos, entra em Touro, signo associado à indulgência, prazer, firmeza e teimosia. Para esse período, a astróloga Sara Koimbra aconselha trabalhar a resiliência e ter cuidado com a possessividade. Confira o que mais ela conta sobre cada movimento e como aproveitar as influências da melhor maneira.


11 de abril - Lua Nova em Áries

Uma Lua Nova representa novos começos. Astrologicamente, é um bom momento para plantar sementes, dar os primeiros passos em direção a uma nova meta ou começar a manifestar algo que você deseja trazer para sua vida. As Luas Novas obviamente trazem noites mais sombrias, então também são consideradas um momento ideal para reflexão, permitindo que você se interiorize e entre em contato com seus objetivos. 

Áries é o primeiro signo zodiacal, representa vontade, coragem, dinamismo e a luta pela conquista. A Lua Nova em Áries é considerada uma das mais críticas do ano. Visto que ocorre no primeiro signo do zodíaco, é um convite para começar de novo. Dedique um momento para cultivar sua visão, defina suas intenções, cultive seus pontos fortes, trabalhe sua resiliência.


14 de abril - Vênus em Touro 

Vênus é o planeta do amor e dos relacionamentos, em Touro (signo Fixo, elemento Terra e que foge de abstrações), podemos nos preparar para períodos muito envolventes.   Touro é associado à indulgência, prazer, firmeza e teimosia, então faz sentido que a temporada de Vênus neste signo sinalize algumas mudanças em nossa vida amorosa: durante esse tempo, começaremos a implementar beleza, compromisso e desenvoltura em nossos relacionamentos. 

Embora Vênus seja mais conhecido por sua associação ao amor, também está ligado à necessidade de dinheiro e, enquanto o trânsito persiste (de 14 de abril a xx), você pode se dar conta de que está prestando atenção extra à sua conta bancária. 

Desvantagem: relacionamentos podem se tornar mais possessivos e a teimosia pode trazer uma certa desarmonia. É preciso ficar atento.

 

 

Sara Koimbra - atua há mais de 10 anos como astróloga, numeróloga e taróloga. Alia seus conhecimentos a terapias e orientação vocacional para adolescentes em busca da primeira profissão e adultos que querem se reinventar profissionalmente. Atua também com avaliação da política usando suas técnicas.
sarakoimbra.com.br
instagram.com/sarakoimbra


Atividade física ajuda idosos a enfrentar a pandemia

Além de importantes na redução de problemas ligados ao sedentarismo, como diabetes, hipertensão, osteoporose e alguns tipos de câncer, as atividades físicas também podem ajudar a reduzir os impactos do isolamento social nos idosos. Uma das principais instituições voltadas à terceira idade em São Paulo, o Residencial Club Leger vem mantendo, três vezes por semana, uma programação de exercícios que virou um importante aliado na superação desse período de afastamento.

- As atividades ajudam a criar um ambiente de maior ânimo entre os residentes. E resultam no aumento das capacidades físicas, auxiliando nos movimentos realizados no dia a dia. Além disso, proporcionam aumento da força, flexibilidade, potência aeróbica e reduzem a fadiga que os pequenos esforços podem gerar - explica a fisioterapeuta do Residencial Club Leger, Vanessa Tamborelli Farkas.

A programação de atividades físicas no residencial acontece ao ar livre, com os idosos seguindo o distanciamento indicado por especialistas sanitários e com todos usando máscaras. Para Vanessa, os exercícios físicos são fundamentais para manter a qualidade de vida dos idosos residentes.

- Mesmo que a pessoa venha de uma vida sedentária, é importante que comece a ter esse tipo de atividade. Há estudos que apontam a evolução na acuidade auditiva e visual, no equilíbrio, na coordenação motora e na amplitude dos movimentos - ressalta Vanessa.

 

3 dicas para o autocuidado na pandemia

Diante de um cenário tão preocupante, que afeta o mundo todo, mas agora principalmente o Brasil, olhar para si pode ser um grande desafio


Há poucos dias atrás, completou-se um ano desde que a pandemia explodiu no mundo. Quando tudo começou, acreditava-se que a esta altura já estaríamos vivendo “normalmente”. Porém, a realidade no Brasil é outra, os casos aumentaram muito e já são mais de 300 mil mortos por COVID-19 no país. Além da crise econômica, sanitária e financeira que a pandemia trouxe, outra onda acontece na pandemia, o aumento de hábitos prejudiciais, como fumar, consumo de bebidas alcoólicas, alimentação ruim e falta de atividade física.

Guilherme Pintto, escritor best-seller com “Seja o Amor da Sua Vida” e “O Óbvio Também Precisa Ser Dito”, é conhecido também na internet pelo seu trabalho sobre a importância do amor próprio, por isso hoje dará dicas de como se cuidar, se olhar com cuidado, durante este período tão difícil que a sociedade enfrenta.

Antes, é necessário reforçar que estes são cuidados complementares, mas seguir com as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) é fundamental. Máscaras, álcool em gel e distanciamento social além de serem formas de se proteger, também protege as outras pessoas.

“Já temos muito um discurso que é importante desenvolver amor-próprio, ser o amor da própria vida... Mas como fazemos isso? Como olhar para si mesmo sem parecer egoísmo? É possível encontrar conforto em meio ao caos? Autocompaixão não é mágica, é consciência. É processo." afirma Guilherme.


1.   "A consciência é o abdômen a ser fortalecido para sustentar a postura da autocompaixão”.

Gerei essa frase fazendo RPG quando descobri que o meu abdômen é um dos responsáveis pela melhora da minha postura. Pessoas com histórias traumáticas tendem a carregar resquícios do trauma no corpo físico, segundo O corpo guarda as marcas, do Bessel Van Der Kolk. Fiquei extremamente rígido (e talvez ainda seja). Meu corpo acabou se fechando tanto para o mundo devido a minha narrativa, que as únicas visões que tive durante muito tempo foram a do chão e a distância de qualquer tentativa de afeto.

Por isso que a consciência é importante. Apenas saber que precisava ser o amor da minha vida era quase como uma afronta. Eu sabia! Meu corpo implorava, mas por quê? Como? Ser mais amoroso comigo mesmo não ia me deixar menos protegido? E a autocrítica que estou acostumado? Ela é difícil, sim. Machuca, mas me motiva, ainda que por um período curto... Parem de dizer SEJA e me digam COMO, por favor? Obrigado. De nada.

Com o tempo passei a perceber que desenvolver o hábito de me acolher e ser mais gentil comigo mesmo levaria tempo e se tornaria um processo longo e contínuo, adaptando-se constantemente conforme vamos amadurecendo e gerando novas perspectivas. Ou seja, antes de começar a criar uma relação de afeto com a galerinha que mora dentro da gente, acredito que o primeiro passo seja entender os porquês que nos darão base para continuarmos alimentando movimentos que são 100% saudáveis e benéficos a nós mesmos e, de quebra, aos outros também.


2.   Autoestima ou autocompaixão?

Então, na literatura científica é muito mais comum e presente a palavra autoestima. E, ainda que de longe elas pareçam sinônimos, estas coabitam no mesmo espaço, porém possuem significados diferentes. Olha só!

Segundo Kristin Neff, referência no mundo sobre estudos de autocompaixão, “...autoestima, embora seja benéfico nos sentirmos bem com nós mesmos, a necessidade de ser "especial e acima da média" acabava levando a narcisismo, a comparações constantes com os outros, a raiva como defesa do ego, a preconceito, etc. A outra limitação da autoestima é que ela tende a ser contingente está ali à nossa disposição em momentos de sucesso, mas com frequência nos abandona em momentos de fracasso, justamente quando mais precisamos dela! Percebi que a autocompaixão era a alternativa perfeita à autoestima, porque oferecia um senso de autovalorização que não exigia ser perfeito ou melhor do que os outros.” Dentro da minha leitura, a autoestima se sustenta pela avaliação do externo, fortalecida na performance social. Ou seja, o limite de ter ou não autoestima está em não deixar de cumprir as expectativas de quem é importante para você. Caso contrário, não sendo mais “além do esperado”, seu valor começa a ser questionado. Diferente da autocompaixão, que muito mais do que existir, é uma ação, um movimento de acolhimento e cura, acolhendo em você em sua integridade, oferecendo tanto um abraço e uma voz compassiva, lembrando o quanto é humano, como ações para aos poucos irmos transformando o cenário.


3.   Construa o amor aos poucos…

É por isso que eu amo a autocompaixão, porque ela nos aceita imperfeitos, humanos, como realmente somos, sabe? Tem um exercício no último livro que é o do papel quando você se propõe a ter um date com você mesmo. Acho super importante desenharmos nossas qualidades, nossas limitações, porque, ao observarmos, vamos aos poucos percebendo que somos tudo isso e mais um pouco. E está tudo bem.

 


Guilherme Pinto - escritor best-seller com os livros “Seja o Amor da Sua Vida” e “O Óbvio Também Precisa Ser Dito”, também é autor da obra “Como Me Tornei O Amor da Minha Vida”. Antes de escrever, em 2014, fundou seu canal no Youtube - atualmente com mais de 795 mil inscritos - para superar seus traumas e propagar o amor na internet. É comunicador social, graduando em psicologia pela PUC MG.


A importância da vacinação

O diretor do Laboratório São Paulo, Daniel Dias Ribeiro, reforça a importância da vacinação no Brasil para manter o controle de qualquer vírus no país. “Devemos tomar a vacina contra um vírus ou bactéria com objetivo de proteger uma parcela suficiente da população para impedir que essa ameaça continue a se disseminar. Quanto maior o número de pessoas vacinadas, mais fácil é controlar a propagação de uma doença. O fato é que tomar a vacina é a única forma de controlarmos a propagação da doença, independente de qual vacina seja”, acrescenta o médico.

 Após tomar a segunda dose da vacina contra a Covid-19, por exemplo, cerca de 20 dias depois, a pessoa estará imunizada. Estima-se que se 70% da população for vacinada, poderemos começar a retornar os hábitos sociais. Algumas pessoas não devem tomar a vacina para a Covid-19, já que não existem estudos suficientes para grupos da faixa etária inferior a 12 anos e grávidas. Também não é recomendado para quem tem alergia aos componentes da vacina.

O dr. Daniel Dias Ribeiro também reforça a importância de se tomar a vacina da gripe este ano novamente e que está no Calendário Nacional de Vacinação do Brasil, para fortalecer a imunidade, além de ser um fator determinante para diferenciar os sintomas de outras gripes vireis e a Covid-19.

* Perguntas abaixo foram respondidas pelo dr. Daniel Dias Ribeiro - médico hematologista, patologista clínico e um dos diretores do Laboratório São Paulo
 

  1. Por que devemos tomar a vacina contra a Covid-19?

Devemos tomar a vacina para a Covid-19 para conferir a proteção contra o vírus a uma parcela suficiente da população para impedir que essa ameaça continue a se disseminar. Quanto maior o número de pessoas vacinadas, mais fácil é controlar a propagação de uma doença.

 

  1. De todas as vacinas desenvolvidas, qual devo tomar? E quantas doses?

Existem diversas vacinas em produção no mundo. Não se tem definido ao certo se uma poderá ser melhor que outra. O fato é que tomar a vacina é a única forma de controlarmos a propagação da doença, independente de qual vacina seja.
A maioria das vacinas exige 2 doses.

 

  1. Posso tomar doses de vacinas diferentes?

Nenhum estudo até agora testou a aplicação de duas vacinas diferentes em um curto intervalo de tempo. Ainda não se sabe ao certo sobre esta informação.

  1. Em quanto tempo, após tomar a vacina, eu estarei imunizado contra a Covid-19?

Após tomar a segunda dose, cerca de 20 dias depois, os estudos garantem a imunidade.

  1. A vacina vai me proteger contra a Covid-19 por quanto tempo?

Não se tem estudos suficientes ainda para esta afirmação. Provavelmente, por se tratar de uma doença viral, deverá percorrer o mesmo calendário da vacina para gripe (anual).

  1. Quem já teve a Covid-19 e tem os anticorpos, precisa ser vacinado?

Sim, todas as pessoas devem ser vacinadas.

  1. Quais tipos de reação a vacina pode provocar? Devo me preocupar?

Não. A vacina pode apresentar efeitos colaterais como vermelhidão e inchaço no local de aplicação como qualquer outra vacina. A Sociedade Brasileira de Imunologia informa que como há uma urgência pela aprovação, faz-se uma autorização emergencial e continua-se acompanhando o teste clínico e as pessoas vacinadas. Se houver algum problema sério, a distribuição será revisada.

  1. A vacinação contra a Covid-19 acabará com o coronavírus? Poderemos deixar de usar máscaras, fazer o distanciamento social e usar o álcool em gel?

Estima-se que se 70% da população for vacinada, poderemos começar a retornar os hábitos sociais.

  1. Para quais grupos as vacinas contra a Covid-19 não são indicadas?

Não existem estudos suficientes para grupos da faixa etária inferior a 12 anos e grávidas. Também não é recomendado para quem tem alergia aos componentes da vacina.

  1. Posso ter a Covid-19 mesmo depois de vacinado?

Sim. A Coronavac, por exemplo, estima 50% de eficácia da vacina para covid-19. Ou seja, existe 50% de chance de você não pegar o vírus.

  1. Quem tomar a vacina e tiver a Covid-19, pode transmitir a doença?

Ainda não há estudos suficientes para esta afirmação.

  1. Em breve, começa a vacinação contra a gripe. Devo tomar essa vacina? Posso tomar as vacinas da gripe e da Covid-19? Algum cuidado quando vacinar? Elas podem ser vacinadas juntas?

Sim e deve. Como a vacina para a Covid-19 demorará um certo tempo para atingir toda a população do país, a vacina da gripe fortalecerá a imunidade para as pessoas, além de ser um fator determinante para diferenciar os sintomas gripais para Covid19 ou demais gripes virais.

 

  1. Não sou grupo de risco, não sei quando serei vacinado pelo SUS. Poderei comprar a vacina em uma clínica particular?

Não. Segundo o Ministério da Saúde, a vacina para Covid-19 só poderá ser comercializada após a imunização de toda a população pelo SUS.

  1. Qual a porcentagem indicada em uma vacina contra a Covid-19, capaz de ser considerada satisfatória?

A Coronavac, por exemplo, estima 50% de eficácia da vacina para covid-19. Ou seja, existe 50% de chance de você não pegar o vírus. Porem há 78% de chances da pessoa que se contaminar com o vírus ser assintomática e 100% de chances de não desenvolver sintomas graves ou óbitos.

  1. A vacina contra a Covid-19 pode ser tomada por todas as faixas etárias, inclusive crianças e grávidas?

Não há estudos suficientes para crianças abaixo de 12 anos e grávidas.

  1. Pessoas que apresentam algum tipo de alergia podem tomar a vacina contra a Covid-19? É importante informar na hora de tomar a vacina o tipo de alergia e os medicamentos que tomam?

Alergia a componentes da vacina podem gerar alguma reação, porém os postos se preparam com doses de adrenalina caso seja necessário. O uso de imunização passiva contra SARS-CoV-2 pode interferir com a vacina e impedir que seja gerada a resposta imune esperada.

 

* No Instagram do Laboratório São Paulo, o dr. Daniel Dias Ribeiro fala sobre a vacina. Link: https://www.instagram.com/p/CLUGEsFFqAN/ 


Além da Covid-19, casos de dengue no país preocupam especialistas

Na Baixada Santista, somente nas duas primeiras semanas de março, houve um aumento de 145% nos casos de dengue

 

O Brasil e o mundo passam pela maior crise sanitária da nossa época com a pandemia do novo coronavírus. No entanto, além da Covid-19, o surgimento de novos casos de dengue no país preocupa os especialistas. No litoral de São Paulo, a Baixada Santista, registrou somente nas primeiras duas primeiras semanas de março um aumento de 145% nos casos de dengue. A infectologista da Fundação São Francisco Xavier, Andrea Maria de Assis Cabral explica sobre as doenças e ensina a diferenciar os sintomas de Covid e Dengue.

“As duas doenças são virais, mas provocadas por vírus diferentes e com comportamentos distintos. A Covid-19 é causada pelo vírus Sars Cov 2 e é transmitida de uma pessoa infectada para outra. A transmissão da dengue é feita pela picada do mosquito transmissor, o Aedes Aegypti”, explica a infectologista.

Segundo a infectologista, alguns sintomas de dengue e covid-19 são semelhantes e podem causar confusão na população. Entre eles a febre, mal-estar, dor de cabeça e dor no corpo. A Covid-19 é uma doença respiratória aguda e isso a diferencia da dengue. Na Covid são frequentes os sintomas gripais, como tosse, coriza e falta de ar”, explica. “E em caso mais extremo, as doenças podem coexistir em uma mesma pessoa. Ou seja, é possível ter dengue e Covid-19 ao mesmo tempo”.

Foi a ausência de sintomas gripais que fizeram a psicóloga Geovana Maria da Silva Ortis, desconfiar que estava com dengue. “No primeiro momento achei que estava com Covid até porque atuo na linha de frente da doença. Procurei atendimento médico no segundo dia de sintomas quando tinha febre alta, dores nas articulações e nos olhos. A primeira pergunta que o médico me fez foi se eu tinha sintomas de gripe. Fiz o exame e deu baixa de plaquetas”, conta. E acrescenta. “Tive falta de apetite e manchas avermelhadas pelo corpo. Ainda tenho dores nas articulações”, disse.

Moradora do bairro Saboó, em Santos, Geovana diz que sempre se preocupou com a doença e agora ainda mais devido ao número de casos que tem conhecimento. “Eu moro em casa, mas não deixo água parada, não tenho vasos de plantas, mas perto da minha casa tem um terreno baldio e a vizinhança toda teve dengue. A região passa por um surto da doença”, conta.     

Outra moradora da Baixada Santista que também teve dengue foi a auxiliar de higienização, Adriana Valéria dos Santos Silva. Ela e a filha Cintya, que residem na cidade de Praia Grande, tiveram a doença em março quase ao mesmo tempo. “Tivemos praticamente os mesmos sintomas: mal-estar, dor de cabeça, náusea, falta de apetite. As manchas vermelhas no meu corpo foram menores e as da minha filha eram bem maiores e espaçadas. Mas nós duas ainda estamos sem apetite”, relata.

A doutora também alerta que quem já pegou um tipo de dengue também pode Valsofrer nova infecção por outro tipo. “As reinfecções tendem a ser mais perigosas por causa do desenvolvimento de alto anticorpo que pode provocar sintomas ainda mais fortes. Por isso é preciso ficar atento e procurar o atendimento médico a qualquer sinal de alarme”, ensina Andrea.


Mutirão contra a Dengue

Eliminar os focos do mosquito transmissor é a principal forma de prevenção da dengue. Para ajudar a combater o Aedes Aegypti e garantir a segurança e a saúde da população, a Fundação São Francisco Xavier realizou, nos últimos dias 06 e 07 de abril um mutirão contra a Dengue.

 A ação, promovida pela equipe de Segurança do Trabalho da FSFX, em conjunto com o setor de Hotelaria, foi realizada em todas as unidades da Fundação e teve como objetivo não só eliminar os focos do mosquito como também conscientizar a população. Foram coletados lixos e todo material que possa acumular água parada em regiões próximas aos hospitais administrados pela FSFX nas cidades de Ipatinga, Timóteo, Itabira e Cubatão (SP).

Além do mutirão, a Fundação também está promovendo, nas cidades onde atua e em suas redes sociais, uma campanha contra o mosquito Aedes Aegypti.


Rompendo tabus: o que você precisa saber sobre a Doença de Parkinson

Dia Mundial da Conscientização da Doença de Parkinson alerta para os cuidados com as doenças degenerativas

 

Assim como o Alzheimer, a doença de Parkinson é uma das doenças degenerativas que mais acometem pessoas no mundo. Estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1998, o Dia Mundial da Conscientização da Doença de Parkinson, como o próprio nome já diz, tem como objetivo aumentar a conscientização sobre a condição neurodegenerativa, incentivar pesquisas e a inovação no setor. A data também homenageia o famoso cirurgião e farmacêutico inglês James Parkinson, que fez o primeiro relato da doença, em 1817.

A Doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta, principalmente, os neurônios produtores do neurotransmissor dopamina, que possuem relação direta com o controle dos movimentos do corpo. Este processo de destruição das células nervosas ocorre em vários pontos do cérebro e, na grande maioria, apresenta sintomas como lentificação dos movimentos, rigidez muscular e tremores involuntários.

De acordo com o Ministério da Saúde, em 2018, o Brasil registrou cerca de 200 mil pessoas portadoras da doença de Parkinson, em relação aos índices globais, que podem alcançar cerca de 8 milhões de pessoas acometidas pela doença.


Os principais sintomas e diagnóstico

O diagnóstico da doença é clínico e se dá pela detecção dos principais sinais e sintomas que uma pessoa pode vir a apresentar. Os sintomas mais frequentes podem ser: tremores involuntários, rigidez muscular, lentidão dos movimentos, perda das expressões faciais, lentificação do raciocínio, alterações do sono, depressão e perda do olfato.

Vale destacar que estes podem ser apenas alguns sintomas diante de um todo. Portanto, é primordial a busca por um atendimento médico adequado, feito, nestes casos, por um neurologista. “Como não há, infelizmente, um exame específico que consiga detectar a presença da doença com precisão, grande parte dos diagnósticos acontecem tardiamente, por isso é fundamental que as pessoas busquem tratamento o quanto antes. Isso pode, sim, proporcionar mais bem-estar e qualidade de vida aos portadores do Parkinson”, afirma doutor Alexandre Venturi, médico neurologista da Clínica IMUVI.


Existe um tratamento adequado?

Apesar de ser uma doença que não tem cura, existem diversos medicamentos e tratamentos que são capazes de atenuar os principais sintomas da doença, proporcionando muito mais qualidade de vida para os pacientes e seus familiares. Sobre os medicamentos, existem diversos grupos de remédios que podem ser utilizados, mas é importante frisar que a grande maioria deve atuar na elevação de concentração da dopamina no cérebro, o neurotransmissor que geralmente se encontra em níveis muito baixos em quem possui a doença de Parkinson.

A fisioterapia, a cirurgia com implante de estimulador cerebral (uma espécie de “marca-passo cerebral”) são aliados importantes no processo de tratamento da doença de Parkinson, devendo ser indicados corretamente por um médico neurologista especializado. “É muito importante que todos se conscientizem que, ainda que as doenças degenerativas sejam irreversíveis, todos os recursos disponibilizados pela Medicina para amenizar os sintomas desses pacientes, podem e devem ser utilizados. Todos merecem uma vida melhor”, conclui Dr. Alexandre Venturi.

Por fim, vale destacar os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), criados pelo Ministério da Saúde do Governo Federal. São documentos que estabelecem critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à saúde; o tratamento preconizado, com os medicamentos e demais terapias apropriadas; assim como as posologias recomendadas e todos os aspectos em torno de uma doença que devem ser cumpridos por gestores do Sistema Único de Saúde e profissionais da área de saúde. A doença de Parkinson, no Brasil, também possui um PCDT e a última versão foi atualizada em 2017.


 

HSANP


Dor de cabeça: saiba diferenciar causas e tratamento

Um dos sintomas mais comuns da covid e que também ocorre pelos mais variados motivos é a dor de cabeça. Seja ela sintoma de uma doença, um incômodo que passa após alguns minutos ou uma dor que persiste por muito tempo, é importante identificar qual a causa para fazer o tratamento correto e evitar maiores problemas.

O doutor em neuroanatomia e mestre em anatomia humana pela Unicamp Mario Sabha Jr. explica que as dores de cabeça podem ter diversas origens relacionadas com o próprio cotidiano da pessoa. “Ela pode ser gerada por cansaço, insônia, falta de nutrição ou hidratação, desgastes emocionais como discussões e brigas, fotossensibilidade por alta exposição à luz solar ou a telas de computadores e celulares”, exemplifica.

Segundo Sabha, é importante a pessoa se conhecer e notar se já tem dores de cabeça com frequência. “O que não pode ser feito é negligenciar a dor. Uma pessoa que não costuma ter esse sintoma e de repente passa a ter sem que seja um dos motivos que citei, pode estar em uma situação de emergência e até mesmo com o sintoma de um AVE (Acidente Vascular Encefálico, popularmente conhecido como AVC)”, alerta.


Rápidas ou persistentes, as dores de cabeça devem ser tratadas de acordo com o seu tipo
Depositphotos

O especialista alerta que é essencial perceber se a dor de cabeça vem acompanhada de outros sintomas, ainda mais no momento atual que vivemos. “Se vier junto a dor nos olhos, de garganta, febre, perda de olfato e paladar e, principalmente falta de ar, é necessário consultar um médico o mais rápido, pois pode ser coronavírus e, quanto mais breve se iniciar o tratamento, melhor será a recuperação”, afirma.

As dores de cabeça, tanto as mais leves como as mais persistentes, podem ser tratadas com a ajuda de um especialista. “Além dos medicamentos, temos tratamentos com osteopatia, quiropraxia, acupuntura e terapias no crânio para a maioria dos casos. No entanto quando a dor está relacionada a males mais graves, como a covid, o primeiro passo é tratar a doença”, explica Sabha. “Com um tratamento integral é possível identificar a origem do problema e realizar o cuidado a partir dali. Existem situações emocionais, por exemplo, em que a pessoa ao dormir bem, realizar uma dieta correta e exercícios físicos já consegue alcançar um certo equilíbrio”, afirma.


Posts mais acessados