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sexta-feira, 15 de novembro de 2024

3 formas que o diabetes pode afetar a saúde do coração

O diabetes mellitus é uma doença crônica que pode elevar o risco para doenças cardiovasculares, como apontou o estudo CAPTURE ¹, realizado pela farmacêutica Novo Nordisk, afirmando que um em cada três pacientes com diabetes tipo 2 já possui doença cardiovascular estabelecida.

Atualmente, o Brasil ocupa a quinta posição mundial em número de casos de diabetes, com 16,8 milhões de pessoas entre 20 e 79 anos afetadas pela doença, segundo o Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes. A estimativa é que esse número chegue a 21,5 milhões em 2030. No Dia Mundial do Diabetes (14/11), a dra. Rosita Fontes, endocrinologista dos laboratórios Sérgio Franco e Bronstein, que fazem parte da Dasa, explica que a relação entre diabetes e doenças do coração é complexa e multifatorial, mas, de maneira geral, pode afetar o órgão de três formas principais.


1.   Diabéticos têm mais chances de ter problemas cardiovasculares

Segundo a American Heart Association², a chance de desenvolver doenças cardíacas passa a ser de duas a quatro vezes maior em comparação com quem não possui diabetes.

“Isso ocorre, principalmente, porque a doença, quando não controlada, pode afetar o endotélio, ou seja, a camada interna dos vasos sanguíneos. Uma vez que o sistema vascular está comprometido, prejudica-se também o funcionamento do coração”, afirma a dra. Rosita.

2.   Formação de acerelada de placas nas artérias

O aumento da glicose pode danificar os vasos sanguíneos e provocar inflamações, elevando o risco de aterosclerose – caracterizada pelo acúmulo de placas de gordura nas artérias. A formação dessas placas torna as artérias mais rígidas, dificultando a passagem do sangue, aumentando a pressão corporal, além do risco de trombose, caso se desprendam e formem coágulos.

“É importante estar atento aos sintomas do diabetes tipo 2 para que o diagnóstico seja feito precocemente e o tratamento seja acompanhado por um endocrinologista. Os sinais da doença são característicos, como visão turva, sede excessiva, aumento na frequência urinária e episódios de fadiga”, detalha a médica.

 

3.   Sobrecarga ao coração

A resistência à insulina, comum em pacientes com diabetes tipo 2, também pode estar associada à obesidade, outro fator de risco cardiovascular. Um estudo³ recente conduzido pela Endocrine Society descobriu que pessoas com menos de 50 anos e obesas têm um risco maior de ataque cardíaco ou derrame se viverem com obesidade por 10 anos.

“O coração de uma pessoa obesa e com diabetes precisa trabalhar mais para bombear sangue para todo o corpo, o que pode levar ao aumento do tamanho do órgão. Por isso, a perda de peso é importante para controlar o diabetes, pois diminui a concentração de insulina e aumenta a sensibilidade a ela”, reforça Rosita Fontes.

Segundo a endocrinologista, é extremamente possível ter qualidade de vida com diabetes e minimizar os riscos cardiológicos. Para isso, a médica afirma que é fundamental adotar um estilo de vida saudável, incluindo a prática regular de atividades físicas, uma dieta equilibrada e o monitoramento contínuo dos níveis de glicose, que pode ser feito em casa com a ajuda de aparelhos específicos. O acompanhamento médico frequente é vital para ajustes no tratamento e na prevenção de complicações.

 

 

Referências 

¹ https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34315481/

² https://www.heart.org/en/health-topics/diabetes/diabetes-complications-and-risks/cardiovascular-disease--diabetes

³ https://www.eurekalert.org/news-releases/1046226


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