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sexta-feira, 15 de novembro de 2024

5 coisas que você não sabe sobre a fisioterapia oncológica

Essa modalidade de fisioterapia é reconhecida desde 2009 pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional e diversos estudos acadêmicos já apontaram o benefício para pacientes oncológicos; Ana Paula, fundadora da BioOnco, explica cinco motivos para investir na área

 

 

Diversos estudos acadêmicos apontam os benefícios da fisioterapia para pacientes oncológicos. Em 2023, uma publicação na Fisioterapia e Pesquisa concluiu que essa modalidade de fisioterapia pode reduzir complicações do tratamento, melhorar a adesão terapêutica e a qualidade de vida, contribuindo para a redução da mortalidade de pacientes de câncer de mama. Diante desses dados é possível propor a inserção do fisioterapeuta em todas as fases do tratamento do câncer.

 

 “A fisioterapia em oncologia é uma especialidade reconhecida pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) em 2009 e vem crescendo ao longo dos últimos anos. Embora o número de profissionais ainda esteja abaixo da demanda do mercado, novos fisioterapeutas têm percebido a necessidade de se especializar na área para oferecer um tratamento mais assertivo e seguro ao paciente com câncer”, diz Ana Paula, fundadora da BioOnco.

“Nem todas as faculdades oferecem a disciplina de oncologia em sua grade curricular, e, mesmo nas que oferecem, o conteúdo acaba sendo abordado de forma superficial, devido à quantidade extensa de matérias necessárias para a formação básica. Diante disso, o profissional que busca se diferenciar no mercado e oferecer um atendimento de excelência precisa manter-se atualizado por meio de cursos de educação continuada e especializações”, complementa.

 

Benefícios da funcionalidade à saúde mental

Segundo Ana Paula, existe um grande mito de que pacientes oncológicos devem manter repouso e evitar exercícios. Além disso, também é comumente divulgado que essas pessoas só devem procurar um fisioterapeuta em caso de complicações da doença. 

“Na verdade, é essencial incentivar o paciente a se manter ativo durante o tratamento do câncer, com a prescrição de atividade física adequada para cada fase, de acordo com o quadro e a tolerância do paciente. Isso deve ser feito sob a supervisão de um fisioterapeuta especializado, inclusive durante tratamentos como quimioterapia ou cirurgia. No entanto, o ideal é que o paciente passe por uma avaliação fisioterapêutica desde o início do tratamento, de forma precoce, para prevenir o surgimento de possíveis complicações. Quanto mais cedo o tratamento for iniciado, melhor”, explica a fisioterapeuta.

Abaixo, Ana Paula lista os cinco principais benefícios da fisioterapia oncológica:

1. Melhora da mobilidade e funcionalidade. “A fisioterapia ajuda a preservar ou restaurar o movimento e a função física, prevenindo a perda de força muscular e redução da mobilidade, essenciais para manter a independência do paciente”, começa.

2. Controle da dor. “Técnicas como terapia manual, exercícios específicos e recursos eletrofísicos ajudam a aliviar a dor causada pelo câncer ou seus tratamentos e podem ser combinadas ao tratamento farmacológico” continua.

3. Redução da fadiga. “A prática de exercícios supervisionados e adaptados à condição do paciente é eficaz na redução da fadiga relacionada ao câncer, um dos efeitos colaterais mais comuns e limitantes”, diz.

4. Prevenção de complicações. “A intervenção precoce ajuda a prevenir ou tratar diversas alterações, como por exemplo, o linfedema (inchaço dos membros), incontinências, fraqueza muscular e lesões cutâneas ou cicatriciais, que podem surgir durante ou após o tratamento”, elenca.

5. Melhora do bem-estar emocional e mental. “A fisioterapia ao buscar a manutenção da funcionalidade, indiretamente ajuda na autoestima, melhorar o humor, combater a ansiedade e a depressão, frequentemente associadas ao câncer, ajudando o paciente a enfrentar o tratamento com mais confiança e resiliência”, finaliza.

“Hoje, já está estabelecido na literatura que os exercícios, principalmente os aeróbicos, estão associados à prevenção do câncer. Em indivíduos que já apresentam a doença, manter-se ativo pode reduzir o impacto negativo do tratamento e diminuir o risco de recidiva, como descrito principalmente nos casos de câncer de mama e cólon. O mais importante é encontrar um exercício que traga prazer ao paciente, para aumentar a adesão”, conclui a fundadora da BioOnco.




BioOnco


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