Dia Mundial da Conscientização da Doença de Parkinson alerta para os cuidados com as doenças degenerativas
Assim como o Alzheimer, a doença de Parkinson é uma
das doenças degenerativas que mais acometem pessoas no mundo. Estabelecido pela
Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1998, o Dia Mundial da Conscientização
da Doença de Parkinson, como o próprio nome já diz, tem como objetivo aumentar
a conscientização sobre a condição neurodegenerativa, incentivar pesquisas e a
inovação no setor. A data também homenageia o famoso cirurgião e farmacêutico
inglês James Parkinson, que fez o primeiro relato da doença, em 1817.
A Doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa
progressiva que afeta, principalmente, os neurônios produtores
do neurotransmissor dopamina, que possuem relação
direta com o controle dos movimentos do corpo. Este processo de destruição das
células nervosas ocorre em vários pontos do cérebro e, na grande maioria,
apresenta sintomas como lentificação dos movimentos, rigidez
muscular e tremores involuntários.
De acordo com o Ministério da Saúde, em 2018, o
Brasil registrou cerca de 200 mil pessoas portadoras da doença de Parkinson, em
relação aos índices globais, que podem alcançar cerca de 8 milhões de pessoas
acometidas pela doença.
Os principais sintomas e diagnóstico
O diagnóstico da doença é clínico
e se dá pela detecção dos principais sinais e sintomas que uma pessoa pode vir
a apresentar. Os sintomas mais frequentes podem ser: tremores
involuntários, rigidez muscular, lentidão dos movimentos, perda das expressões
faciais, lentificação do raciocínio, alterações do sono, depressão e perda do
olfato.
Vale destacar que estes podem ser apenas alguns
sintomas diante de um todo. Portanto, é primordial a busca por um atendimento
médico adequado, feito, nestes casos, por um neurologista. “Como não há,
infelizmente, um exame específico que consiga detectar a presença da doença com
precisão, grande parte dos diagnósticos acontecem tardiamente, por isso é
fundamental que as pessoas busquem tratamento o quanto antes. Isso pode, sim,
proporcionar mais bem-estar e qualidade de vida aos portadores do Parkinson”,
afirma doutor Alexandre Venturi, médico neurologista da Clínica IMUVI.
Existe um tratamento adequado?
Apesar de ser uma doença que não tem cura, existem
diversos medicamentos e tratamentos que são capazes de atenuar os principais
sintomas da doença, proporcionando muito mais qualidade de vida para os
pacientes e seus familiares. Sobre os medicamentos, existem diversos
grupos de remédios que podem ser utilizados, mas é importante frisar que a
grande maioria deve atuar na elevação de concentração da dopamina
no cérebro, o neurotransmissor que geralmente se encontra em níveis muito
baixos em quem possui a doença de Parkinson.
A fisioterapia, a cirurgia
com implante de estimulador cerebral (uma espécie
de “marca-passo cerebral”) são aliados importantes no processo de tratamento da
doença de Parkinson, devendo ser indicados corretamente por um médico
neurologista especializado. “É muito importante que todos se conscientizem que,
ainda que as doenças degenerativas sejam irreversíveis, todos os recursos
disponibilizados pela Medicina para amenizar os sintomas desses pacientes, podem e
devem ser utilizados. Todos merecem uma vida melhor”,
conclui Dr. Alexandre Venturi.
Por fim, vale destacar os Protocolos
Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), criados pelo
Ministério da Saúde do Governo Federal. São documentos que estabelecem
critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à saúde; o tratamento
preconizado, com os medicamentos e demais terapias apropriadas; assim como as
posologias recomendadas e todos os aspectos em torno de uma doença que devem
ser cumpridos por gestores do Sistema Único de Saúde e profissionais da área de
saúde. A doença de Parkinson, no Brasil, também possui um PCDT e a última
versão foi atualizada em 2017.
HSANP
Nenhum comentário:
Postar um comentário