Com diferentes opções de vistos e regiões agrícolas bem estruturadas, o país oferece oportunidades seguras e rentáveis para investidores brasileiros
O agronegócio nos Estados Unidos tem atraído cada
vez mais brasileiros interessados em expandir seus investimentos e garantir uma
alternativa segura de diversificação patrimonial. Com um mercado agrícola
consolidado e condições climáticas variadas, o país oferece uma gama de
possibilidades que atende a diferentes tipos de produção.
Em regiões como Flórida, Texas e Louisiana, por
exemplo, o ambiente favorece a produção contínua, enquanto áreas no norte dos
Estados Unidos destacam-se em cultivos específicos e na produção de insumos
para o inverno. A escolha do estado ideal depende das características da
atividade agrícola planejada e das condições de cada região.
As melhores regiões para
investimento agrícola
De acordo com Daniel Toledo, advogado que atua na
área do Direito Internacional, fundador da Toledo e Associados, escritório de
advocacia internacional com unidades no Brasil e nos Estados Unidos, cada
estado americano apresenta vantagens distintas para o agronegócio, com fatores
como clima, solo e infraestrutura determinando as melhores atividades
agrícolas.
“A Flórida e a Geórgia, por exemplo, são líderes na
produção de frutas cítricas, especialmente laranjas, e exportam grandes volumes
de suco para o mercado global. Já o Texas e o Arizona oferecem condições
favoráveis para a produção de forragem, como cactos, utilizados para
alimentação animal em regiões com temperaturas extremas”, revela.
Além disso, estados do sul, como a Louisiana e o
Alabama, atraem investidores devido ao clima ameno que permite uma produção
mais estável ao longo do ano. “Essa estabilidade é importante para quem busca
utilizar o investimento no agronegócio como uma via para obtenção de visto nos
EUA, tendo em vista que muitos programas exigem a geração de empregos e uma
operação contínua”, pontua.
Opções de visto para
investidores no agronegócio
Toledo aponta que diversas opções de visto permitem
que o investidor atue diretamente na gestão de negócios no setor agrícola. “O
visto EB-5, por exemplo, concede o direito à residência permanente a partir de
um investimento que gere empregos locais. No entanto, o tipo de visto ideal
depende do valor investido, do perfil do empreendimento e das expectativas de
prazo de permanência no país”, afirma.
Outra possibilidade é o visto E-2, destinado a
investidores de países com tratados de comércio com os EUA. Brasileiros com
cidadania secundária de um país elegível, como Portugal, podem utilizar o E-2
para investir no setor agrícola e gerenciar uma operação no país. “O processo,
contudo, exige uma análise criteriosa da situação familiar e profissional do
investidor para garantir a escolha mais adequada às suas necessidades”, detalha
o advogado.
O impacto das eleições no
agronegócio americano
Diferente do que ocorre em países como o Brasil, as
mudanças políticas nos Estados Unidos não impactam uniformemente os estados,
dado o elevado grau de autonomia legislativa das administrações estaduais. Isso
significa que, mesmo em períodos eleitorais, como o atual, as políticas locais
continuam sendo decisivas para o ambiente de negócios de cada estado.
Essa característica é fundamental para investidores
do agronegócio, que podem escolher estados com políticas favoráveis ao setor,
independentemente do governo federal. “Assim, a estabilidade das operações
agrícolas tende a ser mantida, com menor interferência das mudanças políticas
em nível nacional”, relata.
Toledo afirma que investir no agronegócio dos Estados Unidos representa uma oportunidade sólida para brasileiros que buscam diversificação patrimonial e novas possibilidades de imigração. “Se todos os cuidados forem levados em consideração, é possível planejar um investimento seguro e alinhado aos requisitos de vistos americanos”, finaliza.
Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Toledo também possui um canal no YouTube com mais 350 mil seguidores com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB Santos, professor honorário da Universidade Oxford - Reino Unido, consultor em protocolos diplomáticos do Instituto Americano de Diplomacia e Direitos Humanos USIDHR. Para mais informações, acesse o site.
Toledo e Advogados Associados
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