Lipedema e Cirurgia Plástica: em busca dos melhores resultados

O lipedema é uma condição crônica que se caracteriza pelo acúmulo excessivo de gordura, principalmente nas pernas, coxas e braços. Essa gordura é diferente da gordura comum, pois tende a ser mais densa e dolorosa e não responde a dieta e exercícios físicos, explica o Dr. Haryson Guanaes Lima, médico graduado pela Faculdade de Medicina de Jundiaí, com mais de 30 anos de experiência.

 

“Muitas mulheres que sofrem com lipedema buscam a cirurgia plástica como uma alternativa para melhorar a aparência, aliviar a dor e aumentar a qualidade de vida. A cirurgia pode ser uma excelente opção, mas é importante entender que não é a cura definitiva para a doença”, explica.

 

Benefícios da cirurgia 

• Melhora na aparência: a cirurgia ajuda a reduzir o volume e melhorar o contorno das principais áreas afetadas, como braços, coxas e quadril, proporcionando um conjunto corporal mais harmonioso 

• Alívio da dor: a remoção do excesso de gordura pode aliviar a dor e o desconforto causados pelo lipedema 

• Melhora da autoestima: sentir-se bem com o próprio corpo é fundamental para a saúde física, mas também mental.

 

Principais técnicas cirúrgicas

 

De acordo com o Dr. Haryson, a técnica cirúrgica mais utilizada para tratar o lipedema é a lipoaspiração. “No caso do lipedema, a abordagem deve ser mais delicada e precisa, para remover adequadamente a gordura densa e compartimentada”.

 

Nos braços, explica o médico, além da lipoaspiração, pode ser necessária a realização da braquioplastia, que permite a remoção da pele após a retirada de gordura, reduzindo a flacidez no local.

“Na região dos glúteos, além da lipoaspiração, pode ser indicada a remodelação dos contornos, por meio da enxertia. Cada caso deve ser avaliado individualmente pelo médico e discutido com a paciente, para alinhar as expectativas com as possibilidades de cada situação”.

 

Riscos da cirurgia

 

Como qualquer cirurgia, a lipoaspiração ou outros procedimentos cirúrgicos para lipedema apresentam riscos, como infecção, problemas de cicatrização, acúmulo de líquidos e formação de seroma, alerta o Dr. Haryson. Por este motivo, a escolha do médico e a realização de exames pré-operatórios bem como seguir corretamente as orientações médicas antes e após a cirurgia, são imprescindíveis. 

“É importante ressaltar que a cirurgia não é a cura para o lipedema, que pode voltar a se manifestar em outras áreas do corpo. Para melhores resultados, outras medidas devem ser adotadas, como dieta equilibrada, realização de atividade física regular, cuidados com a pele e evitar o tabagismo”, finaliza.