Entenda como estimular o ócio criativo para se destacar tanto profissionalmente como na vida pessoal
Com a crescente necessidade de inovação em diversos setores, a
criatividade tornou-se uma habilidade essencial tanto no ensino superior quanto
no mercado de trabalho.
Segundo Angelita Traldi, coordenadora do curso de Psicologia da
Faculdade Anhanguera, o desenvolvimento dessa habilidade vai além do talento
natural e pode ser cultivado por meio de práticas específicas e ambientes que
incentivem o pensamento inovador. “A criatividade é fundamental em um mundo que
valoriza a capacidade de resolver problemas de maneira original e eficiente”,
afirma. Ela destaca que, embora muitas vezes subestimado, o conceito de ócio
criativo, ou seja, o uso de tempo livre para desconexão e relaxamento, é uma
ferramenta poderosa para quem deseja superar bloqueios criativos e expandir
suas ideias.
“Momentos de relaxamento, como uma caminhada ou uma atividade
artística, permitem que o cérebro faça associações livres e encontre soluções
que não surgiriam em ambientes de pressão constante,” explica a coordenadora.
Esse tempo de ócio criativo é uma prática que beneficia tanto estudantes quanto
profissionais, possibilitando a geração de insights e o fortalecimento da saúde
mental.
Para aqueles que desejam desenvolver sua criatividade por conta própria, Traldi recomenda práticas simples, como a escrita livre, em que o indivíduo escreve sem preocupações com correção ou coerência. “Esse exercício é um convite à exploração e ajuda a mente a se abrir para novas ideias,” diz. Além disso, ela incentiva o envolvimento em atividades fora da rotina diária, como aprender um instrumento ou explorar novos assuntos. “Essas práticas diversificam nosso repertório e contribuem para expandir a visão e o pensamento criativo,” acrescenta.
No contexto acadêmico, Angelita Traldi ressalta que o papel dos educadores é crucial para o desenvolvimento do potencial criativo dos estudantes. “Professores podem incentivar o pensamento inovador ao criar espaços de discussão aberta e colaborativa, onde os alunos possam compartilhar suas ideias e construir conhecimento juntos,” afirma. Ela sugere a realização de projetos interdisciplinares, que misturem ciências e artes, pois estimulam os estudantes a buscarem soluções integradas e criativas para desafios complexos.
Traldi também destaca o uso de metodologias ativas, como o ensino baseado em projetos, como formas de promover a criatividade em sala de aula. “Essas metodologias não apenas incentivam o aprendizado ativo, mas também tornam o processo educativo mais dinâmico e motivador, preparando os alunos para lidar com a realidade profissional,” explica.
No ambiente corporativo, a criatividade tornou-se um diferencial competitivo e é frequentemente mencionada entre as competências mais desejadas pelas empresas. Traldi comenta que organizações inovadoras reconhecem a importância de criar um espaço que favoreça o pensamento criativo. “Ambientes de trabalho flexíveis, onde os profissionais possam colaborar livremente e ter momentos de descontração, são propícios para a geração de ideias inovadoras,” afirma.
A psicóloga recomenda que empresas invistam em programas de desenvolvimento contínuo, como cursos e workshops, para estimular o aprendizado e a expansão de habilidades. “Quanto mais os profissionais aprendem e diversificam suas experiências, mais eles são capazes de trazer novas perspectivas e insights criativos para o trabalho,” explica Traldi. Oficinas de arte, sessões de brainstorming estruturadas, construção de mapas mentais e até dias de folga para atividades criativas, podem fazer uma diferença significativa e também são recomendadas para encorajar a troca de ideias e permitir que as equipes explorem soluções de maneira colaborativa.
Para Traldi, o estímulo à criatividade é essencial
não apenas para o sucesso acadêmico e profissional, mas também para o bem-estar
pessoal. “A criatividade não é apenas uma habilidade técnica; é uma forma de
pensar e ver o mundo que pode ser cultivada em qualquer fase da vida,” conclui.
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