Psicóloga e influenciadora
destaca a urgência do cuidado com a saúde mental no ambiente corporativo e o
impacto da perda de habilidades emocionais
A psicóloga e influenciadora digital Sarah Aline traz à tona um debate fundamental sobre a saúde mental no ambiente corporativo e a crescente incidência de burnout. Em um cenário em que muito se fala sobre bem-estar para melhorar a produtividade e o engajamento nas empresas, Sarah Aline questiona se realmente estamos mensurando e compreendendo as consequências emocionais que afetam a estrutura das organizações.
“A saúde mental no trabalho se tornou uma questão urgente. É necessário perceber que os desafios emocionais não estão apenas relacionados à produtividade, mas também à perda de habilidades sociais e emocionais no ambiente corporativo, agravados pela pandemia e pelo avanço da tecnologia. Tudo isso gera um ciclo de estresse e burnout que precisa ser abordado com profundidade”, ressalta Sarah.
Segundo o Estudo de Saúde Mental nas Empresas 2023, realizado pela Conexa, 87% das empresas relataram afastamentos por transtornos como ansiedade, depressão, estresse e a síndrome de burnout. Esses problemas têm gerado um impacto considerável no mercado de trabalho, com 288.865 benefícios por incapacidade concedidos em 2023 pelo Ministério da Previdência Social devido a transtornos mentais. Esses números refletem um aumento de 38% em relação ao ano anterior.
Sarah Aline também destaca como o retorno às atividades presenciais, após o isolamento causado pela pandemia, trouxe novas demandas emocionais. “Muitos profissionais, que não apresentavam dificuldades emocionais antes, agora enfrentam desafios de reintegração social. A conectividade contínua e a pressão de estar presente fisicamente, sem saber como lidar com isso, somam-se à sobrecarga e levam ao esgotamento. Essa é uma nova realidade que precisa ser reconhecida nas empresas”, enfatiza a psicóloga.
Além disso, a superexposição à tecnologia tem alterado o comportamento emocional, dificultando a desconexão após o expediente e contribuindo para o fenômeno do presenteísmo digital, onde o profissional está presente, mas não realmente produtivo. “Não se trata apenas de implementar ações de saúde e bem-estar nas empresas, mas de entender a profundidade da dor emocional vivida por muitos trabalhadores hoje”, completa Sarah.
De fato, isso é um
alerta para que as empresas invistam em estratégias de cuidado mais realistas e
profundas, que considerem não só a produtividade, mas também o bem-estar
emocional e a capacidade de se reconectar com o ambiente de trabalho de forma
saudável e consciente.
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