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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Saúde da mulher: saiba quais exames fazer de acordo com a sua idade


Cada fase da mulher pede um cuidado diferente para proteger a saúde; especialista ajuda a tirar dúvidas e indica principais procedimentos  


As mulheres cuidam mais da saúde do que os homens, isso é um fato. Uma pesquisa realizada em conjunto entre o Ministério da Saúde e o IBGE revelou que 71,2% dos entrevistados haviam se consultado com um médico pelo menos uma vez no ano. Entre as mulheres, o índice foi de 78%, contra 63,9% dos homens.
  
Segundo a médica Dra. Vivian Schivartche, radiologista especialista no diagnóstico de câncer de mama do CDB Premium, a realização de todos os exames, independentemente da idade é sempre o melhor remédio. “Ainda com a correria do dia a dia, todas devem se cuidar, realizando desde cedo, consultas e exames periódicos. Os check-ups aumentam a qualidade de vida, além de ser fundamental para descobrir e evitar possíveis problemas.”, explica. 

Ainda de acordo com especialistas, existem alguns exames de rotina que devem marcar presença durante toda a vida da mulher, tais como: glicemia, colesterol total e suas frações, triglicerídeos, creatina, TGO e TGP (avaliação da função hepática), hemograma e exame de urina. 

Confira alguns procedimentos que podem ser feitos pelas mulheres - em todas as etapas da vida: 
 

Entre 20 e 30 anos 

• Papanicolau: O exame deve ser realizado anualmente um ano após o início da atividade sexual. Ele verifica infecções e alterações nas células do colo do útero, além de possíveis infecções por fungos, herpes e verrugas no órgão genital feminino.  

• Colposcopia, Vulvoscopia e pesquisa de HPV de colo: Esses exames são complementares ao Papanicolau, realizados como rotina, para prevenção e/ou planejamento do tratamento de infecções causadas pelo vírus HPV e outras DST (doenças sexualmente transmissíveis). 

• Ultrassom transvaginal: Tem como objetivo a detecção de doenças ginecológicas como cistos no ovário, miomas, pólipos endometriais e tumores, além de detectar precocemente câncer de endométrio e ovário. 
 
• Ultrassom das mamas: Conforme recomendação médica. Ele identifica possíveis cistos, nódulos e tumores. Em mulheres com menos de 30 anos e histórico familiar também é recomendado a realização da ressonância magnética anual. 

• Tireoide: Além desses cuidados, alguns profissionais recomendam uma atenção especial à tireoide, glândula na região do pescoço que produz hormônios importantes para a saúde feminina. O câncer de tireoide atinge cerca de 150 mil brasileiros anualmente e é mais comum em mulheres. 


A partir dos 40 anos 

Além dos exames citados anteriormente, as mulheres devem realizar: 

• Avaliação cardiológica: Após os 40 anos, também é importante acrescentar uma avaliação cardiológica nos exames de rotina, já que as alterações hormonais relacionadas com a idade podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares.  

• Mamografia: Atualmente existem duas mamografias encontradas com facilidade no Brasil, a 3D e a tradicional. Elas têm o mesmo objetivo, que é a detecção precoce do câncer de mama. Segundo estudo publicado no Journal of the American Medical Association - EUA a mamografia 3D  reduz o número de exames adicionais (falsos positivos) em 15% e aumenta a detecção do câncer de mama invasivo em 41%.   

No Brasil, a tecnologia é oferecida pela Hologic por meio dos equipamentos Selenia Dimensions e 3Dimensions. “Na mamografia 3D o aparelho gera múltiplas imagens que permitem identificar nódulos com menos de 1cm. Se houver alguma área suspeita e que não aparecia na mamografia convencional, o exame 3D irá mostrar”, comenta Dra. Vivian. 

• Densitometria Óssea: Mede a densidade dos ossos e a possível perda da massa óssea, prevenindo ou detectando mais precocemente a osteoporose. Nas mulheres, o exame deve ser feito anualmente após a menopausa. 



Conheça 4 erros mais comuns cometidos pelos pacientes com asma



De acordo com especialista, muitos asmáticos entram em um conformismo que os faz pensar que a vida com sintomas característicos da doença é normal


Quem não conhece pelo menos uma pessoa que sofre de asma? No Brasil, mais de 26 milhões de pessoas possuem asma1, doença que leva a inflamação das vias aéreas causada por fatores externos variados. No entanto, apenas 12,3%2 das pessoas diagnosticadas com asma no Brasil estão com a doença controlada, ou seja, sem nenhum sintoma.

"Os pacientes que realizam o tratamento de forma correta não devem sentir sintomas e conseguem viver uma vida completamente normal", afirma o dr. Mauro Gomes, médico chefe de equipe de pneumologia do Hospital Samaritano de São Paulo. Ainda, segundo ele, muitas vezes as pessoas que tem asma entram em uma situação de conformismo que os leva a acreditar que certos sintomas são rotineiros e não tem solução. Isso pode levar também a alguns descuidos com relação ao tratamento.

Diante disso, Gomes destacou os quatro erros mais cometidos pelos pacientes com asma e que devem ser evitados. Veja abaixo:


Prática de esportes

Gomes explica que, quando controlada, a asma não é impeditiva para nenhum tipo de prática esportiva. A prática regular dos esportes melhora o condicionamento físico do asmático, além de reduzir o risco de crises. 

Importante, para poder realizar a prático de esporte, é manter o tratamento continuado para evitar o risco de ter falta de ar ou crise. Atletas como o nadador Cesar Cielo – que atualmente é embaixador da campanha "Asma – Não é normal ter sintomas" – é um grande exemplo da eficiência dos esportes no tratamento. O atleta, que possui 11 medalhas de ouro em mundiais, começou a praticar natação para lidar com a asma.


Adesão ao tratamento

É muito importante o paciente seguir à risca o tratamento prescrito pelo médico. A asma é uma doença crônica, que ainda não tem cura. Então, mesmo quando os pacientes não estão com sintomas, é necessário manter o tratamento para se manter os brônquios livres, sem nenhuma obstrução e prevenir o risco de crises.


Corticoide oral X Corticoide inalatório

A base do tratamento regular de manutenção, que previne e evita o risco de crises, é o corticoide inalatório. Utilizado por meio de "bombinhas", ele possui mínimo risco de efeitos colaterais e deve ser usado por praticamente todos os asmáticos. De modo bastante diverso, o corticoide oral, popularmente chamado de cortisona, deve ser utilizado somente em alguns casos de asma grave e especialmente nos momentos de emergência. Deve-se evitar o uso excessivo de corticoide oral devido aos seus diversos efeitos colaterais, como o aumento do risco de obesidade e diabetes, aumento da pressão arterial, problemas no trato digestivo, problemas oculares como catarata e piora do glaucoma, osteoporose, insuficiência da glândula adrenal e até doenças psiquiátricas como depressão. Em crianças, a obesidade e o retardo do crescimento são os efeitos colaterais mais comuns4-10", afirma Gomes, que também reforça a necessidade de sempre consultar um médico, de preferência um alergologista ou pneumologista.


Automedicação

Como Gomes afirmou anteriormente, a presença de sintomas em pacientes de asma significa que a doença não está controlada. De acordo com o especialista, se os sintomas persistirem, é necessário consultar um médico para ver se o tratamento passado continua sendo o mais adequado. "A terapia para asma é composta por cinco etapas, que são determinadas de acordo com a medicação necessária para controlar a doença. Com as medicações atuais, a grande maioria dos pacientes asmáticos permanece sem sintomas. Para que isso aconteça, é muito importante seguir à risca o tratamento recomendado pelo médico. Utilizar medicações não prescritas pode prejudicar o paciente".







1. To T et al. Global asthma prevalence in adults: findings from the cross-sectional world health survey. BMC Public Health. 2012 Mar 19;12:204.
2. Dados populacionais IBGE - disponível em http://www.ibge.gov.br, acessado em novembro de 2018.
3. JED et al. Respira project: Humanistic and economic burden of asthma in Brazil. J Asthma. 2018
4. ASBAI- Associação brasileira de Alergia e Imunologia. Tratamento da asma. Disponível em http://www.asbai.org.br/secao.asp?s=81&id=311. Acesso em novembro de 2018.
5. GINA. Global Strategy for Asthma Management and Prevention Disponível em http://ginasthma.org/wp-content/uploads/2018/04/wms-GINA-2018-report-tracked_v1.3.pdf. Acesso em novembro de 2018.
6. Waljee AK, Rogers MA, Lin P, et al. Short term use of oral corticosteroids and related harms among adults in the United States: population based cohort study. BMJ. 2017;357:j1415.
7. Journal of Asthma and Allergy. Adverse outcomes from initiation of systemic corticosteroids for asthma: long-term observational study. Disponível em: http://www.dovepress.com/adverse-outcomes-from-initiation-of-systemic-corticosteroids-for-asthm-peer-reviewed-fulltext-article-JAA. Acesso em novembro de 2018.
8. Asthma Australia. What treatments are used for severe asthma? Disponível em: http://www.asthmaaustralia.org.au/nt/about-asthma/severe-asthma/treating-severe-asthma/what-treatments-are-used-for-severe-asthma-/oral-corticosteroids. Acesso em novembro de 2018.
9. The Journal of Allergy and Clinical Immunology. Oral corticosteroid exposure and adverse effects in asthmatic patients. Disponível em: http://www.jacionline.org/article/S0091-6749(17)30680-2/fulltext. Acesso em novembro de 2018.
10. Journal of Managed Care & Specialty Pharmacy. Dose-Response Relationship Between Long-Term Systemic Corticosteroid Use and Related Complications in Patients with Severe Asthma. Disponível em: http://www.jmcp.org/doi/10.18553/jmcp.2016.22.7.833. Acesso em novembro de 2018.

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