PRNewswire/ -- Infartos do coração
e acidente vascular cerebral (AVC) são a principal causa de morte em pacientes
com diabetes tipo 2. Apesar desse fato, pouco se discute sobre os cuidados para
evitar as doenças cardiovasculares em pessoas com diabetes e mais de 65 anos.
Nessa faixa etária, a doença cardiovascular mata mais que HIV, tuberculose e
câncer de mama na população mundial. Até 80% dos pacientes com diabetes tipo 2
morrem em decorrência de problemas cardiovasculares.
Essa realidade vista nos
consultórios médicos e ambulatórios em todo o país ainda está distante do
cotidiano dos brasileiros. Para mudar esse cenário e tornar os cuidados com o
coração da pessoa idosa com diabetes uma prioridade, sociedades científicas
médicas, associações de pacientes e indústria se uniram para criar o
"Movimento Para Sobreviver"
Entre os participantes estão as
ONGs (organizações não governamentais) Associação Diabetes Brasil (ADJ),
Associação Nacional de Atenção ao Diabetes (ANAD), Instituto Lado a Lado Pela Vida, Rede Brasil AVC, as sociedades médicas Sociedade
Brasileira de Cardiologia (SBC), Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e
as farmacêuticas Boehringer Ingelheim e Eli Lilly do Brasil.
O diabetes compromete a absorção de
glicose no corpo e, entre as várias consequências dessa alteração no organismo,
está o aumento do risco de doença cardiovascular. Para Dr. Oscar Dutra, presidente da Sociedade Brasileira de
Cardiologia (SBC), é comum o diabetes estar associado a hipertensão, fator que
colabora para o surgimento de problemas cardiovasculares. "O paciente com
diabetes tipo 2 tem alta propensão de doença coronária (angina), infarto do
miocárdio, AVC e insuficiência cardíaca", esclarece o cardiologista.
Os custos com doenças
cardiovasculares consomem a maior parte dos gastos com o diabetes, chegando a
42% do total. Estima-se que 39% desses custos são direcionados ao tratamento de
infarto do miocárdio nessa população, e 23% para insuficiência cardíaca.
"Tratar o coração da pessoa idosa com diabetes é evitar custos decorrentes
de internações e tratamentos de alta complexidade. É permitir que se mantenha
saudável, convivendo com a família e com os amigos", pontua o Dr. Fadlo
Fraige Filho, endocrinologista e presidente da ANAD.
Pesquisa inédita nacional do
Instituto Datafolha mostrou que uma parcela da população brasileira conhece a
relação entre as doenças cardiovasculares e o diabetes. Porém, ainda há muito
por ser trabalhado. "Disseminar conhecimento, informação de qualidade e
engajar as pessoas a cuidarem dos seus pais, avós e parentes idosos com diabetes
é uma questão de sobrevivência", diz Marlene
Oliveira, presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida.
O lançamento do "Movimento
Para Sobreviver" acontece nesta terça-feira (24/07), às 20h30, no Rio de Janeiro, com uma ação de conscientização que
vai fazer o maior coração do Brasil bater: o do Cristo
Redentor. Por consequência da falta de cuidado adequado, a doença
aumenta o risco de infarto do miocárdio e AVC. A intervenção alerta para os
riscos cardiovasculares na pessoa idosa com diabetes.
FONTE Coalizão Para Sobreviver