Toda quinta-feira,
a Cetesb atualiza o boletim no site e no aplicativo (Android e iOS), além de
trocar as bandeiras nas praias monitoradas
No verão, além de garantir a hidratação, o protetor
solar e a diversão, vale conferir se o mar está liberado para banho. Toda
semana, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) avalia a
qualidade da água de 175 praias do litoral paulista e classifica cada ponto
como próprio ou impróprio.
Há mais de cinco décadas, técnicos da Cetesb
coletam amostras exatamente onde os banhistas entram no mar e as levam para
análise laboratorial. O objetivo é detectar Enterococos, bactérias
microscópicas que funcionam como sinais de alerta para contaminação fecal. É
essa medição que determina se a praia será considerada adequada ou não para o
banho.
A divulgação dos resultados ocorre sempre às
quintas-feiras, quando o boletim atualizado é publicado no site e no aplicativo
da Cetesb (Android e iOS), e as bandeiras são trocadas nas praias monitoradas.
O que é balneabilidade?
Balneabilidade é o nome técnico usado para indicar
se a água do mar está adequada para o banho. Os parâmetros para essa avaliação
são estabelecidos pela legislação ambiental vigente no país e seguem padrões
internacionais utilizados no mundo todo para avaliar o risco de exposição a
bactérias que podem causar principalmente infecções gastrointestinais, de pele
e de ouvido.
Os dados orientam ações de prefeituras e
concessionárias de saneamento, como reforço na operação de esgotamento,
manutenção de redes, identificação de lançamentos irregulares e adequações na drenagem.
"Nosso objetivo é fornecer ao público
informações confiáveis e atualizadas. A medição da qualidade da água da praia é
uma ferramenta essencial para apoiar a gestão pública e proteger a saúde da
população", explica Claudia Lamparelli, gerente do Setor de Águas
Litorâneas da Cetesb.
Como a Cetesb faz a análise?
O processo acontece toda semana, sem interrupção,
ao longo de todo o ano.
Passo 1 - Dia de coleta
No primeiro dia da semana, equipes da Cetesb
percorrem todas as praias monitoradas. A coleta é feita exatamente no ponto
onde os banhistas entram no mar, sempre na mesma área, no mesmo horário e a 1
metro de profundidade, para garantir padronização.
Passo 2 - Análise em
laboratório
As amostras seguem para os laboratórios da Cetesb, onde os técnicos analisam a
presença de Enterococos. As amostras de água são colocadas em meios de cultura
adequados e depois vão para uma estufa onde, se houver contaminação, crescerão
colônias de bactérias microscópicas que podem ser visualizadas por meio de
corantes específicos e do microscópio.
"Não é possível identificar o risco apenas
olhando para o mar. A água aparentemente limpa pode estar imprópria. Os
Enterococos são nossos sinais de alerta", reforça Lamparelli.
Passo 3 - Contagem e análise
de resultados
De acordo com os resultados, a praia recebe uma das duas classificações:
- Própria
(bandeira verde): quando os resultados estão dentro do padrão de segurança
- Imprópria
(bandeira vermelha): quando duas ou mais amostras das últimas cinco
semanas apresentam mais de 100 colônias de Enterococos por 100 mL de água,
ou quando a coleta mais recente ultrapassa 400 colônias por 100 mL
O histórico de cinco semanas é usado para garantir
que a avaliação represente uma tendência real, e não apenas uma mudança pontual
da qualidade da água.
Passo 4 - Boletim no ar
Na quinta-feira, o boletim atualizado é publicado no site e no aplicativo da
Cetesb (Android e iOS). As bandeiras físicas são trocadas nas praias, indicando
aos banhistas a situação atual.
Recomendações para aproveitar
o mar com segurança
- Após
chuvas intensas, evite entrar no mar por pelo menos 24 horas, mesmo em
praias classificadas como próprias.
- Canais,
rios e córregos que deságuam na praia devem ser evitados, pois podem
receber esgoto clandestino.
- Outros
fatores também podem deixar a praia temporariamente imprópria, como
floração de algas, derramamentos de óleo ou descarga acidental de
poluentes.
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