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segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

Carnaval, 3ª data mais rentável, movimenta prefeituras e grandes marcas

Com editais inéditos e maior interesse do setor privado, ano deve marcar uma das temporadas mais fortes da história da folia 

 

O Carnaval de rua volta ao centro da pauta econômica do país. Com dois novos editais de fomento lançados pelas prefeituras de São Paulo e Belo Horizonte, além de ações inéditas da iniciativa privada, o setor vive um movimento que sinaliza uma temporada de ainda mais crescimento.

Segundo Fabio Frazão, fundador do Blocos de Rua.com, plataforma de conteúdo especializada em Carnaval que reúne mais de 6 milhões de usuários e cobre o Carnaval de 10 cidades — São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Olinda, Florianópolis, Fortaleza, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre — o movimento é inédito:

“Pela primeira vez em muitos anos, vemos governo e empresas se movimentando juntos para fortalecer o Carnaval com uma boa antecedência. Isso mostra que o Carnaval tem se tornado cada vez mais uma data importante para movimentar o comércio, vendas de produtos e amplificar conexões com marcas.”

Poucas pessoas sabem, mas o Carnaval é a terceira data que mais movimenta dinheiro no Brasil, atrás apenas do Natal e do Dia das Mães, e ultrapassa a marca de R$30 bilhões em impacto econômico. Em 2025, a folia reuniu mais de 53 milhões de pessoas nas ruas e cresceu 35% em relação a 2020, última celebração carnavalesca antes da pandemia.

Turismo, hospedagem, alimentação, bebidas, comércio, serviços e toda a cadeia criativa são diretamente impulsionados pelo período, que se consolida como uma das principais engrenagens da economia brasileira.


Editais públicos abrem espaço para pequenos blocos

 Os editais de São Paulo e Belo Horizonte ampliam o investimento direto em blocos de rua, sobretudo os pequenos, um dos segmentos que mais enfrentam dificuldades nos últimos anos.

“Assim como todo mercado, o carnaval se modernizou, se tornou mais exigente e os custos para botar um bloco na rua aumentaram para todos. Muitos blocos pequenos não acompanharam as mudanças para gerar visibilidade e interesse de potenciais marcas patrocinadoras. Agora, com os editais, o poder público sinaliza que está atento a essa necessidade e criando instrumentos de fomento”, explica Frazão.

A chegada antecipada desses programas abre espaço especialmente para blocos menores, que historicamente enfrentam dificuldades para viabilizar estrutura. Colocar um bloco na rua pode custar entre R$ 10 mil e R$ 30 mil, e muitos grupos deixam de desfilar justamente por falta de apoio suficiente. “Para os blocos pequenos, isso pode significar a diferença entre sair e não sair”, avalia.


Iniciativa privada antecipa ações e disputa território

Além das prefeituras, empresas dos setores de bebidas, tecnologia, eventos e serviços — como Ambev, iFood e Sympla — já iniciaram seus planejamentos para o Carnaval de 2026.

A Sympla anunciou um edital próprio voltado para blocos de rua em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife, reforçando o objetivo de fortalecer a cultura popular e garantir a viabilidade da operação dos organizadores.

Já a Ambev está no centro de um dos principais movimentos do mercado para 2026 com o lançamento do “Brinde à Rua”, edital que vai apoiar blocos do Rio de Janeiro e de São Paulo.

A iniciativa — assinada por Brahma no Rio e Skol em São Paulo — contemplará 250 blocos com até 20 mil foliões, com repasse direto, antecipado e sem custo para os grupos. No total, serão R$ 4 milhões destinados ao fortalecimento da estrutura dos blocos, integrando um esforço maior da companhia: só em 2025, a Ambev anunciou R$ 67 milhões em projetos culturais.

“Quando vemos tantas iniciativas públicas e privadas caminhando na mesma direção, com tanto empenho, temos a certeza de que 2026 será o maior Carnaval da história”, finaliza Frazão.

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 Isabel Braga - CEO da Closet BoBags e da BoGo. Ambas priorizam a Economia Circular e o aproveitamento, em respeito ao meio ambiente.

 

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