![]() |
| Istock |
A inteligência artificial
(IA) deixou de ser um assunto restrito a um pequeno nicho de profissionais
e conquistou uma posição de popularidade entre os brasileiros. A pesquisa
“Consumo e Uso da Inteligência Artificial no Brasil” apurou que aproximadamente
82% da população está familiarizada com o termo, e 93% a utilizam de alguma
forma no cotidiano.
A mudança na relação com esse segmento está
diretamente relacionada com a democratização no acesso. O desenvolvimento de
ferramentas e estruturas mais intuitivas possibilitou que pessoas de diferentes
perfis procurassem auxílio desse tipo de tecnologia, como, por exemplo, das
assistentes virtuais disponíveis em smartphones, TVs e speakers.
Diante do novo contexto, a Adapta, maior ecossistema de IA generativa do Brasil, realizou um
estudo para identificar quais são as funções mais buscadas pelos brasileiros. O
levantamento analisou um ano de métricas, de outubro/24 a outubro/25, e
classificou as 5 funções com maior volume: criar imagens; analisar dados; criar
vídeos; criar slides; e criar logo.
Esse panorama sugere preferência no uso
para finalidades criativas e operacionais das ferramentas. Essa inclinação
reacende debates sobre o avanço dessa ciência e os impactos gerados em diferentes
camadas sociais.
Presente e futuro
Por definição, a IA responde como sendo
uma tecnologia pela qual máquinas e dispositivos conseguem emular o
conhecimento humano. Assim, para raciocinar, aprender e executar, ela se
alimenta de uma vasta base de dados que se abastece continuamente. Parte das
que se popularizaram recentemente deriva dos avanços do modelo generativo.
São as generativas, inclusive,
capazes de atender as funções que aparecem como as mais procuradas pelos
brasileiros. Contudo, não são os únicos tipos de IA. Há ao menos
quatro áreas, sendo duas de campo prático e duas apenas teóricas. As práticas
são modelos reativos e de memória limitada, e as teóricas, a teoria da mente e
a de autoconsciência.
·
Tipos de IA mais
comuns e seus usos
Dentro da categoria das ferramentas que
têm uso prático, a máquina reativa se define como aquela que serve para
executar uma tarefa específica. Isso se deve ao fato de ela utilizar como base
matemática estatística e dados mais restritos. É comum encontrá-la em:
·
jogos eletrônicos automatizados;
·
recomendações de serviços de streaming,
com base no conteúdo consumido.
A de memória limitada, por sua vez,
analisa não apenas os dados do passado, como os mais atuais para executar suas
ações. Além disso, quando está no modelo de machine learning, oferece um
contínuo aperfeiçoamento nas entregas, devido aos ajustes finos. Os tipos mais
comuns e utilizados atualmente são:
·
assistente virtual e chatbots;
·
veículos automatizados;
·
IA generativa.
Na evolução generativa, estão grandes
nomes do que hoje algumas pessoas associam a inteligência artificial,
como GPT, Gemini, DeepSeek, Perplexity e outros.
As 5 funções mais
buscadas pelos brasileiros
Enquanto cresce a proximidade do
público com o potencial das ferramentas e seu consequente uso, mais camadas
nutrem a base de aprendizado da tecnologia. Essa expansão desperta debates
ambivalentes, em que um lado questiona o desaparecimento de profissões e o
outro, fala do surgimento de novas versões e possibilidades de trabalho.
De fato, como sugere a pesquisa
conduzida pela Adapta, as funções mais buscadas no Brasil versam
sobre produções que, anteriormente, dependiam exclusivamente da habilidade
humana. No levantamento feito no Google, a busca partia do termo “IA para…”, da
qual se seguiu:
Apenas no primeiro item da lista existem, pelo menos, 11 profissões capazes de criar imagens, o que dá uma dimensão do impacto no mercado de trabalho. Em grandes empresas, esse movimento começou a ser sentido e algumas transformações foram implementadas, como a redução de times e a criação de novas funções e cargos.
Entre as novidades, estão os
estrategistas de dados, que conseguem utilizar a IA para acelerar o seu
processo, e os arquitetos de personalidade. Este último utiliza o modelo de
Machine Learning de forma intencional para criar uma identidade exclusiva para
uma IA. Com isso, se espera raciocínios e criações mais próximos ao que um
humano faria.
O segmento de treinamento de uso da
ferramenta também é uma função recente. Até porque, com o avanço desses
modelos, essa ciência se firma como uma nova competência a ser exigida no campo
profissional.


Nenhum comentário:
Postar um comentário