Lucca Lacerda, professor e sócio-fundador da Spaceclass, explica que além de abrir portas ao longo da vida, aprender um novo idioma faz bem para a saúde e autoconfiança
Aprender um novo idioma pode até parecer um grande
desafio, especialmente para adultos, mas a verdade é que nunca é tarde para se
tornar bilíngue. Hoje, o processo está mais acessível do que nunca.
Aplicativos, tradutores automáticos, plataformas online e assistentes virtuais
ajudam a praticar leitura, escrita, escuta e até conversação. A inteligência
artificial, em especial, vem acelerando essa evolução, tornando o aprendizado
mais personalizado, dinâmico e eficiente. Não por acaso, segundo a The
Business Research Company, o mercado de tradução por IA deve saltar
de US$ 2,34 bilhões em 2024 para US$ 7,16 bilhões até 2029 — um crescimento
anual de 25%.
"Aprender a falar uma nova língua abre uma
infinidade de portas na vida, tanto no âmbito pessoal quanto no profissional.
Um novo idioma permite realizar aquela viagem dos sonhos sem perrengues, além
de proporcionar uma imersão cultural verdadeira. No mercado de trabalho, então,
as oportunidades se ampliam, com chances de assumir cargos de liderança e
conquistar salários mais altos”, comenta Lucca Lacerda, professor e
sócio-fundador da Spaceclass, rede de franquias especializada em soluções no
ensino de idiomas.
E os números reforçam isso: de acordo com a 53ª
edição da Pesquisa Salarial do site de empregos Catho, que ouviu mais de 13 mil
pessoas, profissionais que dominam um segundo idioma podem ganhar até 70% a
mais. Mas os benefícios não ficam só nas viagens e nas oportunidades de
carreira. Aprender um novo idioma também faz bem à saúde e talvez essa parte
você ainda não conheça tão bem.
Pensando nisso, Lucca preparou uma lista com os
principais ganhos. Confira:
1. Prevenção de doenças
neurodegenerativas
Pesquisas mostram que ser bilíngue pode retardar o
aparecimento de doenças como Alzheimer e outras formas de demência, graças ao
constante exercício cognitivo; assim como aponta o estudo conduzido por
pesquisadores na Alemanha, publicado na edição de abril de 2026 da revista Neurobiology
of Aging, que se soma a duas décadas de trabalho sugerindo que o
bilinguismo pode proteger pode proteger contra a demência e o declínio
cognitivo em idosos.
"Os neurocientistas acreditam que pessoas
bilíngues desenvolvem a habilidade de autocontrole, uma competência que ajuda a
retardar a demência", completa Lacerda.
2. Fortalece a memória
Aprender palavras, estruturas e sons novos estimula
o cérebro e fortalece a memória, ajudando no armazenamento e na recuperação de
informações do dia a dia. “O aprendizado é um processo que coloca o cérebro em
constante atividade e o faz criar e fortalecer conexões neurais”, explica o
professor.
3. Aumento da autoconfiança
Cada nova palavra compreendida, cada frase formada
e cada conversa bem-sucedida funciona como uma conquista. Isso fortalece a
autoestima e incentiva a manter o hábito do estudo. "A cada passo o aluno
percebe sua própria evolução, o lembrando que ele é capaz de superar desafios
reais. Aprender um novo idioma promove autonomia, segurança e competência,
consequentemente, aumentando também a autoconfiança", ressalta o
sócio-fundador da Spaceclass.

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