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quinta-feira, 31 de julho de 2025

Sexólogos destacam os 5 maiores mitos sobre o orgasmo

Comemorado em 31 de julho, o Dia do Orgasmo inspira reflexão e informação: sexólogos desmistificam crenças que ainda cercam o prazer sexual

 

Apesar dos avanços nas conversas sobre sexualidade, o orgasmo ainda é cercado por tabus, desinformação e expectativas irreais — especialmente quando se trata do prazer feminino. Para jogar luz sobre o tema, os sexólogos Natali Gutierrez e Renan de Paula, fundadores da sextech brasileira Dona Coelha, elencam os 5 principais mitos sobre o orgasmo e explicam por que é tão importante falar sobre isso com naturalidade.


1. Toda relação sexual precisa terminar com orgasmo

Mito! Sexo é conexão, intimidade e prazer — e nem sempre envolve um final “com fogos de artifício”. A pressão por atingir o clímax pode, inclusive, atrapalhar a experiência.


“O orgasmo não é um troféu. Quando o sexo vira obrigação, perde-se o melhor dele: a entrega ao momento”, comenta Natali.


2. Orgasmo vaginal é mais “completo” que o clitoriano

Outro mito comum — e sem embasamento científico. O clitóris é o principal órgão do prazer feminino e está presente na imensa maioria dos orgasmos.


“Não existe orgasmo superior. Essa ideia reforça inseguranças e desconecta as mulheres do próprio corpo”, explica Renan.


3. Vibradores atrapalham a vida sexual

Pelo contrário: vibradores são aliados. São ferramentas de autoconhecimento, autoestima e conexão com o corpo — individualmente ou em casal.


“A mulher que se conhece se comunica melhor com a parceria. O vibrador pode ser um facilitador de prazer, nunca um problema”, diz Natali.


4. Homens sempre têm orgasmo durante o sexo

Nem sempre. Estresse, insegurança, pressões externas ou internas podem interferir. O prazer masculino também merece ser acolhido com empatia.


“É hora de desconstruir a ideia de que o homem é uma ‘máquina’ do desejo. Todo mundo tem dias bons e dias difíceis”, lembra Renan.


5. Falar sobre orgasmo é constrangedor

Só se continuar sendo um tabu. Quanto mais natural for essa conversa, mais leve e saudável será a relação com o corpo, o prazer e o outro.


“O orgasmo é um direito, não um luxo. E conhecimento é o melhor caminho para acessá-lo com liberdade e saúde emocional”, conclui Natali.

 

Um comentário:

  1. Tem que se reforçar que o sexo não deve ser uma corrida até o orgasmo. Quando o foco está apenas no clímax, perde-se a riqueza do processo, o toque, o afeto, a conexão. Estudos indicam que a pressão para “performar” sexualmente pode, inclusive, causar bloqueios emocionais e reduzir o desejo. A liberdade de viver a sexualidade com presença e sem metas rígidas é o que realmente torna a experiência prazerosa e saudável. Agradecimentos à Dona Coelha por ajudar a normalizar esse debate!

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