Além da vacinação, cuidados no dia a dia com alimentação, hidratação e prática de atividades físicas fazem a diferença durante a estação mais fria do ano
O inverno brasileiro, estação que perdurará até o dia 22 de setembro. Nesses próximos três meses, os idosos, principalmente, terão de redobrar a atenção em relação à saúde, especialmente em relação a gripes e resfriados. Como forma de prevenção, a vacinação anual é recomendada e, embora a campanha esteja ocorrendo desde março, o número de vacinados ainda está longe do ideal. Dentre os principais objetivos, é que se tenha menos vírus circulando durante a estação mais fria do ano.
Contudo, existem outros cuidados diários que também são primordiais para reforçar a imunidade e evitar complicações. A geriatra e diretora da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), Dra. Alessandra Tieppo, comenta que manter as mãos constantemente higienizadas, por meio de água e sabão ou álcool em gel, principalmente após se ter contato com superfícies públicas, é um cuidado importante, assim como evitar ambientes fechados e aglomerações. “É preciso evitar locais com pouca ventilação, pois o risco de contágio é maior”, diz, ao comentar que mesmo no frio é importante manter as janelas abertas, sempre que possível, para favorecer a circulação do ar.
A alimentação
também faz a diferença. Segundo Dra. Alessandra, investir em uma dieta
equilibrada, rica em frutas, proteínas e alimentos fontes de vitaminas e
minerais essenciais, como frutas cítricas (laranja, limão, tangerina, acerola e
kiwi), vegetais verdes escuros (couve, espinafre e brócolis), alimentos ricos
em zinco (castanha-de-caju, sementes de abóbora, carnes magras e frutos do mar,
entre eles ostra) é fundamental. “Peixes como salmão, sardinha e atum, além de
linhaça e chia podem e devem fazer parte dessa lista, assim como sopas e caldos
nutritivos. Além disso, mesmo nos dias mais frios, a hidratação não pode ser
esquecida. Sendo assim, ingerir água ao longo do dia, mesmo sem sede, manterá o
bom funcionamento do organismo.”
Outros
cuidados
Se durante a pandemia as máscaras eram utilizadas com frequência, com o fim dela, muitas pessoas abdicaram do uso deste “acessório”. De acordo com a geriatra e diretora da SBGG, a população 60+ deve voltar a utilizá-la nesse período, principalmente em locais com alta concentração de pessoas, como ônibus, metrôs e trens, e quando ficar em contato com pessoas doentes. “Por falar em ‘acessório’, estar com a roupa adequada é importante. É preciso se proteger do frio, mas sem os chamados excessos, que podem causar suor e, consequentemente, resfriamento”, revela, ao afirmar que a sensação ideal da temperatura é quando a pessoa se sente confortável, não precisando abrir os botões ou arregaçar as mangas da blusa, por exemplo, por estar com calor.
Estar com o sono
em dia também faz a diferença, já que ele é fundamental para a regeneração do
sistema imunológico. E a prática de atividades físicas regulares também deve
permanecer, mesmo nos dias mais frios. Atividades leves, como caminhadas,
sempre com orientação médica, é uma ótima pedida. “Promover esses hábitos no
dia a dia é uma forma eficiente de ampliar a proteção dos idosos contra
infecções respiratórias. Em tempos de circulação intensa de vírus, todo cuidado
é bem-vindo para garantir mais saúde e qualidade de vida”, relata.
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