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Que mãe ou pai nunca ofereceu o celular à criança a fim de obter tempo para realizar alguma atividade urgente? Essa é uma situação que se tornou rotineira em tempos tão agitados como os atuais, em que a tecnologia se encontra extremamente acessível, ao alcance das mãos.
Não se deve perder de vista, porém, os impactos
negativos do uso exagerado das telas (televisão, videogame, smartphone,
tablets, etc.) durante a fase de crescimento da criança. Sendo que o baixo
nível de concentração, falta de empatia e instabilidade emocional são apenas
alguns exemplos desses efeitos prejudiciais para o desenvolvimento da
sociabilidade infantil.
As grandes dúvidas que muitos pais têm são: como
conciliar o uso de aparelhos digitais com uma rotina saudável? Até que ponto os
recursos tecnológicos afetam a sociabilidade da criança? Qual é a medida ideal
de tempo que os filhos podem passar diante das telas?
As respostas para essas perguntas estão em A criança
digital: Ensinando seu filho a encontrar equilíbrio no mundo virtual (Mundo
Cristão), escrito pelo antropólogo e especialista em relacionamentos Gary
Chapman (autor do best-seller As 5 linguagens do amor)
e pela escritora Arlene Pellicane.
Atentos às dificuldades da vida familiar no século 21, os autores sugerem práticas para impedir que a tecnologia atrapalhe o desenvolvimento de habilidades básicas de relacionamento, como afeto, gratidão, controle da raiva, perdão e atenção. Decisões simples, como deixar o celular em outro cômodo durante o jantar, estipular horários fixos para o uso do vídeo game e estabelecer um “feriado” em que a família toda possa ficar longe das telas são o suficiente para iniciar uma mudança positiva na vida da criança.
Divulgação | Editora Mundo Cristão |
O livro contém ainda um teste útil para ajudar os pais a avaliar se o tempo diante das telas está prejudicando ou não a saúde dos filhos. Basta preencher as dez questões a seguir com os números 0 (nunca ou raramente), 1 (de vez em quando), 2 (geralmente) ou 3 (sempre), e então somá-los:
( ) Seu filho se irrita quando você pede que ele saia da frente da tela para jantar ou realizar outra atividade.
( ) Seu filho pede que você compre um aparelho digital,
como um tablet, mesmo depois de você ter dito não.
( ) Seu filho tem dificuldade de terminar o dever de
casa porque está ocupado vendo televisão ou jogando vídeo game.
( ) Seu filho recusa-se a ajudar nas tarefas domésticas
porque prefere brincar com aparelhos eletrônicos.
( ) Seu filho insiste para jogar vídeo game ou brincar
com outra atividade diante das telas mesmo depois de você ter negado.
( ) Seu filho não pratica atividades físicas por ao
menos uma hora ao dia.
( ) Seu filho não faz contatos visuais frequentes com
outras pessoas da família.
( ) Seu filho prefere jogar vídeo game a brincar ao ar
livre com os amigos.
( ) Seu filho não gosta de nada que não inclua
aparelhos eletrônicos.
( ) Quando você proíbe o uso de aparelhos eletrônicos
por um dia, seu filho fica irritado e manhoso.
Se a pontuação atingida for menor que 10, isso
significa que seu filho não parece passar muito tempo diante das telas e é
capaz de atuar dentro de limites saudáveis. Com uma pontuação de 11 a 20,
a criança pode estar muito dependente das telas, e será preciso monitorar esse
tempo com mais cuidado. Agora, se a pontuação ultrapassa 21 pontos, talvez seja
hora de recorrer a orientação e ajuda profissional.
A tecnologia é um bem que precisa ser bem usado. No
mundo virtual, tudo funciona com base em recompensas imediatas. Na vida real,
porém, temos de exercer a paciência, saber dialogar e abrir mão de prazeres
instantâneos em prol daquilo que é mais duradouro. A criança digital é um livro
imprescindível para os pais que querem auxiliar os filhos a enfrentar desde
cedo os imensos desafios dos relacionamentos sociais.
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