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O Dia Internacional dos Direitos Humanos, celebrado em 10 de dezembro, convida a sociedade a refletir sobre igualdade e justiça e liberdade. Esta data enfatiza a importância de garantir dignidade e liberdades fundamentais a todos, independentemente de raça, gênero ou condição social.
Quando decidi começar a escrever romances, tracei
como missão de carreira levar entretenimento e reflexão ao leitor, pois livros
são instrumentos eficazes na disseminação da informação. Vivemos em um país com
alto índice de todos os tipos de violência, por isso, ao escrever essas
histórias, busco despertar o interesse por questões sociais e denunciar
violações de direitos humanos, especialmente das mulheres. Com 74 livros
publicados, utilizo a literatura para abordar e alertar leitoras sobre temas
como violência, tráfico de pessoas e exploração sexual.
O Brasil lidera rankings de tráfico de mulheres na
América do Sul, com 110 rotas nacionais e 131 internacionais, segundo a
PESTRAF. Muitas vítimas são enganadas por promessas de casamento, emprego ou
carreira, caindo em redes criminosas que exploram sua vulnerabilidade. Dados da
ONU mostram que 83% das mulheres traficadas sofrem exploração sexual, enquanto
13% são submetidas a trabalho forçado. Entre homens, 82% são explorados em
trabalhos forçados e 10% para fins sexuais.
Afinal, a proximidade dos aliciadores com as
vítimas é alarmante. Amigos, familiares ou conhecidos possuem poder de
persuasão e operam por meio de negócios de fachada, como agências de modelo ou
casas de show. Obras como a novela Salve Jorge ajudaram a expor a
realidade do tráfico de mulheres, mas na vida real, os finais raramente são
felizes.
Como escritora e assistente social, busco alertar e
informar sobre esse crime. A prevenção é essencial. Desconfie de propostas
fáceis, consulte advogados antes de assinar contratos e mantenha familiares
informados sobre deslocamentos. Em viagens, registre contatos de consulados e
autoridades locais.
Denuncie qualquer suspeita pelo Disque 100 ou 181,
serviços gratuitos e anônimos. O silêncio e a omissão alimentam o ciclo de
violência. A informação é a principal arma contra o tráfico de pessoas, um
crime que atenta contra a dignidade e os Direitos Humanos. Que nossas ações
ajudem a construir um país mais seguro e justo para todos.
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