Tratamento imediato de trauma ocular por rolha de espumante pode evitar a perda da visão. Saiba como se prevenir.
Não tem quem não comemore a passagem de ano que vem regada de esperança por dias melhores, champanhe, vinho espumante e outras bebidas que fazem do estouro da rolha um momento mágico de confraternização. A tradição faz do trauma ocular causado pela rolha da garrafa, uma das mais frequentes emergências oftalmológicas nos hospitais especializados. Não é para menos. Um artigo publica em 2023 no Britsh Journal of Ophthalmology, destaca que a rolha de espumantes atinge 80 km/hora e Pior: Muitos acidentes durante as festas acontecem em pacientes jovens. “Quem não procura por atendimento imediato pode perder a visão” afirma o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, diretor executivo do Instituto Penido Burnier, primeiro hospital oftalmológico da América Latina. Outros cuidados imediatos indicados pelo oftalmologista são: evitar tocar ou pressionar o olho afetado, não coçar ou esfregar os olhos nunca instilar qualquer colírio após um trauma ocular e interromper o uso de lente de de contato.
O oftalmologista que também é membro do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) conta que no final do ano passado atendeu a consultora comercial, Bruna Menezes, que chegou à consulta apavorada com a forte dor que estava sentindo no olho e porque viu no espelho que estava com hiposfagma, sangramento subconjuntival que embora impressione os pacientes não é grave e em alguns dias é absorvido.
“Eu achei que ia ficar cega
quando parei em frente ao espelho e vi que parte do branco de meu olho estava
coberto de sangue”, afirma Bruna. Ela
relata que além da dor no olho, sentia muita sensibilidade à luz e dor de cabeça.
Por isso, começou a testar a visão, fechando um olho e depois o outro. A agonia aumentou. Percebeu que a visão do olho afetado além de distorcida estava bastante embaçada. “Pensei que ia ficar cega. Recuperei a visão, mas hoje tenho de usar colírio para glaucoma”, conta.
Queiroz Neto afirma que o
trauma sofrido pela paciente causou um hifema, sangramento na câmera anterior
entre a córnea e a íris que dificulta o escoamento do humor aquoso. A dor de
cabeça e a sensibilidade à luz também estavam relacionadas ao glaucoma.
Medicamentos contraindicados
O especialista alerta que
quem já sofreu uma contusão e teve diagnóstico de hifema no olho deve evitar o
uso de medicamentos que afinem o sangue, entre eles a aspirina e os anti-inflamatórios
não esteroides porque este medicamentos aumentam o risco de novo
sangramento no olho que pode causar
perda irreparável da visão.
Outras doenças
Queiroz Neto afirma que os traumas
por rolha de espumantes ou outros agentes também podem causar:
Ceratite: Inflamação
da córnea provocada pela lesão que facilita o acesso de vírus, bactérias,
fungos ou parasitas. Os sintomas são vermelhidão, fotofobia, ardência e visão
turva. O tratamento com colírio incorreto, a exposição ao sol e o uso de lente
de contato pode agravar ainda mais a condição. Para aliviar o desconforto só
está liberada instilação de lágrima artificial sem conservante.
Catarata traumática que causa a súbita opacificação do cristalino,
independente da idade da pessoa afetada. O único tratamento, ressalta, é a
cirurgia que substitui o cristalino opaco por uma lente intraocular
transparente.
Descolamento de retina: Desencadeado por deslocamento ou rasgo condições
de alta emergência por poderem causar perda irreparável da visão. Queiroz Neto
afirma que o terapia de primeira linha é a aplicação de laser por ser pouco
invasivo e ter baixo risco de complicações, mas só é indicado logo após o
trauma. Significa que adiar a busca por tratamento expõe a visão a cirurgias
mais complexas e arriscadas, pontua.
Prevenção
As principais dicas do
oftalmologista para prevenir traumas nos olhos na virada de ano são:
1.
Cubra a rolha com
um pano – Isso porque o pano forma uma barreira física que
reduz a velocidade da rolha, permite o controle mais seguro da abertura da
garrafa, controla a direção e diminui o impacto.
2.
Mantenha na
geladeira por três dias – Champanhe ou espumante quente liberam a rolha com mais força.
3.
Incline a garrafa
– Em um ângulo de 45 graus e longe das pessoas.
4.
Segure a garrafa
com firmeza – rotacionando sua base invés de retirar a rolha
diretamente.
Com pequenos cuidados e atenção podemos festejar a virada de ano com saúde, finaliza.
Não tem quem não comemore a passagem de ano que vem regada de esperança por dias melhores, champanhe, vinho espumante e outras bebidas que fazem do estouro da rolha um momento mágico de confraternização. A tradição faz do trauma ocular causado pela rolha da garrafa, uma das mais frequentes emergências oftalmológicas nos hospitais especializados. Não é para menos. Um artigo publica em 2023 no Britsh Journal of Ophthalmology, destaca que a rolha de espumantes atinge 80 km/hora e Pior: Muitos acidentes durante as festas acontecem em pacientes jovens. “Quem não procura por atendimento imediato pode perder a visão” afirma o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, diretor executivo do Instituto Penido Burnier, primeiro hospital oftalmológico da América Latina. Outros cuidados imediatos indicados pelo oftalmologista são: evitar tocar ou pressionar o olho afetado, não coçar ou esfregar os olhos nunca instilar qualquer colírio após um trauma ocular e interromper o uso de lente de de contato.
O oftalmologista que também é membro do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) conta que no final do ano passado atendeu a consultora comercial, Bruna Menezes, que chegou à consulta apavorada com a forte dor que estava sentindo no olho e porque viu no espelho que estava com hiposfagma, sangramento subconjuntival que embora impressione os pacientes não é grave e em alguns dias é absorvido.
“Eu achei que ia ficar cega quando parei em frente ao espelho e vi que parte do branco de meu olho estava coberto de sangue”, afirma Bruna. Ela relata que além da dor no olho, sentia muita sensibilidade à luz e dor de cabeça. Por isso, começou a testar a visão, fechando um olho e depois o outro. A agonia aumentou. Percebeu que a visão do olho afetado além de distorcida estava bastante embaçada. “Pensei que ia ficar cega. Recuperei a visão, mas hoje tenho de usar colírio para glaucoma”, conta.
Queiroz Neto afirma que o
trauma sofrido pela paciente causou um hifema, sangramento na câmera anterior
entre a córnea e a íris que dificulta o escoamento do humor aquoso. A dor de
cabeça e a sensibilidade à luz também estavam relacionadas ao glaucoma.
Medicamentos contraindicados
O especialista alerta que
quem já sofreu uma contusão e teve diagnóstico de hifema no olho deve evitar o
uso de medicamentos que afinem o sangue, entre eles a aspirina e os
anti-inflamatórios não esteroides porque estes medicamentos aumentam o risco de
novo sangramento no olho que pode causar perda irreparável da visão.
Outras doenças
Queiroz Neto afirma que os
traumas por rolha de espumantes ou outros agentes também podem causar:
Ceratite: Inflamação
da córnea provocada pela lesão que facilita o acesso de vírus, bactérias,
fungos ou parasitas. Os sintomas são vermelhidão, fotofobia, ardência e visão
turva. O tratamento com colírio incorreto, a exposição ao sol e o uso de lente
de contato pode agravar ainda mais a condição. Para aliviar o desconforto só
está liberada instilação de lágrima artificial sem conservante.
Catarata traumática que causa a súbita opacificação do cristalino, independentemente
da idade da pessoa afetada. O único tratamento, ressalta, é a cirurgia que
substitui o cristalino opaco por uma lente intraocular transparente.
Descolamento de retina: Desencadeado por deslocamento ou rasgo condições
de alta emergência por poderem causar perda irreparável da visão. Queiroz Neto
afirma que a terapia de primeira linha é a aplicação de laser por ser pouco
invasivo e ter baixo risco de complicações, mas só é indicado logo após o
trauma. Significa que adiar a busca por tratamento expõe a visão a cirurgias
mais complexas e arriscadas, pontua.
Prevenção
As principais dicas do
oftalmologista para prevenir traumas nos olhos na virada de ano são:
1.
Cubra a rolha com
um pano – Isso porque o pano forma uma barreira física que
reduz a velocidade da rolha, permite o controle mais seguro da abertura da garrafa,
controla a direção e diminui o impacto.
2.
Mantenha na
geladeira por três dias – Champanhe ou espumante quente liberam a rolha com mais força.
3.
Incline a garrafa
– Em um ângulo de 45 graus e longe das pessoas.
4.
Segure a garrafa
com firmeza – rotacionando sua base invés de retirar a rolha
diretamente.
Com pequenos cuidados e
atenção podemos festejar a virada de ano com saúde, finaliza.
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