Pesquisar no Blog

quinta-feira, 6 de abril de 2023

Como a cannabis medicinal pode auxiliar pessoas com Transtorno do espectro autista (TEA)

Estudos apontam que uso de Canabidiol Full Spectrum pode melhorar sintomas do TEA como agressividade e auto-agressividade, agitação e sono 

 

Celebrado em 2 de abril, o Dia Mundial do Autismo tem objetivo de levar informação para reduzir o preconceito contra os indivíduos que apresentam o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Com cada vez mais métodos inovadores de tratamento de pessoas diagnosticadas com o transtorno, diversos estudos comprovam que o uso da cannabis medicinal traz diversos benefícios que proporcionam qualidade de vida a esses pacientes. 

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma a cada 160 crianças está inserida no espectro do autismo no Brasil. Sintomas como comprometimento na comunicação e interação social, associado a padrões de comportamento restritivos e repetitivos são comuns. Além disso, costumam ter dificuldade em manter o contato visual, identificar expressões faciais e compreender gestos comunicativos, assim como expressar as próprias emoções e fazer amigos. 

Segundo um estudo do Real life Experience of Medical Cannabis Treatment in Autism: Analysis of Safety and Efficacy, realizado em parceria entre o Centro Médico da Universidade Soroka, a Universidade Hebraica de Jerusalém e o Tikun Olam Ltd, os testes com cannabis medicinal feitos em 188 pessoas dentro do espectro autista, trouxeram resultados satisfatórios.

Após seis meses do início do estudo, 155 pacientes ainda se encontravam em tratamento ativo. Destes, 93 passaram por uma avaliação global e os resultados foram: 28 pacientes (30,1%) relataram melhora significativa nos sintomas; 50 pacientes (53,7%) relataram melhora moderada nos sintomas; 6 pacientes (6,64%) relataram melhora leve nos sintomas; 8 pacientes (8,6%) relataram não ter percebido qualquer alteração nos sintomas. Este apontamento, demonstra que mais de 90% dos pacientes tiveram algum tipo de melhora com o uso da cannabis.

O médico Pediatra e Neuropediatra, Flavio Geraldes, explica que as opções terapêuticas de primeira escolha passam pelas medicações antipsicóticas, que pode gerar efeitos colaterais importantes, como importante ganho de peso e síndrome metabólica, pouco toleradas pelos pacientes, e muitas vezes levando a interrupção do tratamento.

“Por se tratarem de moléculas que realizarão um processo de retro regulação do sistema endocanabinóide, a utilização de medicamentos à base dos ativos da cannabis deve ocorrer de maneira lenta e gradativa, já que busca controlar os sintomas alvo, principalmente as comorbidades”, explica.

Segundo Fabrízio Postiglione, CEO da Remederi, farmacêutica brasileira, com o propósito de promover qualidade de vida por meio do acesso a produtos, serviços e educação sobre a cannabis medicinal, o objetivo desse tipo de tratamento é oferecer um método inovador que proporcione bem-estar ao paciente.

O executivo ressalta que a quantidade de médicos prescritores que vem se capacitando para atender a demanda de pacientes que podem ser tratados por meio desses métodos vem crescendo, hoje são mais de 12 mil profissionais. “É fundamental encontrar um profissional qualificado que possa indicar a melhor forma de tratamento, bem como que ambas as partes conheçam sobre o tema para que seja estabelecida uma relação de confiança, que garante um tratamento eficaz e seguro”, diz.

No site da Remederi é possível encontrar o whitepaper “Autismo e Cannabis Medicinal”, feito pelo Dr. Flavio Geraldes, que apresenta as principais informações sobre o tema e pode ser baixado gratuitamente. 

 

Remederi
Instagram, Facebook, LinkedIn e YouTube; e no site


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Posts mais acessados