Os novos meios de comunicação e as redes sociais se
multiplicaram e evoluíram muito nos últimos anos. Diariamente surgem temas e
situações que são debatidos e divulgados em grandes proporções. Com a educação
financeira não foi diferente.
Conforme o levantamento mais recente do Serasa, de
janeiro de 2023, a inadimplência no Brasil teve um crescimento significativo. O
aumento foi de mais de 600 mil pessoas, o que significa dizer que 70,09 milhões
de brasileiros estão endividados e com o nome restrito. No bloco dos
inadimplentes, 34,8% estão na faixa etária entre 26 e 40 anos, e 34,7%, entre
41 e 60 anos.
Se a educação financeira é tão debatida, por que o
efeito parece ser o oposto? Porque ela é muito mais do que um conhecimento, é
uma habilidade que nunca envelhece e que precisa ser reciclada constantemente,
além de ser essencial para que você consiga cuidar melhor do seu dinheiro, ter
mais qualidade de vida e manter as finanças em dia.
Ouso dizer que não é cortando o cafezinho que você
vai conseguir estabilidade. O grande vilão da inadimplência está na falta de
conhecimento da sua realidade. É de suma importância tirar um tempo com a
família para entender e anotar as despesas mensais recorrentes e as despesas
variáveis advindas de um imprevisto. Outro ponto importante para ter atenção
são as contas anuais que costumam ser compromissos de todo começo de ano e que
precisam estar na ponta do lápis. O ideal seria guardar uma quantia
mensalmente para essas despesas, porque quando não estamos preparados a conta
pode não fechar.
Segundo pesquisa do Banco Central e da Federação
Brasileira de Bancos (Febraban), 70% das pessoas economicamente ativas no
país gastam todo ou mais dinheiro do que ganham. Isso confirma o quão
necessário e urgente é ter controle das contas, realizar os cortes necessários
e conhecimento sobre educação financeira.
Com o orçamento equilibrado, outro ponto importante
são as metas. Aqui, quero propor que você comece a sua reserva de emergência,
que é uma espécie de poupança para cobrir despesas em caso de imprevistos.
Ainda não há consenso entre os profissionais de finanças sobre o valor, mas a
maioria indica algo que cubra as despesas de um período entre seis meses e um
ano, pelo menos. Como isso pode estar distante da realidade de muitos, quero
propor que você guarde o que conseguir, seja R$ 100 ou 1 mil reais do seu
salário ao mês e coloque em produtos com resgate diário, como CDBs, Tesouro Selic
ou Fundos DI.
Cada situação é única e não podemos ter vergonha de falar sobre dinheiro. Envolva seu (sua) parceiro (a) e filhos (as) na luta contra o dinheiro negativo. Eles precisam estar cientes da condição econômica da casa, sabendo o quanto de dinheiro há disponível por mês, quanto é possível gastar e o que será preciso cortar. Ao colocar um objetivo a ser alcançado em conjunto, todos sonham e se fortalecem juntos.
Felipe Gomes -CEO da ContaFuturo - A ContaFuturo, fintech que oferece soluções financeiras para uma vida financeira mais feliz, dispõe de produtos como "Zera Débito" e "Ponte Salário", que permitem quitar empréstimos de alto custo ou ter acesso a até 40% do pagamento de forma rápida e sem a necessidade de usar opções como cheque especial e cartão de crédito, com juros elevados. Desde que a ContaFuturo entrou em operação, o serviço conseguiu trocar mais de R$ 10 milhões em dívidas e impactou 15 mil famílias. Recentemente, a startup recebeu um aporte de R$ 20 milhões da gestora Empírica Investimentos. O dinheiro será usado para acelerar as operações de crédito, contribuindo para que a expectativa de atingir 60 mil famílias sejam impactadas positivamente até dezembro deste ano.
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