É quase impossível pensar em tratamentos médicos hospitalares sem o uso de adesivos, o que há décadas vêm sendo utilizados para garantir a segurança em cateteres, eletrodos, estabilização de drenos, fixação de ataduras, assim como proteger uma região ou uma ferida, que necessite da fixação de uma cobertura ou curativo.
Porém, o uso de adesivos não está livre de complicações causadas ao retirar a fita adesiva que por consequência, acaba afetando as camadas superficiais da pele, podendo resultar em uma série de lesões, entre elas manchas vermelhas, bolhas, feridas e descamação. Essas lesões, conhecidas pela sigla MARSI (lesão cutânea relacionada a adesivos médicos), não só afetam a integridade da pele como causam dor, aumentam o risco de infecções e retardam a recuperação do paciente.
Tal fenômeno tem colocado empresas e especialistas em atenção. Para termos uma ideia, só nos Estados Unidos são relatados mais de 1,5 milhão de lesões por ano, número que os especialistas consideram baixo, já que muitas dessas complicações não são reportadas.
E acreditem, diversas lesões são causadas por colocar e retirar curativos adesivos, e descrevo algumas delas abaixo:
· Descamação – talvez uma das lesões mais conhecidas de quem faz uso de um curativo ou fita adesiva, pois ao retirá-lo, acaba por descamar uma ou mais camadas da pele. Em alguns casos, se formam bolhas no local.
· Lesão por fricção – quando se retira o adesivo com muita força, retira-se também um “retalho” de pele. Essa lesão acaba sendo mais comum em recém-nascidos e idosos.
· Lesão por tensão – ocorre quando a fita é fixada de modo errado ou quando a pele se distende por baixo de uma fita adesiva que não é flexível. Como resultado, a pele se rompe.
· Dermatite de contato irritativa – a pele fica irritada devido ao contato com algum agente químico presente no adesivo. Pode haver inchaço local, mas não costuma durar muito tempo e a resolução se dá com a retirada do adesivo.
· Dermatite de contato alérgica – nesse caso, há uma resposta do sistema de defesa do corpo a um agente presente na fita. Geralmente a pessoa já teve contato anterior, houve sinais de irritação em menor proporção e como consequência, a sensibilização já ocorreu. Quando em outro momento a pessoa volta a ter contato com o adesivo, as reações são mais intensas e esse fenômeno é o que chamamos de alergia. Ela pode vir acompanhada de coceira e até de pequenas bolhas, podendo durar por até uma semana.
· Maceração – você já percebeu como a sua pele fica quando passa muito tempo dentro de uma banheira ou de uma piscina? Ela fica esbranquiçada e bastante enrugada, certo? Isso o que se chama de maceração, que é resultado do contato direto da pele com a umidade que, nesse caso, vem da própria ferida ou mesmo de suor. Esse amolecimento da pele pode aumentar o risco de lesões por fricção.
A boa notícia é que existe, no mercado nacional, soluções
inovadoras como Leukoplast®. Essa linha é formada por curativos Leukomed®,
adesivos Hypafix® e Leukoplast®, que se propõem a cuidar da pele desde a
prevenção até o tratamento de lesões agudas, inclusive há uma linha de produtos
especialmente desenvolvida para peles delicadas e frágeis - “Skin Sensitive”,
evitando lesões como MARSI. Todas essas tecnologias foram desenvolvidas
cumprindo os preceitos éticos da pesquisa clínica em seres humanos e critérios
citados em nossas bulas. Os produtos são recomendados para uso conforme consta
em consenso: “Best practice consensus document on prevention - Overlooked
and underestimated: medical adhesive-related skin injuries. A
linha completa faz parte do portfólio da Essity, empresa sueca líder global em
higiene e saúde. Os produtos oferecem uma correta limpeza e absorção, além de
proteção e fixação adequadas, especialmente para peles sensíveis.
Rosangela Oliveira -
Consultora Clínica de Soluções Médicas da Essity Brasil
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