De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil pessoas morreram por suicídio em 2019. Esta é a quarta causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos.
Alex Heriston Vieira Lemes, psicólogo da Clínica Maia, afirma que
o ato é mais frequente em pacientes psiquiátricos. “Pessoas com depressão,
esquizofrenia, transtorno de personalidade (antissocial e borderline com traços
de impulsividade, agressividade e frequentes alterações de humor) e/ou que
abusam de substâncias psicoativas (drogas lícitas e ilícitas), sobretudo
adolescentes, são considerados grupos de risco”, destaca o profissional.
E mais: isolamento, alterações no comportamento, empenho em
resolver abruptamente assuntos considerados pendentes, calma e despreocupação
depois de um período intenso de tristeza e depressão, angústia constante, uso
excessivo de álcool/drogas, manifestações que indiquem desejo de morte e ideias
suicidas são alguns sinais de alerta importantíssimos que não devem ser
ignorados.
“Quando necessário, é crucial buscar o quanto antes um auxílio
especializado e individualizado. Após a remissão dos sintomas, é preciso,
inclusive, fazer um tratamento de manutenção por períodos que podem variar de 6
a 12 meses, a critério do psiquiatra”, explica o psicólogo.
Alex salienta também que, em alguns casos, a internação
psiquiátrica é um recurso fundamental, porque evita que a pessoa chegue a um
alto nível de estresse que possa levá-la a tirar a própria vida. Esse suporte
integral promove acolhimento, segurança e assistência adequada.
“É essencial ressaltar também o quanto a atenção ao nosso estilo
de vida influencia nesse contexto. Uma alimentação saudável, um sono de
qualidade, atividade física regular, acompanhamento médico, e a procura pela
ajuda psicológica/psiquiátrica, se for o caso, são fatores primordiais no
cuidado com a saúde mental e na prevenção ao suicídio”, completa o
especialista.
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