Dois terços dos
entrevistados (66%) concordam que deveriam cuidar mais da saúde, mas não
conseguem. Levantamento on-line realizado pelo Instituto Ipsos a pedido da Dasa
Empresas, com 1.014 funcionários de companhias de todas as regiões do Brasil,
busca entender o novo momento da sociedade após o aparecimento da Covid-19
Embora a pandemia do coronavírus não tenha acabado,
é possível notar que ela deixa rastros econômicos e mudanças nos
relacionamentos pessoais, com as marcas e empresas. Para entender como os
brasileiros avaliam a saúde e o bem-estar após o aparecimento da Covid-19, a
pedido da Dasa Empresas, gestora de benefícios e soluções de saúde
corporativa da Dasa - maior rede de saúde integrada do Brasil, o Instituto
Ipsos realizou a pesquisa nacional Saúde
pós-pandemia, com 1.014 funcionários de companhias de todas as
regiões do Brasil¹ com faixa etária de em média 38 anos, pertencentes às
classes sociais A, B e C². O levantamento on-line teve como base três pilares:
“Comportamento em relação à Saúde”; “Plano de Saúde” e “Performance das
Empresas e Comunicação”.
“A pesquisa constatou que, apesar da satisfação
geral com a qualidade de vida e a saúde, parte dos brasileiros estão insatisfeitos com
alguns aspectos: um terço relata insatisfação com a qualidade do sono, quase um
quarto está insatisfeito com a alimentação e a disposição e energia para
realizar tarefas diárias, enquanto 20% estão insatisfeitos com o equilíbrio
entre vida pessoal e profissional, e 21% com a baixa capacidade de concentração",
afirma Rafael Motta, diretor-geral da Dasa Empresas.
Os destaques ficam para os entrevistados da região
Norte: 40% afirmam estar insatisfeitos ou muito insatisfeitos com sua
disposição e energia para desempenhar as tarefas diárias, à frente da
insatisfação de 26% na média nacional. Já os do Centro-Oeste possuem a menor
média de descontentamento, com apenas 18%. "Além disso, um a cada três
jovens, de 18 a 29 anos, relata problemas quando os assuntos são qualidade do
sono e disposição e equilíbrio entre vida pessoal e profissional",
completa Motta.
Comportamento com relação à saúde
Dois terços dos entrevistados (66%) concordam que
deveriam cuidar mais da saúde, mas não conseguem. Problemas
atitudinais, como a falta de disciplina (41%) e falta de tempo (29%) seguidos
por financeiros (34%) e opções não tão saudáveis de alimentação (31%) são
citados como os maiores impeditivos.
No que diz respeito à prevenção de doenças, 58% das
pessoas afirmam que só vão ao médico quando
identificam um problema. Além disso, menos da
metade dos entrevistados (47%) faz exames preventivos uma vez ao ano, sendo que
28% argumentam que têm receio dessa prática por medo do que podem
descobrir.
“Esse dado traz um alerta para que os players do
setor reforcem as políticas de educação com ênfase na realização de exames
corretamente indicados como fator primordial à prevenção e diagnóstico precoce.
Assim, gaps de cuidado e de rastreio podem ser equacionados de
maneira que doenças crônicas ou outras enfermidades possam ser descobertas no
início, melhorando o prognóstico e encurtando a trajetória de superação ou
controle das doenças”, afirma Leonardo Vedolin, diretor-geral médico e de
cuidados integrados da Dasa.
Em se tratando de gênero, 32% das mulheres dizem
estar insatisfeitas ou muito insatisfeitas com sua disposição e energia para
desempenhar as tarefas diárias, ante 15% do público masculino. Além disso,
cerca de 26% das entrevistadas também não estão felizes com a “capacidade
de se manter concentrada em tarefas” e “na qualidade da alimentação”,
frente a 17% dos homens.
As mulheres se mostram mais cuidadosas quanto à
atenção com a saúde: 50% disseram fazer exames preventivos ao menos uma
vez por ano, enquanto 44% dos homens dizem seguir essa regularidade.
Por outro lado, somente 38% delas levam seu histórico de saúde e exames prévios
quando vão ao médico, ante 48% deles.
Tecnologias na área da saúde
Um dado apontado pelo levantamento é a utilização
de aplicativos de saúde em todas as camadas sociais – com predominância para os
entrevistados da classe A com (75%) de frequência de uso. As consultas on-line,
ou telemedicina, também são mais presentes nas classes economicamente mais
altas (56% entre a classe A e 40% na classe B), mas mesmo entre os entrevistados
que disseram nunca ter realizado consultas por telemedicina, a maior parte
(60%) diz ter a intenção de realizar esse formato no futuro. A
satisfação com o uso é alta, com notas entre 4 e 5, onde cinco
representa a maior escala.
Planos de Saúde
Entre aqueles que têm plano de saúde, 66% das
pessoas que recebem o benefício integral se dizem satisfeitos/muito
satisfeitos, enquanto apenas 50% dos coparticipantes demostram os mesmos níveis
de satisfação. Em ambos os casos, os principais motivos de insatisfação com os planos
são cobertura, atendimento demorado, abrangência de exames e
especialidades. Referente à realização de exames de rotina, 55%
dos beneficiados têm essa prática, frente a apenas 29% dos que não usufruem do
benefício.
Dos que não possuem plano de saúde, 24% dizem estar
insatisfeitos ou muito insatisfeitos com relação ao equilíbrio entre suas vidas
profissional e pessoal, em comparação com 18% de quem possui o benefício. Outro
dado interessante é que os beneficiários levam mais o histórico
ou exames prévios a consultas médicas: um total de 45%, frente a 30% entre
aqueles que não possuem planos.
Performance das empresas
Quando se avalia a performance das empresas com
relação à oferta de benefícios, fica evidente um gap de
expectativas quanto à “preocupação com a saúde emocional dos
colaboradores” e a garantia de "um equilíbrio saudável entre
vida profissional e pessoal”. Quando perguntados quais os dois principais itens
que uma empresa deveria oferecer, 39% dos funcionários disseram que as empresas
deveriam oferecer planos de saúde de qualidade, 22% um ambiente seguro de
trabalho e 19% deveriam se preocupar com a saúde emocional dos colaboradores.
Entre as piores avaliações está a capacidade das
empresas em ouvir as demandas e críticas dos funcionários sobre temas de saúde,
com classificações como “muito ruim” (8%), “ruim” (15%) e “nem boa, nem ruim”
(28%).
Como diferenciais, os fatores que mais pesam na
escolha dos pesquisados (“extremamente importante”) na escolha dos laboratórios
e hospitais são atendimento (66%), limpeza (70% em laboratórios e 69% em
hospitais), e cobertura do plano (68% em laboratórios e 66% em hospitais).
Atributos que pesam mais do que a indicação do médico e do valor pago.
“Os resultados da pesquisa balizam as empresas a
tomar decisões estratégicas oferecendo ou ampliando benefícios e, até
dependendo, repensando o modelo de trabalho, seja para reforçar o engajamento
dos funcionários, ou para atrair novos talentos”, finaliza Motta.
Dasa
https://dasa.com.br/
https://dasa.com.br/empresas/
Referências
¹Realizado entre os meses de novembro e dezembro de 2021. Participaram colaboradores de empresas com no mínimo 400 funcionários, das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, sendo 51% mulheres e 49% homens. Tem um erro amostral de 3,1 pontos percentuais.
²Dos entrevistados, 4% se autodenominam pertencentes à classe A, 32% na classe B e 64% na classe C.
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