A Associação
conscientiza sobre a prática da impermeabilização como fator de melhoria da
saúde
Apesar de um ambiente úmido, com mofo e
infiltração, apresentar graves riscos à saúde, alguns dos problemas causados
por uma impermeabilização inadequada ainda são pouco discutidos. Por
isso, o objetivo do Movimento Construção Saudável é conscientizar a população
para a prevenção das consequências nocivas da umidade, do mofo e das
infiltrações.
De acordo com o IBI (Instituto Brasileiro de
Impermeabilização), 85% dos contratempos nas construções do país são causados
por umidade e aproximadamente 80% dos imóveis brasileiros sofrem com esse
problema. “Não existe a cultura da impermeabilização preventiva no
Brasil. A maioria das pessoas se preocupa apenas em reparar mofos aparentes,
mas não em preveni-los ou mesmo erradicar a causa de maneira mais efetiva”,
aponta Julio Barbosa, diretor executivo do Movimento.
Ao conviver com mofo sem saber por meses, a notícia
sobre o triste caso da Amie Skilton, na Austrália, chama atenção para a importância
da impermeabilização preventiva. Com sintomas físicos graves ao conviver com
mofo sem saber por meses, Amie chegou a ser diagnosticada com a doença de
Alzheimer.
A australiana identificou a possível ligação de
seus problemas de saúde com o mofo por meio de uma publicação feita por uma
amiga nas redes sociais e, assim, a conscientização mudou o rumo dessa
história. Após a mudança de casa e recuperação, Amie se tornou técnica
qualificada em análise de mofo residencial, usando seu conhecimento para ajudar
outras pessoas. Exposto de forma contínua ao fungo, um de seus clientes teve
uma reação tão grave que ficou em coma por três anos.
Embora estes casos façam parte dos 25% da população
mundial que tem vulnerabilidade genética às toxinas do mofo, o convívio em
locais afetados pela umidade pode ocasionar ou agravar asma e rinite em
qualquer pessoa, principalmente crianças e idosos, que representam alto índice
de mortalidade por doenças respiratórias.
Estudos do The Global Impact of Respiratory
Diseases comprovam que os ambientes mal projetados são responsáveis por
inúmeras doenças. O pulmão é o órgão mais afetado pelo ar insalubre. A doença
pulmonar ocupacional, por exemplo, é uma doença comum com incidência
considerável, que pode causar morte, incapacidade e absenteísmo.
Outros números importantes devem ser levados em
consideração quando falamos da relação entre doenças respiratórias e ambientes
inadequados, como: são 25,9 milhões de moradias inadequadas no país; 20 milhões
de brasileiros sofrem com asma, que é a 4ª causa de internações hospitalares no
Brasil. No mundo a asma acomete cerca de 235 milhões de pessoas, segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS). Foram registrados 73.864 mil casos novos de
tuberculose no Brasil, em 2019. Para a Associação Brasileira de Alergia e
Imunologia (ASBAI), a rinite afeta cerca de 15 a 42% da população
global; 26% das crianças e 30% dos adolescentes são portadores da rinite
alérgica, além de cerca de 30 milhões de brasileiros sofrerem com sinusite.
Essas doenças podem ser evitadas por meio de
medidas capazes de assegurar um ar limpo no local de trabalho e em casa. Em
lugares livres de umidade e infiltrações, não haverá o crescimento e
proliferação de esporos de mofo. O crescimento de fungos internos, como no caso
de Amie Skilton, pode e deve ser evitado pelo controle da umidade. Por isso, o
Movimento Construção Saudável se compromete com o bem-estar, a saúde e com a
mobilização da sociedade em torno de um bem comum, disponibilizando informação
de qualidade para as práticas e técnicas de construção.
Acesse gratuitamente a cartilha Impermeabilização é
Saúde, a primeira publicação na América Latina a abordar o tema, mostrando essa
relação direta entre a saúde das casas e dos moradores, disponível neste link.
Movimento Construção Saudável
Nenhum comentário:
Postar um comentário