Não tratada na infância, a obesidade
infantil pode desencadear problemas de saúde na fase adulta do indivíduofreepik
Pesquisa realizada pela OMS (Organização Mundial da
Saúde) estima que, em 2025, o número de crianças obesas no mundo chegará a 75
milhões. A correria do dia a dia favorece uma alimentação de baixa qualidade
com o consumo de alimentos pré-prontos ou ultra processados, e se nada for
feito, o Brasil ocupará a 5ª posição do ranking com mais crianças e
adolescentes com obesidade, segundo o Atlas Mundial da Obesidade.
A obesidade é uma condição que tem crescido, nos últimos
anos, de maneira alarmante na população infantil. De acordo com a nutricionista
e coordenadora do curso de Nutrição da Faculdade Anhanguera, Patricia de Moraes
Pontilho, uma dieta a base de salgadinhos, molhos prontos, macarrão
instantâneo, embutidos e refrigerantes, apresenta risco elevado à saúde, sendo,
o principal passo para a obesidade.
“A obesidade infantil é a porta de entrada para uma série
de complicações que podem levar a criança a desenvolver, na idade adulta,
doenças como AVC, hipertensão, câncer, doenças cardiovasculares e dificuldades
respiratórias, além de impactar também a saúde mental, desencadeando problemas
psicológicos como baixa autoestima e transtornos alimentares”, opina a
especialista.
MUDANÇA DE HÁBITO
Trabalhar hábitos saudáveis dentro de casa não é tão simples, requer persistência e desistir no primeiro ‘não quero’ ou ‘não gosto’ está fora de cogitação. O primeiro passo é substituir os ultra processados, que contêm na formulação cinco ou mais ingredientes predominantemente artificiais.
Em seguida, aumentar o consumo de alimentos in natura que sejam ricos em nutrientes e proteínas como carnes frescas, ovos, frutas, legumes, verduras, também é válido aqueles minimamente processados no qual sofreram pequenos processos de limpeza, secagem e embalagem, como nossa querida dupla arroz e feijão.
“Pais, mães e responsáveis podem aproveitar este momento,
em que muita gente está trabalhando em home office, para envolver as crianças
na preparação das refeições. Isso com certeza desperta nelas a curiosidade e as
motiva a participar do processo, fomentando hábitos mais saudáveis que serão
levados para a vida adulta. Além disso, levar a criança à feira ou ao
supermercado pode ser uma tarefa divertida que desenvolve também proximidade
com alimentos que ela nem conhece”, acrescenta.
ATIVIDADE FÍSICA É ESSENCIAL
Segundo a OMS, é recomendado que adolescentes cumpram 60 minutos de atividade física diariamente, porém mais de 80% não cumprem esse objetivo. Nesse sentido, a especialista recomenda que a criança seja envolvida em uma rotina menos distrativa e que fuja do sedentarismo, estabelecendo limite para o tempo de tela de pelo menos duas horas por dia para televisão, celular, tablet e videogame, evitando assistir na hora das refeições. Além disso, exercícios e atividades variadas dentro e fora de casa como jogar bola, andar de bicicleta, pular corda, são alternativas para evitar o sedentarismo.
É importante ainda que os responsáveis busquem por
especialistas, pois o tratamento de obesidade demanda tempo e é individualizado
e o sucesso do tratamento depende da atuação de uma equipe multidisciplinar
envolvendo nutricionista, educador físico e médico. “O diagnóstico prematuro da
obesidade colabora, combinado com a assistência de um nutricionista, para que a
criança tenha uma proposta de dieta ou reeducação alimentar de qualidade,
contribuindo para que ela chegue à adolescência e se torne um adulto com
hábitos saudáveis”, finaliza Pontilho.
Anhanguera
https://www.anhanguera.com/ e https://blog.anhanguera.com/category/noticias/
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