Dra. Viviane de Macedo explica quais as formas de prevenção e se há tratamento para a doença
Varíola do Macaco: contágio se dá por meio de contato próximo com as feridas na pele e fluídos corporais
Canva/Divulgação
A Varíola do Macaco vem se espalhando de forma
inédita pelo mundo. No Brasil, o Ministério da Saúde confirmou, no último
domingo (03/07), 76 casos da doença registrados em seis estados e no Distrito
Federal.
Identificado em 1958 nas florestas da África
Central e Ocidental, a zoonose causadora da doença já acumula mais de 1.700
casos fora do continente Africano. Com parte do mundo receoso, as autoridades
de saúde vêm de forma moderada o risco da doença no planeta. No entanto, eles
não descartam a necessidade de manter a vigilância em cima do vírus.
Para saber como a doença se propaga e se existe uma
forma de prevenção e tratamento, consultamos a médica infectologista do Eco
Medical Center, Dra.Viviane de Macedo.
CONTÁGIO
Da maneira que a Varíola do Macaco vem se
espalhando, ainda não há uma explicação comprovada. No entanto, a forma
conhecida de contágio é por meio de contato próximo com as feridas na pele,
fluídos corporais, objetos ou superfícies contaminadas ou ainda gotículas
respiratórias, seja de humanos ou animais infectados. O período de incubação
pode acontecer entre 6 e 13 dias, podendo chegar até 21 dias.
MUTAÇÕES DO VÍRUS
O vírus da Varíola do Macaco pode sofrer mutações
para se adaptar ao organismo dos humanos. Segundo a médica infectologista, Dra.
Viviane de Macedo, “o atual surto da doença pode ser consequência de um vírus
que pertence a uma linhagem diferente das outras duas anteriores, o que pode
refletir uma evolução acelerada para o padrão daquele vírus”.
A especialista ressalta que, nesse momento, é
preciso ter atenção com os novos casos pelo mundo, mas que é menos provável que
a doença cause uma pandemia de proporção como a do coronavírus. Isso porque “o
vírus Monkeypox faz parte do gênero Orthopoxvirus que costuma ter menos
mutações, anteriormente era uma a duas mutações por ano.”
TRATAMENTO
Não há um tratamento específico para a doença. O
que se sabe até o momento é que a vacina da varíola humana tem tido efeito para
prevenir, proteger e atenuar os sintomas da doença. Existem também, antivirais
que podem ser usados em pacientes com evolução grave, porém, ainda não
disponíveis no Brasil como o Tecovirimat e o Brincidofovir. No momento, não há
registros de mortes relacionadas à Varíola do Macaco.
Eco
Medical Center
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