10/07 - Dia Mundial da Saúde Ocular
A alergia ocular afeta 20% da população e,
frequentemente, está associada à rinite. A coceira nos olhos é o sintoma mais
característico de alergia ocular, acompanhada de lacrimejamento e que afeta,
consideravelmente, a rotina do paciente.
Na maioria dos casos, os sintomas são leves. Porém, a
alergia ocular pode ser subdiagnosticada e confundida com outras doenças como a
asma e a dermatite atópica. Quando persistente, pode levar a complicações mais
graves como úlceras oculares, ceratites da córnea, ceratocone e até mesmo
distúrbios visuais permanentes.
A Dra. Elizabeth Mercer Mourão, Coordenadora do
Departamento de Alergia Ocular da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI),
conta que os sintomas oculares podem afetar o estado mental, funcional, físico
e social dos pacientes. “Crianças e adolescentes apresentam queda no rendimento
escolar, restrição de atividades esportivas, de lazer e sociais. Adolescentes
ainda podem sofrer com baixa autoestima e apresentar distúrbios emocionais como
depressão e ansiedade”, comenta a especialista.
Disfunção do filme lacrimal ou olho seco está
constantemente associado à alergia ocular, principalmente em adultos, que podem
se queixar de prejuízos no sono e nas atividades de trabalho, com queda na
produtividade.
O diagnóstico da alergia ocular é clínico, baseado no
aparecimento dos sintomas, com a exposição de alérgenos de ácaros, pólens e
epitélio (pelos de animais domésticos). “Para diferenciar as formas crônicas, é
essencial examinar a conjuntiva tarsal superior, os papilos gigantes, a região
do limbo para visualizar os nódulos de Horner-Trantas e a presença de muco
gelatinoso, que são as características de alergia ocular”, especifica Dra. Elizabeth.
Fotofobia intensa e dor ocular são sinais de alerta e
representam emergência médica, segundo a médica. “Esses pacientes precisam ser
encaminhados imediatamente para o serviço de emergência para serem examinados
por um oftalmologista”, orienta a Coordenadora do Departamento Científico da ASBAI.
Tratamento - O controle ambiental, como não acumular pó e
trocar as roupas de cama periodicamente, faz parte do tratamento da alergia
ocular. Quando os sintomas não desaparecem, Dra. Elizabeth explica que é
indicado o uso de colírios anti-histamínicos e estabilizadores de mastócitos.
Em casos persistentes ou graves, corticoides e imunossupressores tópicos podem
ser necessários.
“Muito importante lembrar da hipertensão intraocular e o
aparecimento de glaucoma com o uso frequente e exagerado de corticoides
tópicos, alerta a especialista da ASBAI.
Dra. Elizabeth explica ainda que a imunoterapia está
indicada para o tratamento da alergia ocular após ser realizado um teste de provocação
conjuntival positivo, mesmo que os testes alérgicos na pele e no sangue sejam
negativos e exista história clínica e familiar de alergia.
ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
www.asbai.org.br
https://bit.ly/ASBAI_Podcast
https://bit.ly/ASBAI_Instagram
https://www.facebook.com/asbai.alergia/
https://twitter.com/ASBAI_alergia
http://www.youtube.com/c/ASBAIAlergia
Nenhum comentário:
Postar um comentário