Muito além de
promessas e discursos, é preciso analisar quais são os planos reais que vão
auxiliar o Brasil a superar de vez a crise econômica
Em uma das eleições mais acirradas do Brasil e após
uma crise mundial aprofundada pela pandemia e guerra na Ucrânia, o eleitor se
vê dividido e o empreendedor busca alternativas para a melhora econômica.
Pensando nisso, o CEO da Vallus Capital e analista econômico Caio
Mastrodomenico fala sobre a importância de observar o histórico dos candidatos
em relação ao que já fizeram para o país e também os planos de governo para o
próximo período, de maneira fria e cuidadosa, sem se render a discursos.
“É de conhecimento de todos que o desempenho das
empresas no Brasil acompanha as políticas econômicas ditadas pelo governo e,
sendo assim, o empreendedor sobe e desce na montanha-russa denominada economia
brasileira de maneira frequente. Digo isso porque não há um dia sequer que o
empreendedor viva uma constância na arte de fazer negócios. São novas
legislações, interpretações, complexos tributários infinitos e por aí vai. Mas,
ainda que tenha cunho político, toda instabilidade é passiva de superação. E é
nesse cenário que o empreendedor deve manter sua atenção”, comenta o
especialista.
Caio explica que é preciso ter em mente as máximas
já conhecidas do mercado, como manter o estoque saudável, acompanhar o fluxo de
caixa e trabalhar com margem de lucro. São pilares que servem para o pequeno e
médio empreendedor, mas também para a administração do país. Além disso, o
empresário deve estar atento aos segmentos com quem costuma fazer negócio e
mensurar os impactos que eventuais mudanças na gestão pública podem ocasionar
nessas negociações. “Geralmente, empresas que prestam serviço ou fazem vendas a
órgãos públicos ficam mais vulneráveis a eventuais mudanças políticas e, sendo
assim, o risco dessas negociações deve ser evitado”, explica.
A fórmula mágica para lidar com períodos de
instabilidade pode não existir, mas há maneiras de prever os desafios e estar
preparado para eles. Princípios como austeridade, buscando reduzir gastos e
expandir margens de lucro; fazer provisão financeira para possíveis perdas e
aprofundar o conhecimento na gestão financeira corporativa são quase que uma
obrigação para o momento em que o Brasil está passando.
Hoje, o país e o mundo passam por uma crise
econômica e inflação de alimentos. Tudo isso acrescido de aumentos exponenciais
nos preços dos combustíveis. Toda essa cascata de acontecimentos é também
consequência de decisões tomadas durante a pandemia, em momentos emergenciais,
como paralisação de produção ou auxílio em dinheiro. Qual dos dois candidatos
possui um melhor plano e alinhamento político para lidar com a situação
decorrente? Essa deve ser a pergunta a se fazer, com análise profunda de seus
históricos de atuação e promessas para o novo período de governo.
“A opção do brasileiro é carente de nomes que
poderiam engrandecer os debates e discussões durante o processo eleitoral na
busca de soluções macroeconômicas para o nosso país, mas nem por isso devemos
focar em escolhas puramente ideológicas e nos eximir da busca do bem maior, que
é o desenvolvimento do nosso país e do nosso povo. A eleição de 2022 será um
grande desafio para o desenvolvimento na nação brasileira, a manutenção da
democracia e dos direitos às liberdades individuais do nosso povo”, finaliza.
Caio Mastrodomenico - CEO da Vallus
Capital. Pós-graduado em mercado financeiro e de capitais e analista político e
econômico.
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